Explore o Mundo das Trevas e os conflitos morais através da perspectiva de um Vampiro. Encontre na não-vida uma chance de sucesso ou a rota direta para o inferno. (Fórum baseado nas regras da 3ª edição)
Rugall nota o desconforto dos dois e decide não delongar muito a conversa que iniciou. Allicia era uma bela jovem e o rapaz, apesar dos pesares, também possuía uma bela aparência.
Rugall: - Eu venho à Gary com um certo patrimônio e experiência no ramo da beleza e da moda. Não sei qual é o ramo de investimento de vocês mas acredito que poderíamos fazer uma certa parceria, se assim considerarem válido. Tenho algumas idéias para tentar colocar Gary de volta nos trilhos e dentre elas está a divulgação das importâncias daqui. Vocês dois são muito belos e acredito que no momento certo, a minha empresa de divulgação de moda poderia entrevistar vocês e divulgar o seu trabalho. Talvez quem sabe posarem para a revista.
Rugall se mantém simpático e cordial, fitando mais Allicia que se porta como o lado mais dominante e protetor dos dois.
Rugall então olha para July e os dois trocam olhares por um instante.
Rugall: Com sua licença, vou buscar algo para July e para mim.
Rugall então se afasta dos dois e busca uma taça de sangue para ele. Provavelmente não haverão bebidas para July mas ainda assim ele procura algo que ela possa beber para acompanhá-lo.
Uma vez feito isso, Rugall segue com July até os sofás aonde três pessoas estão conversando, duas belas mulheres e um rapaz bem trajado. Rugall pede licença ao se aproximar e se apresenta.
Rugall: - Saudações. Meu nome é Rugall Bernstein e é uma honra conhecê-los.
_________________ Já dançou com o diabo sob a luz do luar?
Ele parece confuso, como se a palavra fosse difícil para ele. Rugall tem motivos para suspeitar que o sujeito padeça de alguma deficiência de ordem intelectual.
Allicia, por sua vez, dá um leve sorriso. Não é possível dizer o que significa.
Allicia
Sim, é claro. Todos nós desejamos o melhor para Gary. Já fomos maiores que Chicago, sabe? Bom, pelo menos éramos tão importantes quanto eles. Hoje as pessoas só se lembram de Gary como a cidade natal de Michael Jackson.
Ela aceita a despedida de Rugall, enquanto Michael ensaia um aceno de "tchau". A atenção da moça se volta para a porta, onde Modius ainda aguarda alguém.
Se a recepção de Allicia era fria, a do trio é muito melhor. Quase... "calorosa".
Cassandra Valdéz
Boa noite! Sou Cassandra Valdéz e estes são Isadora Auditore e Kevin Cartas.
Os outros dois cumprimentam também. O homem toma a palavra.
Kevin Cartas
Seja bem-vindo, Sr. Bernstein. Por favor, sentem-se. O que os traz à nossa cidade?
Havia um sofá vazio ao redor da mesa de centro, diante do sofá de Isadora e Kevin. Assim o conjunto de sofás formava um "U" em torno da mesinha de centro esculpida em madeira de lei.
Protagonista:
Rugall Bernstein. PS(10) 09; FV(6) 6; Vitalidade: OK.
Rugall acena para que July se sente e o faz em seguida.
Rugall: - Mudança de ares meu caro Kevin. A tive meus dias de badalação e procuro agora um lugar mais calmo. Claro que tudo isso atrelado às possibilidades de investimento... E Gary me parece um bom lugar para isso. O potencial daqui é muito grande e vou adorar investir aqui.
Rugall olha um mais as duas belas mulhers sentadas e continua a falar.
Rugall: - Acredito em parcerias e força de trabalho. Mas sei também que para que tudo ocorra é necessário... um pouco mais que isso.
Rugall fala com sua voz serena e um sorriso bem discreto nos lábios. Seu olhar é sempre incisivo e cheio de segurança.
_________________ Já dançou com o diabo sob a luz do luar?
Rugall escuta atentamente os tres vampiros, que agora parecem estar um pouco mais interessados no que Rugall tem a dizer.
Kevin: - Que ótimo! Também tenho interesse em investir meu fundo fiduciário em negócios nesta cidade!
Rugall: - Isso é muito bom Kevin. Talvez sejamos parceiros. Tenho interesses em adquirir posses em Gary e acredito que precisarei de seus serviços.
Cassandra: - Sou uma artista, não tenho envolvimento com negócios, mas esta cidade parece mesmo precisar de pessoas dedicadas.
Rugall: - A arte possui inúmeras vertentes e eu mesmo me considero um artista na minha área. Que tipo de arte você tem expertise? Dependendo do que for, tenho certeza que poderemos atuar em conjunto.
Isadora: - Mais quais seus planos de investimento, Sr. Bernstein? Chicago representa um grande concorrente para Gary, ao que me consta.
