Um Inverno Ainda Mais Frio

- Borns, David Borns. Trabalho para o Governo.

Reflito sobre aquele nome, afim de encontrar alguma memória relacionada ao nome dito. Tentando assim saber com que estava falando.

- Então vamos lá... Gostaria que me respondesse uma pergunta: O que ou quem é você?

Sinto que diante de mim não estava um simples mortal. Aquele agente do governo estava ciente da existência de outras criaturas além dos humanos. Com pesar, concluo que fui pego pela segunda inquisição. Tento usar os meus dons para tentar obter alguma vantagem e quem sabe sair daquele local?

Primeiro, aprimoro minha presença afim de conseguir uma atenção especial [presença 1]. Aos poucos vou construindo um cenário favorável, ou pelo menos tentando. O fascínio é um poder discreto. Através dele, consigo saber se Borns pode ser influenciado por poderes vampíricos. Se assim for, prossigo.

Olhando dentro dos olhos dele, ordeno [dominação 2]: - Me conceda a liberdade imediatamente.

Vince PdS: 05/15; FdV: 7/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)

Era a primeira vez que Vince escutava aquele nome. Vince não consegue relacioná-lo à nenhuma memória.
O vampiro logo começa a elaborar uma estratégia de fuga e usar seu interlocutor era a ideia que lhe vinha à mente.

- Me conceda a liberdade imediatamente.

O Ventrue sente que o homem não era imune aos seus dons sobrenaturais. Ele caía em uma espécie de transe e parecendo um robô humano, respondia:
- Eu... eu não posso fazer isso.
O ventrue compreende que a palavra "posso" não estava no sentido de um desvio de conduta, mas sim no sentido de que ele não conseguia fazer o que era lhe pedido.

A presença e a dominação funciona com Borns. Bom, ele pode ser influenciado, porém, não tem autoridade para me dar o que quero. De qualquer maneira, já é um cenário melhor do que o de alguns minutos atrás. Persisto no uso de poderes sobrenaturais para extrair ao máximo informações do agente do governo. Informações pode ser o recurso mais valioso que terei nesse momento.

[Transe + 1fv] - Entendo Sr Borns, és apenas um funcionário... mas apesar disso, pode me ajudar sanando algumas dúvidas, não pode? Você disse que trabalha para o governo... isso é muito genérico nãop acha? Um recepcionista qualquer trabalha para o governo... Me diga mais especificamente, para qual agência governamental você trabalha, me fale sobre as atividades dela...

Vince PdS: 05/15; FdV: 6/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)


Vince se animava. O vampiro percebia que não estava diante de humanos superdotados imunes aos seus dons. Com isso em mente ele buscava extrair informações. Se o agente Borns estava ali para extrair informações do vampiro, o contrário começava a acontecer.
- Meu contrato base é com a CIA. Então sou um agente da CIA. Mas atualmente estou a serviço de uma missão que inclui cooperação com diversos órgãos do governo, incluindo o exército. Até onde eu sei é uma força tarefa criada para lidar com ocorrências sigilosas e paranormais. Assim pegamos casos tanto da polícia, quanto do FBI ou de qualquer outro órgão do governo. Minha missão aqui é fazer perguntas e obter respostas.

Vince havia invocado seus dons para transformar aquele homem em um lacaio. O poder incrível da presença podia fazer aquilo. Era como dar a sua vitae a alguém beber, a diferença era que a presença surtia efeito rapidamente e imediatamente. No entanto, não se sabia ao certo por quanto tempo aquele homem seria seu lacaio. Poderia ser apenas por algumas horas... ou quem sabe até por um ano!

Rolagens:

Lacaio temporário: Agente Borns

Agora sei com quem estou lidando, uma agência especializada em seres sobrenaturais. Subestima-los seria uma grande tolice de minha parte. Apesar de Borns sucumbir aos meus poderes, sei que poderia ser facilmente eliminado por eles se essa fosse a vontade da agência. Organizo meus pensamentos para escolher bem os meus próximos passos...

- Então Sr Borns, não me leve a mal mas, eu não costumo lidar com subordinados. Gostaria que me falasse quem é o diretor geral da agência. Me fale tudo que você sabe sobre ele e me mostre alguma foto para que seu rosto fique familiar nas minhas memórias.

