O Culto Maligno...

Com a mulher sob o seu comando, D'la Fere traçava o destino dela de forma cruel. O vampiro abre uma ferida em seu próprio pulso e ordena que a pobre mulher beba de sua vitae. A jovem fazia exatamente o que o vampiro desejava. Ela inclinava sua cabeça para trás, abria seus lábios negros e colocava a ponta da língua para fora, apenas esperando o sangue do vampiro pingar na sua boca...

_ está sentindo... Percorrer pelo seu corpo criança, beba... O quê você sente?

O sangue descia pela garganta daquela mulher, lhe causando uma sensação de prazer jamais sentida antes. D'la Fere podia perceber a respiração da mulher ficando mais acelerada, suas pupilas começavam a se dilatar e instintivamente ela agarrava o braço do vampiro para poder sugar "aquilo" direto da fonte. D´la Fere sentia aquela boca carnuda fazendo pressão em sua pele morta e sugando sua preciosa vitae. Ela não conseguia nem mesmo responder a pergunta do vampiro, apenas queria mais mais e mais...

_Você quer mais? Posso lhe dar se você for bem obediente! Preciso que faça algo para mim essa noite! Posso contar com você?

Dizia o vampiro enquanto retirava seu pulso dos lábios da mulher. Ofegante e em êxtase ela respondia...

- O que foi isso? Porque me deu seu sangue? Uau, isso é muito bom... O que é você? Me diga, o que quer que eu faça pra você?

Claramente ela estava andando sobre uma linha tênue entre a estranhesa daquela experiência e o desejo de ter mais daquele líquido rubro e tão doce.

Abigail estava excitada com as possibilidades daquela noite. Tudo estava saindo como o esperado e o mais importante, como o desejado. Tão logo a vampira respondia Camila, e a caixa do pub respondia novamente...

Diálogo escreveu:Camila - Olha, eu já peguei serviço, mas posso dar uma escapadinha por uns dez minutinhos. O movimento aqui ainda tá tranquilo.

Abigail - 10 minutos... Pode sair do bar? Se não pode vamos para dentro do banheiro.:yum::smirk:

Camila - Uau, você não perde tempo! Prefiro sair, pra não queimar meu filme aqui no serviço. Mas é 10 minutos hein! - Reforçava a garota preocupada com o seu expediente.

Abigail - Nem 1 minuto a mais. prometo! E você não vai se arrepender. Onde eu te busco?

Camila - Pode vir aqui no bar, vou falar que preciso sacar uma grana para uma amiga e logo volto.

A vampira checava no google maps a localização exata do bar. Apesar de ter estado lá na noite passada, ela não deu tanta importância para o passeio. Logo que encontrava a localização, ela acionava o GPS e segui seu destino.

...

A ancila estaciona poucos metros antes do bar. Ela logo podia ver Camila que a esperava no passeio, do lado de fora e em frente o pub. A vampira sinaliza para a garota que logo percebe que o piscar de faróis era para ela. A vampira acende a luz interna do veículo revelando assim seu rosto para a jovem loira. Um sorriso acompanhado com uma cara de surpresa preenchia o rosto de Camila. Empolgada, ela caminhava até a vampira, como um rato vai para a boca da cobra sem saber seu destino cruel.

- Uau! Que carrão você tem! Ela abria a porta do carro e se sentava ao lado da vampira. Fingindo inocência mas com uma pitada de más intenções, Camila pergunta para a vampira... - Então, onde vai me levar?

[off: post adiantado por WhatsApp]

Muito bem, então. Espero que não nos arrependamos disso.

Ecaterina apenas olha de relance por de cima do seu ombro esquerdo e brevemente responde: - Não vamos. Realmente existe um perigo, e é justamente por isso que estás aqui. Grandes coisas virão meu querido, prepare-se. Mas agora, vá descansar.

Alex se retira do quarto de sua sire e segue para os seus aposentos. Em sua mente, várias questões. Mas ele entende que naquele momento, não era hora para tais esclarecimentos, a próxima noite seria esclarecedora, ele deduzia.

Em seus aposentos, ele recebe uma mensagem no celular.

Emilia Tawil escreveu:

Weise, estamos hospedadas em um hotel mais simples bem próximo ao seu. Vou lhe mandar a localização. Qualquer coisa me chama. Bom descanso.

...

O brujah decide aproveitar os últimos minutos daquela noite para tentar invocar Margot. Mesmo com os conselhos de sua senhora, ele queria ter sua própria perspectiva a respeito da real situação e, sabia que Margor seria indispensável para isso. Ele fechava os olhos e se concentrava na imagem, na voz, no jeito... em todas as características da pequena Margot, principalmente no nome, que ele dizia em voz baixa repetidas vezes, criando assim uma conexão entre o mundo real e o espiritual. A imagem da garota começava a se formar diante dele, mas ela não se completava. Sussurros inaudíveis eram detectados por seus tímpanos. Mas em meio aqueles barulhos sem sentido, ele conseguia entender uma frase curta que lhe chama a atenção. "cuidado com o culto..." O quarto começava a ficar escuro, sem que o vampiro pudesse reagir, as trevas tomavam conta de todo o ambiente a sua volta, mais uma vez, o sono da morte.