Rugall: - Sim, é verdade minha cara. Porém, a concorrência pode ser uma oportunidade. Primeiro vou fazer uma análise sobre as deficiências de Gary e o que Chicago oferece. Tenho certeza de que há muitas oportunidades por aqui.
Rugall acaricia levemente as costas de July enquanto conversa com os tres vampiros. July se mantém em silêncio o tempo todo e aprecia o carinho como um gato aprecia o afago de seu dono.
Rugall: - Pretendo utilizar o que Gary tem de forte e depois investir no que Gary tem deficiência. Creio que no momento não poderei falar muito mais que isso, mas futuramente virá a ser do conhecimento de todos.
_________________ Já dançou com o diabo sob a luz do luar?
Rugall olha nos olhos de Cassandra enquanto ela diz que é cantora lírica e que precisa correr contra o tempo.
Rugall: - Talvez eu possa ajudá-la com isso. Existem várias formas de lidar com esse tipo de situação e acontece que eu tenho alguns meios para ajudá-la.
Rugall então sussurra no ouvido de July para que ela a partir de amanhã comece a verificar a disponibilidade de abrir um salão Carpe Noctem em Chicago e uma versão bem menor aqui em Gary, específica para a nata da sociedade.
Rugall: - Com as ferramentas que tenho em mãos posso prolongar o seu tempo de exposição e dependendo da sua disposição, você pode continuar exercendo a sua arte por décadas.
Rugall então se vira para Isadora em tom amigável.
Rugall: - E você Isadora? Qual o seu ramo de atividade?
_________________ Já dançou com o diabo sob a luz do luar?
Cassandra demonstra grande interesse – e curiosidade – na proposta do Tzimisce. Afinal, nenhum deles havia identificado o próprio Clã até aquele momento.
Isadora Auditore
Ó? Eu estou no ramo de demissões e aposentadorias.
Kevin dá uma risada curta, mas na verdade parece desconfortável com aquela resposta.
Protagonista:
Rugall Bernstein. PS(10) 09; FV(6) 6; Vitalidade: OK.
Rugall se ajeita no sofá, ajeitando sua postura de forma mais ereta e imperante.
Rugall: - Veja bem Cassandra. O mundo cresce em técnicas e produtos rejuvenescedores. Além disso, o povo compra o que se vende nas mídias. Acredito que se fizermos uma boa parceria, consigo trabalhar bem a sua imagem dentro dos seus desejos e a sua aparência com o decorrer do tempo. Uma boa assessoria e um serviço de ponta fazem milagres.
Isadora fala sobre o seu ramo de atividade e Kevin se mostra desconfortável com a resposta dela.
Rugall: - Ora não diga! Adoraria saber mais sobre isso futuramente... Esse é um ramo que sempre me interessa
_________________ Já dançou com o diabo sob a luz do luar?
Rugall toma o cartão da mão da bela mulher e acena positivamente com a cabeça. Rugall fica mais uns instantes ali, conversa um pouco com July sobre o que vão fazer na semana seguinte e depois pede licença aos tres e se levanta. Com July, Rugall segue até a figura encostada na parede perto da pista de dança. Rugall fica atento à ele, aos olhos dele e a sua linguagem corporal.
Rugall: - Saudações. Me chamo Rugall e sou recente chegado aqui na cidade. É uma honra conhecê-lo.
Rugall mantém o perfil impassível e majestoso. Seu tom de voz sempre calmo e forte.
_________________ Já dançou com o diabo sob a luz do luar?
O Nosferatu se afasta da parede cumprimenta Rugall com um aperto de mão firme e o que parece ser um sorriso, embora cheio de presas afiadas.
Alexander Danov
Ah, sim, Rugall Bernstein, certo? Prazer em conhecê-lo. Sou Alexander Danov. As pessoas normalmente me chamam somente de Danov. Como estão as coisas em Nova Jersey?
Protagonista:
Rugall Bernstein. PS(10) 09; FV(6) 6; Vitalidade: OK.
É com grande prazer que convidamos V.Ex.ª a comparecer à festa de fim de ano promovido pelo Excelentíssimo Senhor Modius, a ser celebrada em sua residência, no dia trinta e um de dezembro de dois mil e vinte e um, às vinte e duas horas.
Aguardamos a confirmação de sua presença pelos canais apropriados.
Ass.
Seu amigo, Modius.
O ano de 2021 estava terminando. No Hard Rock Casino ocorria a festa oficial da cidade e os mortais ali se reuniam, mas a Família não iria comemorar com o rebanho. Ao invés disso, pelo que seria a primeira vez após vários anos de hiato, o Príncipe de Gary, Modius, havia convidado todos os residentes para uma comemoração privada.
