Um Inverno Mais Frio

Lady Thanatos; PdS: 13/14; FV: 5/6; Vit. Ok

Thanatos ia até um banheiro e aplicava em si mesma a horrenda arte da vicissitude. A vampira saia do lugar com outra face, cumprindo seu primeiro objetivo. Quanto às roupas... bem, ela teria que invadir algum apartamento ou levar um barril consigo para dentro do banheiro.

Ela e Juancho entram no bloco de apartamentos e não encontram dificuldades para chegar ao exato endereço do alvo. Ela procura as chaves sob o tapete e em um vaso de planta que havia no corredor do lado de fora. No entanto não tinha sucesso. A porta estava trancada. Com um pouco de concentração ela ampliava seus sentidos aguçados ao extremo. O interior do apartamento estava em silêncio total. Mas eis que de repente ela escuta algo como um gemido, fraco e quase inaudível. Havia alguém do lado de dentro, embora não fosse possível determinar quem ou quantos...

Vince; PdS: 09/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)
rolagens = -1


Vince vivia uma nova história. Um novo começo. Ele apostava algo em uma relação com um Membro que tinha certa influência. Essa relação poderia terminar de duas formas: Os dois como grandes aliados ou grandes inimigos. Qual seria o produto daquela relação? Só o tempo diria!

O ventrue repousa com a toreador em seus braços até o nascer do sol, quando seus corpos formigam e eles caem no sono profundo. O barco da príncipe era preparado para abrigar alguem de sua natureza. As janelas eram vedadas com material resistente e não transparente.

Na noite seguinte o Ventrue acorda com o balançar das ondas no grande lago em que o hiate se encontrava. Do lado de fora o vento uivava constantemente com rajadas fortes. A chuva caía quase que como uma tempestade. Flashs de relâmpagos reluziam do lado de dentro do barco, através das janelas, que já estavam abertas, iluminado com uma fraca luz abafada que vinha de um abajur no canto da cama.

Vince contemplava o lindo rosto de Kate que já estava acordada. Um trovão forte ecoava do lado de fora. Seguido de novos flashs de relâmpagos.
- Como foi sua noite? Ela indagava se aproximando do ventrue e o abraçando, colocando seus rostos bem próximos um do outro.

Por um breve momento me pergunto se sou privilegiado ou se sou apenas mais um na cama de Kate. Bom, tanto faz. O importante é que eu havia dado um passo importante noite passada. Um laço com a Príncipe da cidade. A sociedade atual, vive num ritmo acelerado. Não existe mais aquela dança regada a paciência que tinhamos que dançar quando queríamos algo, objetividade é a palavra da vez. Kate é do clã da rosa, ditos os mais próximos dos humanos, me apego a isso para dar o próximo passo. Respondo sua pergunta...

- Maravilhosa, simplesmente maravilhosa. O que não é de surpreender, pois estava na sua companhia.

Ela se aproximava o bastante para fazer aquele momento exigir um beijo, mais uma vez, entro no seu jogo e a beijo. Me dedico aquele momento até saciar todos os desejos de Kate...

- Minha querida e doce Kate, noite passada você falou algo que ficou martelando dentro da minha cabeça. Você desabafou o peso que carrega devido a sua responsabilidade. Não me entenda mal, mas isso apaga um pouco a sua essência.

Essa noite com Kate, me fez pensar... Por que ter todo o trabalho de reunir um exército para "atacar" a atual estrutura local e assim tomar o controle se, eu posso simplesmente consiguir tudo isso por um caminho mais fácil, rápido e menos prejudicial? Por que não ser um amigo ao invés de um oponente? Por que não cultivar alianças ao invés de inimigos... bom, qualquer um dos caminhos eu acabarei cultivando alguns inimigos, mas isso é um preço que estou disposto a pagar.

- Me corrija se eu estiver errado, mas você é Kate, a Prícipe! Não acredito que é um hábito seu desabafar tais pesares com muitos... Então, correndo o risco de ser invasivo, gostaria de saber mais sobre você... Como chegou ao principado? Sempre foi um desejo seu? Quais suas espectativas nessa posição? Está satisfeita?... Quer dizer, isso te faz feliz?

Como diz o velho ditado, vou comendo pelas beiradas. Assim, posso estudar bem a situação e decidir minhas próximas ações. Felizmente, não existe apenas um caminho para se chegar ao topo. Acredito que essa conversa irá me mostrar qual caminho deverei escolher para chegar lá.

Um sinal… Ótimo. Havia alguém dentro do apartamento – ao menos uma pessoa. A porta estava trancada, contudo. Thanatos cogita de derrubar a porta e atacar de imediato, mas era cedo demais. Ela precisava de mais informação, mais certeza. Ela queria ver quem/quantos estava(m) atrás da porta. Com sua real face ocultada, ela percebeu que a melhor manobra naquele momento seria o subterfúgio. Embora não fosse seu forte, um pequeno engodo daria tempo para ela averiguar a situação no interior.