Agora sim as intenções do lasombra começavam a ficar bem definidas. Ângelo não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo, mas se tivesse uma representante, seria de boa ajuda.

_Preciso que vá até um lugar para mim, "bar do texugo" as 23hrs e encontre uma figura chamada Santon e se apresente como minha representante, vc estará lá para ver o que o senhor Santon tem a me oferecer, seduza-o e traga o máximo de informações que conseguir. Nós encontramos no meu AP ao fim desse noite. Te darei mais do que quer...

D'la fere após as instruções enviava uma mensagem para Santon:

" Terei um compromisso essa hora, estarei enviando uma representante, passe tudo que for preciso para ela, te retorno em breve"

Procurava em sua agenda o contato com o nome de Ynna, e mandava outra mensagem:

" Estou em Paris, já estou sobre o olhar do principado, sem aliados por perto preciso me armar da melhor forma! Preciso de um encontro com uma cabala bem específica, espero que possa usar de sua influência para me ajudar!
Necessito de rituais do abismo!"

D'la fere há muito tomou conhecimento sobre esse grupo de lasombras que praticavam rituais do abismo, conhecido como "os obscurecidos". Na America nunca teve a chance de se encontrar com um desses membros, pois se trata de uma cabala bem antiga! Talvez no berço da civilização ocidental ele poderia ter maior sorte!

Após essa mensagem ele a apagava.

Com mais de um compromisso naquela noite, D'la Fere era engenhoso para estar nos dois ao mesmo tempo. Ele sabia que pelo menos no da corte parisiense ele teria que estar presente de corpo, porém, talvez o encontro com Santon poderia ser através de um representante...

_Preciso que vá até um lugar para mim, "bar do texugo" as 23hrs e encontre uma figura chamada Santon e se apresente como minha representante, vc estará lá para ver o que o senhor Santon tem a me oferecer, seduza-o e traga o máximo de informações que conseguir. Nós encontramos no meu AP ao fim desse noite. Te darei mais do que quer...

A mulher pedia mais detalhes como a aparência de Santon entre outros, que o neófito passava.

Resolvido essa parte, o lasombra agora tentava fazer contato com sua sire.

Estou em Paris, já estou sobre o olhar do principado, sem aliados por perto preciso me armar da melhor forma! Preciso de um encontro com uma cabala bem específica, espero que possa usar de sua influência para me ajudar! Necessito de rituais do abismo!

Poucos minutos se passam e uma resosta chega em seu telefone, fazendo o aparelho dispertar um alerta sonoro. O vampiro pega o smarthphone e desliza o dedo até a conversa com sua mentora, apesar de já ter apagado a primeira mensagem.

- Ora ora, se não é meu estimado D'la Fere! Também estou em Paris, acredito por motivos diferentes ao seu mas, seria ótimo lhe ver. O que está acontecendo? Me parece meio afoito. Certas conversas não devem ser enviadas como um pedido num restaurante meu querido, encontre-me hoje e conversaremos melhor. estarei na pirâmide do louvre as 23h. Depois irei embora da França.

Agora o lasombra tinha dois compromissos e precisava escolher um deles. Ir a corte parisiense, que já sabem da sua presença na cidade e o aguardam, ou ir encontrar com sua sire, evento esse quase que impossível por ela ser quem ela é, e não estar disponível e muito menos acessível nem mesmo para suas crias, Pois suas atividades ecoavam em dimensões continentais.

Boa noite. Eu me preocupo com você, por isso queria que partíssemos rapidamente. Mas, muito bem, vamos enfrentar isso. Então, o que está acontecendo? Você sabe algo sobre um "culto"?

Ecaterina sorria na parte que lhe tocava, demonstrando um sentimento raro entre os da espécie. Empatia entre os iguais. Ecaterina estava tão calejada da vida, driblando as ameaças da Jyhad, que desfrutar desses momentos lhe era tão precioso que a anciã até esquecia que não passava de uma amaldiçoada, assim como uma criança da noite, a única diferença entre eles era o tempo, e o que isso implicava, mas no final, todos não passavam de amaldiçoados. Assim que Alex mencionava a palavra "culto", a feição da anciã mudava de leve e aliviada, para um pesar que ostentava preocupação real. Ela ajustava sua posição no sofá...

- Como sabe sobre isso?... Ah, é claro, os espíritos. Bom, sábios dizem que a ignorância, muitas vezes é uma bênção. Mas você insiste na maldição, não é mesmo? Eu não sei muito a respeito do Culto, mas sei que os boatos são reais e sinto um mal... um mal antigo prestes a despertar. Ecaterina se levanta, ficar sentada lhe parecia inadequado para tratar de um assunto tão relevante, pelo menos para ela até então. - Nos encontraremos com a corte hoje, muitas coisas serão esclarecidas. Não sei o que Beaumont (Príncipe de Paris) irá falar, e nem para quem ele irá falar, mas não deixe de ir. É uma noite importante meu bem.

