O Culto Maldito - II

- Não sabe de porra nenhuma mas participou do culto. Olha, eu não dou a mínima para a sua miserável não vida. Mas eu estou em busca de respostas e, para a sua infelicidade, você participou do culto, consciente disso ou não. Então me diga, Quais foram os últimos três Membros com quem você conversou pessoalmente antes desse horário?

Abigail mostrava a Edward a foto que havia tirado no ritual. A dor até pareceu sumir de seu corpo, dando lugar a surpresa. Edward olhava para a foto e para Abigail...

- Não é possível! - ... Coof Coof Coof... Uma bola de sangue saía da boca do neófito, bastante derido pelos ataques da tremere e do lasombra. - Esse não sou eu... - Como alguém que havia sendo pego fazendo algo que era pra ser escondido, Edward desviava o olhar e por algum instante, procurava em sua cabeça uma saída, mas a tremere estava decidida a exterminar a sua vida, e aquela pressão prejudicava seu raciocínio, que perdia para o instinto de sobrevivência.

- Esse é meu irmão gêmeo, o nome dele é Edgard. - Seu semblante agora revela uma aceitação de "derrota". - Ele faz parte do Culto Maldito. Edgard se tornou infernalista e isso acabou trazendo problemas para mim, como pode perceber. Eu tentei convencer ele a sair disso, mas sua ambição por poder é maior que qualquer coisa. As vezes até parece que ele não é guiado por sua própria vontade. Eu ainda tenho esperanças de trazer ele de volta para a realidade. Venho sabotando qualquer investigação que possa levar a ele, por que sei que se ele for pego, será destruído. - Novamente a dor em seu rosto... - Ele é meu irmão!

Abigail percebe que Edward estava falando a verdade. Ele de fato não tinha relação com o Culto Maldito, mas por outro lado, luta para proteger seu irmão.

Ângelo mantinha-se frio perante aquela situação, apesar das revelações por parte de Edward, ele tinha uma missão e estaria afim de cumpri-la se fosse da vontade de Abgail...

Edward por mais que não estivesse envolvido diretamente com o culto era um traidor, mas por outro lado seria uma excelente peça nesse tabuleiro já que tinha informações valiosas...

Abgail estava se saindo demasiadamente bem em seu interrogatório não tinha por que interrompe-la.

Por um instante fico sem saber como reagir.
"Mas que droga, um irmão gêmo era tudo o que eu não queria que tivesse!"
Precisava agora recomeçar os planos do zero. Edward agora era um inimigo, embora não pertencesse ao culto, afinal o que eu já havia feito a ele e o fato de ele proteger o irmão nos colocava em uma relação complicada.

Então eu coloco as mãos nos bolsos dele.
- Onde está seu celular? Encontrando o celular eu o acesso. Se tivesse senha, ele seria coagido a entregar a senha. Então eu apago as minhas mensagens marcando aquele encontro com ele. Envio o contato do irmão de Edward (se houver) para o meu número e apago os rastros de ter feito isso. Depois instalo um aplicativo espião no telefone de Edward, com o qual eu posso ver suas conversas e emitir sua localizão de gps para o meu celular. (Considerar qualidade aptidão com computadores caso necessário rolagem)

Então coloco o celular de volta em Edward. Seguro a cabeça dele olhando em seus olhos e digo:
- Fale me o que você sabe sobre seu irmão. Onde ele mora, onde conseguimos encontrá-lo, bem como suas aptidões sobrenaturais e a que clã ele pertence. (Dominação 2)

Depois que Edward me dissesse informações chaves sobre seu irmão eu olho dentro de seus olhos novamente e digo:
- Essa Tremere (aquela que D'La Fere havia vencido) marcou um encontro com você. E quando você chegou aqui ela queria te matar. Ela colocou fogo em seu corpo com uso da Taumaturgia e usou Tenebrosidade para prender seu corpo. Se não fosse por eu ter aparecido e destruído a Tremere, você teria morrido. Agora você me deve uma. (ordenar esquecimentos - uso 1 FV)

Aguardo para ver a reação de Edward. Olho na direção de D'la Fere indicando que ele já podia desfazer-se da Tenebrosidade. Enquanto isso eu tento chegar a uma conclusão se deixaria Edward ir embora daquele jeito ou se deixá-lo ir representaria uma ameaça. Tudo dependeria do quão eu havia conseguido penetrar em sua mente.