Vince PdS: 05/15; FdV: 6/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)

- Então Sr Borns, não me leve a mal mas, eu não costumo lidar com subordinados. Gostaria que me falasse quem é o diretor geral da agência. Me fale tudo que você sabe sobre ele e me mostre alguma foto para que seu rosto fique familiar nas minhas memórias.

- Meu senhor, essa informação eu não possuo. A agência tem alguns protocolos de funcionamento e de segurança. Um deles é que não sabemos quem é o chefe da agência. Provavelmente deve ser algum militar de alta patente do Pentágono, ou talvez até o próprio secretário de segurança da Casa Branca.
Vince percebe que havia um apreço e uma tentativa de agradar no modo de falar de Borns. Era o poder da Presença.

Ela ouvia as ideias de Telma. Era uma boa proposta, mas não havia nada que pudesse fazer naquele estado.

– Infelizmente não há nada que eu possa fazer nesse estado, a não ser começar o processo de cura. Mas estou com tão pouco sangue que tenho receio de entrar em frenesi de novo, mas não há mais escolha. Contudo, há algo que precisamos fazer antes de tudo. Por favor, Telma, tenha a bondade de ligar para a minha mentora e colocar o celular no meu rosto. Nossos anciões precisam saber dessa traição o quanto antes.

Assim que a mentora de Thanatos atende, ela diz:

– Mestra, sua pupila tem a urgência de lhe informar que aqueles que eu considerava como irmãos, isto é, Tierre e Juancho, exploraram uma complicação durante a nossa última missão para executar atos mesquinhos, traindo a mim e a minha irmã Telma, colocando os interesses pessoais na frente das obrigações para com a seita. Por favor, não me entenda mal. Não a contatei para lamentar ou dar desculpas, a contatei simplesmente pelo ódio que sinto pelos dois traidores agora. Eles caçam a nós, aproveitando-se dos nossos ferimentos e fome, a fim de terminar o serviço e criar um álibi. Tierre é tão arrogante e estúpido que acha mesmo que pode enganá-la, assim como as demais anciãs. Talvez eles nos achem e essa noite seja a nossa última. Como eu talvez não possa estar mais aqui para puní-los de forma apropriada, rogo para que a senhora ensine como a insolência pode custar caro aos covardes.

Assim que a ligação é encerrada, Thanatos se volta para Telma.

– Vou iniciar o processo de regeneração. Não suporto mais estar nesse estado tão débil, me sentindo um peso morto. Se as coisas se tornarem muito perigosas, quero que fuja e retorne para os anciões antes deles, certo? Você já fez demais. Você provou sua lealdade e merece ser recompensada por isso. Não faz sentido ser destruída por minha causa. A Espada precisa de vampiras de valor, como ti, amada irmã.

OFF:

Inútil! Essa palavra ficava se repetindo na minha mente cada vez que contemplava os olhos de Borns. De certa forma eu já esperava isso. Essas agências secretas que garantem a segurança do mundo...rsrs, são paranóicas... também, não é pra menos...

- Entendo Sr Borns... entendo perfeitamente. Quero que me faça outro favor então. Conheço meus direitos, sei que tenho direito a uma ligação. - ignoro qualquer protesto de Borns, pois sei que aquela não era uma situação típica aacolhida pelos direitos humanos... - Preciso que me dê seu telefone. - Acredito que o transe tenha tido sucesso pelas respostas anteriores, se a influência foi pouca, esse patife ficará no mínimo uma hora sobre os meus desejos... mas sinto-me otimista, acho que consegui atingir o coração dele com força.

Lady Thanatos; PdS: 01/14; FV: 3/6; Vit. Aleijado (agravado)


Thanatos conseguia entrar em contato com sua mentora. Por sorte ela havia se lembrado do número de telefone, após algum esforço mental. Outra sorte também foi o fato de que sua mentora tinha um telefone. Talvez ela não era tão velha assim, ou se era, absorveu a tecnologia como parte da sua evolução, conforme os desígnios de sua trilha da sabedoria.