Aproveitando-se do contexto de suas vestimentas, ela calmamente bate na porta.

– Boa noite. É aqui que solicitaram uma dominatrix?

Aquilo tinha chances de falhar – pior, tinha chances de se tornar algo ridículo, mas era o máximo que ela podia fazer no momento.

Vince; PdS: 09/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)
rolagens = -1

Vince estava recluso com Kate em um hiate no meio do nada. Os Toreadores tinham um traço humano muito forte em sua conduta. Para Kate aquilo, talvez, poderia ser um final de semana de descanso, onde assim como os humanos, ela curtia um momento a dois com alguém, criando um laço de sangue mútuo para intensificar as suas paixões. Embora ainda não fosse tão devastador como os efeitos criados pelo laço de sangue completo, aquela ligação mais fraca já era o suficiente para imitar as mais ardentes paixões humanas. Era como jogar um copo de gasolina no fogo.

O Ventrue aproveitava aquele momento para uma nova abordagem, abrir caminho para uma relação e uma estratégia que ele, em sua trajetória, ainda não tinha feito.

- Minha querida e doce Kate, noite passada você falou algo que ficou martelando dentro da minha cabeça. Você desabafou o peso que carrega devido a sua responsabilidade. Não me entenda mal, mas isso apaga um pouco a sua essência.

- Oh meu doce Vince, não ocupe o seu tempo com essas coisas. Ontem eu estava precisando desabafar de alguma forma. Nosso corpo e nossa mente mudaram, mas nossa mente às vezes se cansa ao longo de uma ardorosa tarefa que se arrasta por décadas. Minha mente humana antes da minha transformação já estaria em frangalhos. Mas hoje já estou melhor, graças a você! Ela sorria gentilmente.

- Me corrija se eu estiver errado, mas você é Kate, a Prícipe! Não acredito que é um hábito seu desabafar tais pesares com muitos... Então, correndo o risco de ser invasivo, gostaria de saber mais sobre você... Como chegou ao principado? Sempre foi um desejo seu? Quais suas espectativas nessa posição? Está satisfeita?... Quer dizer, isso te faz feliz?

- Sim, você acertou! Não são todos com quem eu me abro. E muitos menos ainda os que eu trago até aqui. Às vezes eu venho aqui, mas com um mortal. Com um Membro... Ela interrompia a fala com um gole de uma taça de vitae. Ela não terminava a frase. Mas Vince tinha quase a convicção de que, em se tratando de Membros, ele era o primeiro.
- Bem, o principado de Denver pertencia ao clã Brujah. Brumérius era o príncipe. Um sujeito explosivo. Tinha sido o capitão de uma fragata holandesa que naufragou nas bermudas e então ele ficou a deriva até chegar nas praias da Flórida, onde foi abraçado. Depois acabou vindo para o interior dos EUA. Se estabeleceu em Denver e proclamou o príncipado. Houve resistencia, mas ele venceu todas elas e ficou até 1981, quando eu assumi após a Tempestade Lupina. Até então eu era uma ancilae Toreador que estava procurando o meu lugar. Eu desejava sim, o principado. De alguma forma os eventos contribuíram para a minha chegada neste posto. Mas não demorou para eu descobrir que junto com esse posto vinha não só o poder, muitas responsabilidades e, principalmente, inimigos!

Após uma pausa ela finalizava: - Estaria mais feliz se não alguém não estivesse agindo para puxar o meu tapete. Mas talvez isso é querer demais, não é mesmo?

Ouço atentamente cada palavra de Kate. Confesso que nada me surpreendeu. É assim em quse todo o mundo. Talvez uma derivação da tão temida jyhad. Uma interna pelo menos...

- Sim, isso seria pedir demais. Você está em um lugar cobiçado. Quem não quer ser o chefe? Diferente dos outros, eu jogo limpo. Gostaria de ser o príncipe? Sim, claro. Mas também não sofro por não ser. Valorizo muito mais uma aliança. Como diria Dom Corleone: " Um homem rico não é aquele com mais posses, mas sim, aquele com mais amigos poderosos". E ter isso, junto a um romance com a mulher mais linda que meus olhos já contemplaram, é simplesmete a maior sorte que poucos desgraçados como nós pode ter em sua maldita existência.

Dou uma pausa para que ela pudesse absorver minhas palavras, ou até mesmo fazer algum comentário...

- Por isso, gostaria de aproveitar essa oportunidade Kate. As vezes sinto que o Primógeno do meu clã me colocou nessa posição, para me afastar de algo importante. Logo que percebeu o meu perfil. Talvez enxergou que eu não me corrompo como a maioria. E quis me deixar as margens dos eventos e assuntos realmentes importantes. Ou até mesmo, para não ficar perto demais e acabar vendo o que não é pra ser visto. Sendo assim, gostaria de lhe fazer um pedido, talvez esteja sendo precipitado demais, mas não me importo. Sei que sabe enxergar as reais intenções. Deixe me ser seu braço direito nessa caminhada, seu apoio, seu escape... Me tire desse cargo de algoz, e me coloque onde eu possa ser mais efetivo.