Completava-se pouco mais de dois anos que Nirn havia se radicado em Gary. Sua intenção ao chegar à região era ir para Chicago, mas antes mesmo de ir para Illinois já haviam lhe dito que nenhum Membro era permitido residir na metrópole há alguns anos. Gary era o lugar mais acessível.
Era uma cidade pequena com uma comunidade de vampiros menor ainda. À exceção de Modius, ele não havia encontrado nenhum outro Membro neste tempo na cidade. Aquela seria sua primeira oportunidade de interagir com os outros. Ele sabia, entretanto, que havia um Gangrel em Gary – um Forasteiro antigo que vivia em reclusão e não encontrava seus pares há décadas.
Ele chegou à mansão de aparência arruinada de Modius, em um bairro que no passado deveria ter sido habitado pela fina nata local, mas que hoje era marcado por grandes residências abandonadas e outras que haviam sido convertidas em conjuntos de apartamentos dedicados a casais jovens sem filhos.
Subiu as escadas e foi recebido por um serviçal.
Servo
Boa noite, senhor. Seja bem-vindo. Vossa Excelência pede que se recorde de que se encontra sob as leis do Elísio nesta ocasião.
As palavras soavam mecânicas, como um discurso decorado, uma gravação, sem o calor esperado de uma pessoa. Ele abriu passagem, com um gesto. Modius estava logo ali, parecia estar o esperando.
Modius, Príncipe de Gary
Saudações, Sr. Nirn! Já faz um tempo que não nos vemos! Com tem passado?
Off:
Como o evento já estava acontecendo, te incluí direto, mas você pode resumir sua vida nos dois últimos anos na cidade.
O ano era 2019, eu acabara de chegar do Oeste por onde criei muitos laços, conheci muitas pessoas, e provei meu valor e força algumas vezes:
Eu sempre caminhei ao lado de nativos ou de ciganos, que preferem ser chamados de Roms. Esses nômades do velho continente, assim como eu, não ficam muito tempo em um único lugar, eles precisam ser livres, e não se apegam a senhores frívolos com suas leis idiotas.
Segui-los em suas caravanas sempre é algo recompensador, pois se você tem uma amizade com um Rom, ele jamais trairá sua confiança, se você o tratar da mesma forma. E eu as vezes dormia escondida durante o dia em algum esconderijo móvel carregado por eles, ou me juntava à terra para encontra-los mais tarde, e era fácil para mim localiza-los pelos rastros deles.
Enquanto eu estou com mortais amigáveis como esses, eu me contento de me alimentar de animais, e escondido, obviamente, e depois enterrar as carcaças secas abaixo da terra, para não deixar rastros e nem atrair animais carniceiros. Procuro bater bem a terra para que não seja tão fácil localizar meus rastros. Raramente eu bebo de um mortal entre Roms, ou mesmo entre Cherokees, muito raramente mesmo. Isso acontece mesmo quando uma mulher, ou mesmo um homem, se atrai por mim e insiste em se deitar comigo, e concedo o privilegio com a condição de provar sua essência dessa forma. Mas claro, eu nunca tiro demais, apenas o suficiente para eu recuperar o que gasto esquentando meu corpo, corando minha pele, e ficando do jeito que a pessoa espera de mim. E se eu achar apropriado, tiro um tantinho a mais do que gastei como recompensa para mim.
Entre os Roms eu era chamado de "o eterno jovem", pois com eles caminhei por muitas décadas, e nunca mudei minha aparência. Vi crianças nascerem e acompanhei todas as suas vidas, e pude me despedir, recitando poemas, onde eu cantava que vi seus olhos se abrirem, e então, se fecharem no sono dos merecedores.
Muitos entre os Roms tinham pena de mim, por não poder descansar como eles, me viam como um amaldiçoado, mas sabiam que eu nos os condenaria. Mas pediam que eu levasse embora antes de me unir a terra ou me afastar da caravana, pertences com mau-olhado, espíritos ou pragas.
Eu era para eles como um fenômeno natural, um talismã, que indicava que eles estariam bem, pois todo o mal era canalizado para mim, livrando-os de maldições. Ganhei muitos outros títulos, anéis, colares, e outros presentes, que eu acaba por enterrar, pois seria ofensivo para eles se eu os devolvesse, eu era o "fogo" que queimava suas ofertas de reconciliação e purificação.
Muitas vezes durante esses anos todos eu deixava por algumas décadas uma kumpania e me juntava à uma tribo assentada ou nômade de nativos Cherokees.
A cultura dos índios era tão rica, mas diferente, da dos ciganos, e isso me trazia uma sensação rica de pensamentos e reflexões. Entre os nativos eu conheci muito sobre o misticismo da natureza, e aprendi sobre o equilíbrio natural das coisas, sobre o nosso papel na Terra, que eles chamam de Gaia, e a necessidade de fechar ciclos, como a morte e renascer de todas as coisas, e os espíritos que nos protegem.
