Eu consulto as horas, pego um copo e encho-o com o precioso líquido vital. Abro o navegador no computador para tentar encontrar mais informações sobre Bernardo Pereira. Checo no Google, digitando consultas diversas como "Bernardo Pereira, Juiz de Fora, Boate XXX" e também olho o endereço tanto da boate quanto da casa pelo Maps. Também olho no Facebook, Instagram e outras redes, procurando fotos do estabelecimento e do sujeito em questão.
Enquanto checo as informações beberico a bebida. Hm... quente, deliciosa... sim, esses sabores. Há uma mistura curiosa do sangue da própria Sônia, enérgico e agitado, com o da Regina, mais sutil e delicado. Sinto que Manoel contribuiu um pouco também, sinto um leve teor de Coca-cola no qual ele é praticamente um viciado. Hm... faz tempo que não tomo coca... bom, teria gosto de cinzas agora. Mas de qualquer modo isso é bem melhor.
Já me acostumei com a "superespecialização" do meu paladar, apto a diferenciar distintos "tons" da "vitae" (palavra que aprendi naquele fórum), enquanto simplesmente ignora qualquer outra coisa, deixando-a insossa no mínimo.
Hm... certo, isso é bom. Encho o copo novamente e coleto o máximo de informações que puder. Acho que agora já tenho uma boa ideia de quem esse cara é. Vejamos, é quinta-feira, a boate deve estar funcionando. Acho que vou fazer uma visita – porque esperar? Eu tenho pressa, estou no meio de uma guerra aqui.
Depois de terminar as garrafas eu convoco Sônia. Entrego-lhe os recipientes vazios.
Zé Acácio | Chame os rapazes, estou saindo. |
É hora de caçar vampiros.