Novamente uma pausa para dar espaço para uma possível resposta...

- Dentro do meu clã, possuo o posto de Lictor. Isso é equivalente ao arconte dentro da camarilla. Quando uma merda federal acontece, eu sou o cara que eles mandam. Entende agora o quão ofensivo é pra mim, manter-me como algoz? sinto como se tivesse sido rebaixado. Lidar com crianças recém abraçadas? Arruaceiros? Desculpe Kate, mas sou mais do que isso.

Lady Thanatos; PdS: 13/14; FV: 5/6; Vit. Ok


A vampira tinha uma ideia. E iniciava o seu plano.

– Boa noite. É aqui que solicitaram uma dominatrix?

Do lado de dentro ninguém respondia. E ela não podia ver o que havia do outro lado. Ao menos não com seus olhos, pois a Tzimisce usava sua percepção extrassensorial para "enxergar" de outro modo o que estava acontecendo dentro do apartamento.

Por um instante tudo continuava como estava, exceto por um rápido deslizar de um pé no momento em que ela havia se anunciado. Então após um período de silêncio e quietude, escuta passos vindo lentamente e suavemente até a porta, como quem não quer ser percebido. Certamente a pessoa que estava do lado de dentro usaria o olho mágico da porta para quem era a tal dominatrix.

Enquanto isso uma voz feminina, nitidamente nervosa dizia: - Não! Endereço errado! A fonte da voz vinha de uma posição mais ao fundo do apartamento. Não de quem havia caminhado até a porta...

Thanatos escutava alguém caminhando rápido, ou talvez até correndo de um lugar mais ao fundo do apartamento para a sala.

Vince; PdS: 09/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)


Kate acompanhava Vince em seu discurso, como uma boa ouvinte, sem nada dizer, pelo menos não até que ele finalizasse. Os olhos dela fixavam no sangue azul, capturando cada detalhe do que era dito. Depois que o Ventrue finalizava, a Toreador ainda dava um gole em sua taça e olhava além do horizonte, indo por partes.

- Obrigada, pela parte que me toca. Acho que compreendi tudo o que me disse. De fato William me pediu liberdade para lhe receber e lhe dar um lugar dentro da Torre. Não tenho dúvidas que você está desperdiçado onde está. Nesse caso então me diga... Se pudesse escolher, que posto você gostaria de ocupar?

Ela aguardava a resposta com mais um gole.

A conversa fluía. E o rumo parecia ser o que eu estava querendo conduzir. Kate se demonstra compassiva com minha atual situação e pensamento sobre tal. Ela me fazia uma pergunta meio que sugestiva...

- Kate, entenda bem. Não vejo os cargos como um produto na vitrine. Se fosse para escolher, escolheria o maior....

Pausa para analisar a reação dela.

- Porém o maior, já pertence a alguém que estou aprendendo a admirar muito. Não me entenda errado. Não sou uma ameaça. És uma mulher vivida, e sabes muito bem, que um abraço de amizade pode muito bem vir com uma punhalada nas costas. Eu não, eu jogo limpo.

Escolho muito bem as palavras. Na hora que falo do abraço, sito a palavra amigo logo após. Para não haver comparação com os nossos abraços. Que parece ter ido além de uma mera amizade com tolerancia.

- Eu já expus minha vontade. Quero ser seu braço direito. Ser o segundo depois de você. Quero estar lado a lado com você na liderança dessa cidade. Quero te ajudar a vencer todos os tipos de desafios. Para manter a ordem de Denver... Por isso a escolha do cargo, não deve partir de mim... Eu confio no seu julgamento, sei que vai ser muito mais justa e corente do que o William.

- Confesso que pensei até em ir embora da cidade. Não tenho como afirmar, mas me colocarem como algoz, pareceu uma manobra macabra para me diminuir. Sou cria de Jan Pieterzoon, o conquistador de Nova York, que por sua vez é cria de Haderstadt, acha mesmo coerente eu servir como algoz? Sem querer ofender, mas isso é trabalho para os brujahs e gangrels. Talvez O Sr William tenha um desafeto pelo meu Sr e viu a oportunidade de descontar em mim. Mas falo isso a você, pois tudo não passa de teoria. Não investiguei a fundo para atesta-las.

– Oh, merda… – diz Thanatos, ainda sustentando a encenação. – Aquele idiota do Teddy não faz nada direito, mesmo. Já é a segunda vez que isso acontece. Estou começando a achar que ele está fazendo de propósito para me sacanear!

Ela então se vira, fingindo que está pronta para partir, ainda analisando o movimento e as reações, que já eram suspeitos, pelo pouco que ela conseguiu ouvir.

