O PROFESSOR
Conforme o corpo permitia, Mason correu sem olhar para trás, ouvindo barulhos de disparos e de golpes ficando cada vez mais distantes. Seu corpo estava muito machucado e cansado, mas por sorte o hospital não estava longe. Mesmo danificada, a construção era fácil de reconhecer. Com a porta danificada, era fácil de entrar se esgueirando pelo buraco. A melhor surpresa era a luz que vinha do lugar, o que indicava um gerador grande capacidade.
O hall da recepção não era muito diferente dos outros cenários que haviam encontrado. Um cadáver estirado no balcão e muitos outros pelo chão. Muitos deles usavam jalecos brancos e o resto roupas comuns. O pior de tudo era que um deles rastejava como usando apenas os braços. Alguém certamente conseguiu danificar sua espinha. Ele ainda não havia reparado que Mason tinha entrado, já que rastejava, gemia e babava em direção do elevador à direita.
Havia também portas duplas próximas da entrada – estas trancadas com cadeado e corrente – e também atrás do balcão. Em uma das paredes estava escrito em sangue:
“Fiquem longe do último andar! Se alguém ainda estiver vivo, me encontrem no subsolo!”
Zumbis não sabiam escrever, logo alguém escreveu aquilo; alguém vivo, que ainda poderia estar vivo.
Mason percebeu que os computadores ainda funcionavam, mas estavam travados. Era necessário uma senha em cada um para desbloqueá-los. Não via nenhum sinal dos outros, mas devido aos cadeados e correntes nas portas, tudo sugeria que eles haviam usado o elevador, que agora parecia ser cobiçado pelo grotesco rastejante.
Muitos cadáveres ali. Será que eles levantariam alguma hora? Era melhor não ficar para descobrir e cair fora o mais rápido possível.
O TRIO
Nicolle tinha uma combinação numérica. Uma senha, provavelmente, mas para onde? Tyler tinha uma chave, mas não havia nenhum local aparente para usá-la. Terry notou aquele padrão nas câmeras. Alguém parecia manipular o led para dizer algo.
- Teste:
Terry – Teste de Observação (IQ+2): 11 (Sucesso por pouco)
Terry reparou que o led repetia sempre o mesmo padrão:
– ....- Testes:
Terry – Teste IQ: 7 (Sucesso)
Tyler – Teste IQ: 16 (Falha)
Nicolle – Teste IQ: 18 (Falha Crítica)
Talvez fosse o efeito daqueles números, mas Nicolle simplesmente sentiu seu cérebro virando no avesso só de olhar para aquela linha seguida de pontos. Ela não fazia a mínima ideia do que aquilo poderia significar. Tyler não estava muito melhor do que ela, e quanto mais pensava naquilo, mais nervoso ficava. Terry conseguiu encarar aquilo com mais frieza. Não soube explicar como, mas algo na sua mente despertou, talvez algum tipo de memória antiga lendo algum livro ou jogando algum jogo, mas ele se lembrou daquilo. Código morse, de fato. Aquele padrão significava 6. Não a forma escrita do número, mas o próprio número em si. De forma um tanto automática, ele se virou para a porta número 6 e notou que ela, diferente das outras, tinha uma tranca eletrônica. Não havia nenhum tipo de slot, apenas um teclado que tinha os algarismos de 0 a 9 e a letras de A a F. Notou também que a porta só aceitava quatro dígitos.