Um inverno um pouco mais frio...

Vince; PdS: 13/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)
rolagens = -1

Vince escolhia manter o silêncio. Apenas ouvindo. A príncipe varre o ambiente com o seu olhar. Ninguém se manifesta.



- Se ninguém tem nada a dizer, significa que não há mais dúvidas e que podemos prosseguir com o próximo assunto: Ataques na noite ontem! Dizia olhando para todos e ao final dirigindo seu olhar para a xerife Valerya, que por sua vez, tira da jaqueta uma anotação em um papel e o desliza sob a mesa para próximo da príncipe que apanha o bilhete. Ela faz um silêncio por alguns segundos enquanto lia o bilhete. Nesse momento Valerya fitava Vince. O Ventrue percebe que certamente a próxima pauta envolveria ele.
Finalmente os olhos da príncipe fogem do papel e volta-se para a reunião. Seu olhar vai direto para Vince, fitando-o antes de falar:
- Ontem à noite aconteceram algumas coisas em nossa cidade. Coisas que todos vós deveriam tomar conhecimento. Como todos sabem, Vince juntou-se a nós recentemente. Foi-lhe ofertado um posto de Algoz, que ele aceitou de livre e boa vontade para nos ajudar nesses tempos de crises. Ontem à noite houve uma desordem, a Máscara foi quebrada pelo ataque brutal de um forasteiro que, intencionalmente ou sem intenção, deixou rastros de nossa espécie por onde passou, com expressivo uso da Disciplina dos gangrel, infringindo no mínimo duas das mais importantes Tradições. Usamos os recursos disponíveis para mascarar o que de fato aconteceu... Ela faz uma pausa e então, como se estivesse mudando de ideia sobre o que estava fazendo, dirigia-se ao sangue-azul perguntando:
- Senhor Mondstat, pode nos contar o que aconteceu ontem à noite? Acredito que os presentes aqui apreciariam escutar a história diretamente de quem esteve lá. Todos olham para Vince, inclusive Leonard, como se ele estivesse tão curioso como os outros. Como um excelente ator, a cara dele fazia parecer que ele não sabia de nada.

- Senhor Mondstat, pode nos contar o que aconteceu ontem à noite? Acredito que os presentes aqui apreciariam escutar a história diretamente de quem esteve lá.

Como esperado, me torno o alvo de pelo menos uma pauta. Todos me olhavam esperando a resposta para saciar suas preocupações... bom, curiosidades. Em respeito a Príncipe Kate, pelo menos era isso que eu queria demonstrar, fico de pé para responder tal indagação e elucidar os fatos.

- Boa noite Srta Kate. Respondendo a questão, ontem a noite recebemos um chamado classificado como especial, pela corporação. Imediatamente Leonard e eu com nossas respectivas equipes, nos deslocamos para o local da ocorrência. O malfeitor já havia ceifado oficiais antes da nossa chegada. No local, nos dividimos para realizar a busca. Felizmente tive sorte e acabei encontrando o alvo. Como a sra mesmo disse, se tratava de um gangrel, ou pelo menos alguém com conhecimentos da diciplina metamorfose. Fomos atacados de forma selvagem. Minha equipe sofreu baixas e eu também acabei recebendo um ataque direto. A situação estava crítica, estava prestes a receber mais um dos ataques quando consegui inibir o alvo. Afogentado, ele recuoou e nessa hora Leonard apareceu. Devo dizer que meu amigo algoz foi providencial. Ele conseguiu ferir o gangrel mas o maldito conseguiu fugir ainda sim.

Pauso o meu discurso esperando apontamentos que de certo viriam, de Kate ou de qualquer outro ali.

Vince; PdS: 13/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)
rolagens = -1

Todos ouviam em silêncio e com atenção a narrativa de Vince, como se cada palavra fosse muito importante. Não havia piadas, nem conversa paralela nem Membros distraídos olhando no celular como geralmente acontece nas reuniões humanas. Talvez por isso os Membros dominavam o mundo por detrás das cortinas e não os homens, visto a seriedade com que eles conduziam seus negócios.

Ao final a príncipe dizia:



- Sr Mondstat, fico feliz que tenha sobrevivido e esteja bem. Seu relato nos será muito útil para conduzirmos as investigações. Esse sujeito pode estar por trás desses ataques à Primeira Tradição! O senhor é a melhor chance que tivemos desde que tudo isso começou. Quando terminarmos aqui gostaria de falar pessoalmente com o senhor! Pela primeira vez Vince via um sorriso se esboçando no rosto de Kate. Ela estava feliz e apostava as suas fichas em algo que Vince poderia ter. No entanto essa boa expressão de Kate logo era desfeita quando a Xerife interrompia a conversa.



- Então tem algo errado nessa história. Valerya se colocava de pé. Leonard olhava para um lado e outro inquieto enquanto pigarreava.
- Sr Vince, o senhor disse que Leonard apareceu e lhe ajudou. Mas no relatório que recebi de Leonard ontem isso não aconteceu! A versão de vocês dois não está convergindo. Havia uma certa paixão nas palavras de Valerya, como se ela estivesse levemente eufórica.
Há uma inquietação entre os membros. Vince escuta sussurros e murmúrios, entre os cochichos fases de desconfiança de todos os gêneros. O semblante de Kate muda. Ela está séria mas não transparece o que pensa.

- O que realmente aconteceu lá ontem, Vince? É melhor dizer a verdade! Indagava Valerya ameaçadoramente.

Nesse momento Vince se lembrou que em ligação com o Leonard, o Toreador havia combinado com o Ventrue de que o Toreador "não estivera lá".

Em meu discurso, acabei sendo infeliz nas escolhas das palavras. Comprometi a mim a ao meu colega de cargo Leonard. Que pelo visto fora honesto comigo. Estava em uma sinuca e seria difícil sair. Minha resposta deve ser imediata, genuína.

- "É melhor dizer a verdade... Repito as palavras da Xerife tentando atribui-las uma carga negativa. - Eu poderia levar isso como uma ofensa Xerife, mas sua desconfiança é genuína. Confesso que no seu lugar não faria diferente. Olho para Kate e continuo. - Fico feliz em saber que estamos bem servidos nessa corte. Aposto na autoconfiança empregada nas palavras para virar o jogo. - Até esse momento, eu afirmaria ter visto SIM o Sr Leonard naquela cena... Porém, se ele disse que não esteve lá, não fico espantado com o meu erro. Tinha acabado de sofrer um ataque violento e estava ferido gravemente. Estava ao chão. O local era escuro, como a própria Xerife pode afirmar. Talvez minhas faculdades mentais não me foram fieis naquele momento. Os únicos de nossa espécie envolvidos naquela operação era Leonard e eu. Por isso, logo atribuí a pessoa ao nome. Mas confesso que nas minhas condições, o que vi foi um vulto, uma criatura que se movia com uma rapidez sobrenatural, característica do estimado clã da rosa. Viro para Leonard e concluo. - Leonard, perdoe a minha confusão, em momento algum quis lhe causar problemas, mas minha narrativa pode ter sido errônea, mas jamais inventada.