Preciso chamar o resto do bando aqui.

– Me desculpe – ela se vira para a porta novamente, fingindo estar sem jeito. – Eu não conheço por aqui, e me deram o endereço errado de novo. Sabe me dizer se por aqui há alguém que tenha… gostos peculiares para… bem, você sabe.

“Talvez não seja nada demais. Talvez estejamos sendo muito paranoicos”. Era com isso que ela contava agora. Eles poderiam abrir a porta, mesmo que somente um pouco, dando a ela uma confirmação visual. Se fossem idiotas, poderiam até mesmo ser legais e ajudar a profissional da dor perdida naquela vizinhança. Ela precisava ganhar tempo e conseguir uma confirmação enquanto o resto do bando não voltasse.

Vince; PdS: 09/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)

Kate ficava em silêncio por um instante após o discurso de Vince. Ela olhava para uma escrivaninha ao lado da cama, como se estivesse caçando um lugar para colocar a taça e, assim o fazia. Mas aquele gesto, aquela demora em trazer uma resposta direta poderia significar que a situação não parecer ser tão simples. Talvez havia consequências. E Vince sabia muito bem disso. Era como tirar um peão do tabuleiro de xadrez e substituir aquela peça por um cavalo, bispo, torre? Ou talvez a posição que Vince almejava implicava em substituir alguém... que talvez não quisesse ser substituído?

Ela então cruzava as pernas e apoiava ambas as mãos em seu joelho direito que estava por cima. Fitando Vince, ela respondia:
- Suas palavras sugerem que você gostaria de ser o príncipe da cidade. Seu semblante permanecia sério. - E eu no seu lugar... também almejaria o principado, afinal foi exatamente o que eu fiz até conseguir. Então ela sorria. Novamente séria, continuava: - E então, eu compreendo que descartando essa possibilidade o posto de Senescal seria o ideal para você. Bem, e de fato eu concordo! Você preenche todos os requisitos e seria um excelente senescal. Ela faz uma pausa antes de continuar.

- Por outro lado, já temos um Senescal, nesse tabuleiro de Denver. E ele não está interessado em abidicar do posto. Tanto é que, ao perceber a chegada de alguém que poderia ocupar o posto e que tem referências para tal, tratou de, rapidamente, colocá-lo junto aos neófitos para mantê-lo longe da política. E o melhor... vai que, por azar, você se depara com uma situação onde encontra a sua própria destruição no cumprimento do seu trabalho.
Ela levanta e caminha na direção de Vince. Com a ponta do dedo indicador sua unha vai direto no ferimento de Vince, cutucando a ferida. O ventrue sente uma dor pontiaguda e seu corpo se vê obrigado a afastar-se do dedo de Kate. Então ela continua: - Esse gangrel com o qual você se deparou... Não acha que teria sido conveniente para algumas pessoas se você tivesse sido destruído tentando contê-lo?
Ela deixa Vince pensar um pouco e então continua: - A propósito, esse gangrel... parecia mesmo um desavisado? Um ignorante como as crianças da noite são? Ou ele demonstrou alguma perícia ou experiência que requeria algum tempo de existência?

Kate aguardava a resposta ao mesmo tempo que parecia incentivar Vince a se indagar sobre determinada situação.

A covnsersa ganha um tom mais sério. Fico satisfeito com isso. Kate levanta pontos que eu já estava sentindo, mas não tinha como provar. E agora, vindo dela, só me faz ter mais certeza que sou indesejado por alguns aqui. Não que nossa espécie seja reconhecida pela hospitalidade um com o outro, principalmente um novato na cidade. Mas nesse caso, é pessoal. Só me resta concluir que tem a ver com o meu criador.

Kate me indaga sobre querer ser o príncipe. Me mantenho firme em minha afirmativa anterior. Assim como ela quis um dia e assim como todos querem. Falar, não significa que me torna um traidor. Muito pelo contrário. Um traidor não expõe os seus planos, ele te dá um firme aperto de mão seguido de elogios encorajadores. Kate sabia muito bem disso.

- Por outro lado, já temos um Senescal, nesse tabuleiro de Denver. E ele não está interessado em abidicar do posto. Tanto é que, ao perceber a chegada de alguém que poderia ocupar o posto e que tem referências para tal, tratou de, rapidamente, colocá-lo junto aos neófitos para mantê-lo longe da política. E o melhor... vai que, por azar, você se depara com uma situação onde encontra a sua própria destruição no cumprimento do seu trabalho.

- Ossos do ofício da nossa espécie, não ahca? Não existe aposentadoria e promoções, podem demorar gerações humanas para acontecerem, ou talvez nunca aconteça. Mas você é a Príncipe, e confio bastante na sua gestão. Sei que vai fazer o melhor para todos, inclusive para a Camarilla.

- A propósito, esse gangrel... parecia mesmo um desavisado? Um ignorante como as crianças da noite são? Ou ele demonstrou alguma perícia ou experiência que requeria algum tempo de existência?