Eu sorrio com o comentário de Camila sobre meu carro. Quando ela sentava-se ao meu lado eu respondia: - Sem você aqui do meu lado esse carrão perde todo o sentido. Então eu piscava e ela dizia:

- Então, onde vai me levar?

"Cheia de segundas intenções! Isso é ótimo!"
- Em breve irá descobrir. Eu deixava um ar de mistério, e acelerava com o carro para um lugar que eu tinha checado antes de ir buscar Camila. Uma rua arborizada, com pouca iluminação que com os vidros escuros do meu carro e a luz interna apagada tornava bastante difícil para alguém do lado de fora perceber alguma coisa. Assim eu estacionava em um local de pouco movimento e escuro o suficiente para poder tirar a roupa de Camila (ao menos a parte de cima).

Então desligava o carro e apagava as luzes. Checava o lugar com meu olhar atento (auspícius 1 - visão/ olfato/ audição para checar) e, certificando-me que estava tudo certo, voltava minhas atenções com os sentidos normais para Camila. Acariciava seu rosto e sem dizer nada, simplesmente a beijava. Começava com um beijo lento, romântico, leve e suave. E então aos poucos vou intensificando o beijo a medida que Camila excita. Minhas mãos percorrem o seu corpo procurando estimulá-la. E quando eu percebesse que era a hora certa, eu tirava os seios de Camila para fora da roupa, apalpando um deles com a minha mão enquanto colocava o outro dentro da minha boca. Então, neste momento eu iniciava o beijo vampírico, dando a Camila a "chupada" nos seios mais prazerosa que ela teria em toda a sua vida. (3 pds se for seguro. Se não, apenas 2).

Então eu passava minha língua sobre o seio de Camila, fechando a marca das minhas presas e depois sobre o outro seio, como se estivesse apenas acariciando-os.
- Acho que já deu os 10 minutos... Eu sorria para ver o que ela iria dizer.

Um local estratégicamente escolhido pela vampira servia de cobertura perfeita para as intenções macabras que a tremere tinha para com Camila. Dentro do carro, a caixa do pub experimentava sensações de prazer jamais sentidas antes. Abigail degustava do corpo e do sangue daquela mulher, fazendo ela atingir níveis de excitação jamais alcançados. Se é que dá para mensurar esse tipo de coisa, bom, mensurar talvez não mas comparar,aí sim havia a possibilidade.

O beijo vampírico era dado no seio faro de camila. Abigail perfurava a pele branca e macia com suas presas afiadas. Camila gemia e se retorcia enquanto segurava a cabeça da vampira e a pressionava contra seu próprio corpo. Abigail sente a temperatura dentro do carro se elevar, Camila começava a suar apesar do pouco tempo do beijo. Após extrair o suficiente para deixar a garota trabalhar sem nenhuma dificuldade naquela noite, Abigail cicatrizava a ferida com sua saliva finalizando o beijo. Ambas estavam em êxtase quando algo chama a atenção da ancillae.

Apesar de furtivo, Abigail podia ouvir passos se aproximando de seu carro. Algo se aproxima rápido do veículo. Os vidros estavam quase totalmente fechados, mas a vampira havia deixado apenas uma fresta quase imperceptível para que pudesse ouvir ou sentir o odor de qualquer ameaça que se aproximasse. Um cheiro de pelo invade as narinas da vampira, que ficava em alerta imediatamente. Os passos ficavam mais próximos e agora havia uma respiração ofegante. A vampira estava em um local afastado, arborizado, silencioso e agora além de passos, ela ouvia unhas baterem ao chão. Abigail se vira para confirmar o pior e como esperado, ela nota um cachorro grande que mijava no pneu do seu carro para marcar território.

O tempo de Camila havia se esgotado, a própria vampira ressaltava isso, por isso, ela ligava seu carro e seguia de volta para o Pub. Mesmo com os protestos de Camila que queria continuar ali por mais alguns minutinhos. - Preciso trocar de calcinha.... você é demais! Aquele comentário enchia o ego da vampira que apesar de ser membra de um clã voltado a ciência e disciplina, ela era bastante ligada as relações humanas e a aparência.

Assim que deixava Camila no pub, Abigail voltava a conferir seu telefone na esperança de haver alguma mensagem de Emily. Não que ela estivesse com saudade ou mínima vontade de ver a garota novamente, mas ela tinha um compromisso importante nessa noite e queria ir com sua reserva de sangue completa. Para sua sorte, Emily havia lhe mandado uma mensagem. A nerd não era tão atirada como Camila, ela havia enviado apenas um boa noite, despretencioso, mas de quem queria puchar conversa. Abigail ainda tinha duas horas antes do encontro com a corte. Mas sabia que era bomm chegar mais cedo.

Camila era uma mortal, que diferente de Emily, despertava-me uma espécie de paixão. Emily por sua vez despertava-me algo como uma sede de inocência. Não exatamente isso e aquilo, mas era o mais próximo que eu conseguia comparar.
Assim que deixava Camila no pub eu dizia: - Quero te ver amanhã!