“I am a man who walks alone…”

Nostalgia? Não exatamente, mas sua consciência captava algo dos seus dias mortais. Seus olhos ainda fechados, mas sua mente estava despertando. Aquela alma presa naquela casca morta e amaldiçoada estava voltando a si.

“And when I'm walking a dark road…”

De onde estava vindo isso afinal? Onde ela estava? Não conseguia se lembrar.

“At night or strolling through the park…”

O corpo estava diferente. Ela tentou mexer os braços. Não conseguiu.

“When the light begins to change…”

– I sometimes feel a little strange. A little anxious when it's dark – completou em um murmúrio, de forma automática. Ela tentou mexer as pernas. Também não conseguiu. Estava amarrada? Não. Ela estava…

– Fear of the dark… Fear of the dark… I have a constant fear that something's always near.

Ela estava desmembrada. Estava em uma mesa. De repente a música se tornou alta e clara. A consciência agora totalmente desperta. Ela se lembrava; se lembrava da noite anterior, e sorriu.

– Fear of the dark… Fear of the dark… I have a phobia that someone's always there.

– Ela abriu os olhos!!! – alguém, ou mais de alguém, exclamava.

Gritos, uivos. Parecia uma rebelião de hospício, mas era uma comemoração. Ela prestou atenção no teto, nas bolsas de sangue e nas paredes que formavam o cenário diante dela. Era um galpão. Um galpão da seita. Eles tinham conseguido.

– Bem vida de volta irmã! – disse Telma. Seus irmãos estavam ao lado dela. Telma sendo carregada por Juancho, na mesma situação que ela. Tierre e Juancho ajoelharam-se para ela, como se ela fosse a rainha da noite ou alguma porra nesse sentido – e ela não podia dizer que, no fundo, ela gostou.

– Devemos nossas não vidas à você – dizia Juancho.
– Se estamos todos aqui, foi porque você fez as escolhas certas – afirmava Tierre.

– Deixem disso, meus queridos – falou, feliz em vê-los intactos, percebendo que o plano tinha funcionado. – Fiz o que precisava fazer. Apenas isso.

Ela encarou o gado imóvel e escancarou as presas em um sorriso psicótico. A artista da carne começava a divagar. Estava com fome, queria aproveitar a festa e comemorar a vitória.

– Carne macia, sangue doce… Ah essa visão está me deixando louca. Minha cabeça está fervilhando de ideias… Mas tudo ao seu tempo. Preciso ser atualizada. Como foi depois que eu apaguei? Como foi a recepção?

Vince; PdS: 13/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)
rolagens = -1

A reunião rapidamente tomava um rumo que Vince não desejava. Mas o sangue-azul não tinha chegado onde estava por pura sorte. O vampiro tinha uma grande habilidade com as palavras, que eram a sua principal arma. A Xerife até que tentava encontrar um furo na história de Vince, ninguém estava tão empenhada naquilo ali além dela. Mas, aquele campo de batalha era um campo onde Vince levava vantagem. A Xerife não era párea para o Ventrue naquele tipo de disputa. Ao final, o sangue-azul retificava sua posição, tirava Leonard de cheque e não desmentia a Xerife. Uma situação que tinha tudo para terminar em acusações graves, terminava exatamente como Mondstat queria.

Assim que terminava de falar a príncipe Kate dizia:
- O importante é que o Sr Mondstat nos ajudará a capturar esse indivíduo. Essa pessoa que ele viu pode de alguma forma estar ligada aos eventos...
Parecia que não era o desfecho que a Xerife queria. Mas era como as coisas terminavam. Os ânimos se acalmavam e a príncipe avançava:
- Por fim o último assunto que precisamos tratar: Na final da noite de ontem perdemos Abraham. Neófito Brujah que nos auxiliava no cargo de Algoz. Pelo que soubemos surgiu mais um desses caitiffs que assolam a Máscara, em uma região oposta à que Vince estava. Ele interceptou o caitiff, mas não sabemos o que de fato ocorreu. Os restos dele serão analisados hoje por Membros com acuidade sensitiva na tentativa de descobrir alguma coisa.
Vince teve pouco contato com o membro destruído. Apenas o conhecia por nome e o viu rapidamente na última noite que estivera no Elísio. Já os membros do clã brujah pareciam um pouco chateados com aquela notícia.
Por fim ela encerrava:
- Alguem tem mais alguma coisa a dizer?

rolagens:

Essa foi por pouco. Mas felizmente obtive sucesso no meu novo discurso. É claro que Valeria não engoliu aquela história. Daqui em diante, eu devo ficar atento aos movimentos da Xerife. Mas quem de fato importa acreditou em mim. Quase olho para Leonard para passar através do olhar que deu tudo certo. Mas controlo meu impulso e prossigo resoluto. 

Kate anunciava a baixa sofrida pela seita, um brujah a menos. Como não tinha intimidade com a cainita em questão, não esboço nenhuma reação exagerada, seria no mínimo forçado. Mas essa notícia trouxe algo preocupante, não era apenas Franklin que causava todo esse caos, existem mais iguais a ele... Um exército particular? Interessante... Bom, foco na reunião. Kate mais uma vez abre espaço para ponderações dos outros cainitas, a respeito a fato relatado. Fico em silêncio.

Ao fim, eu continuo sentado enquanto os outros seguiam seus caminhos. Kate havia me pedido um particular. Espero até que a Príncipe me chame para outro local ou comece ali mesmo o particular...

Lady Thanatos; PdS: 6/14; FV: 5/6; Vit. Ferido gravemente (contuso)

– Carne macia, sangue doce… Ah essa visão está me deixando louca. Minha cabeça está fervilhando de ideias… Mas tudo ao seu tempo. Preciso ser atualizada. Como foi depois que eu apaguei? Como foi a recepção?

- Quando acordamos, o lugar estava cercado com uma fita de isolamento de local de crime. Havia policiais e peritos. De alguma forma a polícia foi chamada, talvez por causa da denúncia de roubo daquela lata velha abandonada próximo dali. Pelo que entendemos foi dado que alguém havia nos matado. Por muita sorte não removeram o nosso corpo antes do por do sol, senão não estaríamos aqui agora. Provavelmente encontraram nossa trilha já no entardecer. Disse Tierre.