Para eles eu era um espírito que não conseguiu descanso, e que por isso foi mandado de volta para caminhar por Gaia, sem destino, um ser nem mau e nem bom, um fenômeno natural, como os Roms também me viam. Mas eles me aceitavam entre eles, pois assim como todas as vidas deveriam ser respeitadas, um espírito andarilho também deveria. Eles sabiam que eu não comia e nem bebia, mas precisava me alimentar da vida de outros seres, por isso eles ofereciam parte de seu sangue para mim em alguns rituais, e de animais abatidos. Eles também sabiam que o sangue precisava estar quente, e de preferencia ainda correndo nas veias e com o coração batendo para eu não me intoxicar. E por isso, eu era chamado para estar nos últimos momentos antes da morte dos mais importantes entre eles, dos guerreiros mais poderosos, xamãs mais sábios, e caciques mais respeitados, e levar seus espíritos para descansar, já que eu não recebi a permissão de morrer.
Muitos presentes eram me dado, como símbolo de amizade, e para me apaziguar, pois eles acreditavam que eu poderia me enfurecer se não fosse respeitado, mas eu me sentia bem entre eles, e nunca bebi do sangue de um nativo sem autorização, e nem matei animais sem que eles tivessem caçando.
Diferente das Roms, nunca me deitei com uma Cherokee ou mulher de nenhuma outra tribo, nem homens, eles não me viam como um homem.
Algumas vezes eu ouvia sobre os Parentes, e Lupinos, metamorfos que podiam se tornar lobos, e que iam e voltavam. E eles me viam como a mesma natureza de ser, com uma diferença, os homens lobos morriam, já eu viva por muitos anos e nunca envelhecia. Talvez eles me vissem como um tipo de lobisomem mais poderoso, ou mesmo o próprio espírito de um lobisomem que acabou voltando e perambulando por Gaia, sem poder ir para o outro lado.
Depois de tanto tempo entre os Roms e Cherokees, eu voltei minha atenção para os ensinamentos de minha Mentora, Frigga, e pesquisei um lugar para me estabelecer. Ouvi sobre um lugar chamado Chicago, e me informei sobre. E uma vez próximo do lugar, fiquei sabendo por um Forasteiro que estava de passagem e que o destino nos fez se encontrar que o lugar tinha um Príncipe, mas que a entrada de qualquer um estava vetada, e que apenas em Gary eu poderia ficar.
Esse encontro foi memorável, pois quando o encontrei, nos apresentamos dizendo nossos nomes, e nossa linhagem, sentamos e contamos nossos grandes feitos, e ele passou muito mais tempo do que eu citando tudo o que viveu, mesmo tendo menos tempo de vida. Fiquei admirado de tanto o que ele viu e passou. No fim, sua superioridade estava estabelecida, mas mesmo assim me convidou para provar nosso valor em batalha, e eu prontamente ascendi. Lutamos por algumas horas, e precisamos nos unir a terra para não sermos pegos pelo sol. Na noite seguinte, caçamos e conversamos sobre a política mortal e as tecnologias. Esse jovem Gangrel era nascido no século XX, e sabia mais dos mortais do que eu jamais havia tentado compreender. Ele me atualizou sobre os últimos movimentos da Camarilla no tabuleiro da Família, e que o nosso Clã havia abandonado a Torre de Marfim junto com Xaviar.
Em Gary, uma cidade que faz parte da grande metrópole de Chicago, mas fora da área proibida. Me estabeleci ali. Fui aonde o Gangrel havia me dito que eu encontraria o Príncipe, e me apresentei à ele, ele me passou as Tradições, e logo me estabeleci em um lugar, um posto de gasolina, do qual me tornei "socio". Pois eu vivia nos fundos, e as três mulheres que trabalhavam ali logo se tornaram minhas amantes. Elas tinham de mim a promessa de proteção do local, e delas eu tinha seus beijos e sangue. Para elas eu era um sádico com fetiches e hábitos estranhos, e para mim elas eram meu rebanho particular.
Confesso que caçar mortais se tornou difícil com o passar dos séculos, e eu estava muito mal acostumado. Ter essas três me polpava de muito trabalho.
Com o tempo eu passei a fazer amizade com os caminhoneiros que gostavam de se deleitar com as três belas moças do posto, e isso não era problema para mim. Elas eram livres, mas nunca permiti que elas fossem forçadas a nada, eu estava de olhos na segurança delas, o tempo todo.
E assim conheci o estradeiro Ramon Dias, um homem que conhecia muito das freeways, da vida e de outros como ele. Ele era casado, sua esposa morava em Nova Iorque, e tinha uma namorada em Chicago, logo ele viajava muito entre as duas cidades. Parece que recentemente ele conheceu uma moça em Las Vegas, e precisava viajar muito para lá. Uma vez, ele de passagem pelo posto, recorreu a mim por ajuda, e eu fiz o que pude, e desde então ele me devolve esse favor me contando do que vê pelas estradas e mandando mensagens pelo celular que aprendi a usar, com muito custo. Com ele uso, preferencialmente, os SMS, pois é assim que iniciei meus conhecimentos em tecnologia de dispositivos portáteis.
