Chicago Noturna: Forjado em Aço

Nirn tenta limpar-se, mas é impossível retirar manchas de sangue sem um tratamento profissional, de modo que as mangas de sua jaqueta, assim como seus sapatos, estão praticamente condenados. Ele teria que ter isso em mente quando fosse deixar a festa mais tarde – principalmente considerando o exército de policiais nas ruas ao redor.

Lucian

Valeu à pena?

Lucian passa por ele rapidamente, dizendo isso sem nem mesmo desviar o olhar. O ancião se limita a simplesmente acenar para Modius com a cabeça em um movimento quase imperceptível antes de deixar o salão. Rugall já havia partido e Nirn viu Cassandra se despedir do Príncipe e deixar o salão acompanhado de um dos rapazes – a mulher negra parecia olhar o casal com uma expressão de desapontamento. Ao que parece a festa estava no fim.

Passam-se alguns poucos minutos e um segurança corre até Modius e sussurra algo em seu ouvido. Neste momento o Malabarista sai do salão por outra porta, como se tivesse muita pressa, deixando suas duas convidadas para trás.

Johnston, o mordomo, anuncia um novo convidado. Àquela hora?

Johnston

Senhora Annabelle Triabel!

Os Membros ali presentes param o que estão fazendo. Allicia parece em dúvida, mas então se posta, firme. Modius permanece onde está, também aparentando resolução.

Uma mulher loira entra pela porta. Na casa dos trinta anos, olhos azuis, usando um casaco de pele legítima, tão magnífica como uma rainha, tão bela como uma deusa! Nirn não consegue desviar sua atenção dela, como se fosse a única criatura presente digna de sua total atenção.

A mulher olha para todos os presentes e sorri – Nirn se sente atingido em cheio, como se aquele sorriso pudesse justificar toda sua existência. Nem o próprio Sol, uma lembrança distante de tempos antigos, poderia ser tão brilhante quanto aquilo.

Para sua profunda tristeza, a mulher segue na direção do Príncipe e para diante dele. Modius então parece se recordar de algo e beija-a na face. Então ela lhe estende o braço e ambos saem enquanto ela parece pedir desculpas com o olhar. Mas qualquer pecado que ela pudesse ter tido, Nirn a perdoaria sem hesitar.

E então... se vai. Tão logo a mulher deixa o recinto com o Príncipe o mundo parece voltar a ser mais sombrio. Nirn permanece alguns instantes abalado – e percebe que não é o único, pois outros também estavam atordoados. Allicia parecia estar furiosa, seu rosto crispado de raiva. Mas ela se recompõe rapidamente.

Então ele começa a ouvir gritos abafados vindo do escritório de Modius. Por fim as palavras se tornam tão altas que todos podem ouvir o que é dito.

Modius, Príncipe de Gary

COMO ELE OUSA DAR-ME ORDENS DESSE JEITO? COM JUSTICAR OU NÃO, ISSO EU NÃO TOLERAREI!

Então Annabelle diz algo – Nirn, estando perto, consegue ouvir um pouco.

Annabelle Triabell

Acalme-se. A linguagem dele é um pouco forte, mas vocês dois precisam fazer concessões.

O Príncipe parece se acalmar e falar em tom mais baixo, de modo que ele não consegue mais ouvir. Após alguns instantes Triabell sai – e novamente aquela sensação, a de que aquela mulher era o ser mais importante do mundo e ele podia se contentar em apenas ficar sob sua sombra. A mulher deixa o salão e parte, levando toda a sua aura divina consigo. Se ainda pudesse respirar, Nirn estaria soltando o ar dos pulmões neste momento.

Ele mal percebe Modius ao lado dele e só o nota quando começa a falar aos presentes.

Modius, Príncipe de Gary

Lodin, aquele crápula, enviou-me uma carta contendo uma série de ofensas. Ele nos considera, a todos, como se fossemos seus súditos. O canalha não deve ter o direito de ter tais ilusões. Assim que decidi enviar emissários para que levem uma carta minha para ele.

Ele então se vira para alguns dos Membros enquanto cita seus nomes.

Modius, Príncipe de Gary

Senhor Nirn, Srta... Evelyn. E você também, Srta. Salander, não pense que não a vi aí. E também o Sr. Bernstein, que já nos deixou. Ligarei para ele. Aproximem-se, por favor.

As duas mulheres cruzam o salão até estarem próximas ao Príncipe e de Nirn. Modius volta a falar a eles, mas em voz alta para que a corte os ouça.

Modius, Príncipe de Gary

Não tolerarei mais as interferências daquele sujeito nossos assuntos. Assim que passo a vocês a missão de entregar uma carta ao Príncipe de Chicago, Lodin, na qualidade de Legados de Gary.

Ele fala isso com muita pompa – parecia algo importante.

