O ancião parece prestes a saltar sobre
Henzel, mas então se detém e senta-se novamente.
Horatio Ballard
| Sua recompensa será sua vida. Não vale muito, mas é a única coisa que merece. Agora, respondendo suas perguntas... |
Ele toma um generoso gole de vinho e continua.
Horatio Ballard
| O refúgio do Príncipe foi atacado durante o dia, a porta de aço que deveria protege-lo foi arrancada à força. Isso foi dois dias atrás.
Vocês não têm permissão para contar a NINGUÉM sobre isso. Os únicos que sabem que Lodin desapareceu somos eu, o Xerife, Neally e os guardas de meu Senhor – e vocês, claro. Não devem usar meu nome com ninguém, ninguém mais deve saber sobre isso. A Primigênie saberá de mim.
Lodin nunca permitiria que inimigos existissem por aqui. Depois que esmagou aquele fracassado do Modius, não há rivais a ele nos Lagos.
Vocês podem começar sua investigação no refúgio dele. Perguntem sobre sua rotina aos guardas inúteis. |
Ele volta à sua comida.
Horatio Ballard
| Eu vou acompanhar vocês até o refúgio. Vamos terminar isso. |
Ele faz questão de terminar o jantar. Quando todos terminam de comer ele se levanta, agradece ao maître e parte, guiando os demais até uma limusine que aguarda do lado de fora.
A jornada leva cinco minutos, cruzando o centro, até que seu destino surge: um arranha-céu que se ergue como um dedo negro em direção à escuridão da noite invernal.
Antigamente conhecida como Sears Tower,
Willis Tower é uma parte icônica do horizonte de Chicago desde 1973. Com 110 andares, é um dos maiores arranha-céus do mundo. Não é surpresa para os
recém-chegados que seja também o refúgio do Príncipe desta metrópole.
Após algum tempo estacionando na garagem subterrânea por uma entrada própria e entrando em um grande elevador privativo (largo o suficiente para conter o enorme ancião Ventrue e os demais, assim como dois guardas, com folga), eles finalmente alcançam 107º andar, onde tem lugar um único vasto apartamento. Tão logo a porta se abre para o átrio e eles dão de cara com cinco oficiais uniformizados da Polícia Metropolitana. Balthazar passa direto sem nem dirigir-lhes o olhar.
Um dos guardas do ancião abre as portas duplas que levam ao resto do apartamento e fecha-as atrás deles quando passam. A primeira sala é uma câmara de entrada altamente decorada com móveis variados que não se destinam a ser realmente usados. Pinturas caras e originais revestem as paredes, a maioria delas de pintores renascentistas.
Ele os guia pelo corredor à esquerda, passando por portas que levam à sala de jantar e cozinha. Ao final do corredor uma porta aberta revela um alojamento – um quarto espaçoso com beliches e armários para seis pessoas, uma porta que provavelmente leva ao banheiro. Há três pessoas ali dentro, duas mulheres, um homem, todos usando ternos cinzentos bem cortados, sentados em sofás em total consternação, olhando para o chão. Balthazar para um instante ali e olha para eles, então vira à direita e indica aos
vampiros uma sala à esquerda, cuja porta está aberta e revela um escritório.
Há um cadáver sentado na cadeira atrás da escrivaninha, curvado para trás, um buraco de bala em sua cabeça, sangue por todos os lados. O lugar contêm estantes e armários que estão abertos e vazios, além de duas pinturas.
Horatio Ballard
| Todo documento sensível foi removido pelo meu pessoal, então nem pensem em descobrir os segredos do Príncipe. Mas o corpo não foi mexido. |
Há um jogo de xadrez em um canto, as peças estão dispostas em configuração específica que talvez alguém com conhecimento no assunto possa entender. Há um bilhete sobre o tabuleiro.
Atrás do homem assassinado uma estante de livros foi movida para o lado, revelando um cofre – a porta de aço que deveria fechá-lo está no chão. Como Balthazar havia dito, ela claramente havia sido arrancada à força, pelas dobradiças – um feito impressionante digno dos Membros com maior Potência.
Leon reconhece que ele mesmo poderia tê-lo feito e o responsável, portanto, era pelo menos tão forte quanto. Claro, como havia ocorrido durante o dia, talvez outra criatura fosse a responsável por isso...
Horatio Ballard
| Natasha! |
Uma das mulheres deixa o quarto rapidamente e se posta em posição de "descansar". A arma é perceptível no coldre sob o braço.
Natasha
| Sim, senhor! |
Sua voz é firme e sua expressão é profissional. Ela não encara o vampiro ou qualquer dos presentes.
Horatio Ballard
| Natasha estava responsável pela segurança aqui no dia do ataque. Trouxe eles para consertar seu erro, Natasha. Responda suas perguntas. Eu vou esperar na câmara, vamos ver que mágica vocês vão fazer... |
Dito isso ele sai, deixando o grupo livre para investigar o lugar.