Um inverno um pouco mais frio...

Vince; PdS: 13/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)
rolagens = -1


Finalmente a reunião terminava. Um a um os membros iam saindo e indo embora. A primeira a sair era justamente a Xerife. O ventrue via o novato Takeshi saindo também, logo atrás de seu mentor, o primogenito Frederic Roseman. Por fim ficavam apenas Vince, Leonard, William e Kate com seu séquito de proteção. A príncipe se levantava e dirigindo-se a Vince falava:
- Acompanhe-me por gentileza, senhor Mondstat.

Vocês seguem pelo corredor do grande teatro até chegar em uma porta de madeira. Uma sala exclusiva da príncipe Kate. Ela entra, espera Vince passar e tranca a porta apenas com Vince, ela e seu círculo de proteção. Quatro neófitos Toreadores sangue da própria príncipe, escravos de sangue e condicionados mentalmente de tal forma que dariam suas vidas por ela.
- Não se preocupe com eles, é como se estivéssemos a sós. De fato pareciam um bando de lunáticos que babavam o tempo todo para a imagem de sua senhora. Pareciam um mesmo um pouco ausentes da realidade.

- Senhor Mondstat... dizia ela aproximando-se do vampiro a passos lentos e fitando o seu olhar. Como ela era bela... Um ser que agradava e muito aos olhos do Ventrue. A Príncipe apoia suas mãos em seus ombros, sobre o seu terno. Seu toque não é gelado como dos outros vampiros. É suave. É bom... causa uma sensação boa. O rosto dela se aproxima do rosto de Vince. A menos de 30cm. É possível ver os detalhes de seu olho verde como uma grama esmeralda e seu rosto límpido. - Você é uma das poucas pessoas em quem eu posso confiar. Estou cercada por cobras e conspiradores. Mas a sua reputação o precede. Me diga uma coisa... o que você mais deseja? O olhar dela penetrava fundo em seu olhar como se ela buscasse a resposta antes mesmo que você respondesse...

– Sim... o que acharam de Lucia e suas irmãs? – Indagava com sua rouca voz. O rato parecia gostar de conversar.

– Foi uma honra conhecê-las pessoalmente – respondeu Thanatos. – Não posso expressar em palavras como estou estonteada pela oportunidade de ter Lady Ariane como minha mentora e aprender sua filosofia.

Ao indagar sobre o método preferido de execução, um quase sorriso formava-se discretamente na face horrenda do nosferatu com a pergunta da vampira.

– Já está decretado. Ariane decidiu pela destruição e nem se eles trouxerem Caim de volta ela mudará sua decisão. A captura só serviria para um festim de caça ao velho estilo pega-pega com os outros bandos para ver quem conseguiria apanhá-los primeiro.

– Muito bem – respondeu Thanatos. – Se não houver mais nada a acrescentar ou alguma objeção, partiremos imediatamente.

A Tzimisce se vira para os seus irmãos de bando.

– Hora de fazer o que fazemos de melhor, meus queridos. Vamos nos abastecer no caminho, e então seguimos para o local.

OFF:

Lady Thanatos; PdS: 07/14; FV: 5/6; Vit. Ok

Attic Bar & Bistro
1h da manhã

Thanatos e seu bando haviam deixado o QG de operações da Espada e dirigiram-se ao Attic Bar, um lugar conhecido e indicado entre os bandos da Espada para um território de caça. O bando da Tzimisce se mistura em meio aos mortais para "abastecer" antes de seguir para a missão. Thanatos tinha uma boa aparência, o que lhe rendia dois rapazes que estavam lhe dando mole na pista de dança do lugar que estava lotado e com a música alta. A maioria dos frequentadores do lugar usavam drogas sintéticas e álcool, o que fazia dali um dos prediletos dos cainitas, pela sensação de extase estimulada pela alimentação e pelas drogas presentes nos sangues dor mortais dando uma sensação "louca" pelas próximas horas após a alimentação.