E então eu seguia para o meu segundo compromisso naquela noite: Um compromisso de nome Emily. Uma garotinha que tinha algo particular e que também me deixava excitada de vontade de desfrutar de sua pureza que, de puro não havia nada.

Por mensagem eu dizia à Emily: - Quero te ver! Precisa ser agora! Onde você está?
Eu sabia que ela também estava com vontade de me ver. Ainda não estava escravizada emocionalmente, mas a nossa ligação já gerava nela o desejo de me procurar e de me ver e eu sabia disso (laço nível 1).

Após explicar os detalhes do encontro a sua nova dependente, Ângelo reencostava no travesseiro ponderando e planejando seus próximos passos...

Seu telefone vibrava sinalizando uma nova mensagem.


"- Ora ora, se não é meu estimado D'la Fere! Também estou em Paris, acredito por motivos diferentes ao seu mas, seria ótimo lhe ver. O que está acontecendo? Me parece meio afoito. Certas conversas não devem ser enviadas como um pedido num restaurante meu querido, encontre-me hoje e conversaremos melhor. estarei na pirâmide do louvre as 23h. Depois irei embora da França."

Os olhos de D'la Fere chegavam a brilhar, Anny não significava muito para o neofito mas tudo! Muitos veriam sua devoção a sua senhora como fraqueza, mas aquilo dava sentido a ele, muito do que fazia era por ela... Suas mãos eram rápidas assim como sua escolha!

" Estarei te esperando "

Em um pulo saia da cama e começava a se aprontar para o encontro, gastava seu sangue para ruborizada sua pele e fingia uma respiração, ainda estava cedo mas Ângelo não queria se atrasar. Ainda sem carro descia e pedia um táxi o qual o levaria direto Louvre, ficaria a apreciar a exposição até a chegada de Anny.

A paixão que D'la Fere tinha por sua sire era tante que sem hesitar, o neófito decide ir de encontro a ela, ignorando totalmente seu compromisso com a Camarilla. As funnções fora delegadas, e o plano do lasombra estava funcionando. O vampiro se arruma para o encontro e até mesmo gasta sua vitae para aproximar sua aparência pálida de um homem vivo. Do lado de fora do prédio, ele pegava um táxi que passava no momento. Experiente que era, ele sentava na frente, pois o retrovisor poderia lhe causar problemas. O motorista não se importou.

O taxista parecia ser indiano, ele era de falar muito, mas D'la Fere se reservava, falando pouco. Enfim chegavam a um dos museus mais famosos do mundo, o Louvre. O neófito pagava a corrida, descia do carro e caminhava lentamente até a famosa pirâmide de vidro. Havia poucas pessoas ali. Uns dois casais de namorados contemplavam a beleza arquitetônica do Museu, enquanto tiravam selfies ou se beijavam. O vento estava forte, e fazia com que os cabelos ruivos de uma das namoradas que compunham o cenário, dançasse no ar. Ela se encolhia de frio e seu namorado a abraçava mais forte, numa tentativa de lhe aquecer. Também passavam pessoas nos dois sentidos. Transeuntes cumprindo a rotina de suas vidas. Talvez indo embora do trabalho para a casa... Um perfume invade as narinas de D'la Fere, na mesma hora ele sabia que ela estava ali, Anny, sua criadora e musa inspiradora. Ele se vira contra o vento que lhe trouxe o perfume e a vê, parada a poucos metros dele, o observando com um olhar misterioso e quase um sorriso no rosto.


- Olá meu querido, é bom vê-lo novamente. Talvez, D'la Fere desejasse um encontro mais fervoroso, quem sabe como aqueles casais que a pouco etavam ali. Mas Anny fora sucinta. Ela se aproxima até ele e para. Ela o olha nos olhos e sorri. Ela lhe beija no rosto, com uma pequena parte do lábio pegando no lábio do neófito. - Está coradinho. Brincava a lasombra com a cor da pele de sua cria. - Diga-me, o que lhe aflinge?

A tremere degustava aquele momento como um sommelier degusta um bom vinho. Ela tinha opções e aquilo era uma caarícia para a sua vaidade. Não que fosse raro, mas ela nunca se enjoava de manipular as pessoas daquele jeito, principalmente usando de sua aparência. Assim que chega no pub, Abigail sugere um segundo encontro na noite posterior. Camila concorda sem pensar duas vezes. Para a surpresa de Abigail, a jovem lhe agarra e lasca um beijo quente em sua boca, bem na frente do pub, será que ela queria mostrar para alguém alguma coisa? Ou era apenas resquícios de um momento excitante?

...

Abigail respondia o "boa noite" de Emily querendo marcar um encontro. Logo o status digitando aparecia no alto da conversa. - Também quero te ver, mas agora não dá Estou da faculdade. Hoje tem prova no último horário, devo sair tarde. Agora estamos tendo revisão da matéria Abigail percebe que Emily não era como Camila, apesar de ter adorado a experiência e querer mais, apesar do ter provado a vitae da ancillae, ela tinha suas prioridades. Talvez essa fosse preciso mais níveis do laço de sangue para obter um controle maior da vida dela.