A Mestra ouve cada palavra de Lady Thanatos, enquanto se mantinha em silêncio do outro lado da linha. Pacientemente ela aguarda a pupila relatar todo o ocorrido. Quando então Thanatos termina o seu relato, a reação de sua mentora é exatamente o que já era esperado por Thanatos. Ela simplesmente desliga o telefone sem dizer nada. Thanatos fica sem saber se sua mentora faria algo a respeito, ou se simplesmente não faria nada a respeito.

No entanto, sabendo que não podia depender exclusivamente da sorte a vampira começava o seu processo de cura. Telma percebe a escassez de vitae no corpo de Thanatos e decide tomar uma atitude:
- Não posso ficar aqui parada. Eu ainda consigo me mexer. Vou tentar caçar alguma coisa para nós. Se eles me acharem, foi uma honra servir contigo, minha irmã. Me deseje sorte! E ela saía.

Thanatos também sabia que se sua sede saísse do controle, Telma estaria ameaçada. Não só ela... mas qualquer fonte de sangue nas proximidades daquele lugar. No entanto Telma fazia uma aposta alta. O sol estava prestes a nascer.

Borns me entrega seu telefone de boa vontade....rsrs. Ligo para o contato central da torre de marfim...

A situação não estava muito melhor. Thanatos estava mais uma vez sozinha, agora se rastejando pateticamente pelo chão imundo do lugar, sentindo mais uma vez as estranhas queimarem, a bestialidade aflorar, o impulso de matar e se alimentar – que no momento só não era maior do que o seu desejo por vingança.

Ela se escorou em um canto escuro, em um lugar que poderia ficar protegida dos raios solares no momento da aurora, e fechou os olhos, aguçando os sentidos, tentando escutar algum rato ou outro animal similarmente asqueroso que pudesse dar a ela alguma fonte extra de sangue, mesmo que insignificante. Não havia muito que ela pudesse fazer agora, a não ser se esconder e torcer para Telma voltar bem e com mais vitae.

Vince PdS: 05/15; FdV: 6/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)

De posse de um telefone celular Vince liga para a Torre de Marfim. Borns apenas olha para o vampiro como alguém que aguardava pacientemente o seu mestre fazer uso de seu objeto pessoal. A chamada demorava um pouco para completar. Por um instante o vampiro até pensa que ela não iria se fazer. Mas eis que de repente vem o primeiro "tuuuuuu..." da chamada, depois outro, outro e outro. Ninguém atendia. Parece que tudo que o vampiro tentava não funcionava. Mas no último toque, a chamada era atendida. Do outro lado da linha uma voz masculina de um rapaz de pouco mais de 20 anos:
- Teatro, boa noite!
Apesar de aquele número ser exclusivo para atendimento aos Membros, a frase de atendimento era como se fosse de algum setor qualquer do teatro, pois discrição é tudo.

Lady Thanatos; PdS: 01/14; FV: 3/6; Vit. Aleijado (agravado)

Em uma situação de miséria total ela se arrasta miseravelmente como um verme até um canto escuro como se fosse para morrer sozinha enquanto agonizava solitariamente num lugar abandonado. Longe dos holofotes, dos admiradores, pois o nome de seu bando corria entre os cabeças de pá. Thanatos inspirava toda uma geração novos ductis que queriam ser como ela, que queriam se destacar e chamar a atenção dos mais antigos. Havia rumores até de que seu nome já era mencionado entre os mais velhos para assumir um bispado. O que pensariam todos eles se a vissem naquela situação? Estenderiam as suas mãos em ajudar, talvez pensando em ganhar uma parte da glória ou será que aproveitariam a situação para exterminá-la como escolhera fazer Juancho e Tierre?

Enquanto pensava sobre essas coisas um barulho é escutado. Thanatos não pode ver o que é. Mas alguém ou alguma coisa se aproximava, em um movimento rápido e pausado. Como alguém que movia-se rapidamente, analisava o lugar e a situação e então fazia um novo movimento. E vinha em sua direção. Seus ouvidos atentos e aguçados não estavam errados, eles não se enganariam facilmente. Uma ajuda ou Tierre e Juancho haviam descobrido sua posição? Telma havia lhe entregado em troca de sobreviver? Agora estava bem próximo. O passo seguinte era se revelar entrando no pequeno cômodo em que a vampira estava. Ela olhava atenta e apreensiva esperando para ver se veria uma bota preta com manchas de sangue ou.... Então ele se revelava!