As informações começavam a ser mais tangíveis. Apesar de ainda não ser o que D'la Fere e Abigail gostaria de ouvir, já era um norte. A tremere se aproxima de Edward. Chega seu rosto bem próximo do rosto dele. Seu olhar, era como uma chave, abrindo a mente de Edward e manipulando o neófito na raiz de sua personalidade. 

- Fale me o que você sabe sobre seu irmão. Onde ele mora, onde conseguimos encontrá-lo, bem como suas aptidões sobrenaturais e a que clã ele pertence.

Como um computador que recebe um comando, Edward coloca na "tela" tudo que a vampira havia perguntado...

- Meu irmão se chama Edgard. Ele mora em uma pequena igreja cristã na periferia de Paris. Eu não entendo seus dons, mas ele costuma deixar loucos, aqueles que o ameaça. Edgard pertence ao clã Malkavian.

Abigail agora se empenha em apagar e reconstruir a memória de Edward ao seu bel prazer e vontade...

- Essa Tremere (aquela que D'La Fere havia vencido) marcou um encontro com você. E quando você chegou aqui ela queria te matar. Ela colocou fogo em seu corpo com uso da Taumaturgia e usou Tenebrosidade para prender seu corpo. Se não fosse por eu ter aparecido e destruído a Tremere, você teria morrido. Agora você me deve uma.

Edward passava o olhar sobre o cenário. Ele via a lasombra Dakota, em torpor. Parecia que ele estava abosrvendo aquela nova memória. Ele olha para Abigail, e a mesma, percebe um olhar de gratidão. Sua mente havia sido moldada, ma seu corpo ainda estava exausto pelo ataque que havia recebido. Não suportanto o próprio peso, ele vai ao chão... - Obrigado Abigail... Ele ainda estava consciente.

Os tentáculos de D'la Fere soltava o corpo de Edward e voltavam para as trevas de onde haviam saído. A situação estava completamente dominada. E D'la Fere e Abigail estavam um passo a frente agora.

Dados...:

Eu espero Edward ir embora para conversar com D'la Fere. Edward agora tinha o celular monitorado por mim. Eu saberia a sua localização e receberia relatório de suas conversas, sabendo com quem ele estava falando, e o mais importante: o teor de suas mensagens. Desta forma eu poderia chegar ao seu irmão sem ter que coagir Edward diretamente.

Quando eu e D'la fere estivéssemos a sós eu iria dizer:
- Parabéns! Você capturou um Membro do culto maldito! O que pretende fazer com ela agora?

D'La Fere havia tido mais sucesso do que eu. Apesar de todo meu esforço quem conseguiu capturar um membro do culto foi ele, não eu. Tínhamos mais chances de chegar aos envolvidos através dela, do que pelo irmão de Edward. Eu invejava D'la Fere por aquilo. Bem, eu era uma competidora e, mesmo que seja por mérito, ficar em segundo lugar não era bem exatamente o que eu queria. Mas ele havia ganhado aquela!

Ângelo avaliava toda a performasse de lady Abgail, de fato seu poder perceptível ia muito alem das capacidades do neófito, era melhor se manter estável ao lado dela pois não seria boa ideia cultivar um inimigo tão poderoso assim, em meio a pensamentos temerosos um alivio surgia em sua mente...
" rsrsr ainda bem que somos pares do mesmo lado".

de fato não parecia que Edward estava envolvido com aquele tal culto, mas sua interação com seu irmão poderia lhe colocar em maus lençóis a qualquer momento, teve sorte por estar sendo interrogada por um membro cometido como Abgail. outros não teriam a mesma benevolência da tremere.

as informações que Abgail implantava na cabeça do jovem eram coerentes e poderiam ser eficazes por um longo período de tempo, mas agora era o tempo que poderia nos fornecer melhores informações.

o lasombra se desfazia de sua tenebrosidade assumindo então sua forma fisica e era indagado pela ancilae...

- Parabéns! Você capturou um Membro do culto maldito! O que pretende fazer com ela agora?

_ Não Abgail a camarrilla o capturou, não é sobre mim, mas sobre nos... imagino que deveria reportar a situação ao xerife e então ele decidir o que fazer. mas não sebemos em quem confiar, o que você sugere?

_ Não Abgail a camarrilla o capturou, não é sobre mim, mas sobre nos... imagino que deveria reportar a situação ao xerife e então ele decidir o que fazer. mas não sebemos em quem confiar, o que você sugere?