D'la Fere permanecia pensativo por quase todo o trajeto, mesmo com as falas interruptas do taxista a mente do cainita continuava longe... Talvez se lembrando de quando fora apresentado a Anny, sua memória o levava ao passado no momento em que a avistou pela primeira vez.
Pensava o quão subjetivas as coisas costumam a ser, como imaginar que um simples encontro poderia moldar décadas de
sua existência. Sra Lebou sempre fora um objeto de admiração por parte de Ângelo desde o início olhava para ela de uma forma diferente, sua firmeza e opinião forte fez com que florescesse em seu peito uma paixão avassaladora que perpétua até às noites de hoje.

Enfim o táxi chegava até seu destino... Já haviam se passado alguns meses desde o último encontro entre eles e agora estariam  frente a frente novamente.
Se suas ações lhe afastavam de sua humanidade estar na presença de sua siri o trazia de volta com toda força, como uma catapulta que lançara uma rocha em uma fortaleza Anny o lançava de volta ao seu lado humano. As pessoas iam e viam e eram observadas por D'la Fere inevitavelmente por horas sentia certa inveja e um pensamento surgia em sua cabeça. Se questionava  como seria sua vida ao lado de Anny se fossem meros mortais, as tardes que poderiam passar juntos, os almoços de domingo, ou um simples dia depois do trabalho. Ângelo via seu estado como uma benção, a imortalidade era sedutora, mas se tivesse a oportunidade de trocar tudo por uma vida normal e pacata ao lado de seu amor ele o faria sem exitaçao.

Foi quando perdido em devaneios sentia o cheiro daquele perfume, quebrava com a brisa e junto a ele os tons doces e cítricos misturavam com suas memórias quase que elucidando todo o imaginário do vampiro, bruscamente olhava na direção de Anny e mais uma vez, mais linda do que nunca, ela se aproximava...


- Olá meu querido, é bom vê-lo novamente. Talvez, D'la Fere desejasse um encontro mais fervoroso, quem sabe como aqueles casais que a pouco etavam ali. Mas Anny fora sucinta. Ela se aproxima até ele e para. Ela o olha nos olhos e sorri. Ela lhe beija no rosto, com uma pequena parte do lábio pegando no lábio do neófito. - Está coradinho. Brincava a lasombra com a cor da pele de sua cria. - Diga-me, o que lhe aflinge?

Apesar de desejar esse encontro de uma outra forma entendia os motivos e a discrição de Anny, quanto menos soubessem sobre o neofito mais eficaz seria sua estadia em Paris.

_ eu sinto sua falta Anny - D'la Fere dizia quase como um cochicho ao pé do ouvido da cainita.
_ rsrsrsr mas não pense que estou assim só pela preocupação em te ver! - com um sorriso e um tom irônico ele respondia sua senhora, deixando evidente sua intenção!
_ não vou mentir, minha vontade era concentrar meu sangue para outra coisa, não só dar uma "corzinha" a minha pele - maliciosamente falava o neofito.

D'la Fere sabia que teria de ser rápido pois Anny era quase uma nômade resolvendo problemas e arquitetando seus estratagemas pelo mundo.

_ estarei sobre observação, não fui recebido da forma que eu esperava, percebi uma inclinação a desconfiarem de mim. Preciso me estabelecer com agilidade na cidade, já comecei a
me mexer enquanto a lacaios e recursos, mas aliados aqui poderá ser uma tarefa complicada, preciso me proteger. Há muito ouvir falar sobre uma antiga cabala em nosso clã, desde então fiz algumas pesquisas mas nada muito concreto, então pensei que você por ser um membro antigo e com status no saba poderia me trazer alguma informação. Falo sobre os ritualistas do abismo.

Somos o Clã dos Sábios, não é mesmo? Não podemos nos dar ao luxo da ignorância, querida. E os ignorantes simplesmente morrem sem saber o motivo.

Um mal antigo? Um matusalém? Como aquilo que encontramos em Cartago?

Ecaterina sorria, e por alguns segundos olhava para a sua cria, como uma mãe orgulhosa. Logo ela deixava essa pose para responder Alex.

- Cada noite você afirma que fiz a escolha certa com você. Aquele cometário abria um leque para interpretações. Será um presente ser amaldiçoado para toda a eternidade? Ela continuava. - Você tem razão, a ignorância não tem espaço entre os nossos semelhantes... Ela parecia refletir sobre o que acabara de falar, e depois trazia uma justificativa mais coerente com a realidade. - Bom, pelo menos deveria ser assim.

- Respondendo sua pergunta, não, não se trata de um cainita antigo. Tudo que sei é que existe uma seita que vem se tornando uma ameaça. Hoje teremos mais detalhes.

Se vamos encontrar o Príncipe hoje, então vou me alimentar agora. Não é bom encontrar a Família estando com fome.