Não muito tempo depois, entrei na vida de taxista pela cidade de Gary. Aprendi a dirigir, consegui um carro, e trabalhava para um homem chamado Ali Al-Samir, e logo firmamos uma amizade. Consegui um outro veículo, também de Samir, para trabalhar de Uber. E foi assim que me vi obrigado a entrar nesse mundo de aplicativos digitais. Logo eu, um Gangrel. Bem que o outro Gangrel me avisou sobre as novas tecnologias do século XXI...
Meu vitae é poderoso, e concedi dá-lo apenas para um animal alado, negro, um corvo, que eu chamei de Matthew. Ele quase podia falar com as pessoas, e sua inteligência chega a superar de alguns humanos. Ele adora me ouvir tocar gaita de boca. Parece que ele consegue ouvir de longe quando eu começo a tocar. As preferidas dele são The House of Rising Sun e Sound of Silence.
Matthew ficava no posto enquanto eu trabalhava de Uber ou táxi pela cidade de Gary, e ele me informava sobre tudo o que perdi quando chagava. Algumas vezes ele me encontrava para me avisar de algo no posto, e eu prontamente ia em socorro de minhas três meninas. Isso foi há um ano mais ou menos. E desde lá mantive esse ritmo, mas há mais ou menos seis meses, comecei a lutar boxe em um clube local, como forma de me socializar mais com os mortais e desenvolver minhas habilidades de luta, pois eu senti uma mudança nos ventos, e sei que mudanças se aproximam...
E assim minha vida nos últimos dois passou voando, com um corvo, três garotas que me desejavam, um posto e alguns amigos por aí...
... até que uma carta de Modius me surpreendeu. Faziam 2 anos que não ouvia falar dele, e agora queria minha presença numa comemoração privativa!? Suspeito... Peguei minha melhor roupa e fui á pé até o local.
Apreciando as ruas de noite da cidade, sempre me encantei com a modernidade. 'Luzes, outdoors, pessoas apressadas caminhando enquanto olham para os celulares. Daqui há 100 anos nada disso vai estar assim, mas eu estarei aqui...'
. . .
Chegando no endereço, encontro com o serviçal, e o comprimento com educação e humildade. Observo com atenção seu pescoço, por qualquer sinal de pulso, e outros sinais, para decidir se ele é mortal ou um Membro.
Ao encontrar com Mobius, uso da minha etiqueta e procuro ser o mais polido possível, afinal mesmo eu sendo do clã dos Forasteiros e sabendo o que se espera de alguém como eu, quero quebrar um pouco o estereotipo do cão do mato que os Gangrel adquiriram com o tempo, sem falar que tenho o interesse de minha mentora para satisfazer.
"Saudações Vossa Excelência Príncipe Modius, satisfação em revelo. Obrigado pelo convite, espero ter me vestido adequadamente. E estou bem sim, graças a vossa bondade em me receber em Gary. E Vossa Excelência precisa de algo de mim?"
_________________
— "Às vezes, para fazer as coisas direito você tem que fazer coisas erradas. Estou disposto a fazer essas coisas. Eu sempre estive disposto a fazê-las"
Legenda:
'Pensamentos' i 0066ff | — "Falas" b ff9900 | ||Disciplinas|| b ff3300 | Qualidade é representada por um +, e Antecedente por um * | (Off) ff66ff Serif
Não havia nada que sugerisse que o mordomo fosse um vampiro. Provavelmente era um mortal, embora Nirn não pudesse ter certeza. O príncipe recebeu o recém-chegado com alegria.
Modius, Príncipe de Gary
Ah, hoje celebramos, senhor! Nesta noite relembramos a honra de pertencermos à uma raça privilegiada! Seja bem-vindo! Por enquanto conheça o resto de nossa comunidade, enturme-se. Conversaremos mais em breve.
Ele o convida a entrar. Nirn agora pode observar o resto do salão. A casa tinha uma aparência antiga. Não era em si tão velha – provavelmente construída no início do século XX – mas seu arquiteto e decorador havia lhe dado um feitio ainda mais antigo, tornando o conjunto um tanto arcaico. De forma completamente anacrônica, um toca-cds estava em um canto, suas caixas espalhadas pelas paredes, emitindo o som do cravo.
Havia nevado um dia antes e o Gangrel reparava em goteiras – baldes estavam cuidadosamente postos em pontos específicos dos cômodos. Com a boa iluminação, ele podia reparar no mofo presente em alguns pontos das paredes e do teto.