Rolagens:

Attic Bar:

Abigail escreveu:Takeshi Antony Johnson PdS: 14/15; FdV: 7/7; Vit. Ok;


- Muito bem, Takeshi. Somos a linha de frente contra as ondas que avançam contra a nossa sobrevivência nesta cidade. Temos um duro trabalho para garantir que os outros Membros possam descansar tranquilos. Nesta e nas próximas noites você irá patrulhar as periferias da cidade. Quer perguntar alguma coisa? Indagava a Xerife.

Assim que Takeshi saiu da sala viu Fred saindo logo em seguida lhe dizendo para o acompanhar. O cainita nada diz apenas o segue. Tinha várias coisas que queria perguntar para o seu ancião, porém ao entraram na sala onde estava a Xerife ficou quieto e apenas ouviu. Olhando primeiramente para Fred e depois para a Xerife e assim que Valeria termina sua fala, Takeshi olha para ela e diz:

- Prazer em conhecê-la Valeria! Creio que minha única pergunta se refere aos recursos disponíveis. Informações e contatos são os mais valiosos nesses casos.

O Toreador prefere ir direto ao ponto, visto que a Xerife não o pareceu do tipo que liga para etiquetas sociais normais como cumprimentos.

*Seria uma Brujah?*

Seu olhar fica firme nos olhos da cainita por alguns instantes e conclui.

- Eu gostaria de ficar atualizado do que aconteceu nas últimas noites, todos os acontecimentos estranhos relacionados a nossa sociedade.

Sua expressão era séria, porém, leve. Sua cabeça estava focada em não perder nenhum detalhe e para isso o máximo de informação é fundamental.

- Sou novo na cidade, mais, pelo teor da nossa reunião, não temos muito tempo.

Takeshi sabia que teria muito trabalho pela frente tanto na questão investigativa quanto na questão física, sabia muito bem que precisava melhorar.

Attic Bar, Henderson… indicado entre os bandos da Espada para um território de caça. Thanatos se misturava entre o gado, odiando ter de fazer aquele joguinho de sedução. Ela preferia simplesmente agarrar algum idiota, beber seu sangue, comer sua carne e usar o resto em alguma escultura bizarra para o seu refúgio, mas ela estava em missão, e não era hora de chamar a atenção de forma desnecessária. Ela teria de ser cautelosa e esperar a hora certa, e isso significa entrar no jogo.

“Merda…”

Um aglomerado – meio entorpecido, meio frenético e totalmente suado e mal cheiroso – de pessoas estava espalhado pela pista de dança. Thanatos chamava a atenção facilmente ali, com seus dreads, sua maquiagem pesada nos olhos e boca, seus spikes e correntes no pescoço, sua heterocromia bizarra – azul e vermelho – e sua pele fria e pálida como neve, além de seu catsuit; sua roupa de couro totalmente sadomasoquista, complementada com coturnos. Normalmente ela seria vista como uma aberração, mas ali, no meio de toda aquela droga, bebida e gente chapada, não demoraria muito para algum idiota achar que teria alguma chance com ela.


“Dois idiotas, na verdade.”

Ela passa perto deles, sem falar nada ou olhar para eles, apenas para provocar. Ela pede um cigarro para alguém que está fumando, acende e vai para o balcão. Ela fica ali, fazendo charme e fingindo, como quem não quer nada, aguardando um dos idiotas fazer o primeiro movimento.

Kate desabafava comigo a respeito das pessoas em sua volta. Realmente, ela estava desesperada. Apesar de manter a postura. Mas quem não está cercado por cobras nesse mundo? A existência da nossa espécie e humanos, sempre foi marcada por desafios que podem nos custar a própria vida... Apesar de ver fraqueza em Kate, não posso negar sua beleza. Ela se aproxima de mim ficando próxima o suficiente para que poder observar o tom dos seus olhos, a textura de seus lábios e a seda de sua pele. Seu perfume era algo singular. Seus cabelos... sua voz... Por um instante sinto compreensão pela fraqueza do clã da rosa. A beleza as vezes pode nos deixar sem reação.

... o que você mais deseja?

Aquela pergunta batia forte no fundo do meu peito. Fazia-me questionar sobre meus próprios objetivos. Logo eu que sempre fui tão focado e frio, me via ali, extremamente seduzido por aquela voz, por aquela mulher. E sem que eu pudesse ter controle da minha resposta, eu dizia quase que por instinto...