Era um ser animalesco, de pelos cinza que cobriam todo o seu corpo, uma cauda enorme, garras afiandas, olhos e ouvidos atentos, dois enormes dentes em sua mandíbula superior. Ele farejava fungando como se pudesse sentir o cheiro de Thanatos escondida em seu canto, mas as sombras ali talvez não lhe pudessem escondê-la daquela criatura medonha, que agora ficava de pé se apoiando apenas nas patas traseiras e por fim olhava fixamente na direção da vampira.

Criatura medonha das trevas:

A tensão do momento não poderia ser maior. Apesar de bancar o confiante, eu estava totalmente fora da minha zona de conforto. A estratégia de usar o telefone do agente pareceu funcuinar. De "bom grado", ele me passa o aparelho e eu prontamente o pego e disco o número da torre de marfim. A princípio não me pareceu uma boa ideia deixar o número da Camarilla no telefone do agente. Mesmo eu apagando o registro, eles facilmente conseguiriam recuperar, porém, que opções tenho?

...

Após alguns segundos, uma voz masculina atende a chamada do outro lado da linha. "- Teatro, boa noite!". Um sutil desvio da real natureza daquele local. - Boa noite. Aqui é Mondstadt. Me coloque numa ligação segura com Valéria imediatamente. - Meu sobrenome era conhecido entre os membros e carniçais da torre de marfim, acredito que dize-lo era o suficiente.

Vince PdS: 05/15; FdV: 6/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)

Do outro lado da linha a voz, um pouco surpresa, respondia: - Sim senhor! O vampiro escutava os números sendo digitados do outro lado da linha. Então após alguns segundos a chamada era encaminhada para outro número. Vince aguardava ser atendido. Não demorou para que Valéria atendesse:
- Alô?!
Até aqui Vince alcançava seus intentos. Ele estava numa chamada com a Xerife do outro lado da linha. E agora?

Como se pisasse em ovos, eu conduzia aquela chance com um empenho meticuloso. Temia que a oportunidade escapasse de minhas mãos, sabia que seria difícil ter outra chance. Cada segundo que se passava, parecia uma eternidade. Onde está aquele tédio mortal que atinge os da minha natureza? Muito pelo contrário, me via ansiando pelo próximo segundo, como se minha vida dependesse disso, e de fato dependia. Finalmente a voz de Valéria, uma voz familiar.

Valéria, aqui é Mondstadt. Kate e eu fomos capturados por alguma agência do governo. Estão me interrogando nesse momento mas consegui subjulgar meu interrogador, não sei até quando. Também não sei onde Kate se encontra e nem a localização desse lugar. Por favor, rastreie essa ligação e tente nos encontrar. Se os recursos da torre não forem suficientes, contacte Jean Pieterzoon, com certeza ele tem influência o suficiente para nos tirar daqui...

Vince PdS: 05/15; FdV: 6/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)

Valéria escutava Vince e parecia surpresa com sua ligação. Então ela respondia ansiosa: - Olha, farei o que for preciso e o que for necessário. Mas não sei te dizer quanto tempo isso vai levar. Talvez por medo de ser rastreada ou por outro motivo, ela desligava a chamada após dizer essas palavras.

Após encerrar a chamada, Vince era pego de surpresa com uma voz que saía de algum alto falante embutido na laje do teto do ambiente que ele estava. Era uma voz masculina que dizia:
- Exatamente como havíamos previsto. Estabelecer um contato direto e pessoalmente com você é muito perigoso. Você é uma criatura que possui capacidades paranormais de manipulação da mente. Queria poder estabelecer um elo de confiança com você, mas você não é confiável. Então existe uma organização oculta de outros assim como você... uma pena, porque eles não conseguirão rastrear essa ligação e nem te encontrar.
A voz silenciava-se, mas Vince percebe que seu interlocutor ainda estava lá, invisível...

Valéria era breve. Talvez estivesse com medo. Não era pra menos. Eu não sou tão forte mas também não sou dos mais fracos. Já Kate, ela é poderosa. E alguém ou um grupo de humanos que consiga nos capturar assim, merece no mínimo nosso receio. 

Assim que a ligação se encerra, uma voz soa vinda de um alto falante instalado no teto da sala.