Servo
Senhor Nirn!
O servo anunciou aos presentes, de modo um tanto exagerado. Mas havia poucas pessoas presentes.
Próximo a uma janela uma jovem recém-saída da adolescência, sobrenaturalmente bela, mas com roupas que remetiam aos anos 1920, conversava com um rapaz loiro e forte, também bonito e que parecia ter a mesma idade, mas vestia-se como um mendigo e parecia um tanto embasbacado diante de sua interlocutora.
Sentados em sofás no centro, um homem e duas mulheres também conversavam, bebendo algo vermelho em taças de cristal. A belíssima mulher negra, com um vestido bege claro longo com um generoso decote frontal, fala algo ao pé do ouvido do homem, que sorri. Este, sentado ao lado dela em um sofá de três lugares, vestia um terno formal em um corte muito bem feito – um terno caro, com certeza. A loira, sentada em uma poltrona próxima, usava um vestido verde-escuro, aberto nas pernas, permitindo entrever as coxas generosas em suas pernas cruzadas. Disse algo aos dois, levantou-se e se afastou.
Um homem de aparência hedionda, vestindo camisa xadrez de flanela, calças jeans rasgados e All-Stars vermelhos surrados – parecia ter vindo direto da Seattle dos anos oitenta – recostava-se em uma parede, próximo a uma pista de dança vazia. Ele conversava com um casal muito bem apessoado.
Por último, um homem enorme sentava-se em uma poltrona diante da lareira fria e morta. Isolado, ele não demonstrava interesse em nada ou ninguém ali e nem mesmo se moveu quando o servo anunciou a entrada de Nirn.
Pego um cigarro, e acendo ali mesmo, levando-o à boca. Apago o fósforo depois de me servir dele, com um sopro, e seguro-o na mão. Nada falo, e nem pergunto se alguém se importa com o cheiro.
'Excelente, vampiros estranhos, tudo o que eu queria...' penso comigo, 'preciso socializar então, o que se espera de mim, afinal?'.
Eu sorrio encaro e comprimento com aceno na cabeça para quem olha para mim, e sorrio para quem sorrir (se é que alguém sorrir), mantenho um contato visual de 5 segundos com cada um, encarando amigavelmente e observando as roupas e postura da pessoa com cuidado.
Observo a mulher jovem e bonita, e o cara vestido de "Kurt Cobain" (o hediondo) por um pouco mais de tempo, demonstrando interesse neles.
(Se Modius ou o servo estiverem perto de mim, pergunto para um deles) "Quem é o caladão no canto?" Falo quase sussurrando, para não se indelicado.
Assim que eu obtenho a resposta, me dirijo ao centro da sala, onde tiro minha gaita de boca de um bolso, e começo a tocar uma música: The Sound of Silence.
Fico com o cigarro agarrado aos dedos enquanto toco, e ao terminar, guardo a gaita e volto a fumar.
_________________
— "Às vezes, para fazer as coisas direito você tem que fazer coisas erradas. Estou disposto a fazer essas coisas. Eu sempre estive disposto a fazê-las"
Legenda:
'Pensamentos' i 0066ff | — "Falas" b ff9900 | ||Disciplinas|| b ff3300 | Qualidade é representada por um +, e Antecedente por um * | (Off) ff66ff Serif
A proximidade da chama causa um leve abalo no interior do vampiro – como todos os Membros, sua Besta encolhia-se instintivamente diante do fogo purificador – mas Nirn se mantém firme, impondo seu controle sobre a situação. Ao perguntar sobre o homem sentado perto da lareira morta, o servo responde naquele tom monótono e invariável de sempre.
Servo
Aquele é o Sr. Lucian, senhor.
O Gangrel se posta em um canto e começa a tocar sua gaita, misturando o som de Sound of Silence ao Cravo Bem Temperado das caixas de som. A loira, que estava olhando por uma janela próxima, fita-o levemente surpresa. Modius vem da porta em passo acelerado – com os olhos arreganhados, parecia à beira de um frenesi.
Modius, Príncipe de Gary
SENHOR NIRN!
Então controla o tom de voz. Há um evidente esforço, as mãos crispadas com força. Todo o seu corpo parecia a ponto de explodir.
Modius, Príncipe de Gary
Eu não consigo entender o apreço de alguém da sua idade por estas… estas músicas de moleque! Mas peço encarecidamente que respeite Bach!
Neste ponto todos pareciam atentos ao pequeno conflito. A exceção era o "Sr. Lucian", que não esboçava qualquer reação.