- Não se tratava de um recém abraçado. Ele sabia muito bem usar suas disciplinas mais complexas, como pode ver em meu peito. Não era apenas força, rapidez ou resistência sobre humana. Se tratava de um animal perigoso.

Lady Thanatos; PdS: 13/14; FV: 5/6; Vit. Ok

Talvez eles fossem idiotas o suficiente. Ou talvez era o dia de sorte de Thanatos. Ela escutava a porta sendo destrancada pelo outro lado. Então a porta era aberta, por um sujeito que... bem, um pouco diferente, cabelo cortado, mas confirmava o sujeito da foto que ela havia visto.
- Uau... você é bem bonita, não quer entrar?
Talvez ele estivesse com vontade de beber algo diferente e certamente pensou... Por que não? A vampira pode captar uma adolescente com a cabeça baixa e encolhida no sofá. Parece ter sinais de agressão física e mental.

Naquele momento alguém aparece ao fundo. E ao ver o que estava acontecendo ele intervem:
- Mas que merda você está fazendo? Fecha o caralho dessa porta! gritava com ascenando com a mão. Os dois se entreolham. E o que havia chegado por último coloca a mão na cabeça, fazendo um gesto do tipo: "cara, larga de ser burro!" Mas a merda já estava feita mesmo, então ele disfarçava e Thanatos percebia tudo: - Desculpa, moça. Tive uns problemas aí. Dizia ele para Thanatos agora fitando ela. E ela confirmava o segundo alvo.

A garota está esperando, ela só quer um cliente! Que mal tem nisso? Aliás, você tá precisando do serviço dela, sabia?! Dizia o cara que atendeu a porta. O outro permanecia como estava antes. Não dizia sim e nem não, apenas olhava para o seu parceiro atrapalhado e também para Thanatos.

Vince; PdS: 09/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)

- Não se tratava de um recém abraçado. Ele sabia muito bem usar suas disciplinas mais complexas, como pode ver em meu peito. Não era apenas força, rapidez ou resistência sobre humana. Se tratava de um animal perigoso.

- Exatamente. Não se tratava de um baderneiro. Mas sim, de um assassino! Ele foi enviado, ou contratado, use o termo que quiser, para te destruir, Vince! Alguém tentou te assassinar. Kate olhava firme para Vince. Ela tinha convicção do que dizia. - E eu acho que sei quem foi. Mas não tenho... - ela desviava o olhar desapontada - provas.

Depois de uma pausa ela continuava: - Quanto ao que me pediu... existe uma possibilidade. Há sim algo que eu posso fazer. Não temos um secretário. Esse posto cabe diretamente ao príncipe de cada cidade decidir se quer um Secretário ou não.. dizia ela em um tom sugestivo, talvez para ler a reação de Vince.

Thanatos sorri por dentro. O alvo era confirmado. Talvez ele fosse burro, ou apenas estivesse apenas se fazendo de burro.

– Uau... você é bem bonita, não quer entrar?

– Obrigada. Eu ouço muito isso dos meus clientes – Thanatos não falava isso em tom rude. Ela agradecia o elogio de forma sincera, mas era uma dominatrix. Não podia aparentar ficar sem jeito, como uma adolescente bobinha. – Quem sabe? Na falta de um cliente…

Thanatos consegue ter um vislumbre do interior. Uma garota estava ali. Estava encolhida no sofá e tudo indicava que estava sendo agredida. Talvez uma candidata a carniçal? Ou simples presa?

– Bonita… – comentou Thanatos, com um olhar de decepção. – Não estou com sorte essa noite, mesmo. Parece que perdi minha chance de ter a atenção voltada para mim.

Nisso o segundo alvo aparece. Este já não parece estúpido como o primeiro, já que aparentava uma autêntica raiva pela forma como o outro abria e se expunha.

– Mas que merda você está fazendo? Fecha o caralho dessa porta!

Nesse momento ela finge um certo constrangimento. Parece ter dado certo. O segundo alvo, tentando mascarar o surto, suaviza o tom de voz e a postura.

– Desculpa, moça. Tive uns problemas aí.

– Saquei. Sem problemas.

– A garota está esperando, ela só quer um cliente! Que mal tem nisso? Aliás, você tá precisando do serviço dela, sabia?!

“Nem fodendo que eu vou entrar sozinha aí. Esses dois filhos da puta podem ter combinado tudo.”

– Tudo bem, pessoal – diz ela, levantando a mão, como se dissesse “Deixa pra lá”. – A culpa foi minha. Eu me perdi. Tá na cara que vocês estão ocupados, e eu não quero causar problemas. Já estou indo, beleza? Valeu.

A Tzimisce agora tinha o lugar e a confirmação dos dois alvos. Ela só precisava juntar o bando e fazer um massacre. Além disso, um outro pensamento passa por sua cabeça: aquela garota. Por alguma razão, Thanatos a desejou; não sexualmente, mas desejou como carniçal, talvez como brinquedo de tortura. Vê-la daquele jeito, naquela posição frágil… Aquilo atiçou o seu monstro interior.