- Exatamente como havíamos previsto. Estabelecer um contato direto e pessoalmente com você é muito perigoso. Você é uma criatura que possui capacidades paranormais de manipulação da mente. Queria poder estabelecer um elo de confiança com você, mas você não é confiável. Então existe uma organização oculta de outros assim como você... uma pena, porque eles não conseguirão rastrear essa ligação e nem te encontrar.

Confesso que não me senti surpreendido e nem aumentou o meu temor por aquilo tudo, na verdade, eu enxerguei ali uma oportunidade. Olho para o agente diante de mim, um mero fantoche. Apoio o seu telefone na superfície da bancada que nos divide e deslizo até o seu alcance. Nem perco meu tempo apagando o registro, sei que seria inútel.Também sei que não seria isso que faria a torre de marfim cair. Somos criaturas antigas e carregamos uma vasta bagagem quanto a lidar com investidas humanas...

Fico de pé, ignorando completamente o meu interrogador. Procuro uma câmeras e me dirijo a ela. 

- Acertou, me descreveu perfeitamente. Só me permita complementar. Também sou um negociador. E deixo claro aqui que estou disposto a ouvir as cláusulas de um possível contrato... A julgar pela atividade dessa agência, acredito que tenho muito a oferecer. Então, porque não deixam de lado esses protocolos e me coloquem paraconversar diratamente com quem realmente tem alguma autonomia aqui dentro? time is money my friend! - Faço uma pausa e me aproximo do agente Borns... - Olha o que fiz com ele, em minutos de conversa já o transformei em meu cachorrinho... - Olho nos olhos de Borns e ordeno [o comando] - Lata! - Olho novamente para a câmera com um ar de deboche, esperando a decisão do alto comando enquanto assistinham o seu agente de confiança se comportando como um canino. - Imaginem o que poderia fazer trabalhando pra vocês? Eu não tinha nada a esconder deles referente a minha real natureza. Eles presenciaram meu frenesi, então prefiro seguir o caminho prático.

Ela refletia sozinha na escuridão, sem saber como aquela situação deplorável terminaria. Não conseguia compreender por que aquela situação de merda estava acontecendo com ela. Ela havia tomado a ideologia da espada como a definição de sua imortalidade. Ela tinha sido uma ductus justa, uma soldado fiel da seita e agora estava sendo punida de várias formas. Seus dois melhores soldados traíram-na, estava em um estado lamentável e seus anciãos já estavam cientes de seus problemas.

Um barulho estranho. Algo ou alguém se aproximava. Os traidores a encontraram? Telma a traiu em troca de algum benefício? Ela não sabia. Não podia fazer nada naquela situação e sinceramente não se importava mais. Seu orgulho estava tão destroçado que a morte final parecia soar como uma boa oportunidade de alívio.

Ela ficou aguardando seu possível assassino aparecer, quando então percebeu que não era nada além de um rato – um rato imundo e asqueroso. Ela não tinha desenvolvido o dom da manipulação dos animais e, até onde sabia, ninguém do seu bando tinha esse mesmo dom. Ela não poderia fazer muito com aquele rato, mas ao menos a probabilidade de ser um carniçal de Juancho ou Tierre era muito baixa.

Seria um carniçal de alguém, afinal?

– Aqui – ela arriscou, sem se importar se era amigo ou inimigo. – Estou aqui.

Se fosse um rato comum, talvez se aproximasse para que ela pudesse drená-lo. Se fosse aliado, ajudaria. Se fosse inimigo… bem, o que ela sentia agora era a pior que a morte, de qualquer forma.

Vince PdS: 05/15; FdV: 6/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)

Vince era um Ventrue e, como um sangue-azul, um bom negociador. Mas mais do que isso, ele adotava uma estratégia que muitos vampiros certamente não adotariam. Outros em seu lugar provavelmente morreriam negando a sua própria natureza na mão de seus captores. Ele ao contrário fazia algo diferente, ao contrário do que a maioria faria. E, talvez por isso, ele não era como a maioria. Talvez por isso enquanto muitos pereciam ainda na primeira década de existência, ele persistia e já era um ancilae com mais de um século de experiência.