- Então deixamos que nos colocassem dentro do carro de transporte de presuntos, afinal por que dispensar a carona? Hehe... Percebemos que você é daqueles que demoram um pouco mais para acordar. Então combinamos como faríamos. Antes de chegar na cidade trocamos de lugar com o motorista da van que nos transportava, hehehe... Disse Juancho.

- Então viemos para o lugar combinado do bilhete que nos foi deixado. Eles estavam nos esperando. Finalizava Telma. - Inclusive, aí vem eles...

Os cainitas mais antigos que haviam organizado aquele evento se aproximavam. Entre eles a criadora de Lady Thanatos. Enquanto isso a barulheira continuava, gritos de mortais sendo torturados e comidos, cainitas dançando, cantando, uivando e se digladiando. A revolta em um hospício de fato era a expressão que melhor definia o lugar. Mas toda aquela balburdia ia cessando. Pouco a pouco os cainitas iam se aquietando, calando e alguns até se escondiam como cães covardes na presença de um predador maior. Lady Thanatos percebia que alguém importante estava chegando.

Três mulheres vinham andando juntas, lado a lado. Elas eram muito belas fisicamente, mas uma delas tinha uma beleza extremamente surreal. Thanatos logo as conheceria, de forma privilegiada.

Arcebispo Gloria Monçada (Lassombra):



Bispo espiritual e Inquisidor Ariane Monçada (Tzimisce):



Bispo militar Lucia Monçada (Brujah AT):


Lady Thanatos nunca as tinha visto pessoalmente. Mas havia escutado algumas histórias. Elas eram mais conhecidas como o triunvirato de sangue. Todas as três "filhas" do destruído ex-arcebispo espanhol Ambrosio Luis Monçada. Rumores diziam que duas delas não eram crias de sangue do destruído Lassombra, mas que haviam sido adotadas por ele. Toda cidade que Gloria assumia, Ariane e Lucia sempre acompanhavam e elas eram responsáveis por inúmeras vitórias sabá. Gloria seria o braço político, Ariane o espiritual e Lucia o militar. Por onde elas passavam, raramente a Camarilla ou qualquer outro inimigo do Sabá ficava de pé. Mas por que elas estariam ali? Justo em Denver?


Com o lugar em silêncio, Gloria dizia:
- A Espada tem se tornado fraca a cada dia que passa. Os novos líderes não se preocupam mais com o verdadeiro propósito do Sabá, que é a destruição dos anciões da Camarilla que querem nos usar como peões em um tabuleiro de xadrez, nos privando de nossa liberdade, para o cumprimento de seus propósitos egoístas. Após uma pausa ela continuava: - Buchas de canhões são um mal necessário. Mas além disso precisamos construir uma nova base de bandos fortes, forjados em sangue e fogo! E não arruaceiros e baderneiros que mais se assemelham com gangues de motoqueiros Anarquistas, que nada mais são do que cães da Bastarda com uma corda mais longa em sua coleira. E esses quatro aqui são os novos irmãos de fogo e sangue que ingressa em nossas fileiras! Terminava apontando para o bando de Lady Thanatos. - Bem vindos à Espada de Caim!

Lucia trazia consigo um garoto, que ela segurava com uma das mãos. Ele deveria ter uns 4 anos.



Ela o entregava para Gloria, que apanhava o menino e caminhava na direção de Lady Thanatos.
- Eu quero lhe servir a primeira refeição, ductis Thanatos! Afirmava Gloria, altivamente. Já bem próximo de Thanatos, e sem mudar a expressão em seu rosto, ela fazia um movimento lento com a mão que segurava o braço esquerdo do garoto.

Som de osso descolando, pele e carne rasgando.

O menino gritava incessantemente de dor. O braço dele havia se separado do corpo. O sangue vindo de seu tronco espirrava longe e continuamente. Gloria direcionava o fluxo de sangue que ainda era bombado pelo coração para a boca de Lady Thanatos. O sangue espirrava em todo o rosto da Tzimisce, mas boa parte dele caía dentro de sua garganta.
Ainda sem mudar a expressão do rosto ela puxava o maxilar do garoto, arrancando o queijo e a parte de baixo da boca. O garoto já começava a ganhar uma forma desfigurada de carne.
- Soube que você gosta de comer também a carne... Afirmava Gloria.
Então ela forçava um dos dedos no tronco do menino e o abria. Mais sangue espirrava para todos os lados. Delicadamente puxava o coração dele para fora do corpo, ainda palpitando e o colocava na boca de Lady Thanatos enquanto dizia...
- Aproveite que ainda está vivo, o sabor é melhor.
Enquanto entregava outros pedaços na boca de Thanatos ela dizia: - Não é todos os dias nem para todos que eu faço isso. Mas confesso que fiquei especialmente interessada em você quando me contaram como foi o "batismo" de vocês. Então combinei com minhas irmãs que você poderia escolher uma de nós para lhe guiar por um tempo, caso tenha interesse. Não precisa dar a resposta agora.

Então ela se levantava e ia embora com as outras duas. Quando os cainitas do festim de sangue constatavam que elas realmente haviam saído, o manicômio se instalava novamente.

ganhos e perdas:

– Quando acordamos, o lugar estava cercado com uma fita de isolamento de local de crime. Havia policiais e peritos. De alguma forma a polícia foi chamada, talvez por causa da denúncia de roubo daquela lata velha abandonada próximo dali. Pelo que entendemos foi dado que alguém havia nos matado. Por muita sorte não removeram o nosso corpo antes do por do sol, senão não estaríamos aqui agora. Provavelmente encontraram nossa trilha já no entardecer – disse Tierre.

Thanatos concorda com a cabeça, esboçando um sorriso discreto.

– De fato uma força maior pareceu conspirar ao nosso favor nas últimas horas da madrugada. Foi uma manobra muito arriscada, mas felizmente deu certo.

– Então deixamos que nos colocassem dentro do carro de transporte de presuntos, afinal por que dispensar a carona? Hehe... Percebemos que você é daqueles que demoram um pouco mais para acordar. Então combinamos como faríamos. Antes de chegar na cidade trocamos de lugar com o motorista da van que nos transportava, hehehe... – disse Juancho.

O sorriso alargou-se. Era um sorriso de orgulho.

– Fico feliz de estar entre semelhantes tão cheios de astúcia. Vocês não demonstraram apenas grandes proezas físicas, como também um uso admirável de malícia. Foi uma honra liderar vocês na última noite.