- Você tem razão, mas não há necessidade de sair para caçar, poupe suas energias. No meu quarto tem algumas bolsas de sangue no frigobar. Pode se servir a vontade. É só deixar alguns minutos fora da geladeira e logo ele estará na temperatura perfeita para o consumo... O que pretente fazer no intervalo antes da reunião?

[quote]- Também quero me aclimatar melhor, vou dar uma checada em algum ponto de encontro do nosso Clã. Pode indicar algum?[quote]

- Bom, nossos domínios estão bem restritos na cidade de Paris. Na verdade, o único distrito que nos restou foi Ménilmontant. Existe um café que funciona a noite, bem em frente a praça principal, nossos semelhantes costumam se reunir lá. Vamos até o meu quarto, quero lhe dar algo, enquanto você se alimenta.

Os dois seguiam para o quarto da Anciã.- Fique a vontade. Dizia ecaterina enquanto entrava em seu closet, saindo da linha de visão de Alex. O neófito se saciava com aquelas bolsas de sangue, não que aquilo fosse um manjar, mas servia para o propósito. Ecaterina volta para o ambiente e se aproxima de Alex. Ela segurava sua mão esquerda e guardava um anel nela, fechando-a depois de deposita-lo. - Use isso, servirá para lhe identificar entre os nossos, e não serás tratado como um estranho.

Artefato:

- Sei que não faz o seu estilo, mas também não é preciso usa-lo o tempo todo. Pelo menos até os outros se familiarizarem com você, acho útil usar quando estiver no Ménilmontant.

A presença de Anny mechia com os sentimentos de D'la Fere. Algo de se surpreender. A caminhada do vampiro até aqui, lhe endureceu muito, criando uma casca. Ele tinha boas intenções, mas não media esforços e nem se importava com as consequências para alcaçar os seus planos. No fundo de sua alma podre, ele acreditava que estava trabalhando por um bem maior.

Mas toda isso, era simplesmente deixado de lado quando na presença da anciã. Ela tinha um poder sobre ele que talvez ela não teria percebido... será? Em meio a insinuações maliciosas, o vampiro tocava no assunto que ensejou aquele encontro. Ele queria se aprimorar, ele queria aprender poderes antigos e poderosos, poderes esses que quase ninguém conhecia, até mesmo dentro do clão, tais rituais era desconhecido para a grande maioria. A feição de Anny mudava imediatamente...

- Quem te falou sobre isso? A ancião, mesmo com todo o seu poder e idade, parece preocupada ao falar do assunto. - Você não sabe o que está dizendo, quer um conselho? Esqueça isso. Aquilo incomodou Anny profundamente, a ponto de D'la Fere perceber uma inclinação da lasombra a deixar o local. - Sério D'la Fere, esqueça isso. Gosto de você existindo, gostaria que continuasse assim. Ela o abraça num gesto caloroso e preocupado. Ela fechava seus olhos e se recostava a cabeça sobre os ombros do neófito. Um silêncio tomava conta do ambiente, D'la Fere podia ouvir as nunces da natureza de maneira mais nítida agora. O assobiar do vento frio que insistia em açoitar os dois, o guinchar de morcegos que ora sim ora não faziam um rasante próximo a cabeça deles, motores de carros ao longe, luzes de faróis que deslizavam pelo cenário. Esse momento era eternizado pelo abraço de Anny, e D'la Fere se esforça para gravar em sua memória cada mínimo detalhe daquele momento.

Mas algo lhe incomodava, a resposta de sua Sire, era como um balde de água fria sobre seus desejos. Ele não esperava que Anny reagiria dessa maneira. Um dilema começava a surgir dentro do peito do vampiro. Até onde ele iria para conseguir o que desejava? Ignoraria até mesmo um pedido de Anny?

Camila era de fogo! Ela me lascava um beijão na porta do pub! Eu correspondia à altura, é claro! Simulava estar curtindo muito "a onda" com ela. Logo me vem uma dúvida se era emoção ou se ela queria passar ciúmes ou algo do tipo em alguém. Logo meus olhos percorrem o ambiente sondando essa segunda possibilidade. Se constatado eu também pouco me importaria com esses joguinhos mortais, exceto se fosse por algo peculiar que de fato merecesse minha atenção.

Aproveito o carro estacionado e converso com Emily. Infelizmente ela não estaria disponível antes do meu encontro. Aquilo parecia interessante.
"Emily parece bem centrada. Eu poderia usá-la como secretária. Ela não é explosiva como Camila. Camila seria melhor aproveitada em outras frentes de trabalho..."
- Eu tenho um jantar de negócios às 23h. Certamente sairei bem tarde de lá. Podemos nos ver de madrugada? Eu te busco e te deixo em casa antes do amanhecer! Você topa?
Envio a mensagem. E uma nova ideia me vem em mente. O namorado de Emily. "Se eu soubesse o nome... poderia entrar na rede e descobrir até a cor da cueca dele... ele seria uma ótima opção como comida sem me importar com os limites, e ainda tiro ele do meu caminho!"