– Boa noite.

Ela se afasta, saindo do alcance dos alvos, preparando-se para reunir o bando.

OFF:

Lady Thanatos; PdS: 13/14; FV: 5/6; Vit. Ok

– Boa noite.

O cara que estava na porta, dá um passo rápido para fora e segura no braço de Thanatos. Ela sente uma certa agressividade, que ele controla e disfarça quando sente que foi rude.
- Ei, calma aí! Se ele não quiser, o problema é dele. Eu quero!
Ele dava um sorriso safado e nojento, insinuando que queria o atendimento da dominatrix. E ainda completava: - Eu sempre quis ser dominado! E pago adiantado! Ele dava uma piscadela. Mas era um completo sem noção e talento zero para abordar uma garota. Antes do abraço com certeza era um "sem ninguém", disso Thanatos podia ter certeza.

O outro apenas continuava observando, não concordava e nem discordava.

Quando o alvo avança e agarra o braço dela com certa agressividade, Thanatos olha para o sujeito não exatamente com reprovação, mas com certa curiosidade. Ele então suaviza seu toque, aparentemente constrangido com o ímpeto.

– Ei, calma aí! Se ele não quiser, o problema é dele. Eu quero!

Nesse momento ela sorri – um sorriso convidativo por fora, e maligno por dentro.

Mesmo com o grandessíssimo atestado de “virjura” daquela criatura, com suas investidas e cantadas nauseantes, Thanatos entrava no jogo de sedução.

– Eu sempre quis ser dominado! E pago adiantado!

Assim que ele piscou, ela acariciou o seu rosto, deslizou os dedos pelo seu peito e apertou suas bolas. Se ele realmente quisesse bancar o mortal para cima dela, teria de gastar sangue para deixar o leiteiro usável de novo.

– Tudo bem. Eu trago o seu amigo de volta daqui a pouco – ela diz para o outro.

Ela então se aproxima do babaca e diz no ouvido dele:

– Alguma chance da sua amiguinha se juntar a nós? Fazermos algo os três? Não sei não, mas ela me parece ter uma bunda gostosa de dar umas palmadas.

OFF:

– Vamos para a cobertura, ou para o estacionamento, caso prefira mais privacidade e não curta um possível flagra de alguém passando. De qualquer forma, quero estar em um lugar incomum para brincar contigo. Isso faz parte da excitação.

Thanatos puxa o zíper do seu catsuit, propositalmente deixando seus mamilos expostos.

OFF:

Lady Thanatos; PdS: 13/14; FV: 5/6; Vit. Ok


A ductis tinha um plano em mente. Já estava tudo arquitetado, como uma ratoeira preparada para a sua presa. A vampira começa a cobiçar a garota no interior do apartamento. Ela de fato era bonitinha e parecia interessante. Cabelos escuros, lisos e compridos, pele clara e jovem. Usava um estilo comportado, com uma calça jeans.

O alvo deixava a entender, que era possível a participação dela. No entanto logo surgia um entrave quando a vampira dizia:

– Vamos para a cobertura, ou para o estacionamento, caso prefira mais privacidade e não curta um possível flagra de alguém passando. De qualquer forma, quero estar em um lugar incomum para brincar contigo. Isso faz parte da excitação.

- Não gata, tem que ser aqui mesmo. Vem, entra... a gente vai pro meu quarto. E eu levo ela também! Ele fazia a sua contraproposta, com uma cara de safado. E depois complementava: - Relaxa, meu amigo é de boa, pode fingir que ele nem está aqui.
Talvez ele não fosse tão idiota ao ponto de sair sozinho dali. Ou talvez até queria e era idiota o suficiente para aquilo, mas talvez também alguma coisa o impedia de sair dali.

Mais do que eu esperava era revelado naquela conversa. A princípio, era apenas uma discussão de cargos, mas agora, descubro que alguém deseja me destruir nessa cidade. Mas... quem poderia ser? Lembro que quando fui apresentado a todos os membros, o Primigênie Tremere me olhou de maneira muito estranha. Por outro lado, tem a indicação de William ao cargo de Algoz. Bom, ele não me obrigou... Tenho mais motivos para acreditar que isso tudo seja uma manobra do Tremere. Talvez o Ventrue estava devendo algum favor para o Tremere, e minha chegada fez ele gastar essa dívida.

- Exatamente. Não se tratava de um baderneiro. Mas sim, de um assassino! Ele foi enviado, ou contratado, use o termo que quiser, para te destruir, Vince! Alguém tentou te assassinar. Kate olhava firme para Vince. Ela tinha convicção do que dizia. - E eu acho que sei quem foi. Mas não tenho... - ela desviava o olhar desapontada - provas.