"Sinto muito, Vossa Excelência, não era de minha intenção estragar o momento.", respondo calmamente. E trago o cigarro para uma pequena pausa, e continuo. "Eu não conheci pessoalmente, mas me lembro de ouvir falar sobre ele quando eu era mais jovem, e até onde eu posso me recordar, ele era um espirituoso e alegre musicista." E finalmente: "Desculpe minha indelicadeza, Vossa Excelência, eu deveria ter perguntado antes pela preferencia, se Vossa Excelência permitir, posso tocar Bach na minha harmônica. Sou muito mais apreciador de instrumentos reais do que equipamentos de som gravado. E como o grande Bach, deixe-me improvisar uma música dele que eu recordo, é... Ária na corda Sol. Vamos lá, permita-me eu me retratar de minha garfe."
Então ergo a harmônica aos olhos do Príncipe, e com um sorriso olho para ela e para o Príncipe, esperando que ele me responda se me autoriza a tocar Bach na pequena gaita de boca.
Off:
"Com o meu sorriso simpático à mostra tento convencer o Príncipe usando minhas melhores palavras, quero usar Carisma + Expressão para convence-lo, e uso 1 FdV para isso
_________________
— "Às vezes, para fazer as coisas direito você tem que fazer coisas erradas. Estou disposto a fazer essas coisas. Eu sempre estive disposto a fazê-las"
Legenda:
'Pensamentos' i 0066ff | — "Falas" b ff9900 | ||Disciplinas|| b ff3300 | Qualidade é representada por um +, e Antecedente por um * | (Off) ff66ff Serif
Rugall escuta as palavras de Danov e engaja na conversa amigável.
Rugall: - Ah, New Jersey continua uma ótima cidade para os negócios, mas uma bagunça para os membros. Preferi me afastar de lá e procurar um local melhor para... investir.
Nesse meio tempo um novo homem chega ao recinto. Sr. Nirn ao que Rugall pode ouvir. Sua presença causa pouca comoção e logo ele toca sua gaita, tentando sobrepor o som ambiente... Rugall tenta entender se o cainita queria chamar atenção ou apenas causar um leve alvoroço. De qualquer forma tudo isso era insignificante para Rugall.
Rugall: - Diga-me Danov, você está em Gary a muito tempo? O que o trouxe aqui?
_________________ Já dançou com o diabo sob a luz do luar?
Modius ergue uma sobrancelha, com um leve sorriso no rosto. Ele faz um gesto curto de cabeça para seu servo, que desliga o som. No silêncio total, todos os Membros da sala se voltam para a pequena cena, o Gangrel tornando-se o centro das atenções da Família.
Havia algum ceticismo em Modius, mas ela foi desaparecendo enquanto a música era tocada. O Príncipe descruzou os braços por um instante e seu rosto ficou embasbacado. Nirn havia posto toda sua força naquilo, toda sua concentração. Não foi a obra completa, que prosseguia por mais de uma hora, apenas uns quatro ou cinco minutos, mas foi o suficiente. Quando terminou Modius piscou duas vezes antes de retomar a compostura – e aplaudiu. Os demais acompanharam.
Modius, Príncipe de Gary
Muito… muito bom. De fato, possui grande habilidade. Talvez devesse fazer um sarau qualquer dia.
O Príncipe deu outro sinal ao servo, que religou o som. Outra mulher aproximou-se, juntando-se à loira de antes.
Cassandra Valdéz
Devo dizer que foi muito bom, senhor... Nirn, não é? Prazer em conhece-lo, sou Cassandra Valdéz.
Allicia
E eu sou Allicia. Isto foi, de fato, muito bom. É um grande artista, pelo que vejo. Ah, este é Michael.
O rapaz loiro encolhido atrás de Allicia (embora bem mais alto que ela), com as mãos enfiadas nos bolsos, faz um gesto de cabeça e murmura um "boa noite" quase inaudível.
Off:
Gastou 1 FV para Carisma 3 + Expressão 0, 1 sucesso (1 automático).
Gastou 1 FV para Destreza 4 + Performance 1 (gaita de boca), 5 sucessos (1 automático).
Sim, soube que teve... "problemas advocatícios", não é mesmo? Mas se quer um lugar para investir, então não recomendo esta cidade. Ela está mais morta do que nós.
Ele fala sem alterar sua expressão ou voz, de forma seca e direta.
Alexander Danov
Cheguei há alguns meses. Sou um andarilho, não permaneço muito tempo em um só lugar.
Eu recomendaria...
Mas não completou o que dizia. O som havia sido desligado e todos voltavam suas atenções ao recém-chegado, que havia sido anunciado como "Nirn". Rugall viu uma imagem que o remeteu a uma matilha de lobos – ou chacais – cercando o homem acuado contra a parede. Como Orfeu contra Cérbero, ele pôs a gaita entre os lábios. E tocou.
Era... muito bom. Rugall não tinha o necessário para avaliar o talento artístico dos outros, mas não era surdo e reconhecia um instrumento bem tocado. Desafiado, o homem enfrentou a todos ao tocar exatamente a mesma música que era executada pelo CD-player. Ele não tocou a música inteira, na verdade foram somente uns quatro ou cinco minutos, mas foi o suficiente.