Ligo o carro e checo as horas. Não chegaria atrasada, mas eu queria me alimentar bem antes de ir. E às vezes se alimentar bem significa infringir certas regras....
Ando devagar pelas ruas e procuro um alvo em potencial. Sexo masculino, entre 18 e 40 anos, com aparência saudável, alguém de quem eu possa extrair uma boa quantidade de sangue (3pds). É hora de seduzir alguém, "beijá-lo" e mandá-lo ir embora para depois ir ao Elísio.

Decepcionada com a resposta de Emily, a vampira refazia seus planos mas ela não era de desistir. Ignorando completamente a rotina pesada de Emily, Abigail só pensava em como atingir seus objetivos e transformar a nerd em uma de suas ferramentas, um recurso, daqui algumas noites, ela não passaria disso.

- Eu tenho um jantar de negócios às 23h. Certamente sairei bem tarde de lá. Podemos nos ver de madrugada? Eu te busco e te deixo em casa antes do amanhecer! Você topa?

A vampira refletia sobre o namoro da garota, se livrar daquele drogado seria uma coisa boa. Ela poderia se alimentar como também poderia se livrar de um possível empecilho para com Emily. A vampira pega seu telefone e pesquisa nas redes sociais a rpocura de Emily. Não demora muito e ela a encontra. Emily não era a pessoa mais ativa do mundo em redes sociais. Pelas datas de postagens, poderia-se dizer que era uma usuária regular. Além disso, não havia nada demais no seu perfil. Emily era a típica garota que veio do interior para a cidade grande, para fazer faculdade.

A vampira buscava fotos ou qualquer referência que pudesse leva-la ao namorado de Emily, e sem dificuldades ela encontrava o seu perfil. Seu nome era Bruno, ele trabalhava no European Hospital Georges Pompidou, pelo visto era um cirurgião do hospital. O rapaz era muito bem sucedido, carros, mansões, viagens, passeios caros, tudo isso era visto no seu perfil na internet. Abigail por um momento até se pergunta o que esse cara estava fazendo com Emily? Sem falar no comportamento dele lá no pub. A primeira impressão era que não passava de mais um drogadinho, mas veja só, cirurgião.

Um detlahe que chamava a atenção da vampira, era que em nenhum dos perfis, haviam fotos do casal. Será um namorico sem relevância? Será que estavam apenas "ficando"? como os jovens dessa época costumam dizer. Não foi a impressão passada no bar. Abigail ainda tinha uma hora e meia antes do compromisso.

Era nítido o semblante de frustração do cainita, Ângelo não sabia ao certo sobre o quê procurava de fato, há muito havia tido acesso a poucas informações nas quais não deu tanta relevância, mas agora era diferente de alguma forma o neofito se sentia desprotegido em solo Parisiense, procurava uma forma de se aprimorar para que talvez essa sensação que o acuava se esvaisse.

O abraço de Anny era reconfortante e o pedido de sua progenitora soava quase que como uma ordem, mas uma semente já havia sido plantada e idéias não morrem tão facilmente, então insistiu D'la Fere;
_ Eu entendo sua preocupação, talvez sentiria o mesmo em seu lugar - continuava a segura-la em seus braços;
_ Nunca dei um passo sem que você soubesse, o sentimento que carrego por você vem desde mortal e sua aprovação seria fundamental para mim. Obrigado por se preocupar comigo!- dava uma pausa e mais uma vez contemplava a beleza de Anny e então prosseguia.
_ Mesmo que não me ajude eu vou procurar isso. Meu contato não foi em busca de uma autorização, mas de ajuda pois não sei por onde começar.
_ Me ajude Anny!! - afastava seu rosto do de Anny mas ainda em seu abraço e a olhava nos olhos - _estou com medo... Não me deixe no escuro procurando pelo escuro!

O amor de Ângelo por sua siri era grande e a dor de desaponta-la o feria enormemente, mas acima até mesmo do seus sentimentos estava sua curiosidade, seu instinto natural para aprender e desvendar os mistérios envolto neste mundo. eram gigantes.

Ao recebre o anel com o símbolo do clã, Alex brincava com sua Sire, dizendo ter algumas peças de roupas que combinariam com aquele acessório. Ecaterina dava um sorriso preguiçoso.

Vou lá, então. Nos encontramos na corte? Suponho que ainda fica no mesmo lugar...

- Não, a reunião será no Museu de Orsay. Até lá meu querido, se cuide.

Alex deixava as dependências de Ecaterina e partia rumo ao distrito brujah de Paris, o Ménilmontant. Diferente das outras partes do mundo, onde brujahs geralmente se reuniam em bares com a temática de rock'n roll, na França, existinham uma represtentatividade maior dos clássicos brujahs, ainda ligados a movimentos da esquerda, lutando contra a opressão, mas sem aquele toque violento e excessivamente rebelde como no resto do mundo.

...

Enquanto o neófito se dirigia para o local, uma mensagem chegava em seu telefone.

