Luas Carmesim - V5 - Rio Doce

Diná se levantanva como fazendo menção que iria partir:

- Está bem, eu vou caçar fora de lá, é bem seguro mesmo, mas... Acho estranho, fui chamada pelo Hector porque ele me viu caçando por lá, quer dizer que ele ficou me vigiando, ou alguém ficou me vigiando pra ele, talvez o Hugo. Também não quero dar mole pra uma noite ele dizer que eu devo uma pra ele por ele ter deixado eu caçar nos domínios dele.

Diná e Jacob saíam da mansão, cada um em seu veículo. Eles pegavam as ruas em direção a um dos Bairros emergentes, o nome do bairro era Parque dos Vargas, e demorava cerca de uma hora para eles chegarem até o local. Quando chegavam e viam a mudança novamente da arquitetura e duas ruas, Jacob pode ver que realmente se tratava de um bairro de classe média baixa, não era horrendo como o bairro das docas em que tivera a experiência mais terrível de sua vida e não-vida, mas era ainda algo que certamente não era para um Membro do clã da Rosa.


As ruas estavam com um bom movimento de pedestres e carros, afinal era uma noite de Sábado, o que significava que a caça estaria mais fácil. Diná e Jacob procuravam um lugar para estacionar e achavam uma rua com uma fileira de carros ao qual eles estacionavam seus veículos de forma apropriada no conglomerado. Assim que estacionava, Jacob então sentia seu celular vibrar e tocar, no número do identificador era o número de Victoria.

Isabelle estava sentada na mesa sem nada na mesma quando dera à Marceline a permissão para entrar. Isabelle escutava em silêncio a queixa de Marceline fitando diretamente os seus olhos e por fim responde:

- Está bem, eu lidarei com Hector já que faz tanta questão de ficar longe, dessa vez. Apenas honre a palavra de Cross para com ele. Honra é algo importante para a nossa Sociedade, se você não pode honrar seus acordos, então você é uma pária em nosso mundo, e será tratada como tal. Faça o que Cross prometeu com as outras Crianças da Noite e deixe o momento de lidar com Hector Young comigo. Mais alguma coisa?

Marceline então poderia ficar surpresa pois Isabelle havia aceitado aquilo muito bem. Quando a ancilla perguntava se havia mais alguma coisa, a primeira coisa que Marceline pensava era em reforçar que já tinha intenção de sair do Faest e se mudar para outro lugar que não seja um mar de perversão e alimentação irresponsável para com presas que podiam estar sofrendo dos preconceitos do TDI. Essas pessoas já sofriam demais, Marceline bem sabia, e ficar vendo pessoas que podem muito bem ter essa condição ainda servindo de presa era de lhe apertar o coração.

OFF: Aqui eu deixo também uma nova abertua para caso Marceline queira declarar algo mais além do que já foi imposto pelo efeito da Dominação.

Diná respondia:

- Está bem, eu te espero.

Ela então recostava em uma parede e cruzava os braços observando o movimento da rua enquanto o Toreador se afastava um pouco mais para a lateral de uma lojinha de 1 real. Quando ele atendia, a resposta vinha de uma voz masculina e de meia idade pouco familiar:

- Boa noite, sr. Smith?

Assim que Jacob confirmava, a voz tornava a responder:

- Sra. Ash quer falar com o Senhor.

Assim, logo a doce voz de Victoria falava pelo telefone:

- Boa noite, meu pequeno. O que tem pra mim?

Direta ao assunto, um pouco menos carinhosa apesar do "Meu pequeno" que parecia mais ter sido em um tom irônico, mas até ali nada de mais.

Victoria escutava todo o relato pacientemente calada, e então respondia:

- É claro que Hector está mentindo. Ele sempre mente, mas não faça julgamentos, é a nossa natureza, nós mentimos para os estranhos, mentimos para os nossos amigos, mentimos para nossas amados e mentimos para nós mesmos, o tempo inteiro. Nossa existência se apoia em mentiras que contamos o tempo inteiro.

Ela dá uma pausa e continua:

- Essas frases não me são estranhas, eu acho que sei de onde são, mas antes quero saber o quanto já avançou nessa tarefa.

Victoria respondia:

- Exatamente. Me surpredeu, querido, está de parabéns. Depois quero saber detalhes dessa encruzilhada de como descobriu sobre esse Livro sem ter sido por mim. Complementando sua pequena pesquisa, me recordo de algo semelhante de uma passagem da Crônica dos Segredos, deste mesmo livro. A Crônica dos Segredos é destinada a apresentar diversas profecias e visões acerca da Gehenna, o final apocalíptico ao qual os Membros estão fadados. Período em que os Antediluvianos emergirão de seu sono e caçarão todos os seus descendentes, claro que tudo isto é bobagem profética biblica então não deixe isso te assustar. Um antigo amigo meu, Becket, realiza pesquisas a fundo sobre estes temas a fim de desmistificar essas histórias tão fantasiosas, é uma pena não o termos por perto para uma opinião acadêmica de qualidade. Sobre este lar, não, eu sou nova nesta cidade então não conheço um estabelecimento tão específico. O que há de tão especial nesse lugar?

O semblante tranquilo de Isabelle muda ao final da frase pra um semblante mais severo:

- Você tem a minha benção para conseguir a informação que eles tem acesso, mas não para se por na frente deles. Espero não precisar te lembrar, novamente, que você está morta para a sociedade mortal agora. Pode agradecer ao Cross por isso que teve a grande ideia de por o Sistema nessa situação. Seria melhor que você e o Frederich, e eu diria a Lilith, se ela fosse do grupo de vocês, o lembrassem da função dele.