- Eu tenho um palpite. Tenho meus motivos para acreditar que minha presença causa um desconforto no Primogênito Tremere...Perdoe, esqueci o nome. Minha teoria bate com a sua suspeita? Fiquei curioso para saber sobre sua afirmação, gostaria de saber mais.

Depois de uma pausa ela continuava: - Quanto ao que me pediu... existe uma possibilidade. Há sim algo que eu posso fazer. Não temos um secretário. Esse posto cabe diretamente ao príncipe de cada cidade decidir se quer um Secretário ou não.. dizia ela em um tom sugestivo, talvez para ler a reação de Vince.

- Bom, confesso que ainda não era o que eu queria. Não é de maneira alguma ingratidão. Só penso que não deve existir demagogia entre nós, bom, pelo menos é assim que pretendo cultivar nossa relação. Mas como você diz, já temos um Senescal. Espero que ele venha fazendo um bom trabalho. Eu aceito sua oferta Príncipe.

Vince; PdS: 09/15; FdV: 8/10; Vitalidade: Machucado (agravado)

- Eu tenho um palpite. Tenho meus motivos para acreditar que minha presença causa um desconforto no Primogênito Tremere...Perdoe, esqueci o nome. Minha teoria bate com a sua suspeita? Fiquei curioso para saber sobre sua afirmação, gostaria de saber mais.

- Eu não confio nos Tremere. Não ficaria surpresa se ele estivesse por trás de muitas coisas estranhas que ocorreram na cidade. Mas apostaria minha ficha em outro, não nele. E como eu posso estar errada, acho melhor guardar meus apontamentos até que eles se confirmem, pois como disse até agora tudo o que tenho são suposições e, quanto a isto eu posso estar errada. Você terá que descobrir por conta própria, ou pagar o preço, caso precisar de alguma ajuda. Infelizmente eu não posso ajudar. Não é meu campo de atuação. Mas há outros em Denver que possa lhe prestar esse tipo de favor.
Ela fazia uma pausa e continuava:
- O primeiro passo é entender que não foi uma simples coincidiência. Tratava-se de um Gangrel experiente, não de uma criança da noite perdida com as quais os algozes tem que lidar. Houve um chamado e você investigou os rastros e chegou até ele, certo? Kate esperava Vince responder, e então continuava: - Errado! Ele deixou as pistas para você encontrar, não para outro algoz encontrar. E te atraiu para uma tocaia. Você achou que estava caçando, mas na verdade, ele é quem estava te caçando. Então entenda, que alguém não te quer "vivo", meu querido. Ou pelo menos não em Denver.

- Bom, confesso que ainda não era o que eu queria. Não é de maneira alguma ingratidão. Só penso que não deve existir demagogia entre nós, bom, pelo menos é assim que pretendo cultivar nossa relação. Mas como você diz, já temos um Senescal. Espero que ele venha fazendo um bom trabalho. Eu aceito sua oferta Príncipe.

- Sim, eu sei que um secretariado não é bem o que você gostaria de ter. Um posto de Senescal sim, já satisfaria seu apetite por poder por algum tempo. Mas veja bem, como espera que eu diga para William: "Dê licença que o novo Senescal é Vince Mondstat". Confesso que eu gostaria mesmo de fazer isso, afinal, não tenho nenhuma prova de fidelidade de William. Ele poderia estar por trás de tudo quanto qualquer outro. Mas, como já disse, o Posto de Senescal não está vago. Se você o quer, terá que tirar o William de lá, e garanto que ele não vai abrir mão do posto com um simples pedido meu ou seu. Ou você acha que vai?
Ela fita Vince aguardando sua resposta.

Kate era objetiva em suas palavras. Mesma postura que gosto de adotar em meus discursos.

- Ok, agradeço por tudo Kate. Preciso ir agora, tenho assuntos para tratar, assim como você também deve ter. Adorei essa noite, foi simplesmente memorável. Estou otimista quanto a nossa relação daqui pra frente e ansioso para começar a escrever minha história ao seu lado.

Passo minha mão sobre aquele rosto de beleza celestial. É fácil se perder naquele olhar. De fato, foi uma noite inesquecível...

Vince

- Ok, agradeço por tudo Kate. Preciso ir agora, tenho assuntos para tratar, assim como você também deve ter. Adorei essa noite, foi simplesmente memorável. Estou otimista quanto a nossa relação daqui pra frente e ansioso para começar a escrever minha história ao seu lado.

- Antes de irmos gostaria de saber uma coisa. Ela fazia uma pausa. Olhava para o lado antes de fitar Vince e mantinha suas mãos postas à frente de seu ventre. - Qual é a sua relação com o senhor? Me refiro se ela é boa ou ruim? Se você tem algum crédito com ele ou não.

– Não gata, tem que ser aqui mesmo. Vem, entra... a gente vai pro meu quarto. E eu levo ela também! – Ele fazia a sua contraproposta, com uma cara de safado. E depois complementava: – Relaxa, meu amigo é de boa, pode fingir que ele nem está aqui.