Modius, Príncipe de Gary

Devem partir amanhã. Podem se reunir aqui e seguir viagem ao anoitecer. Uma vez com Lodin, não me importo que satisfaçam parte de suas ilusões de poder – se ele disser a vocês que se apresentem formalmente, façam-no. Ele é cheio de salamaleques e idiossincrasias absurdas, mas apesar de tudo ele é um Príncipe da Camarilla como eu. A carta contém meu desagrado. Tomem cuidado para não romper o selo, não quero que ele pense que o documento possa ter sido adulterado por alguém.

Ele entrega a carta a Nirn.

Modius, Príncipe de Gary

Desejo uma boa sorte e uma boa noite.

A festa terminou. Como se um gongo silencioso tivesse sido tocado os convidados despedem-se do anfitrião – que deixa de prestar atenção aos seus agentes comissionados para cuidar deles – e começam a deixar a casa. Antes de partir, Isadora se aproxima do trio.

Isadora Auditore

Não os invejo por arrumarem uma missão como essa, sem pagamento e pouca glória. Cuidado com Chicago – escolhi viver em Gary porque é uma vizinhança tranquila, enquanto aquela cidade é um ninho de víboras e escorpiões. Se tiverem problemas, recomendo que visitem o Succubus Club e procurem por Sir Henry Johnson. Deem-lhe este cartão e ficarão bem.

Ela lhes estende um cartão, que Evelyn pega. É negro, com o nome Succubus Club em vermelho e branco.


O cartão pode ser aberto e, dentro, está o nome "Auditore", escrito em uma caligrafia muito bonita, com o "A" inicial do sobrenome diferente, como um triângulo com a base curva – um tipo de adaga estilizada, pelo que parecia.

Modius, Príncipe de Gary

Hunf. O Succubus Club nada mais é senão um reduto da escória de nossa espécie. É para aqueles que fingem possuir espírito, quando na verdade não o possuem."

Isadora Auditore

Vossa Excelência pode recomendar um lugar melhor para eles irem em caso de necessidade?

Modius parece pensar por um instante.

Modius, Príncipe de Gary

Não. Infelizmente não sei onde aquela víbora poderia ser encontrada, uma vez que não piso naquela cidade imunda dele há décadas! Vocês terão que procurar por ele.

Isadora faz um gesto de "então acho que está tudo claro". Ela parte desejando boa sorte a eles.

Não havia mais o que fazer – a sorte havia sido lançada e eles deveriam embarcar em uma jornada para Chicago.

FIM DA PARTE I

Lizzy permanecia perto da porta, considerando seriamente ir embora dali o mais rápido possível – a Camarilla definitivamente não era sua praia e ela não queria se envolver com aquelas pessoas.

Ela viu um dos convidados partir, passando por ela como se não existisse. Talvez isso fosse um bom sinal – se os convidados estavam indo embora, então a festa já tinha terminado?

Quando já ia se aproximando sorrateiramente da porta, viu o Malabarista indo embora pelo outro lado. O que ele estava fazendo? Então o mordomo se aproximou – e abriu a porta, anunciando alguém. Lizzy se espremeu no canto, tentando passar despercebida pelo recém-chegado. Talvez até usar isso como cobertura para dar o fora dali.

Johnston

Senhora Annabelle Triabel!

Ela se virou a tempo de ver uma... deusa! A mulher diante dela era magnífica – havia uma sensação absoluta de poder, mas era mais. Era como se fosse realmente uma divindade. Lizzy não podia ter mais nada em mente, a ideia de fugir havia desaparecido subitamente. Como ir embora de um recinto que tinha tal ser presente nele? Ela permanecia embasbacada enquanto a mulher sorria para os presentes – sorria para ela! – e seguia em frente. Lizzy manteve seu olhar nas costas daquela dama loira de passos firmes e caminhar sensual. Ela a viu cumprimentar Modius e se sentiu vazia quando os dois entraram no escritório do Príncipe.

Permaneceu ainda embasbacada por alguns minutos – nunca em sua curta vida imortal tinha sentido algo assim antes. O que havia sido aquilo? Mal notou Evelyn ao seu lado até que esta falou.

Evelyn

Mas que diabos foi isso, Lizzy?

A Ravnos não tinha ideia. Ela ainda tentava racionalizar o ocorrido quando ouviu gritos de raiva de dentro da outra sala. E o Príncipe gritou.

Modius, Príncipe de Gary

COMO ELE OUSA DAR-ME ORDENS DESSE JEITO? COM JUSTICAR OU NÃO, ISSO EU NÃO TOLERAREI!

Evelyn olhou para Lizzy com surpresa. Em alguns instantes Annabelle voltou a surgir – e aquela sensação veio novamente, com toda a força possível. Deus havia descido em forma de vampira e Lizzy era apenas uma ovelha esperando pelo abate. A mulher partiu rapidamente e novamente a sensação esmoreceu. Ainda havia algo ali, Lizzy sentia. Era mesmo como se um ser superior tivesse caminhado ao seu lado. Ela só não conseguia entender aqueles sentimentos confusos e conflitantes.