- Você...

Fui surpreendido pela minha resposta. Agir por impulso não é e nunca foi meu perfil. Mas Kate realmente mexia comigo. Minha sorte estava lançada...

Takeshi Antony Johnson PdS: 14/15; FdV: 7/7; Vit. Ok;



- Prazer em conhecê-la Valeria! Creio que minha única pergunta se refere aos recursos disponíveis. Informações e contatos são os mais valiosos nesses casos.
- Vou providenciar isso agora.
Valerya anotava em um pedaço de papel alguns números e nomes. E então entregava ao Toreador.
- Aí estão o meu número e dos demais algozes, sendo Vince e Leonard. Também estão os números da central da delegacia de polícia e do delegado Walter Banes. Para os humanos você é um novo detetive recém contratado pela polícia. As patrulhas atenderão ao seu chamado com prioridade na central. Se tiver problemas com algum invasor ou bando Sabá não pense duas vezes antes de ligar. A polícia vai chegar rápido, e dependendo da gravidade da situação até enviarão um helicóptero. Ao mesmo tempo aconselho usar esse recurso somente se for realmente necessário, pois as páginas dos noticiários adoram publicar matérias policiais.

- Eu gostaria de ficar atualizado do que aconteceu nas últimas noites, todos os acontecimentos estranhos relacionados a nossa sociedade.

A Xerife cruza os braços e uma das pernas. Por um instante ela conversa com o rosto virado de lado com seus olhos distantes dali.
- Alguém deliberadamente está passando a maldição de Caim desenfreadamente e aleatoriamente apenas para causar problemas. Os recém-abraçados são soltos na rua e acabam quebrando a máscara. Temos o domínio dos jornais, mas os jornalistas independentes estão se tornando um problema. Não podemos apagar a memória ou matar todos eles. Uma hora a corda irá arrebentar para um lado ou para o outro...
Então ela volta a olhar o Toreador.
- Precisamos descobrir quem é. Mas tome cuidado. O seu atual posto pertencia a alguém que estava justamente tentando descobrir a raiz desses problemas.
Ela então fechava o semblante e dizia em um tom de voz mais baixo, apenas como se estivesse pensando alto:
- Não ficaria surpresa se descobrir que há "sangue-azul" por trás disso tudo...

- Sou novo na cidade, mais, pelo teor da nossa reunião, não temos muito tempo.

- Não temos mesmo. Então ao trabalho!

Ela descruzava os braços, saía da posição e retirava-se.


- Tenha cuidado, Takeshi! O mentor do Toreador o abraçava e falava furtivamente e seu ouvido para que apenas o neófito escutasse. - Esses abraços são as pontas dos tentáculos de alguém que certamente está querendo tomar o lugar de nossa príncipe!
Fred dava dois tapinhas no ombro do dublê sinalizando que ele "já podia ir" caso quisesse.

Lady Thanatos; PdS: 07/14; FV: 5/6; Vit. Ok


Um dos idiotas aproximava-se da vampira. Ele a analisava de cima em baixo e dava um sorriso idiota, sem dizer nada, com uma cara de babaca, como de fato era. Mascava um chiclete e continuava mascando com a boca aberta feito um porco. Por fim de um longo período ele dizia:
- E aí gata! Como vai ser? Eu te beijo ou você me beija?

O outro paspalho, vendo que um concorrente tentava tomar o seu lugar também se aproximava. Ele não queria perder a vez. Esse era um pouco menos idiota, mas certamente não deixava de o ser também.
- Gostei do visual! Comentava o segundo.

Off:

Thanatos analisava o comportamento dos imbecis que a cantavam. Um era mais tímido, chegando mais pelas beiradas com o “Gostei do visual!”. O outro era um babaca metido, que realmente se achava o pegador fodelão, soltando logo um “E aí gata! Como vai ser? Eu te beijo ou você me beija?”. Era curioso como que, ainda com sua baixa humanidade e sua aparência chocante, ela ainda conseguia ser atraente o bastante para não precisar apelar para a força bruta na hora de se alimentar.