O ventrue não teve dificuldades para o Comando. Bastou uma ordem e de repente o agente Borns se comportava como um canino, latindo na cadeira onde estava:
- Au! Au! Au!
O vampiro olhava para a câmera com um ar de deboche. Aquilo era realmente incrível, humanamente falando.

- Imaginem o que poderia fazer trabalhando pra vocês?

Um tempo de silêncio se instaurava com a proposta de Vince. Era como se ele pudesse imaginar o que eles estariam fazendo lá do outro lado, analisando o que o vampiro havia falado. Então a voz vinha novamente:
- Incrível! Você possui talentos únicos, que ao nosso serviço seria excepcional! Vince, saiba que desde o princípio era exatamente isso que queríamos. Se estabelecermos um elo de confiança, saiba que você terá certos recursos nossos à sua disposição. Não estamos falando de uma relação de servidão, mas uma troca. Já pensou sobre isso? Vamos tentar novamente?

Então a voz desparecia. Um alarme e uma luz vermelha soava. Mas apenas brevemente. Era o sinal para Borns se retirar e assim ele fazia. A porta se abria do lado do ambiente de Borns. E outra pessoa entrava.



Ele se sentava de frente para Vince. Estava um pouco apreensivo e o vampiro podia perceber isso. Afinal, não deve ser fácil saber que um vampiro existe e ter que negociar com um e o sangue azul podia facilmente se colocar no lugar dele e compreender a situação.
- Senhor Vince, posso te chamar assim? Bem, os seus talentos seriam valiosos para a nossa agência. Gostaríamos mesmo que você trabalhasse para nós. E é claro que.... bem, você também vai ganhar com isso. Podemos dizer que é uma relação de troca. Um agente do governo pode ter acesso a coisas e informações que não se consegue em qualquer lugar. O que você acha?

Com calma e frieza, eu escondia os meus sentimentos e tecia o rumo da conversa. Até aqui tudo estava saindo conforme meu desejo. Borns sucumbia de vez aos meus poderes, se prestando ao ridículo. Logo perceberam que mandar ele para negociar havia sido um erro.

- Incrível! Você possui talentos únicos, que ao nosso serviço seria excepcional! Vince, saiba que desde o princípio era exatamente isso que queríamos. Se estabelecermos um elo de confiança, saiba que você terá certos recursos nossos à sua disposição. Não estamos falando de uma relação de servidão, mas uma troca. Já pensou sobre isso? Vamos tentar novamente?

Não sou do tipo comediante, mas não pude conter minha resposta que carregava um pouco de indignação.

- Não seria mais fácil uma abordagem menos "militar"? Para que a porra do helicóptero, mísseis e toda aquela força tarefa?

Logo a lucidez volta a tomar conta e reflito sobre o que acabei de falar. Será mesmo que um simples encontro seria o sifuciente para me trazer aqui e me colocar na situação de ser obrigado e negociar?

Uma luz vermelha acendia, e borns era trocado como num jogo. Agora era a vez do outro amiguinho. Esse por sua vez, não conseguia disfarçar o nervosismo de estar diante de mim. Ele usava o caminho da humildade, me perguntando como poderia me chamar. Tudo balela, nada disso me comove, são todos uns malditos.

- Senhor Vince, posso te chamar assim? Bem, os seus talentos seriam valiosos para a nossa agência. Gostaríamos mesmo que você trabalhasse para nós. E é claro que.... bem, você também vai ganhar com isso. Podemos dizer que é uma relação de troca. Um agente do governo pode ter acesso a coisas e informações que não se consegue em qualquer lugar. O que você acha?

Eu olhava fixamente para os olhos do novo agente. Como um felino prestes a atacar. Depois da sua conclusão, eu fico calado por alguns segundos. Quero sentir o medo eu seu corpo e sua alma...

- Então Sr. servidor público - o chamo assim de propósito para enfatizar a falta de educação do mesmo por não ter se apresetado, não nem mesmo se é um agente ou possuí outro cargo. - Como eu disse a voz misteriosa da caixinha ali em cima, estou disposto a negociar. Então, não gaste seu tempo tentando me convencer de que será benéfico para mim. Se quer realmente ser útil para o seu país, vamos logos aos termos. Assim eu me livro do meu cárcere, e você ganhará o status de ter negociado com um Vampiro.