– Então viemos para o lugar combinado do bilhete que nos foi deixado. Eles estavam nos esperando – finalizava Telma. – Inclusive, aí vem eles…

Ela acompanhou o olhar de Telma. Os mais velhos se aproximavam, e Thanatos automaticamente foca seu olhar na sua criadora. Ela sabia que ela estava orgulhosa assim como ela. Seu olhar se desviou assim que percebeu que o caos diminui. A única razão só poderia ser uma: alguém importante – antigo e poderoso – tinha chegado. O silêncio traduzia-se em respeito – e também em um pouco de medo. E não era para menos: o trio Monçada estava vindo na direção dela.

“O triunvirato de sangue… Essa vai ser outra noite memorável…”

A arcebispo Gloria e as Bispos Ariane e Lúcia. Era a primeira vez que Thanatos estava diante delas. Ela sabia que poderia esperar boas coisas daquela rara ocasião.

– A Espada tem se tornado fraca a cada dia que passa – a voz de Glória ecoava no galpão, agora silencioso. – Os novos líderes não se preocupam mais com o verdadeiro propósito do Sabá, que é a destruição dos anciões da Camarilla que querem nos usar como peões em um tabuleiro de xadrez, nos privando de nossa liberdade, para o cumprimento de seus propósitos egoístas. Após uma pausa ela continuava: - Buchas de canhões são um mal necessário. Mas além disso precisamos construir uma nova base de bandos fortes, forjados em sangue e fogo! E não arruaceiros e baderneiros que mais se assemelham com gangues de motoqueiros Anarquistas, que nada mais são do que cães da Bastarda com uma corda mais longa em sua coleira. E esses quatro aqui são os novos irmãos de fogo e sangue que ingressa em nossas fileiras! – terminava apontando para o bando de Lady Thanatos. – Bem vindos à Espada de Caim!

– Muito obrigada, vossa excelência…

Thanatos então viu Lúcia se aproximando com um garotinho. Um garotinho muito novo, muito macio. O corpo dela começou a dar espasmos. Sua boca salivou. A besta dentro dela desejava aquela pequena vida. A palavra “matar” ecoava em sua mente em um loop, um urro que se repetia.

– Eu quero lhe servir a primeira refeição, ductis Thanatos! – afirmava Gloria, altivamente, após receber a criança de Lúcia. Já bem próximo de Thanatos, e sem mudar a expressão em seu rosto, ela fazia um movimento lento com a mão que segurava o braço esquerdo do garoto.

Os ossos da criança estalavam, descolavam, a carne rasgava e o menino chorava. Thanatos sorria de olhos fechados, assimilando cada ruído, cada lamento. Ela tinha uma expressão de paz e pureza no rosto. O sofrimento daquela inocente vida fazia ela entrar em um estado de plenitude.

O braço havia sido arrancado. O sangue esguichava, lavando Thanatos, enchendo sua boca. Um banho de sangue ao estilo Bathory.

“Tão doce… tão saboroso…”

O coração da pequena bolsa de sangue podia ser ouvido. O ritmo a deixava em transe. Seus olhos viravam. Era um nível de êxtase difícil de descrever em palavras. O garotinho ia se tornando algum tipo de aberração conforme era desfigurado pela Arcebispo.

– Soube que você gosta de comer também a carne… – afirmava Gloria.

– Sim, vossa excelência… – e então ela arrancou o coração da criança e o deu para Thanatos, ainda pulsando. Thanatos mascava aquele coração com uma expressão de puro êxtase, e ao mesmo tempo com pura ferocidade.

– Aproveite que ainda está vivo, o sabor é melhor.

Ela estava certa. A vida era saborosa demais, e roubá-la era o melhor dos prêmios. Enquanto entregava outros pedaços na boca de Thanatos ela dizia:

– Não é todos os dias nem para todos que eu faço isso. Mas confesso que fiquei especialmente interessada em você quando me contaram como foi o "batismo" de vocês. Então combinei com minhas irmãs que você poderia escolher uma de nós para lhe guiar por um tempo, caso tenha interesse. Não precisa dar a resposta agora.

– Será uma honra. Muito obrigada por tudo, vossa excelência – falou, com a boca cheia de carne humana macia.

Assim que o trio deixou o local, a anarquia retornou ainda mais forte. Thanatos, agora saciada, começou a concentrar seu sangue para iniciar a regeneração do seu corpo.

– Preciso recuperar meus membros logo, meus queridos – disse para o resto do bando. – Há muito o que fazer. Muitas ideias para se colocar em prática.

Ela era agora uma ductus oficialmente, tinha fortalecido seu sangue através do Amaranto e havia caído nas graças dos antigos, tendo então uma oportunidade de finalmente deixar a conduta de moralidade humana e se adaptar a algo mais… apropriado para ela. Ela não podia reclamar de nada. Para uma vampira nova, ela estava se saindo muito bem.

Takeshi Antony Johnson PdS: 14/15; FdV: 7/7; Vit. Ok ;

Vince; PdS: 13/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)
rolagens = -1

Takeshi tinha sido convocado por seu mentor, Frederic Roseman a comparecer em uma reunião de urgência naquela noite. O neófito ainda não sabia o teor da reunião, ele descobriria apenas quando tudo começasse. O Toreador segue para o Elísio, onde encontra-se com o seu ancião*. Juntos eles vão direto para a sala de reuniões enquanto aguardam a chegada dos demais membros da primigenie e todos os vampiros que possuíam cargo na Camarilla.

(Takeshi: ler os 4 últimos posts de Abigail para Vince, caso deseje entender o que está acontecendo)

Então Kate prosseguia:

- Para suprir a baixa recebemos um nome para indicação de novo Algoz, vindo do sua excelência, o primogenito Toreador Frederic Roseman.



- Takeshi está comigo há algum tempo. Suas habilidades marciais são notáveis. Serão de grande soma para os trabalhos da nossa sociedade. Em seus tempos mortais ele foi um dublê de filmes de ação. Então, ação é com ele mesmo! Afirmava Roseman, fazendo a apresentação do neófito.

Takeshi:


- Takeshi, você foi indicado ao posto de Algoz por seu senhor, Roseman. Tem o livre arbítrio para decidir se aceita ou não. Mas não precisamos da resposta agora. Você aceita esta indicação sabendo dos direitos e responsabilidades que vem com ela? Indagava a príncipe Kate.


*referência ao vampiro mais velho do clã, o que não significa que Frederic seja, de fato, um ancião no sentido estrito da palavra

Lady Thanatos; PdS: 11/14; FV: 5/6; Vit. Ferido gravemente (contuso)

Alguns dias depois...

Lady Thanatos e Telma já haviam recuperado seus membros. Telma foi designada como sacerdote do clã. Talvez a disciplina Auspícius estava ligada à sensibilidade do mundo espiritual e talvez por isso ela foi tida como a mais capaz para essas atividades e não Tierre ou Juancho... ou não, vai saber...