“Bem, ainda não pelo menos… Deve ser o catsuit. Os idiotas devem curtir alguma coisa sadomasoquista”.

Ela precisava se alimentar e fazia tempo que não se divertia com o sofrimento alheio. Ela não iria reclamar. Thanatos sorri e se aproxima. Ela acaricia o rosto do babão petulante que mascava chiclete e, com a outra mão, passava os dedos gentilmente entre os cabelos do mais tímido.

– Não ligo de fazermos algo em três. Acho divertido, na verdade, mas não aqui. Um de vocês têm algum lugar para termos privacidade? Meu nome é Jane, a propósito. Como se chamam, gatinhos?

A mente de Thanatos já elaborava os passos um de cada vez. Uma sedução básica, um joguinho mais picante com vendas, uso de vicissitude… Não podem se mexer, não podem gritar. Sangue drenado, carne devorada e os restos… Ah! Os restos! Como são divertidos. Um intestino pregado na parede, duas cabeças empaladas, um coração fervendo na panela, pichações com sangue e alguma arte contemporânea com as costelas… Uma coisa era certa: o lugar iria ficar muito sujo e fedido – muito provavelmente perturbador demais para um mortal ou mesmo um vampiro mais fresco.

Takeshi observa a Xerife enquanto faz anotações em um pedaço de papel e lhe entrega, lê e decora os nomes e números escritos (afinal para um ex-ator/dublê isso era brincadeira de criança) enquanto ela fala os nomes dos algozes acompanha com os olhos os respectivos números e faz uma imagem mental dos rostos apresentados na reunião. Logo após com a pausa da cainita o Toreador volta sua atenção para ela.

“- Alguém deliberadamente está passando a maldição de Caim desenfreadamente e aleatoriamente apenas para causar problemas...”

O Cainita pensa:

* ... Isso não pode ser algo aleatório, lógico que isso tem dedo do Sabbat...*

“- ... mas os jornalistas independentes estão se tornando um problema. Não podemos apagar a memória ou matar todos eles...”

* ... Será mesmo? Acho que podemos fazer algo a respeito, nada tão extravagante... Nota mental, verificar a atividade desses jornalistas...*

“- Não ficaria surpresa se descobrir que há “sangue-azul” por trás disso tudo...”

*... Na minha opinião sempre há... seja do nosso lado ou do lado deles... mais por trás desses estratagemas sempre tem o dedo podre de algum ancião mais ambicioso...*

“- ... Então ao trabalho!”

Takeshi ouviu tudo calado apenas fitando a Xerife enquanto ela passava as informações, pelo que o Toreador pode perceber, não existem muitos problemas, mais sim um problema muito crítico. Assim que a Cainita descruza os braços Takeshi se levanta e a cumprimenta acompanhando seu trajeto para a saída. Virando-se para seu mentor:

- Sim vou ter isso em mente Fred...

Faz uma pausa e conclui:

- Se for isso mesmo é pior do que eu imaginei, pelo pouco tempo que passei como uma criatura da noite, pude perceber que em nossa sociedade é cobra comendo cobra... Nunca podemos baixar a nossa guarda...


Outra pausa:


- Espero poder contar com sua orientação mais uma vez... Preciso de orientação, de uma direção para poder aumentar de forma mais efetiva meus dons físicos, sei que naturalmente o clã da Rosa tem uma agilidade sobre-humana, mais...

Takeshi parecia estar um tanto ansioso com aquele assunto, nitidamente esteve repassando a conversa em sua mente, tentando a melhor forma de explicar seus anseios.

- O que eu quero dizer é que, principalmente agora com esse cargo, preciso aprender novos dons, que garantam minha sobrevivência e aumente a taxa de sucesso nas missões.

O Toreador termina sua frase de costas para Fred, nitidamente envergonhado. Após alguns segundos se vira e diz com uma voz mais decidida:

- Então Fred, quero aprender mais sobre os dons de força e resistência, em contrapartida vou voltar a treinar minha arte de espada.

Os olhos do cainita brilhavam em determinação, encarava fixamente seu mentor.