Pudor já não existia em mim. Não que eu queira brincar de oprimir. Só acho que seja meu instinto de predador falando mais alto por estar encurralado como estou, ou em outras línguas, a besta.

Vince PdS: 05/15; FdV: 6/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)

- Não seria mais fácil uma abordagem menos "militar"? Para que a porra do helicóptero, mísseis e toda aquela força tarefa?

- Você deve estar se referindo à abordagem do exército. Não posso responder pelas ações do Exército americano. Somente o oficial responsável por aquela operação militar terá as respostas de o porquê da força usada. A única coisa que recebemos do exército é que aquilo foi uma operação contra terrorismo. Não sei mais nada sobre aquela operação.

- Como eu disse a voz misteriosa da caixinha ali em cima, estou disposto a negociar. Então, não gaste seu tempo tentando me convencer de que será benéfico para mim. Se quer realmente ser útil para o seu país, vamos logos aos termos. Assim eu me livro do meu cárcere, e você ganhará o status de ter negociado com um Vampiro.

O agente agora se sentia mais a vontade, pois o vampiro havia aceitado negociar. Aquilo para ele era de certa forma, um alento. Ele pousava suas mãos sobre a mesa, gesticulando enquanto explicava:

- Entendo, Sr. Vince. Vamos então aos termos da negociação. Podemos oferecer-lhe a liberdade imediata, além de um salário generoso e acesso a informações privilegiadas. Em troca, esperamos que você use suas habilidades para ajudar a agência em suas operações.

Após uma pausa ele continuava:

- Sr. Vince. Temos uma proposta bastante atraente para lhe oferecer. Nós podemos oferecer-lhe proteção, recursos e informações de que você precisa para continuar vivendo confortavelmente no mundo humano. Em troca, pedimos que você nos forneça algumas informações valiosas que você possa ter sobre outros vampiros ou organizações sobrenaturais. Você terá um salário de agente do governo, login e acesso a informações de segurança em nível nacional. Entendemos que a princípio pode ser que você não queira nos entregar informações sobre os 'seres' como você. Mas talvez você tenha desavença com alguns deles... além disso seus talentos serão importantes para captura de agentes humanos como nós, infiltrados aqui. Um agente russo ou iraniano não escaparia de suas habilidades e isso para nós é muito importante. Por isso temos interesse de criar uma cooperação com você.

O agente vomitava palavras decoradas que só estavam esperando um sinal positivo da minha parte para serem ditas. Sem dúvidas, era um grande contrato. Eu gostava dos termos, e sem me preocupar, deixava um sorriso escapar... A agência era ponderada, eles previam que entregar os meus pares era algo complicado. Apesar de não ter vínculos com muitos imortais dessa cidade, mas apreciei o gesto.

Um agente russo ou iraniano não escaparia de suas habilidades e isso para nós é muito importante.

- Com certeza não... - Dizia com um sorriso malicioso me escapando os lábios.

- Entendo, Sr. Vince. Vamos então aos termos da negociação. Podemos oferecer-lhe a liberdade imediata, além de um salário generoso e acesso a informações privilegiadas. Em troca, esperamos que você use suas habilidades para ajudar a agência em suas operações.

- Ok meu jovem... estou de acordo. Pode resolver toda a parte burocrática. Como prova de boa relação, me tire dessa porra de prisão logo que essa posição me deixa bastante desconfortável. A propósito, preciso de nova vestimenta, este não resistiu ao meu ataque de fúria.

Como alguém que pula a abertura de uma série no seu serviço de streaming, eu ingnoro toda a parte chata da conversa, aqueles protocolos batidos e corriqueiros, porém, meus ouvidos treinados pelo mundo dos negócios sempre estavam atentos em detalhes prejudiciais e minha boca sempre estava pronta para protestar...

- A propósito, quero ter com a Srta Kate imediatamente.