Enfim, Thanatos estava agora na igreja St. John's, no condado de Boulder. Ficando ao norte de Denver, Boulder compõe uma das regiões que integram a região metropolitana de Denver. A cidade de Denver, por si só, possuía algo próximo de 700 mil habitantes. Mas a região metropolitana de Denver soma 3milhões. Boulder foi uma brecha encontrada pela Espada para infiltrar no Colorado. Estabelecendo ali a sua base, o Sabá poderia tomar novas regiões.

Diocese da Espada em Boulder:

A igreja servia como ponto de encontro e refúgio seguro para os bandos do Sabá. Ela contava com uma biblioteca, dispensa e quartos no subsolo. Cainitas do Sabá refugiados na igreja eram tidos como sacerdotes da igreja em missão nos EUA. Caçar entre os sacerdotes humanos que serviam na igreja, bem como entre os seus fiéis, era uma excelente maneira de encontrar uma morte final das mais criativas formas nas mãos do trio Monçada. Exibição de disciplinas e qualquer manifestação que ferisse a Máscara também.

A Tzimisce estava com seu bando reunida a porta trancada com seu bando em uma pequena sala que antigamente tinha sido usada por padres para orações e jejum. Era uma sala com piso e paredes de pedra rústicos, sem janelas, apenas com uma pequena mesa de madeira retangular em seu centro. Thanatos, Tierre, Juancho e Telma fizeram um círculo. Todos usando batas pretas com capuz. Mais parecia um ritual macabro que uma Valderie. Bem, de certa forma a Valderie era sim um ritual macabro... Telma corta o pulso de cada um. A pele da Tzimisce se abre, fazendo o sangue minar e escorrer, que era colocado dentro de um vasilhame de prata. A dor fazia parte do ritual. Depois ela colocava o vasilhame no centro do grupo e pronunciava algumas palavras em um idioma que devia ter aprendido com alguém naqueles últimos dias. Um a um todos bebiam uma porção de seu sangue misturado.

Vinculum de Lady Thanatos:

Quando o ritual terminava uma estranha sensação ia tomando a alma da Tzimisce. Repentinamente ela passava a sentir um sentimento tão grande por Tierre e Juancho que ela seria capaz até de dar a vida por aqueles dois. De fato a vampira já havia feito algo semelhante naquela noite em que perdera seus membros, mas agora havia uma motivação ainda mais forte para aquilo.

Quando saíram da sala, eles foram por um corredor até chegar em um salão grande, com muitas mesas e cadeiras. Havia mais um bando ali, de 5 membros que estava reunido em uma mesa em um canto com uns papéis sobre a mesa. Pareciam ter recebido ordem para atacar um denominado local e estavam estudando como fariam. O bando da Tzimisce fazia o mesmo. Sentava-se em uma das mesas. Thanatos precisaria fazer uma escolha nas próximas noites caso ela desejasse "evoluir". Soube que a arcebispo Gloria seguia a Trilha do Poder e da Voz Interior, enquanto que a bispo Inquisidora e líder espiritual Ariane seguia a Trilha da Metamorfose. A bispo militar Lucia seguia a Trilha do Acordo Honrado. Thanatos não sabia ainda muito bem o que era aquele negócio de Trilha, mas tinha recebido informações básicas da diferença de cada uma delas e um conceito básico, suficiente para fazer a sua escolha. Era uma espécie de recompensa por ter caído na graça dos mais antigos.

Sua criadora, era seguidora da Humanidade, assim como Thanatos. Além disso ela estava em missão com seu bando já havia alguns dias.


Obs.: "Alguns dias depois" implicaria em uma recuperação de FV. Mas seria fácil demais...

Thanatos baixou o capuz após o final da cerimônia. Estava com um sorriso sereno. Sentia-se em paz. Reclusos na sala de orações, o bando agora pulsava mais uno do que nunca, com os efeitos de vínculo do ritual pulsando em suas almas. Ela sentia-se mais ligada do que nunca aos seus irmãos – principalmente à Tierre e a Juancho. Ela beijou a testa de cada um deles, como uma espécie de demonstração de amor fraterno, e então se retiraram juntos do local.

Thanatos estava feliz de sentir suas pernas e braços novamente. Era muito bom poder andar de novo, tocar de novo, matar de novo e, principalmente, se alimentar sem ajuda. Contudo, ela ainda sentia uma grande dor interna. Ela precisava estar no ápice de sua capacidade física, pois sabia que em breve o bando seria destacado para alguma missão. Assim que voltaram para o grande salão e tomaram seus assentos, ela iniciou o processo de regeneração do seu corpo, concentrando seu sangue para apagar as últimas sequelas daquela plano ousado de sobrevivência.

OFF escreveu:Se tiver como regenerar tudo agora, farei isso.

O bando de Thanatos encontrava-se com outro bando ali naquele salão. Eles analisavam alguns papéis. Tudo indicava que eles atacariam algum lugar, e eles traçavam algum plano para isso. Sua criadora não estava ali – seu bando encontrava-se em missão – e então ela pensou na proposta do trio. Thanatos sabia que a humanidade já não combinava mais com ela em aspecto algum. Continuar com esse código seria apenas um estorvo para ela. Ela mais uma vez recapitulou mentalmente cada informação que tinha recebido da “introdução” de cada trilha, sabendo que cada uma das Monçada seguia uma diferente. Essa revisão foi meramente um hábito de cautela, pois na verdade Thanatos já sabia muito bem qual código combinava com ela e qual queria seguir. Ela deveria falar com Ariane assim que possível.

Lady Thanatos; PdS: 07/14; FV: 5/6; Vit. Ok


Aproveitando do seu momento de descanso, você fecha os seus ferimentos mediante o uso do poder do sangue. As dores dos desmembramentos desaparecem por completo e sua capacidade física de locomoção é restituída.

Seu bando usa aquele momento para conversar entre vocês. Um momento de descontração. Eles compartilham suas histórias e fazem perguntas uns aos outros. Esse momento de fraternidade é interrompido por um cainita que se aproxima e entrega um recado:

- Lady Thanatos, o arcebispo quer lhe falar e está lhe aguardando.

Você se levanta deixando o seu bando e dirige-se a um lugar onde funcionava o escritório e administração da igreja, que era acessado através de um pequeno corredor no final daquele salão em que estava. No corredor havia uma porta que levava ao hall das missas/cultos e outra que era a entrada do escritório. O cainita mensageiro ficava do lado de fora. Você entra sozinha e fecha a porta. No interior da sala encontra-se apenas você e o trio Monçada. Você repara que não havia paladinos. Algo incomum, visto que boa parte dos arcebispos sempre tinham um séquito de paladinos para sua proteção pessoal. O que levaria Gloria Monçada a não tê-los ali?