Modius apareceu logo depois e falou com eles, mas ele era apenas uma sombra patética em relação à Annabelle. Lizzy descobriu-se sentindo saudades da mulher, embora nunca a tivesse encontrado antes.

Modius, Príncipe de Gary

Lodin, aquele crápula, enviou-me uma carta contendo uma série de ofensas. Ele nos considera, a todos, como se fossemos seus súditos. O canalha não deve ter o direito de ter tais ilusões. Assim que decidi enviar emissários para que levem uma carta minha para ele.

Ele então se vira para alguns dos Membros enquanto cita seus nomes.

Modius, Príncipe de Gary

Senhor Nirn, Srta... Evelyn. E você também, Srta. Salander, não pense que não a vi aí. E também o Sr. Bernstein, que já nos deixou. Ligarei para ele. Aproximem-se, por favor.

As duas mulheres cruzam o salão até estarem próximas ao Príncipe e de Nirn. Modius volta a falar a eles, mas em voz alta para que a corte os ouça.

Modius, Príncipe de Gary

Não tolerarei mais as interferências daquele sujeito nossos assuntos. Assim que passo a vocês a missão de entregar uma carta ao Príncipe de Chicago, Lodin, na qualidade de Legados de Gary.

Ele fala isso com muita pompa – parecia algo importante.

Modius, Príncipe de Gary

Devem partir amanhã. Podem se reunir aqui e seguir viagem ao anoitecer. Uma vez com Lodin, não me importo que satisfaçam parte de suas ilusões de poder – se ele disser a vocês que se apresentem formalmente, façam-no. Ele é cheio de salamaleques e idiossincrasias absurdas, mas apesar de tudo ele é um Príncipe da Camarilla como eu. A carta contém meu desagrado. Tomem cuidado para não romper o selo, não quero que ele pense que o documento possa ter sido adulterado por alguém.

Ele entrega a carta a Nirn.

Modius, Príncipe de Gary

Desejo uma boa sorte e uma boa noite.

A festa terminou. Como se um gongo silencioso tivesse sido tocado os convidados despedem-se do anfitrião – que deixa de prestar atenção aos seus agentes comissionados para cuidar deles – e começam a deixar a casa. Antes de partir, Isadora se aproxima do trio.

Isadora Auditore

Não os invejo por arrumarem uma missão como essa, sem pagamento e pouca glória. Cuidado com Chicago – escolhi viver em Gary porque é uma vizinhança tranquila, enquanto aquela cidade é um ninho de víboras e escorpiões. Se tiverem problemas, recomendo que visitem o Succubus Club e procurem por Sir Henry Johnson. Deem-lhe este cartão e ficarão bem.

Ela lhes estende um cartão, que Evelyn pega. É negro, com o nome Succubus Club em vermelho e branco.


O cartão pode ser aberto e, dentro, está o nome "Auditore", escrito em uma caligrafia muito bonita, com o "A" inicial do sobrenome diferente, como um triângulo com a base curva – um tipo de adaga estilizada, pelo que parecia.

Modius, Príncipe de Gary

Hunf. O Succubus Club nada mais é senão um reduto da escória de nossa espécie. É para aqueles que fingem possuir espírito, quando na verdade não o possuem."

Isadora Auditore

Vossa Excelência pode recomendar um lugar melhor para eles irem em caso de necessidade?

Modius parece pensar por um instante.

Modius, Príncipe de Gary

Não. Infelizmente não sei onde aquela víbora poderia ser encontrada, uma vez que não piso naquela cidade imunda dele há décadas! Vocês terão que procurar por ele.

Isadora faz um gesto de "então acho que está tudo claro". Ela parte desejando boa sorte a eles.

Não havia mais o que fazer – a sorte havia sido lançada e eles deveriam embarcar em uma jornada para Chicago.

FIM DA PARTE I

Rugall havia chegado ao seu refúgio com o homem e July. Este se debate sem conseguir se libertar do domínio do vampiro. Então ele escuta o telefone tocar. É Modius.

Modius, Príncipe de Gary

Sr. Bernstein? Aqui é Modius. Surgiu uma coisa, preciso que vá a Chicago pra mim. Outros irão acompanha-lo, venha encontra-los em minha casa amanhã, onde explicarei tudo. Recomendo seriamente que não traga servos que não possam se defender, detestaria que acabasse por perder algum ativo valioso em um serviço tão banal. Tenha uma boa noite.

Era isso, algo havia acontecido na festa após sua partida e agora teria que lidar com isso. Não havia mais o que fazer – a sorte havia sido lançada e ele deveria embarcar em uma jornada para Chicago.