“Eles não parecem com medo de sair exatamente. Eles parecem que estão guardando esse apartamento. Tem alguma coisa estranha.”

– Você tá a fim mesmo, né? – Thanatos sorri, abraçando ele, colocando propositalmente o rosto sobre o peito dele, usando auspícios para ver se consegue ouvir o coração. – Tudo bem. Vamos nessa, mas antes de começar, posso avisar minha colega que mudei o cliente? Relaxa, não vou dizer nada sobre vocês. Sem detalhes. Só quero que ela saiba que o nosso “organizador” fodeu tudo de novo. Já está na hora de ele sofrer um corte de verba por causa da incompetência.

Thanatos entra no apartamento, rebolando. Ela mal espera para pegar o telefone, ligar para Tierre e dizer em código que tinha achado os malditos e que ele deveria vir com o resto da gangue.

– Lugar bacana! – diz ela, analisando o lugar com um sorriso, procurando qualquer coisa útil ou suspeita, sempre usando auspícios e todos os sentidos para tentar captar algo incomum.

Ela então se aproxima daquela garota, tentando ler melhor suas emoções.

– Oi, linda. Gostaria de se juntar a nós? Posso te dar uns tapas, se gostar – ela diz, acariciando as pernas dela – ou posso te ensinar a usar o chicote, se prefere ficar em uma posição de poder. – Ela olha de um jeito fogoso para o idiota. – Vamos os três para o quarto? Me chamo Madame Sarka, a propósito.

Spoiler:

Thanatos

– Você tá a fim mesmo, né?

- Sim! Estou! Hehehe

Enquanto abraçava o sujeito a vampira podia ter a certeza de que o coração dele não batia e sua pele era mais fria ao contato do que os humanos. Ele não era mesmo humano e sua barraca não estava armada. Talvez o que ele queria mesmo era jantar algo diferente, acreditando que Thanatos era uma humana.

– Tudo bem. Vamos nessa, mas antes de começar, posso avisar minha colega que mudei o cliente? Relaxa, não vou dizer nada sobre vocês. Sem detalhes. Só quero que ela saiba que o nosso “organizador” fodeu tudo de novo. Já está na hora de ele sofrer um corte de verba por causa da incompetência.

- Tudo bem, faça como quiser.

– Lugar bacana!

O sujeito entrava e trancava a porta do apartamento, seguindo Thanatos. No apartamento ela notava uma certa bagunça e um cheiro de um lugar que estava precisando de uma fachina já há alguns dias. O lixo precisava ser levado pra fora. Havia muito resto de fast food. As impressões que ela tinha é de que eles pareciam reclusos ali dentro já por algum tempo.

– Oi, linda. Gostaria de se juntar a nós? Posso te dar uns tapas, se gostar

A garota olhava para Thanatos mas rapidamente seu olhar recuava. Ela parecia oprimida e com medo de alguma coisa. Mantinha-se encolhida como um cão acuado. Quando a vampira toca em suas pernas, sente uma pele quente e sedosa, com uma textura prazerosa de apalpar. Um pedaço de carne "delicioso" para ela. Mas ao toque da vampira a mulher reage instantaneamente recuando-se ainda mais ao toque, enquanto que seus pelos se arrepiam.

– Vamos os três para o quarto? Me chamo Madame Sarka, a propósito.

O sujeito que parecia mais stressado interrompe a vampira.
- Fique a vontade, eu não vou atrapalhar vocês. Qualquer coisa estarei aqui na sala. Você me desculpa? Ele estende a mão para cumprimentar Thanatos sugerindo um pedido de desculpa.

– Fique a vontade, eu não vou atrapalhar vocês. Qualquer coisa estarei aqui na sala. Você me desculpa? Ele estende a mão para cumprimentar Thanatos sugerindo um pedido de desculpa.

– Se mudar de ideia, sabe onde me encontrar – ela pisca amistosamente, ao invés de retribuir o aperto de mão. – Só um momento, gatinho – ela diz para o outro – a gente já começa.

Ela então pega o telefone, já que teve permissão do idiota para fazer a ligação, e liga para Tierre. Ela considerava o Lasombra seu braço direito. Embora tivesse a mesma estima por todos os irmãos, gostava da inteligência de Tierre.

– Oi! – diz, quando Tierra atende – estou com clientes aqui – e nisso ela quer dizer “encontrei nossos alvos”. – Apesar de tudo, acho que vamos nos divertir essa noite – essa é a forma dela de dizer “venham já para cá, no endereço que nos foi dado”. – São dois homens e uma garota, na verdade. Se estivesse aqui, dividiríamos os lucros – mais uma reforçada em “venham logo”. – Bem, melhor não deixar eles esperando. Até mais tarde!

Ela desliga e sorri, olhando para o babaca e a garota.

– Vamos brincar…