- Boa noite, ductis! Você foi trazida para Denver por sua senhora porque ela tinha uma missão aqui. Agora você já está livre do julgo de sua criadora, já foi treinada e provou ser muito capaz não só de sobreviver, mas também de liderar. Você acha que ninguém estava lá para ver. Mas nós vimos tudo. De certa forma... estávamos lá. Vimos como sabiamente você previu a situação e usou os talentos dos seus irmãos para roubar aquele carro. Um líder tolo também teria conseguido roubar o veículo... mas muito provavelmente um ou mais de seus irmãos teria virado cinzas no nascer do sol após perder a metade da perna para um tiro de grosso calibre.

Após uma pausa, sem dizer como havia visto tudo, ela continuava:

-Acreditamos que você tem potencial para ser um bispo ou arcebispo. Com nossa mentoria creio que podemos diminuir o tempo para que isso ocorra. Então temos duas coisas para lhe dizer. A primeira que é chegado a hora de você decidir. Qual será o teu caminho? Quem de nós será a tua Mentor?

Era bom poder descansar um pouco, conversar de forma despretensiosa. Thanatos e seus irmãos conversavam, trocavam histórias, recordavam eventos. Não havia muito o que fazer, e ela não queria se intrometer nos assuntos do outro bando, mas o ócio findou-se quando outra cainita veio até eles.

– Lady Thanatos, o arcebispo quer lhe falar e está lhe aguardando.

– Muito bem. Irei até ela agora mesmo.

Thanatos pede licença aos outros e segue a mensageira através de um corredor pequeno, onde há acesso para o que era o escritório de administração da igreja. A mensageira fica do lado de fora, aguardando, enquanto Thanatos entra e tranca a porta. Diante dela o trio Monçada se encontra – curiosamente sem paladinos por perto.

– Vossas excelências… – disse, ajoelhando-se. – Fui informada que desejavam ter uma palavra comigo.

– Boa noite, ductis! Você foi trazida para Denver por sua senhora porque ela tinha uma missão aqui. Agora você já está livre do julgo de sua criadora, já foi treinada e provou ser muito capaz não só de sobreviver, mas também de liderar. Você acha que ninguém estava lá para ver. Mas nós vimos tudo. De certa forma... estávamos lá. Vimos como sabiamente você previu a situação e usou os talentos dos seus irmãos para roubar aquele carro. Um líder tolo também teria conseguido roubar o veículo... mas muito provavelmente um ou mais de seus irmãos teria virado cinzas no nascer do sol após perder a metade da perna para um tiro de grosso calibre.

– Obrigada, vossa excelência – limitou-se a agradecer respeitosamente.

– Acreditamos que você tem potencial para ser um bispo ou arcebispo. Com nossa mentoria creio que podemos diminuir o tempo para que isso ocorra. Então temos duas coisas para lhe dizer. A primeira que é chegado a hora de você decidir. Qual será o teu caminho? Quem de nós será a tua Mentor?

Sem vacilar, Thanatos disse:

– Bispo Ariane, sua perspectiva da não-vida é muito atrativa. Acredito que eu seja compatível com essa filosofia. Se assim concordar e me achar digna e apta, seria uma honra para mim tornar-me sua pupila.

Lady Thanatos; PdS: 07/14; FV: 5/6; Vit. Ok

A bispo Ariane dava um sinal positivo com um menear de cabeça enquanto apenas permanecia em silêncio.


- Então está feito. Bem, o segundo assunto é: Você e seu bando receberá a primeira missão real nos próximos dias. Os detalhes estarão com Lúcia... Por enquanto eu digo apenas: Aproveite a oportunidade que está tendo. Muitos gostariam de tê-la!
Você percebe que sem querer estava fitando Lúcia.

Gloria então passa a vez para Ariane.

- A partir de hoje você deixará de ser você para se tornar um novo ser, superior... mais evoluído. O processo deve levar algo em torno de um ano, talvez dois. E vai ser doloroso. É bom que esteja preparado. Ariane tinha uma forma diferente de conversar. Às vezes ela usava pronomes masculinos para vampiros do sexo feminino e vice versa. Ela não enxergava o vampiro pelo seu sexo. O que poderia causar uma certa estranhesa para alguns, principalmente criaturas da noite recém abraçadas.

Então vai até a mesa próxima e apanha um livro* bem velho, com folhas encardidas. Lady Thanatos já o havia visto assim que tinha entrado na sala, embora a primeira coisa que ela tenha notado dentro da sala tinha sido a bela Lúcia. Era um livro um pouco diferente dos livros atuais. Possuía uma capa vermelha bem grossa e ele era grande. Tinha uma alça de couro que fechava o livro através de uma fivela. Thanatos está fitando Lúcia, quando Ariane volta a falar e a pupila tem que voltar sua atenção novamente para sua mentora.
- Primeiro preciso que leia este livro. Ele te introduzirá até ao ponto que eu preciso. Quando terminar de ler, me procure. Com o livro!
Ela fitava Lady Thanatos e finalizava: - Por hora suas noites não seguirão exclusivamente a esse propósito.Alguma dúvida?


Por fim Lúcia falava:

- Você e seu bando tem essa noite livre. Usem-na como quiserem. Mas amanhã estarão em missão sob o meu comando. Procure o sargento Frank na Dark House, em Boulder, onde está funcionando o nosso QG. Ele terá os detalhes da missão de vocês. Dispensada, soldado.
Lúcia era um tipo de cainita que poderia também causar uma certa estranhesa para os cainitas, pelo fato de que sua beleza era surreal. Ela era tão bela, mas tão bela, que boa parte do tempo, mesmo enquanto conversava com o arcebispo e com Ariane, Thanatos se flagrava olhando para Lúcia. Ela não parecia um líder militar. Mas sim a porra de uma princesinha que não conseguia empunhar nem uma maldita faca de cortar pão.


*Considere que quando terminar de ler o livro o seu personagem saberá tudo o que você já leu sobre a referida Trilha da Metamorfose.

Ganhos e perdas:

Abigail escreveu:Takeshi Antony Johnson PdS: 14/15; FdV: 7/7; Vit. Ok ;

- Takeshi, você foi indicado ao posto de Algoz por seu senhor, Roseman. Tem o livre arbítrio para decidir se aceita ou não. Mas não precisamos da resposta agora. Você aceita esta indicação sabendo dos direitos e responsabilidades que vem com ela? Indagava a príncipe Kate.