Lady Thanatos; PdS: 01/14; FV: 3/6; Vit. Aleijado (agravado)


Thanatos tinha um plano. Atrair o rato para si e sorver um pouco de nutriente para seu debilitado corpo morto vivo. Mas... o rato não era um rato comum. Ao perceber e identificar a presença da vampira, ele dá um chiado e foge rapidamente. A Tzimisce sabia que aquele pequeno f.d.p. era um rastreador a serviço de algum Membro ou Cainita, na melhor das hipóteses. Ratos são conhecidos por serem bons rastreadores. Passam por pequenas brechas, emitem baixo ruído e são rápidos. Nâo atoa que circulava lendas e histórias de anciões Gangrel que desmanchavam seu corpo em centenas de pequenos ratos, usando esta capacidade para espionar ou vigiar vários lugares ao mesmo tempo quanto fugir por váriadas rotas aumentando suas chances de sobrevivência.

Agora só restava à vampira aguardar. E é o que ela fazia. Tinha como companhia suas próprias lembranças. Ela tinha tempo para pensar sobre tudo até ali. O tempo passava devagar. Cada ruído distante parecia ser alguém. Cada minuto parecia ser uma hora. O corpo não era mortal, mas as feridas doíam bastante e causava-lhe um incômodo sofrimento. Sua capacidade de resistência e cura estava limitada. Pouco a pouco aproximava-se a hora do sol nascer.

E depois de algum tempo, ela não sabia quanto tempo havia passado desde que o rato saíra, novamente escutava de longe a aproximação de alguém. A medida que o indivíduo se aproxima a vampira percebia que os passos não pareciam ser os de Telma. E realmente não era. Thanatos então vê a sua frente Juancho e Tierre. Juancho diz:
- Aaaah, aí está você, sua puta vadia!

E Tierre emendava: - Se escondendo como um verme maldito. Você definitivamente é uma vergonha para a Seita e não merece viver! Te faremos um grande favor. Mas a honra da linhagem do meu sangue, como um Lassombra, não me permite ser um covarde. Então lhe deixarei escolher... O que você quer? Morrer nas mãos de Juancho ou ver o sol nascer pela última vez?

Vince PdS: 05/15; FdV: 6/10; Vitalidade: Incapacitado (contuso)/ espancado (agravado)

- A propósito, quero ter com a Srta Kate imediatamente.

- Srta Kate? Ah sim, a mulher que estava com você. Bem... infelizmente isso não vai ser possível. Assim como você ela aceitou os nossos termos. Mas assim que lhe colocamos em liberdade, ela decidiu "revogar o contrato" e substimou nossas capacidades de contenção. Espero que não fique triste. Foi escolha dela. Esperamos que assim como a Srta Kate, você também não tente fazer o mesmo, pois seria um desperdício...

O agente agora parecia até ser outra pessoa. Havia uma confiança em suas palavras e ele não se colocava por baixo de Vince. Talvez estivesse anteriormente temeroso pela segurança de sua mente, mas agora ao falar das capacidades da agência parecia bastante confiante.

- Siga-me. Dizia ele.

Vince estava praticamente nu. Uma porta de metal a lateral esquerda do vampiro era aberta automaticamente e ele podia sair daquela prisão, pela primeira vez desde que havia acordado. Ele segue o agente, saindo pela segunda porta juntamente com o mortal. Do lado de fora um enorme corredor, com vários caminhos. Havia outras pessoas transitando. Uma mulher, embora não fosse bonita, passava e olhava com um olhar de interesse no corpo nu do vampiro. Mas o agente não se importava e conduzia Vince por um longo caminho. No caminho o vampiro via as portas com as plaquinhas indicando o que era cada sala. Ele passava por um arquivo, por uma sala de conferência, a cozinha, e por fim chegavam ao vestiário.

No vestiário já estava tudo preparado. O agente apontava para um armário onde já estava o nome de Vince. O vampiro se aproxima. Chegando perto ele vê que ao lado do armário dele havia um armário trancado com uma plaquinha: Kate. Dentro do armário havia alguns conjuntos de roupas para várias ocasiões diferentes: Um terno completo, um conjunto moleton esportivo, roupas casuais, um uniforme da polícia de Denver e uma farda do Exército Americano.
Havia também uma caixa com diversos equipamentos como lanterna, canivetes multiuso, microcâmeras, uma caixa indicando equipamento eletrônico de localização para implante em pessoas ou veículos, bem como micro-escutas, um laptop, um celular, um óculos escuro, um relógio e documentos de identidade e passaporte com a foto de Vince e um nome totalmente diferente: John Whisker.

- Quando terminar me avise, que receberá seu primeiro trabalho. Dizia o agente.