Alex Weise
PS 10/14; FV 06/06
Assim que citava o nome "Katherine Weise", logo se via a feição do recepcionista mudar. Seus olhos se arregalavam, suas sombrancelhas se arqueavam e seu rosto assumia a expressão de quem acaba de se lembrar de algo muioto importante.
- Ah oui oui, Garçon, emmène le monsieur à la suite présidentielle. Dizia o recepcionista ao garoto das malas.
- Oui. Respondia o garoto. Mesmo não sabendo falar francês, Alex entendeu que era para seguir o garoto.
O brujah seguia por um corredor, pisando sobre um carpete muito bem trabalhado. Indiano? ele se perguntava. Ambos paravam diante da porta de um dos elevadores do hotel e assim que elas se abriam, eles entravam. O elevador era espaçoso e luxuoso. Uma música calma tocava bem baixinho, deixando o ambiente ainda mais aconchegante. Um alerta sonoro indicava que estavam no último andar. As portas se abrem dentro do quarto. O garoto deixava as malas em um canto sobre um carpete e ficava parado ante a porta do elevador. Weise sabia muito bem o que ele queria...
Assim que o garoto ia embora, o Brujah adentrava aquele apartamento enorme com vários cômodos. Carpete em todo o piso. Móveis de época muito bem conservados compunham a mobília. Quadros e pequenas obras de arte também ajudavam a dar um toque requintado ao lugar. Isso tudo ia na contra-mão da maioria dos ambientes frequentados por membros do clã brujah.
O neófito avançava apartamento a dentro até chegar ao quarto. A luz estava apagada, mas havia luminosidade. A luz da lua adentrava o quarto pela porta que dava para uma sacada. O vento apesar de leve, eram o suficiente para fazerem as cortinas longas e brancas dançarem como se tivessem em um baile de música romântica. Na sacada, a silhueta do corpo de Ecatarina era valorizada pela luz da lua.
- Ora ora, quanto tempo? Finalmente nos reencontramos. Ela segurava uma garrafa com um líquido rubro e uma taça em outra mão. A passos lentos, a anciã se aproxima de sua cria. Ela usava um vestido branco, sem detalhe algum, mais pro lado do conforto do que da aparência. O vestido era quase transparente, exibindo assim praticamente todo o seu corpo, já que ela não usava nada por baixo dele. Ela chega diante de Alex e sem que ele pudesse protestar, ela o beija. O aspecto de seu rosto não incomodava Alex. Ele já havia desapegado de conceitos superficiais a alguns anos. Sua mentora e senhora, deslizava as costas da mão que segurava a taça em seu rosto. Um misto de sensações táteis aguçavam os receptores da pele do neófito, fazendo-o arrepiar. Reação essa mais comumente observada em humanos do que em vampiros.
Um abraço...
Ecaterina não era como os brujahs que se enocntra nas ruas e pubs da cidade. Ela havia tragado a verdeira essência do clã. Um clã de filósofos que ajudaram a moldar muito da sociedade que se vê nos dias atuais. O clã brujah tiveram forte influência em fenômenos sociais como a democracia e liberdade de expressão por exemplo. E a anciã transmitiu toda essa essência para Alex. É claro que o perfil dele ante o abraço foi crucial para a decisão dela, mas sem dúvidas nenhuma, Alex a orgulhava bastante, era a cria que mais se parecia com ela.
Tudo acontecia como um encontro de longa data sem se ver deveria ser, até que algo chama a atenção de Alex. Em meio o perfume de sua senhora e a seda de seus cabelos que ele explorava com sua mão. Uma imagem por de trás de Ecatarina surgia. Na porta de vidro que dava acesso para a sacada, uma velha conhecida de Alex aparecia o pegando de surpresa. Mesmo sendo ele um médium experiente, já fazia algum tempo que sua não-vida era prestigiado com a visita dela, Margot.
A jovem garota observa o brujah com uma cara de desaprovação. Ela não dizia nada, apenas balançava a cabeça em desaprovação. Alex estranhava pois Margot apesar de resistir no início, já havia aceitado Ecaterina. Então o que seria o motivo que ela estava lhe passando aquela mensagem? Alex afrouxava o abraço em sua senhora que logo sacava ter algo de errado. Ela olhava na mesma direção em que Alex olhava, porém, nada via.
- O que você vê? pergunta a anciã usando um tom de voz ligeiramente preocupado. Alex estava concentrado demais para responde-la, mesmo sendo ela que é.
O brujah se aproxima de Margot, deixando Ecaterina atrás de si. Ele se abaixa para que seu olho pudesse ficar na mesma altura da garota fantasmagórica. Mesmo que isso não fosse necessário, mas era um sinal de respeito a entidade. O vampiro pergunta o que ela reprovava, e ela respondia brevemente.
- Vá embora... Fuja! Sua voz era infantil e sussurrante, antes de qualquer protesto por parte do médium, Margot desaparecia.