Takeshi apenas observava os membros ros mais antigos e poderosos da cidade entrarem e ocuparem seus lugares. Permanece apenas ouvindo as questões levantadas, em alguns momentos fazia uma expressão de surpresa, ao saber sobre a morte do algoz e o ataque da besta Gangrel. Observa atentamente quando um Ventrue (Vince) conta o ocorrido e também quando a xerife o indaga sobre o que realmente aconteceu.
Assim que a Príncipe pronuncia o nome de seu ancião, Takeshi olha para ele com um traço de indagação, de curiosidade. E ao ouvir seu nome, muda rapidamente sua expressão para um rosto sério e limpo, como a ocasião pedia. Fazendo apenas um leve sorriso e um aceno afirmativo com a cabeça, voltando sua atenção para a Príncipe, e assim que ela o ofereceu o cargo de Algoz, o Toreador se levanta calmamente olhando diretamente para ela e diz:

- Príncipe Kate...

Olhando calmamente para os demais membros.

- Senhores...

Voltando seu olhar para a Príncipe.

- Boa noite, sou Takeshi Antony Johnson do Clã da Rosa. Fico imensamente grato pela confiança que me é depositada e prometo não desapota-la. Aceito o cargo de Algoz o qual irei me empenhar, assim como os demais membros tem feito antes de mim. (olhando para a direção da Xerife e do Vince)

Assim termina olha novamente para a Príncipe e se senta aguardando o desfecho da reunião, tomando cuidado para não perder nenhum detalhe do que fosse dito.

– Então está feito. Bem, o segundo assunto é: Você e seu bando receberá a primeira missão real nos próximos dias. Os detalhes estarão com Lúcia... Por enquanto eu digo apenas: Aproveite a oportunidade que está tendo. Muitos gostariam de tê-la!

– Certamente, vossa excelência. Aproveitarei ao máximo.

Thanatos percebe que encarava Lúcia. Ela rapidamente desvia o olhar antes que a situação se tornasse constrangedora.

– A partir de hoje você deixará de ser você para se tornar um novo ser, superior... mais evoluído. O processo deve levar algo em torno de um ano, talvez dois. E vai ser doloroso. É bom que esteja preparado – disse Ariane.

– Darei o meu melhor – falou de forma confiante, mas ainda respeitosa. – Não sou de desistir facilmente.

Novamente encarando Lúcia. Que diabos estava acontecendo com ela? Se fossem mortais, ela entenderia, mas ambas eram vampiras; estavam mortas. Não há lógica em Thanatos sentir tesão por ela, por mais bela que fosse.

Felizmente o livro veio até ela – aquele livro especial, que ela já tinha visto antes – e isso foi o gancho para focar sua mente no assunto em questão. Quando Thanatos o pegou, seus olhos brilharam como os olhos de um mortal que encontra o santo graal.

– Primeiro preciso que leia este livro. Ele te introduzirá até ao ponto que eu preciso. Quando terminar de ler, me procure. Com o livro!

– Assim o farei. Muito obrigada, vossa excelência.

– Por hora suas noites não seguirão exclusivamente a esse propósito.Alguma dúvida?

– Não, vossa excelência. Irei apenas informar meu bando e me retirar para o estudo.

Por fim, Lúcia falava:

– Você e seu bando tem essa noite livre. Usem-na como quiserem. Mas amanhã estarão em missão sob o meu comando. Procure o sargento Frank na Dark House, em Boulder, onde está funcionando o nosso QG. Ele terá os detalhes da missão de vocês. Dispensada, soldado.

Thanatos faz uma reverência respeitosa para as três, e se retira levando o livro consigo. Ela mantinha o controle, mas por dentro estava tremendo de excitação.

– Meus queridos, fui informada que temos a noite livre – falou, ao retornar para o bando. – Divirtam-se e façam tudo o que desejarem, pois amanhã teremos uma missão. Quanto a mim, irei me retirar e ler um pouco – e apontou para o grande livro. – Bispo Ariane me concedeu uma grande honra.

Ela aguarda qualquer pergunta do bando, e quando todos estiverem satisfeitos, ela irá para algum lugar isolado, sem distrações, e então irá começar a leitura.

Takeshi Antony Johnson PdS: 14/15; FdV: 7/7; Vit. Ok ;

- Boa noite, sou Takeshi Antony Johnson do Clã da Rosa. Fico imensamente grato pela confiança que me é depositada e prometo não desapota-la. Aceito o cargo de Algoz o qual irei me empenhar, assim como os demais membros tem feito antes de mim. (olhando para a direção da Xerife e do Vince)

- Obrigada, Takeshi! Eu agradeço em nome de todos os Membros o seu aceite. Desejamos boa sorte e que Caim esteja contigo.

A príncipe desvia o olhar para todos e conclui:
- Está encerrada a nossa reunião. Obrigada a todos por comparecerem.
Os membros começam a se levantar e a sair um a um. Fred abotoa seu paletó enquanto se prepara para se levantar. Kate ainda aguarda sentada, certamente ela será uma das últimas a sair.

Lady Thanatos; PdS: 07/14; FV: 5/6; Vit. Ok

– Meus queridos, fui informada que temos a noite livre – falou, ao retornar para o bando. – Divirtam-se e façam tudo o que desejarem, pois amanhã teremos uma missão. Quanto a mim, irei me retirar e ler um pouco – e apontou para o grande livro. – Bispo Ariane me concedeu uma grande honra.

As dúvidas do bando eram todas relativas à sua missão. Como o ductis ainda não tinhas respostas, o bando saía e deixava Thanatos curtir a noite com o seu livro.

Noite Seguinte

Lady Thanatos; PdS: 06/14; FV: 6/6; Vit. Ok


Dark Horse*: QG de operações militares da Espada de Caim:



Thanatos segue com seu bando para o piso superior do pub, onde era uma área vip, somente para clientes que tinham "reserva" em seu nome. Lá havia poucas pessoas, bem diferente do barulhento pavimento térreo, lotado de barris até o talo cheirando hormônios e derramando cerveja para todo lado.

Havia um rapaz magro que estava a disposição de drinks, embora parecia mesmo tudo fachada, já que ninguém ali estava bebendo drink nenhum. Havia apenas quatro pessoas em uma mesa num canto concentrados em documentos que estavam em envelopes de papel. Assim que chegaram o homem sentado sozinho em uma mesa acena para Thanatos e seu bando sentarem-se com ele. Era o sargento Frank de quem Lucia havia falado.

sargento Frank:

Assim que sentavam ele dizia: - Prazer, eu sou o sargento Frank. Pra vocês novatos basta que saibam que sou eu quem distribuo as missões para os bandos. Com um dedo ele empurrava um envelope de papel para perto da líder do bando. Ao abrir o envelope são encontradas duas fotos e um bilhete com um endereço. As fotos mostravam duas pessoas, dois homens de aproximadamente 30 anos.
- Joseph e Adam. Estão "hospedados" na residência desse endereço em Denver. Território Camarilla. Pertenciam às fileiras da Espada de Caim, mas venderam sua liberdade e desertaram. Estão tentando entrar em contato com a Bastarda para entregar informações em troca de talvez um lugar entre eles. A missão de vocês é: queima de arquivo! Quando estiverem dentro do território Camarilla tentem não chamar atenção desnecessária, pois estarão sozinhos e não precisam esperar por ajuda ou resgate se algo der errado. Alguma dúvida?