Ecaterina escreveu:- Cometi um equívoco, o ponto de encontro não é mais o café da praça, até isso perdemos. Parece que Beaumont realmente quer nos espurgar da cidade. Nosso ponto de encontro fora movido para o armazem, em frente a linha férrea. Vou te enviar a localização.

Alex começava a se familiarizar com as políticas locais. Parece que o Príncipe toreador, queria a cidade só para o seu clã. Mais da metade da cidade era território do clã da rosa, restava pouca coisa para os demais. A localização chega no seu telefone, e Alex pede Emilia mudar a rota.

...


Eis o armazém. De longe Alex podia ver uma movimentação de jovens no local. Eles bebiam e conversavam. Alex se aproxima. Uma ou outra pessoa que ali estavam param para analisar o novato, depois voltam as suas atividades normais. Havia mais pessoas do lado de fora do que de dentro do Armazém. Um homem chama a atenção do vampiro, estilo clássico dos brujahs americanos. Punk, moicano, jeans, couro, correntes, tatuagens e piergings. ao avistar Alex, ele logo fechava a cara e cutuca um outro homem que estava do seu lado para que olhasse o neófito. Esse por sua vez, usava roupas confortáveis, de algodão, camisa cor de palha e calça preta, assim como seus sapatos. Por trás dos óculos de grau, um olhar triste. Seu cabelo era escuro, curto e sem muita definição de corte. Ele fumava um cigarro de palha e transmitia uma certa paz, se comparado ao cara do moicano. Ao toque do seu amigo, ele levantava seu olhar para observar Alex também. Eles estavam um pouco afastados da aglomeração maior, próximos a linha férrea. Nenhum dos dois usavam o anel com o símbolo do clã. Mas o punk nem precisava...

Emily era o perfil perfeito para uma serva. Vinda do interior, seria bem fácil cobrir as pistas do seu passado.
"Não abrirei mão de você, minha pequena..."

Não demorou para que eu encontrasse o namorado dela, Bruno. Olhando o seu perfil eu constatava se tratar de um mauricinho drogado. De fato algo naquela relação me estranhava.
"Por que um podre de rico como ele está com uma menina que não tem nada? Ou é paixão, ou é fachada? Ou quem sabe nossa Emily seja também de uma família rica mas não demonstra?" Enfim, eu não sabia a resposta, ainda. Mas já sabia o que fazer.
"Preciso ter uma conversinha com Bruno..."

Mas o meu compromisso não me permitia fazer aquilo naquela hora. Eu não tinha mais muito tempo. Era melhor me preparar para o meu compromisso. Sigo de carro pelas ruas e procuro algum pedestre saudável. Paro o carro e mando ele entrar (O Comando). Em seguida eu utilizo de meus artifícios sobrenaturais para me alimentar sem levantar suspeitas e por fim digo à comida para descer e ir embora. Feito isso, sigo para o meu compromisso, garantindo alguns minutos adiantados.

Chega um ponto na vida da maioria das criaturas neste planeta, que a independência fala mais alto que os cuidados de seja lá quem estiver no papel de tutor. D'la Fere até aqui, caminhou sob os ditados de Anny, sempre, e não por alguma obrigação ou coisa do tipo, ele sempre foi guiado pelo amor a sua Sire. As palavras que saíam da boca do neófito, soavam como um balde de água fria para para Anny. Talvez, sem querer, D'la Fere devolvia a decepção. Havia uma recipricidade ali, mas não a desejada por ambos os lados.

Quando o neófito terminava de se posicionar, Anny se afasta. Ela olhava nos olhos de D'la Fere, como quem buscava a palavra certa, para o momento errado. Com sua mão delicada, ela prendia um cacho de seu cabelo rubro, atrás de sua orelha e então falava: - Então é isso, você cresceu! Tentava quebrar o gelo com uma brincadeira falha. Ela olha para os lados, se certificando que não tinha ouvintes curiosos e inconvenientes e então prosseguia:- Ângelo, o que me pede, e insiste em buscar, é algo geralmente cultuado por infernalistas. Mais uma vez a verificada ao redor. - Eu não vou em sã consciência, lhe ajudar com esse caminho, assim como também não irei impedir. Você é livre... só espero que não se perca nessa liberdade. Anny volta a se aproximar de D'la Fere, beija o seu rosto comternura, apesar da falta de temperatura em seus lábios, e assim se despede.

D'la Fere observa sua estimada Anny caminhando até a calçada onde um motorista lhe aguardava dentro de um Rolls Royce, sob a luz fraca de um poste a beira da rua. A vampira abre a porta de trás, ela dispensava o cavalheirismo, e então entrava dentro do carro. As luzes dos faróis se ascendem, o barulho do motor ligando e a fumaça branca saindo do escapamento por causa do frio, o carro entra em movimento e em segundos desaparece no horizonte. Quando será que a verá de novo? Esse era o pensamento que insistia na mente do neófito... ele confere as horas em seu relógio barato e de pulso, ainda dava tempo para ele ir até o encontro com a corte.