Ao lado dele Danov, que havia focado no espetáculo como todos os demais, assentiu, satisfeito.
Alexander Danov
Aquele homem poderia ter saído daqui destruído, sua reputação arruinada, mas conseguiu se safar muito bem. Bem, suponho que todos temos nossos meios de nos destacar, não é?
Protagonista:
Rugall Bernstein. PS(10) 09; FV(6) 6; Vitalidade: OK.
((Nas próximas socializações, procuro sempre usar toda a minha Etiqueta para não cometer garfes))
Me inclino em agradecimento, e sorrio orgulhoso para o Príncipe. E digo sem emitir sons, apenas mexendo os lábios, mas que fica bem claro o que quero dizer, que seria um "Muito obrigado, Vossa Excelência", com muito decoro.
Imediatamente volto a minha atenção para os três que se aproximam de mim.
"Boa noite senhoritas, e senhor, prazer em conhece-los. Muito obrigado pelos elogios, mas tenho certeza que vocês têm dons melhores que os meus, eu sou apenas um humilde instrumentista que quis complementar a grandiosidade deste noite, não que precisasse realmente, a beleza de vocês e a presença de nosso Príncipe são mais do que o suficiente para a magnificência desta comemoração. E eu teria um grande prazer em conhece-las melhor..." e dou a deixa para que falem um pouco sobre si.
E enquanto aguardo a resposta delas, guardo minha gaita, e trago mais uma vez o cigarro, e disperso a fumaça com cuidado para não ser rude com ninguém.
_________________
— "Às vezes, para fazer as coisas direito você tem que fazer coisas erradas. Estou disposto a fazer essas coisas. Eu sempre estive disposto a fazê-las"
Legenda:
'Pensamentos' i 0066ff | — "Falas" b ff9900 | ||Disciplinas|| b ff3300 | Qualidade é representada por um +, e Antecedente por um * | (Off) ff66ff Serif
((Continuo usando minhas habilidades de etiqueta))
Aceno com respeito para o Príncipe para me despedir dele, e volto minha atenção para as mulheres, ás quais ouço com atenção, pois preciso entender a política local.
Allicia escreveu:Mas onde aprendeu a tocar tão bem, Sr. Nirn?
"Prática, muita prática, nada se consegue milagrosamente, acredito eu. Ouvindo os melhores que eu, observando e repetindo suas técnicas, ah, e muitos erros, até aprender um pouco. O que, claro, ainda tenho muito que melhorar. Quero desenvolver o dons com outros instrumentos, mas preciso de bons professores para isso. Eu gosto de ter novas experiências."
Me viro para Cassandra, e falo: "Uma peça, uau, eu adoraria ouvir a senhorita cantando, afinal, uma cantora lírica, eu teria muito o que observar e aprender. Se ainda tiver ingressos e for cantar pela cidade eu adoraria ir."
((Dependendo da resposta de Cassandra, continuo com a Allicia))
Spoiler:
Então trago mais um pouco do cigarro e continuo para Allicia. "Mas, a senhorita disse socialite, em que ramo atua? Se não se importa de dizer."
_________________
— "Às vezes, para fazer as coisas direito você tem que fazer coisas erradas. Estou disposto a fazer essas coisas. Eu sempre estive disposto a fazê-las"
Legenda:
'Pensamentos' i 0066ff | — "Falas" b ff9900 | ||Disciplinas|| b ff3300 | Qualidade é representada por um +, e Antecedente por um * | (Off) ff66ff Serif
Rugall nota o acontecimento assim como Danov e fica atento enquanto todos ali voltam suas atenções a ele. Por fim um ato notável com sua gaita e Danov faz o seu comentário.
Rugall: - Concordo com você Danov. Alguns são mais conservadores e outros se arriscam mais. E quanto maior os riscos maiores os espólios... ou o tombo.
Rugall se vira novamente para Danov e continua a conversa.
Rugall: - Um andarilho? Mas isso é muito interessante. Deve ter visto muitas coisas em muitos lugares. Quanto aos meus investimentos... Tenho meus planos para Chicago e para cá. Quanto ao fato da cidade estar "morta", bem, foi exatamente isso que me chamou a atenção. Acho que existe um potencial oculto em Gary e eu quero aproveitá-lo.
Rugall dá mais uma olhada no lugar, olha como o novo rapaz atrai a atenção de todos e continua a falar.
Rugall: - Para fazer o que quero, creio que precisarei fazer concessões e negócios com a maioria dos membros daqui. Cada um possui uma "expertise" que me agrada e seria útil para os negócios. Mas diga-me, você estava prestes a me aconselhar em alguma coisa! Se tem algo que eu valorizo são bons conselhos.
_________________ Já dançou com o diabo sob a luz do luar?