"O Lassombra é inteligente. Ele sabe que o culto pode estar infiltrado em Membros que gozam de prestigiosos postos. Isso explica porque ele chegou até aqui..."
- Você tem toda razão. Isto está mais perigoso do que eu podia imaginar. E também está certo sobre reportar ao Xerife. Afinal, somos algozes, portanto devemos reportar a ele. Mas, por outro lado, devemos nos precaver antes de reportar a ele e nos respaldar caso ele também faça parte do culto...
Após uma pausa pensando eu continuava:
- Escuta, você não acha estranho demais isso? Uma nova pausa, deixando D'la Fere se indagar sobre o que seria.
- Veja bem, em nossa primeira noite de trabalho, tanto eu quanto você nos deparamos com Membros do culto. O Xerife... e seus algozes.... esse tempo todo que eles tiveram, é sério que não descobriram nada? Ou eu e você somos extraordinariamente competentes ou então algo aí não está encaixando. Particularmente acredito que seja a segunda opção. Quando chegamos aqui tudo isso já estava acontecendo. O Xerife poderia sim, ter descoberto alguma coisa. Talvez ele não esteja reportando ao príncipe... E esteja sabotando todos que descobrem algo.

Após uma nova pausa eu colocava o dedo na boca, num gesto pensativa e continuava, inicialmente em um tom de mistério: - Mas, existe ainda uma última opção, a pior de todas.... Eu olhava nos olhos do Lassombra e então revelava o que eu pensava: - Talvez, na pior das hipóteses, aquilo que vimos na nossa apresentação no Elísio foi uma encenação digna de um oscar da parte de Beaumont e ele também seja Membro do culto. Mas precisa fazer o papel de príncipe e fingir que está iniciando uma caça às bruxas.

Então eu esperava parar ver o que D'la Fere tinha a dizer.

A linha de raciocínio de Abgail se asemelhava com os pensamentos que D'la Fere carregava consigo.


_Em nosso meio qualquer cuidado é importante para preservação não é mesmo? Se manter de pé em meio a lobos exige cautela.
_Dakota é forte! E deixá-la ter outra oportunidade poderia ser fatal, existe um meio de extrair informações de uma vítima, de fato não é bem visto pelos de nossa fileira, mas ocasiões despertadas abrem precedentes para medidas desesperadas.
_ ter suas memórias nos colocaria a frente... E se de alguma forma pudermos indentificar com exatidão nossos inimigos, seria importante.

Eu não sabia até onde poderia confiar em Abgail, mas em contrapartida ela também não sabia até onde poderia confiar em mim, era uma situação tensa...

- Sim, eu concordo! Qual forma você pretende usar para extrair as lembranças dela? E após extrair suas lembranças, talvez saberemos em quem podemos confiar. Eu quero resolver essa situação o mais rápido possível. Conte comigo para o que for necessário, eu só quero acabar logo com isso.

As lembranças de Magnólia me vem a mente. Ela precisava de mim. Eu precisava resolver logo aquilo.

- Façamos isso então. Uma coisa de cada vez. Talvez o Xerife seja o próximo...

A concordância de Abgail não era especificamente uma surpresa, desde o primeiro momento sabia que aquela mulher faria de tudo por seus objetivos, ela não era diferente de mim.

Ângelo fazia um sinal de positivo com sua cabeça enquanto pegava Dakota em seus braços (se necessário aumento minha força). Olhava ao redor em buscar de uma vassoura, rodo algo do tipo, por ser a cobertura de um prédio periférico talvez haveria pedaços de ripas ou coisas do tipo.

_ muito bem, vamos sair daqui então, você poderia me deixar em meu refúgio? Vim caminhando e voltar com ela poderia levantar demasiada suspeita. Não tomará muito de seu tempo, fica a poucas quadras daqui.

Ângelo imaginava que por se tratar de um membro distinto haveria um automóvel a sua espera.

- Certo, então vamos lá!

Eu me aproximava do vampiro e o abraçava. Minhas mãos segurava em sua cintura, como um abraço apertado.
Com nossos corpos unidos eu tentava algo que nunca tinha feito, mas que talvez poderia funcionar.
- não estou de carro. Nunca tentei isso, mas pode ser que dê certo.

Na verdade eu já havia feito com minha filha, mas ela era de um corpo mais leve e menor.

Então faço aplicação do uso do movimento da mente. Minha mente era forte o suficiente para mover um peso como nós 3 juntos, mas eu não tinha certeza se daria certo.