*Para informações adicionais do locais (embora ao momento irrelevantes) basta checar dark horse em Boulder.

Abigail escreveu:Takeshi Antony Johnson PdS: 14/15; FdV: 7/7; Vit. Ok ;

Os membros começam a se levantar e a sair um a um. Fred abotoa seu paletó enquanto se prepara para se levantar. Kate ainda aguarda sentada, certamente ela será uma das últimas a sair.

Takeshi desvia seu olhar da Príncipe para Fred observando o cainita por um instante, logo após observa os outros cainitas que devem estar se retirando.

* Preciso me atualizar dos acontecimentos... Não estava em meus planos esse cargo no momento... Seria minha pretensão a médio prazo... Que bom! Assim me economiza tempo... Agora vamos as atividades da noite.*


Volta seu olhar para Fred e caso ele esteja saindo vai o acompanhar, caso ainda esteja sentado vai em direção da porta e o aguarda do lado de fora.

O piso superior era mais calmo, mais deserto. Deixar o térreo movimentado e festivo aquietava as ideias, desejos e impulsos que a mente de Thanatos emanava ao sentir o cheiro de suor do gado. Lamentável, porém necessário. Era um momento de foco, não de caça. O bando estava prestes a ser designado para uma nova missão.

Um barman de prontidão para servir alguns drinks, mas ninguém bebia. Pura fachada. Território da Espada. Local deserto. Além do bando de Thanatos, apenas outro – quatro outros cainitas – em uma mesa analisando documentos, e outro sentado sozinho – acenando e oferecendo lugar para que Thanatos e os demais.

“Nosferatu… Sargento Frank, provavelmente.”

– Prazer, eu sou o sargento Frank. Pra vocês novatos basta que saibam que sou eu quem distribuo as missões para os bandos.

– É um prazer conhecê-lo, sargento. Vossa excelência Lucia nos designou para encontrá-lo esta noite – disse, enquanto pegava o envelope que ele empurrava com a ponta do seu indicador deformado. Dentro do envelope, duas fotos – dois indivíduos masculinos, na casa dos trinta anos. Havia também um endereço.

“Alvos confirmados.”

– Joseph e Adam – explicou Frank. – Estão "hospedados" na residência desse endereço em Denver. Território Camarilla. Pertenciam às fileiras da Espada de Caim, mas venderam sua liberdade e desertaram. Estão tentando entrar em contato com a Bastarda para entregar informações em troca de talvez um lugar entre eles. A missão de vocês é: queima de arquivo! Quando estiverem dentro do território Camarilla tentem não chamar atenção desnecessária, pois estarão sozinhos e não precisam esperar por ajuda ou resgate se algo der errado. Alguma dúvida?

“Traidores… Será um prazer.”

Os olhos de Thanatos brilharam de excitação, embora se mantivesse fria por fora.

– Preferência no procedimento? Capturar e trazer de volta, talvez? Uso de tortura? Ou devemos focar em uma execução rápida, apesar de traidores não merecerem?

O Sabá normalmente dava um livre arbítrio bem satisfatório quando se tratava da etapa de execução, mas não custava perguntar se havia algumas condições.

Eu ficava após a reunião e pelo visto não era nada que respeitava a minha pessoa, mas sim, mais um infeliz indicado ao cargo de algoz. A Camarilla perecia nas mãos de Kate. caitiffs e crianças da noite causavam um probelma desproporcional. A corte demonstrava seu desespero ao laçar cada novato para a linha de fernte, enquanto os anciões gozavam de sua segurança em seus refúgios secretos.

Eu apenas observava a nomeação... quer dizer... a sugestão. Kate dava a escolha para o recém chegado. Enquanto isso, eu refletia sobre a Xerife. Ela irá com certeza se tornar um problema para mim. Apesar de levar tudo no bom e velho diálogo, fiquei bastante ofendido com a suspeita explícita dela. O tempo e a paciência irão me recompensar.

Assisto aquele teatro como um bom e quieto espectador.

Takeshi Antony Johnson PdS: 14/15; FdV: 7/7; Vit. Ok;


Fred sai da sala e Takeshi logo o segue. Eles param do lado de fora enquanto outros membros vão saindo. Fred diz para Takeshi:
- Vem comigo.

Eles seguem por um corredor e entram em uma sala. Apenas a Xerife Valéria estava dentro da sala. Os três vampiros se cumprimentam.
- Valeria, conforme havia lhe falado, eu venho orientando Takeshi. Ele é jovem mas é promissor. As suas habilidades são ideais para o posto de Algoz. Dizia Fred. Takeshi percebe a vantagem de ter um vampiro mais velho como tutor. Certamente Fred havia combinado com outros vampiros a indicação de Takeshi ao posto e o dublê ganhava um acesso direto e uma conversa privada com o xerife.
- Muito bem, Takeshi. Somos a linha de frente contra as ondas que avançam contra a nossa sobrevivência nesta cidade. Temos um duro trabalho para garantir que os outros Membros possam descansar tranquilos. Nesta e nas próximas noites você irá patrulhar as periferias da cidade. Quer perguntar alguma coisa? Indagava a Xerife.

Lady Thanatos; PdS: 07/14; FV: 5/6; Vit. Ok

– É um prazer conhecê-lo, sargento. Vossa excelência Lucia nos designou para encontrá-lo esta noite

- Sim... o que acharam de Lucia e suas irmãs? Indagava com sua rouca voz. O rato parecia gostar de conversar.

– Preferência no procedimento? Capturar e trazer de volta, talvez? Uso de tortura? Ou devemos focar em uma execução rápida, apesar de traidores não merecerem?

Um quase sorriso formava-se discretamente na face horrenda do nosferatu com a pergunta da vampira.
- Já está decretado. Ariane decidiu pela destruição e nem se eles trouxerem Caim de volta ela mudará sua decisão. A captura só serviria para um festim de caça ao velho estilo pega-pega com os outros bandos para ver quem conseguiria apanhá-los primeiro.

Endereço do alvo: apartamento do segundo andar com janela atrás da árvore.: