Explore o Mundo das Trevas e os conflitos morais através da perspectiva de um Vampiro. Encontre na não-vida uma chance de sucesso ou a rota direta para o inferno. (Fórum baseado nas regras da 3ª edição)


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    The Legacy of Darkness - Cap III

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    Mensagem por Han Ter 12 Jan 2021 - 21:30

    INTRODUÇÃO:


    The Legacy of Darkness - Cap III 20442f9a60435c057e40e479e17c3d0d


    Resumo do último capítulo

    Apesar dos esforços da Camarilla, o Movimento Anarquista avança no território americano, expandindo seu poder e influência. Numa jogada maquiavélica, Salvador Garcia e Antônio (Regente da Capela Tremere de Las Vegas) se apoiaram num golpe de estado para conquistar a cidade de Las Vegas, expurgando a Camarilla. A cidade sofreu um ataque massivo que foi considerado pela imprensa, ato terrorista. É claro que vampiros antigos estão gastando toda a sua influência para desviar o olhar do rebanho para a real situação. O oeste americano passa por uma crise sem precedentes. Apesar de perigoso, este cenário dá a chance de vampiros desconhecidos conseguirem o seu lugar no topo — ou pelo menos serem vistos por quem lá habita. A Camarilla e qualquer outra instituição que tenha investimentos ou interesse naquelas terras, ficarão bastante gratos a quem ajudar a resolver o problema. A Jyhad fora posta de lado por algumas noites e, antigos e jovens uniram forças para vencerem o desafio. Vagas foram abertas no auto escalão. Domínios ficaram disponíveis. Isso se reforça ainda mais pelo fato de ninguém saber do paradeiro do conselho da Primigênie. Acredita-se que os anciões estejam confinados sob o controle de Antônio. Mas tudo não passa de especulações. Garcia e seu exército anarquista, chegam a Vegas para reclamar o direito daquele domínio mas, são surpreendidos com a negação de Antônio. Parece que o Regente não traiu somente a Camarilla. Grandes segredos estão prestes a serem revelados. O cenário de caos fica mais brando a cada noite. Pelo menos para o rebanho. A máscara já foi muito prejudicada e contornar isso não será tarefa fácil. Rumores da presença da segunda inquisição (S.I.) ecoam nas ruas e reuniões de membros. Ser um sugador de sangue naquelas terras, nunca foi tão perigoso.

    Crônica: The Legacy of Darkness - Cap III
    Narrador: Haminods
    Seitas permitidas: Camarilla e Anarquistas
    Temas: Política, Ação, Violência, Horror
    Vagas: 5
    — Abigail
    — Colz
    — NightChill
    — Zed
    — Padre Judas
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    Mensagem por Han Ter 12 Jan 2021 - 21:34

    Éric de Coligny


    20h10min

    Você acorda para mais uma noite. Dessa vez, não tão animado como a noite passada. Muito pelo contrário. A raiva alimentava o seu sentimento de vingança contra aquele que cruzou o seu caminho e, inconsequentemente, lhe causou prejuízos. Sua besta se agita dentro de você. Enquanto ainda absorvia a amarga noite anterior, você pega uma peça persa para cobrir seu corpo temporariamente. A passos preguiçosos, se aproxima do espelho e admira o seu próprio reflexo. Sua auto estima beira o narcisismo.

    Alguém bate três vezes na porta do seu quarto. Thompson, você pensa. Ao abrir, você se depara com seu carniçal. Ao ver seu amo, o lacaio estende um envelope e saudando o vampiro. — Boa noite Sr Coligny. Você retribuí a saudação e toma o envelope. Em silêncio, você abre o papel e de dentro, retira os documentos falsos, como havia solicitado. Sem graça, Thompson explica: — Sr, pela urgência, o falsificador cobrou uma taxa a mais. Na verdade foi bem caro Sr Coligny... Vinte e cinco mil dólares. Realmente foi bem mais caro do que você esperava. Thompson usou o cartão que você deixa com ele, para pagar o falsificador.

    Resolvido a parte burocrática, agora você o questiona sobre Patricia. O semblante de Thompson não era bom. Era daqueles que as pessoas usam antes de dar uma má notícia. Como se tivesse criando coragem para falar. Ele suspira e, sem mais alternativas responde sua pergunta. — Ela ainda não acordou Sr. Está respirando por aparelhos. Sinto muito. Por um segundo, você cogita a possibilidade da morte de Patricia. Don Paollo vem a sua mente mais uma vez.

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    Última edição por Haminods em Ter 12 Jan 2021 - 21:37, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Han Ter 12 Jan 2021 - 21:35

    Abigail


    22h50min

    Você se sente frustrada com a decisão do Astor que, para você, soa como covardia. No mínimo inexperiência por terem elaborado um ataque tão erroneamente. Mas você não deixa barato. Mesmo concordando, não deixa de expressar seu ponto de vista. Pena que não dá para ver através daquela máscara mas, você aposta que ele ficou ofendido. A preocupação com os próximos acontecimentos te assolam. Você teme que Antônio reforce as defesas e, o que ele pode fazer com Mag em retaliação ao que fizeram hoje. Logo um pensamento lhe alivia. Ele não teria como saber sobre os Astores, se trata apenas de uma mãe desesperada... A falsa sensação de esperança logo se vai quando você subitamente lembra que um Gárgula havia escapado do ataque... Aquele que você espantou com sua presença, para ajudar o Astor inconsciente. Novamente a sensação de incerteza toma conta do seu ser. Se aquele Gárgula desse com a língua nos dentes, Antônio iria se preparar ainda mais e, ficaria quase impossível chegar até ele...  Você olha na direção em que o Gárgula voou quando afugentado pelo olhar aterrorizante. Ele parece ter ido para o cemitério. O Astor segura seu companheiro nos braços e olha na sua direção, esperando você sair dos seus devaneios para segui-lo.

    Status:


    Última edição por Haminods em Ter 12 Jan 2021 - 21:37, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Han Ter 12 Jan 2021 - 21:37

    Dezmond Green


    19h30min

    Diante dos últimos acontecimentos, você se manteve recluso no seu refúgio. Vegas sofreu um ataque terrorista e, a atenção de todo o mundo estava voltada para a cidade. Algumas noites se passaram desde o ataque e, agora você sente um pouco mais de confiança para poder sair e mostrar a cara nas ruas. Você suspeita que isso tudo tenha influência vampírica mas, não tem certeza. De repente um medo aflige o seu coração... Será que Vegas ainda é seguro? Bom, você não ia descobrir isso deitado na sua cama olhando para o teto.

    Apesar de relativamente novo nesse mundo cheio de mistérios em que foi inserido, você já participou de algumas cerimônias no Elísio e, conhece bem as tradições. Por isso, enquanto absorvia todo aquele cenário caótico, um frio lhe percorria a espinha... e William? O que ele estaria fazendo? Sua memória o remete ao dia em que você fora apresentado a corte de vegas e, você até podia ouvir a voz do Senescal proferindo o texto da Quarta tradição... "Aqueles que criares serão tuas próprias crianças. Até que tua progénie seja liberada, tu os comandará em todas as coisas. Os pecados de teus tilhos recairão sobre ti". Você saca o seu smartphone e busca por William nos contatos. Clicando em cima do nome, a chamada era iniciada. Após 30 segundos ouvindo os toques, você desisti. William não lhe atende. Você tenta mais uma vez e novamente não tem sucesso. O que será que aquela criança estava fazendo? A dúvida inevitavelmente incomodava a sua paz.

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    Mensagem por Han Ter 12 Jan 2021 - 21:39

    Miguel Navarro


    20h30min


    Você é acordado pela batida. O curto intervalo entre as batidas, o fazem pensar que seja lá quem for, está ansioso para ser respondido. Você se levanta de seu leito, ainda recobrando sua consciência, drenada pelo sono que mais se parece com a morte. Preguiçosamente, você caminha até a porta e a destranca. Nenhuma luz o orientava o caminho e muito menos a posição da tranca mas, você não precisava. Seu cérebro já estava tão familiarizado com aquele ambiente que, você faria isso de olhos fechados. A luz do outro lado de porta te ofusca um pouco e cerrando os olhos, você percebe Angela a sua frente. Seu semblante é preocupante. — Temos problemas! Dizia ela aflita enquanto adentrava o quarto e, ascendia a luz. Ela também pressionava um papel contra o seu peito que, instintivamente, você o segura.

    Angela se senta na cama o fitando, esperando que você leia o papel. Enquanto isso, ela ascende um cigarro para sentir a falta sensação de relaxamento. Você ergue o papel a uma posição que fique confortável a leitura. Se tratava de uma intimação. A prefeitura estava convocando os proprietários do estabelecimento para uma audiência de acordo. Existe um projeto para se fazer um aterro sanitário na região. Atendendo assim uma necessidade antiga da região. Como é de interesse popular, você não terá opções, se não, negociar. Aquilo agita o seu sangue fazendo o ferver de ódio. Você melhor que ninguém, sabe bem o porque daquilo tudo. 

    Se existia uma remota dúvida de você estar errado, essa dúvida cai por terra quando você recebe uma ligação. O número é desconhecido. Você atende e uma mensagem começa a rodar. — Boa noite Sr Navarro! — Você logo reconhece a voz, John Russan. Sua raiva refletia na força que você imprime no aparelho celular que, chega a dar um leve estalo. Provavelmente o plástico ou a tela deve ter trincado. — Acredito que a essa altura, o Sr já tenha recebido a intimação da prefeitura. Gostaria de saber o que achou sobre o destino que preparei para a sua pocilga. Um lixão! Bem apropriado não foi? Ah, não faça muitos planos com o dinheiro da negociação, pois cuidei pessoalmente para que seja o menor possível. Não sei se ainda estás me ouvindo, ou se já sucumbiu ao frenesi mas, saiba que isso é só o começo. você vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho. Passar bem ralé! A ligação era encerrada.

    Sua besta se agita imediatamente com aquela provocação. Você se contorce para manter o controle. Angela se assusta. Ela já presenciou esses momentos de fraqueza e, sabe do estrago que pode causar. Entre o medo e o amor. Ela se levanta e coloca as mãos sobre a sua face. — Amor! Calma! Calma! Nós vamos sair dessa! Os olhos dela estavam rasos d'água. Você a olha com um pouco de pena. Ela não sabe com quem estava lidando. 

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    Mensagem por Zed Ter 12 Jan 2021 - 22:30


    PS: 13/14
    FV: 08/08
    OBS: Respirando, Pele ruborizada.


    Problemas e mais problemas, a fuga de New York para evita-los pareceu ter o resultado contrário. Em Vegas tinha encontrado inimigos e decepção, e pouco pode tirar de positivo da experiencia. Dezmond agiu com cautela, escondendo-se durante os desastres, e no tempo de reclusão fez planos.

    “Eu preciso de um novo lugar pra morar... Uma cidade sem terroristas de preferência....” Usando o aplicativo de mapas básico deu uma olhada nas regiões americanas próximas. Não era muito conhecido daquelas áreas, mas conforme ia afastando a visão e deixando ver apenas as maiores cidades viu alguns nomes conhecidos. “São Francisco... Lá tem a ponte? Mas parece meio longe... Phoenix, eu lembro do nome, mas não sei nada de lá.... Los Angeles.... Eu lembro de lá por algum motivo....” Aproximando o mapa e pesquisando um pouco mais lembro do motivo. “Ah, Hollywood, agora faz sentido....” Com mais alguns cliques: “4 à 5 horas de viagem de carro.... Se eu for rápido eu chego lá antes das três da manhã.... Oh... Eles têm uma faculdade por lá... Acho que achei meu destino.” Infelizmente a partida acabava por se atrasar. Imaginou que seria no mínimo adequado comunicar a Williams de sua partida, mas ele não atendia ao telefone. “Por que caralhos você tem um telefone se não atende?”

    Ignorando a sensação, o Caitiff foi logo se aprontando. Juntando suas roupas em bolsas de viagem e alguns outros objetos menos importantes na mochila da faculdade junto com vários outros cadernos de rabisco, anotações e inclusive um dedicado a anotar seus sonhos de teor profético e desastrosos. Com as malas prontas jogou tudo no porta-malas do velho Corolla e pôs-se a dirigir até a casa de Williams, arriscando mais uma ligação antes de partir, mas já sem esperanças.

    Caso ele não atendesse, não devia ter tanto problema em encontrar a casa de sua cria. Estacionaria um tanto afastado da casa, para observar o local de longe e checar se parecia seguro se aproximar. Se haveria algum tumulto em frente a casa, ou se tudo parecia normal no interior com luzes acesas e pessoas sentadas em cadeiras frente a TV ou junto à mesa.

    Naquela noite Dezmond ainda estava com sua aparência habitual, jeans escuros, tênis verde com detalhes em branco. Camisa branca, invisível debaixo de uma camisa de flanela quadriculada em verde, preto e branco. Um casaco leve preto com capuz, e um colete jeans com diversos bottons. Não menos importante, a infame toca vermelha que nunca tirava. A pele ainda estava rosada, artificialmente bem como os pulmões continuavam a simular uma respiração.
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    Mensagem por NightChill Qua 13 Jan 2021 - 10:54

    Éric demorou-se, por alguns instantes, observando as identidades falsas que adquirira, em absoluto silêncio. Não se importou com o valor que seu carniçal teve que pagar por elas. O que importava era tê-las. As duas eram significativas. Uma delas, por meio da qual assumiria o nome de Athos Grey, simbolizava o próximo passo em sua não-vida. Simbolizava, aliás, de alguma forma, o abandono de sua vida. Após tornar-se um imortal, mantivera seu nome – Éric de Coligny. Mantivera, assim, alguma conexão direta com seu passado, com quem fora enquanto respirara, com sua família – ainda que eles estivessem todos mortos. Athos Grey era um nome completamente novo, e Éric o escolhera em razão do significado individual de cada um dos nomes. Athos, um nome grego, antigo, mitológico, um dos gigantes, criados a partir do sangue de Urano, derramado sobre a Terra. Grey, um sobrenome anglo-normando, uma fusão da França com a Inglaterra, o nome de uma família aristocrática já desaparecida, assim como eram os Coligny. Quem sabe, em pouco tempo, não seria conhecido apenas e simplesmente como Athos, tal qual uma figura mitológica, envolta em mistério e lendas?

    A outra identidade, não obstante Éric não desse importância para o nome ou sobrenome que carregava, já que pretendia utilizá-la para um fim prático, determinado e único, simbolizava um passo novo para Éric. Um passo em direção ao pragmatismo, à crueldade e à frieza. Conhecia bem aquelas características. Não era estranho a nenhuma delas, pois já as havia utilizado e havia sentido seu gosto agridoce em diversas ocasiões, em disputas sociais pelo por espaço e por poder na alta sociedade e, em alguma medida, na sociedade dos Membros; contudo, era a primeira vez que mataria em nome do pragmatismo, de forma fria, talvez cruel. Apesar de não sentir repulsa ao que teria que fazer, questionava como se sentiria instantes antes de o fazer e no exato momento em que o fizesse. Naquela noite, mataria o capitão da polícia de Nova Iorque.

    A raiva que sentia e o atiçamento da Besta, dentro de si, permitiam-lhe lidar de forma mais fácil com o sentimento dúbio a respeito do crime que teria que cometer. De algum modo, sentia que a morte do capitão traria alguma paz a sua Besta; não demorou para perceber, porém, que o que lhe traria, realmente, satisfação, paz e prazer, seria sua vingança contra Don Paollo. E aquela certeza tornou-se ainda mais clara, assim que ouviu dos lábios de Howard Thompson que Patricia estava entre a vida e a morte no hospital. Ela era, além de sua amiga, seu bem mais precioso. Sem dúvida, era o que tinha de mais valioso. Precisava salvá-la, protegê-la e vingá-la também.

    - Você fez muito bem, Howard. Você fez muito bem. – Disse Éric, levando a identidade de Athos Grey até sua escrivaninha e colocando-a dentro de uma gaveta, bem guardada. A outra, a que usaria naquela noite, deixou sobre o móvel. Caminhou até uma poltrona imponente, próximo ao piano e sentou-se de maneira confortável, ciente de que era um deus e de que ali era seu templo. Levou o pulso direito até a boca e fez nele um corte com seus caninos, deixando seu vitae surgir de sua carne. Deixou o pulso ali, displicentemente no ar, com o braço apoiado no braço da poltrona, em um ato que não deixaria a menor dúvida, para seu carniçal, de que lhe ia alimentar. De que lhe ia premiar pelo serviço bem feito.

    - Venha, Howard. Beba.

    (Dou 1 ponto de sangue ao carniçal)

    Diante da possibilidade de perder sua aliada e potencial carniçal, Éric decidira garantir que o seu único servo estivesse bem alimentado e contente. Não obstante isso, lhe daria apenas um pouco de seu sangue. Sabia que precisaria valer-se de seu vitae mais vezes naquela noite, e que teria que alimentar-se antes de o Sol nascer novamente. Enquanto seu carniçal sugava o sangue de seu pulso, recostou-se mais na poltrona e fechou os olhos, disfrutando do momento, enquanto dizia:

    - Deixe minha roupa pronta e o carro. Vamos ver Patricia e depois teremos uma noite... interessante. Ela não está no Community Memorial Hospital, está?

    Quando sentiu que havia dado sangue o suficiente ao carniçal, puxou seu pulso de sua boca, afastando-o levemente com a ponta do pé, mais como uma indicação de que ele deveria parar de sugar. Levantou-se, lambeu o pulso, a fim de fechar o corte que havia feito, e aguardou que Howard seguisse suas instruções, para vestir-se, pegar a identidade falsa e ir até o carro e, finalmente, ao hospital.
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    Mensagem por Ed Araújo Qua 13 Jan 2021 - 11:29

    The Legacy of Darkness - Cap III PXNVRwl

    A ira havia dissipado todo o resto de sono de Miguel.

    Ele viera com sua família para Los Angeles acreditando que estaria livre daquele filho da puta. Não que pretendesse deixa-lo para sempre, o plano era apenas se recompor em uma terra de liberdade antes de voltar à guerra. Mas Russan os encontrara e realizara um ataque.

    Jogou o celular na parede, despedaçando-o. Sua esposa tentava contê-lo, mas era difícil se controlar. Ele se foca no rosto de Angela, pensa em tudo o que passaram. Ele ergue-se contra a Besta em desafio, confrontando-a diretamente, forçando-a a recuar. Agora ele venceria.

    Após vários minutos pondo os pensamentos em ordem, ele segura o rosto de Angela entre as mãos e sorri, confiante.
    – Não se preocupe, não vou perder a cabeça desta vez. Ficará tudo bem.
    Ele se arruma pra sair. Não se entregaria sem luta.
    – Tenho procurado por aliados nas últimas noites. Creio que se encontrar a pessoa certa, algum Barão poderoso, posso fazer um acordo e conseguir alguma solução para nosso problema. Não se preocupe, nós vamos perseverar.
    Muitos viam os Brujah como brutamontes, até sem cérebro, mas Miguel era diferente. Até sabia se virar em uma briga, mas seu negócio sempre foi a facilidade em fazer contatos, reunir pessoas e angariar aliados. Ele havia feito isso em Chicago e não seria diferente em Los Angeles. Despediu-se do pai e da esposa, deixando-os cuidando do bar – mais uma noite como qualquer outra – e entrou em seu carro. Era hora de fazer amigos.
    Off:


    Última edição por Ed Araújo em Qui 14 Jan 2021 - 9:39, editado 1 vez(es)
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    Mensagem por Abigail Qua 13 Jan 2021 - 14:18

    Quando me lembro daquela gárgula....
    Droga! Temos uma testemunha viva do que aconteceu aqui...
    Meu semblante se fecha e minha sobrancelha aperta a minha face, dando-me um aspecto de quem está nervosa. Mas não era aquilo. Apenas estava pensando seriamente sobre um assunto muito importante.
    Essa gárgula precisa morrer!
    Decidida e com poucas palavras, como se fosse uma Abigail totalmente diferente daquela de segundos atrás preocupada com a filha, eu informo ao Astor:
    - Fuja com seu amigo daqui enquanto ainda pode. Uma gárgula escapou. Irei atrás dela.
    A menos que ele apresente um fato importante para que eu não vá, meu corpo começa a levitar. Atentamente meus olhos, audição e olfato aguçados me dão a consciência de que posso sair dali com segurança, sem que seja surpreendida por novos adversários. E então num movimento bruto e rápido do Movimento da Mente lanço corpo numa decolagem vertical alçando vôo nos céus escuros de Las Vegas, usando as próprias trevas para mover-me "invisível" e silenciosamente em busca da última gárgula.
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    Mensagem por Han Qui 14 Jan 2021 - 9:25

    Dezmond Green


    20h

    Você chega ao endereço de Williams. Precavido que é, estaciona seu carro a algumas quadras atrás. Em breve você descobriria que isso foi muito prudente de sua parte. Da rua, você observa a casa de sua prole. Você consegue ver pela janela da sala de estar. A luz está apagada porém, você nota que a tv está ligada, por causa da parça luminosidade que o aparelho emitia no ambiente. Você se aproxima na esperança de escutar algo e, com dificuldade, consegue ouvir um lamento que, mais parecia um murmúrio que era seguido de choro. Você imediatamente reconhece aquela voz, era Williams.

    Sentindo que sua prole poderia estar com problemas, você avança para bem perto do imóvel, na verdade você chega a se apoiar na parede revestida por placas de madeira. O lamento se torna mais alto e nítido mas, ainda era discreto. Como se Williams estivesse tomando cuidado para não ser ouvido. Uma lufada de vento atinge seu rosto e, uma sensação de perigo vinha junto. Sangue... Você sente um cheiro forte de sangue. Não era pouca coisa. Uma puxada do ar com as narinas e você tem quase certeza que se trata de muito sangue. O cheiro vinha de dentro da casa. Como um felino, você fica de prontidão, alertado para o perigo iminente. Um barulho vindo de dentro, de algo batendo em uma superfície rígida lhe fazia abaixar instintivamente. "O que estava acontecendo lá dentro"? Você pensava.

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    Mensagem por Han Qui 14 Jan 2021 - 10:23

    Éric de Coligny


    21h

    No caminho para o hospital, você era pego de surpresa por uma dor no estômago. Sua besta estava ficando faminta e, você sabia que não era bom deixá-la assim. Se tem uma coisa que você abomina é perder o controle de suas ações e agir movido por instintos. Você era um ser racional e, gostava de jogar o jogo social. O transito estava intenso, apesar do horário e, vocês gastam mais tempo que o esperado. Poucos minutos depois você descobre a fonte do problema, se tratava de uma obra de infraestrutura que atrapalhava a fluidez dos veículos. Enfim vocês chegam ao hospital.

    Na recepção, você dava o nome da paciente para uma mulher de meia idade. Alguns cliques no mouse e, logo ela te passava a situação. – Ela está no leito 108. Porém o horário de visitas está prestes a terminar. Vou deixar o Sr entrar mas, peço para que seja breve. Ok? A recepcionista seguia o protocolo e libera você para ver sua estimada amiga. Seguindo as orientações da funcionária do hospital, logo você encontra o quarto que Patricia estava. Você chega no momento em que uma enfermeira conferia todos os equipamentos e, ministrava o soro.



    Gentilmente, ela te saudava e se retirava do quarto para que pudesse ter seu momento com Patricia. Antes de sair, a jovem enfermeira falava: – O quadro dela é estável Sr. A cirurgia foi um sucesso. Agora só nos resta esperar ela acordar. Seus sinais vitais estão bons... Ela deu sorte, seu pulmão teve duas perfurações. É um milagre ela estar tão bem um dia depois. "coitada" você pensava. Não sabia ela que não se tratava de sorte nem de milagre. A coisa era mais diabólica. A sós, você se aproxima da cama e passa sua mão sobre os cabelos de sua amiga. Ela estava inconsciente e, respirava com a ajuda de um tubo enfiado em sua boca.  Sua mão desce para a face dela. Você a sente fria, como você. Você se preocupa mas, logo associa aquela frieza ao ar condicionado que, mantinha a temperatura do quarto bem baixa. O ideal para evitar proliferação de bactérias.

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    Mensagem por NightChill Qui 14 Jan 2021 - 21:47

    (Gasto 1 ponto de sangue) Antes de adentrar o hospital, cuido de utilizar um pouco mais de meu valioso sangue, para fazê-lo correr por minhas veias e dar a minha pele a aparência de uma pessoa viva, como todas as outras que estavam em seus carros ou nas calçadas daquela megalópole. Respiro, também, emulando um ser humano comum, o que já não sou há tanto tempo. Sinto a Besta dentro de mim, anunciada por uma dor no estômago inequívoca. Tenho fome, e aquela sensação é especialmente incômoda. É, na verdade, mais que isso. Como sei bem, estou chegando a um estágio preocupante e perigoso de fome, e a necessidade de alimentar-me começa a tomar, cada vez mais, conta de meus pensamentos. Trato de respirar mais profundamente, com a esperança de que aquilo possa acalmar-me a mim e a meu maior inimigo interior, como fazia, enquanto vivo, para manter o controle sobre mim mesmo em situações especialmente desafiadoras. Apesar da fome e da ansiedade, preciso ser educado como o cavalheiro que sou, e racional como o manipulador que preciso ser.

    Após ingressar no hospital e chegar ao quarto de Patricia, vejo-a naquele estado frágil e, surpreendentemente, sinto um aperto no peito. Havia muitos anos que não sentia nada assim. Era como se algo meu, precioso para mim, estivesse ferido, quebrado, prestes a ser perdido. Não sei identificar se é compaixão, pena ou apenas algum instintivo sentimento de propriedade, mas procuro afastar esses questionamentos de minha cabeça. Suspiro uma vez mais, a fim de tomar o controle absoluto sobre minhas emoções, sorrio para a enfermeira, ao escutá-la falar sobre o quadro de Patricia e, ao final, meu sorriso acaba por esconder algum tipo de ironia e desdém pela mulher, por ela não poder imaginar que, no fim, o que salvara Patricia, havia sido meu sangue. Minha dádiva.

    Passo a mão sobre os cabelos de Patricia, que parecia dormir tranquila, bela, quase casta – e aquele pensamento me fez rir baixo, para mim mesmo, por saber que a castidade não tinha qualquer relação com aquela mulher impetuosa e ardente, apaixonada mesmo, que é Patricia. Logo após o susto inicial com a frieza de sua pele e a rápida conclusão de que aquilo era, apenas, obra do ar-condicionado, coloco-me em ação, ciente de que não teria muito mais tempo, ali, sem ser importunado.

    Busco, rapidamente, nas gavetas de insumos de enfermaria do quarto, por uma seringa e uma agulha e as acoplo. Retiro meu paletó negro e dobro a manga direita de minha camisa igualmente escura.  Penetro a agulha em uma veia de meu braço, extraindo um pouco de meu vitae, somente o que julgo suficiente não apenas para auxiliar na recuperação de Patricia, mas também para continuar a formar o laço com o qual pretendo envolvê-la cada vez mais e prendê-la a mim. Assim que tenho o suficiente, injeto o vitae em Patricia, cuidadosamente, observando-a com um misto de carinho e do mais absoluto sentimento de posse, como se, com aquela ação, eu a fizesse mais minha – o que, afinal, era o que estava fazendo. Depois de ter injetado todo o sangue, vou à pia do banheiro, onde lavo a seringa e a agulha e seco-as com um papel qualquer, com o qual as envolvo e guardo no bolso do terno. Ajeito a manga da camisa, recoloco o paletó impecavelmente, deixo o quarto e, finalmente, o hospital.

    Ao adentrar o carro, deixo-me praticamente desabar no banco de trás. Sinto fome. Sinto a Besta gritar dentro de mim e se debater selvagemente. Sei que o limite está próximo. Sei que não posso mais me arriscar por muito mais tempo. Respiro. Fecho os olhos e busco concentrar-me. Passo as mãos pelos cabelos e suspiro longamente. “Calma. Controle-se. Você não é um animal”, penso para mim mesmo, tratando de manter-me no controle de mim mesmo.

    - Howard. Preciso que você me leve ao clube ou bar mais próximo. Não importa. Você vai me levar e vai me esperar do lado de fora. Fique atento ao telefone. – Digo pausadamente, mas de forma imperativa. Não é difícil notar minha irritação, meu incômodo, minha angústia.
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    Mensagem por Zed Qui 14 Jan 2021 - 22:12


    PS: 13/14
    FV: 08/08
    OBS: Respirando, Pele ruborizada.


    Dezmond se localizou por Vegas e não tardou a alcançar as proximidades da residência de Williams. Do lado de fora leu o clima da noite e logo concluiu que havia algo de errado. Uma espécie de lamento do policial, que tentou ouvir mais atentamente ao aguçar sua audição e sair do veículo. [Auspícios 1/Sentidos Aguçados]

    Trancou o carro e então se aproximou da casa, colocando o capuz na cabeça para não parecer ainda mais suspeito, mas não hesitou demais antes de decidir que devia entrar, um choro lamurioso, o cheiro forte de sangue e a sensação de perigo decidiram-se por ele que foi a caminho da porta e já mexia nos bolsos procurando por grampos ou qualquer coisa para destrancar a fechadura se houvesse necessidade.

    Entraria com pressa e ímpeto de descobrir o que acontecia e possivelmente ajudar, mas ainda com prudência de ser discreto e furtivo. Encostando a porta tentando manter os ruídos no mínimo, se aproximaria dos cantos escurecidos das paredes e se escondeu em plena vista, e só então seguindo com o caminho. [Ofuscação 2/Presença Invisível]

    Guiado pelos sentidos aguçados se encaminharia até os sons, esperando ver já um verdadeiro desastre, mas ao menos tinha confiança de que sua cria ainda estava “viva”. Não quebraria seu manto de ofuscação até que tivesse certeza de que estava a sós com o policial. – Williams? – Chamaria por ele se fazendo visível, já olhando aos arredores e focando seus sentidos na visão. – Quem morreu? – Perguntou no impulso, ainda lembrando do cheiro pungente de sangue.

    Mas caso houvessem visitas vivas ou não-vivas, evitaria se mostrar e manteria os ouvidos atentos para tentar entender a situação antes de fazer qualquer decisão. Em qualquer que fosse o cenário, a única certeza era: “Imagino que a viagem até Los Angeles não vá ser tão tranquila....”
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    Mensagem por Han Sex 15 Jan 2021 - 10:47

    Miguel Navarro



    21h28min

    Você se arruma para sair às ruas em busca de aliados para lidar com Russan. Você tinha acabado de adquirir o bar e, não aceitaria perder ele assim, sem lutar. Você percorre as ruas, se familiarizando com Los Angeles. A noite era agradável. Você passa por uma avenida onde conhece outros bares. Observa o público noturno da cidade dos anjos. Na maioria grupo de jovens de diferentes "tribos". Quase todos com a aparência bem marcante. Evidenciando suas ideologias, gosto musicais e etc. Por um momento você se sente meio perdido. Até que se lembra de um nome... Um Gosto. Esse nome pertencia a um bar anarquista de Los Angeles. Lá você acredita que encontraria o que estava procurando. Não demora muito e um táxi vem na avenida. Você o para. Ao entrar no veículo, você é saudado pelo motorista que, seguido lhe pergunta o destino. — Ok! Partiu Um Gosto! Dizia o motorista de meia idade, num tom bem humorado.

    The Legacy of Darkness - Cap III Screen17

    Você finalmente chega ao ponto de encontro dos anarquistas, mais famoso de Los Angeles. Lá você sabe que vai encontrar nomes que lutam contra a Camarilla a alguns séculos. Você se sente ligeiramente ansioso. Ao entrar, você se depara com um ambiente relativamente cheio.



    Uma banda tocava em um palco localizado do lado direito a porta de entrada. Mais para o fundo. A música embalava os batedores de cabeça que se arriscavam na pista de dança. Parecia que a violência deles era estimulada pelo ritmo da música. Do lado esquerdo, você vê um balcão de madeira, cumprido que, quase cobre toda a extensão da parede. Atrás dele, os famosos irmãos Goldfarbs, Alexis e Murray, os gerentes do local. Você procura pelo dono do bar, Salvador Garcia mas sua busca é infrutífera. Mas também não foi tempo perdido pois, você não encontrou o dono do bar mas, encontrou o líder da revolução anarquista bem ali, Jeremy MacNeil, sentado em uma mesa num canto discreto, rodeado por outros vampiros. Provavelmente barões das regiões da cidade, discutindo política. É, não tem como escapar da política, nem mesmo no berço anarquista. Um casal de jovens muito bêbados tropeçam em você. Você não teve culpa mas o rapaz te lança um olhar ameaçador. Já a moça, se desculpava rindo de si mesma.

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    Mensagem por Ed Araújo Sex 15 Jan 2021 - 12:29

    The Legacy of Darkness - Cap III PXNVRwl

    Miguel curtia mais um rock clássico, mas abstraiu o som do ambiente. Então era ali, o "Um Gosto", o grande bar anarquista. Talvez um dia o seu próprio se tornasse um lugar assim. Se sobrevivesse.

    Um casal embriagado colidiu com ele. Miguel encarou o rapaz com seriedade, mas respondeu educadamente à moça, sem desviar o olhar.
    – Está tudo bem.
    Deixou-os de lado e voltou sua atenção para a mesa onde McNeil e seus colegas conversavam. Talvez o líder anarquista pudesse ajuda-lo, talvez não. Mas como se aproximar dele? Então pensou nos irmãos Goldfarbs, sempre prontos a ajudar recém-chegados. Bem, ele era um recém-chegado precisando de ajuda. Sentou-se no balcão e chamou um dos irmãos. Pediu uma bebida.
    – Qualquer coisa quente serve, obrigado. É um belo lugar que vocês têm aqui. Sabe, eu cheguei à coisa de um mês de Chicago e também abri um bar na região, mas ainda não tive muito tempo para conhecer as pessoas por aqui. Agora estou com um probleminha... meu ex-patrão quer me ferrar só porque eu liderei os trabalhadores contra sua tirania de sangue azul. Você conhece alguém que poderia me dar uma ajuda nisso?
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    Mensagem por Han Sex 15 Jan 2021 - 12:42

    Abigail



    23h05min

    Você ergue seu corpo rumo ao céu carregado. Enquanto subia, você sentia uma mudança sutil na atmosfera que, lhe avisava que a chuva estava a caminho. Trovões eram ouvidos cada vez mais perto. Você para no ar, observando a direção em que o escravo fugiu. Ele havia ido para uma região de bosque. A vegetação atrapalhava a sua visão. Mesmo com o uso do Auspícios, as trevas que se formavam por debaixo das copas das árvores impedia a sua visão de penetrar mais afundo. Cautelosamente, você inclina seu corpo na direção e se move. Relâmpagos rasgam o céu acima de você e a chuva já começava forte. Gradativamente, o fenômeno da natureza ia ganhando força, deixando os pingos cada vez mais denso e, causando um barulho significativo. Mais um relâmpago, e você jura ter visto algo se movendo por entre as árvores.



    Você mergulha naquela direção e, para antes de tocar o solo. Você está na altura das copas, fazendo uma varredura minuciosa. Novamente um raio iluminava todo o ambiente e, você via um vulto bem ao seu lado, com a sua visão periférica. Estava próximo demais para você reagir. Você se vira e a criatura salta na sua direção. Assustada, você observa o cervo passando por você e se afastando. De repente ele para e olha para cima. Não havia nada ali além de trevas. Mas ele estava hesitante. Um raio seguido de um trovão estrondoso, revela uma silhueta diante do animal. Era o Gárgula. Com um único ataque, rápido, o Escravo abatia o mamífero, o partindo ao meio. Ele avança um passo a frente e agora ele era mais visível para você. O ambiente era não era favorável. A visibilidade era fraca. A chuva confundia os seus sentidos...  o  que vai fazer?


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    Mensagem por Han Seg 18 Jan 2021 - 21:47

    Éric de Coligny



    21h30min



    Howard dirige pelas ruas movimentadas da grande maça enquanto você refletia sobre seus passos aquela noite. Sua lembrança lhe conduzia para alguns minutos atrás. Você se sente satisfeito consigo mesmo por ter encontrado uma solução tão criativa para prosseguir com o laço de sangue com Patricia. A reação dela o fazia se sentir ainda melhor. Quando você estava saindo, ela, que até agora não havia dado sinal algum de consciência, se retorceu no que pela leitura corporal, você deduziu que foi uma manifestação prazerosa. Patricia parecia estar voltando para você. Sua Patricia. Sem querer, você se pega prestando atenção na música que tocava baixinho no rádio de seu carro. Rebirth - Angra. Você não é de ter superstições mas, sentia que aquela música, tocando aleatoriamente no radio do seu carro, era um bom presságio.

    Howard estacionava a alguns metros de um PUB de esquina. Você desce depois de orienta-lo como proceder naquele momento. Ele assentia com a cabeça, concordando com o que lhe era pedido. Você Fecha caminha despretensiosamente pela calçada. Como se fosse um rosto bonito qualquer. Aos poucos a densidade de corpos ia aumentando. Não havia fila para entrar. Mas você nota que eles cobravam entrada. Nada demais para você. Na verdade, o que mais lhe incomodava, era o quão você destoava daquele cenário. jovens mal vestidos andavam em grupos ou casais. Havia uma ou duas pessoas sozinhas. Talvez esperando alguém, talvez apenas curtindo a solidão. Como um predador, a espreita, escondido nas sombras, você analisa cada possibilidade enquanto sua besta se agita dentro de você, fazendo você quase vacilar. Seus sentidos se elevavam com o auspícios, sem que você desejasse. Sua besta parecia tomar o controle por alguns segundos, para lhe mostrar o pescoço branco de uma jovem. Pulsando um líquido quente bem ali, na sua frente. Fodas se tinha testemunhas! Por que não devora-las também? Você é um leão e, eles são zebras. Você ouvia o barulho do coração da jovem batendo. Na verdade, era alto o suficiente para lhe incomodar. Você fecha os olhos e os mantém assim por alguns segundos, até retomar o controle da situação.

    A rua estava movimentada. Carros não paravam de passar pra lá e pra cá. O PUB ficava num cruzamento. Você então procura por algum lugar onde poderia se alimentar discretamente. Seguindo a rua em que estava, havia um beco que dividia dois prédios. Ali parecia um lugar perfeito. Mas você não sabia o que poderia encontrar lá. Novamente a Besta parecia lhe golpear de dentro para fora. Um soco no estômago, por dentro. você até se encurva ligeiramente... Pronto... Passou por enquanto.

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    Mensagem por Han Seg 18 Jan 2021 - 22:05

    Dezmond Green


    20h10min

    Você levava a mão na fechadura da porta da cozinha que ficava aos fundos da casa de Williams. Você nem precisou se valer de ferramentas para abrir, a porta estava apenas encostada. Você tentou abrir sem causa nenhum alarde mas, um ranger das dobradiças denunciaram sua presença. O choro de lamento de Williams parava imediatamente. Um silêncio incômodo agora preenchia toda a casa. Pra sua sorte, não havia ninguém na cozinha e por isso, você pode se cobrir com o manto da ofuscação sem dificuldades.

    Você avança na direção da sala. Era de lá que vinha o cheiro doce de sangue fresco. Era lá também que havia a TV ligada, sugerindo a presença de alguém. Você é cauteloso. Anda devagar. A luz que estava acesa na cozinha vai ficando para trás. Agora você estava envolto as trevas da sala que, só não era completa por causa do cintilar do televisor antigo. Mas essa luz parca era o suficiente para lhe revelar tudo o que estava acontecendo ali... ou pelo menos tudo o que aconteceu. Você se depara com a Mary, o Filho mais velho e uma das filhas de Williams, esquartejados no chão da sala. Completamente sem vida. O sangue estava por todo o local. Os móveis jogados, denunciavam uma cena de luta. Você percorria os olhos pelos cantos da sala quando viu Williams, imóvel em um dos cantos. Ele pensava estar ofuscado mas, não pra você. Em contrapartida, ele não te via.

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    Mensagem por Han Seg 18 Jan 2021 - 22:26

    Miguel Navarro


    21h35min

    Apesar do seu olhar, o jovem parecia querer impressionar a sua garota. Ele não parava de te encarar até que, ela mesmo o puxa pelo braço o chamando de vacilão. Ele sai, mas antes de sumir na porta de entrada, te dava mais duas encaradas. Você acha graça naquilo. Pobre rebanho. Muitas das vezes, auto destrutivos.  Mas você tinha um propósito ali e, não seria um moleque a te desviar disso. Você se senta em uma das banquetas do balcão. Logo Alexis vem te atender.

    – Qualquer coisa quente serve, obrigado. É um belo lugar que vocês têm aqui. Sabe, eu cheguei à coisa de um mês de Chicago e também abri um bar na região, mas ainda não tive muito tempo para conhecer as pessoas por aqui. Agora estou com um probleminha... meu ex-patrão quer me ferrar só porque eu liderei os trabalhadores contra sua tirania de sangue azul. Você conhece alguém que poderia me dar uma ajuda nisso?

    — Que filho da puta hein! Espere um pouco que já volto com sua bebida. Ele entrava em uma porta atrás do balcão e, após alguns segundos, saía com uma garrafa e um copo. — Cara, se quer um conselho, antes de qualquer coisa, até de beber... principalmente de beber... vá se apresentar para MacNeil. Vai te evitar problemas. Você aceita o conselho do Goldfarb. Parecia prudente. Você pega o copo e a garrafa e vira as costas. Apenas dois passos e Alexis te chamava novamente. — Ei, por que não leva mais um copo? Ele falava como quem dava bons conselhos. Ele era experiente e lidava com essa galera sabe-se lá a quantas décadas! Novamente você ouve seu conselho.

    Chegando perto da mesa de MacNeils, dois brutamontes bloqueavam a sua passagem. Pareciam estar agindo para proteger o Velho Jeremy. Atrás deles, os outros cainitas que tinham com o Brujah se levantam e deixam a mesa. A conversa entre eles parecia ter terminado. Isso era bom. — O que quer aqui? Perguntava o ameaçador "segurança". Mas antes que você pudesse ter a chance de responder, uma voz atrás dos grandalhões dizia: — relaxa Zack! Deixa o rapaz se juntar a mesa... afinal... ele tem uma garrafa e dois copos! Ponto para o irmão Goldfarb! Os guarda roupas se afastavam, liberando sua passagem. O caminho até Neils estava livre.

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    Mensagem por NightChill Seg 18 Jan 2021 - 22:52

    As investidas da Besta e a fome tornavam-se cada vez mais perigosas e assustadoras. Apesar de momentos de aparente controle sobre meus pensamentos, meus sentimentos e meu atos, sinto que elas, progressivamente, se apoderam de mim e ditam o que penso, o que sinto e, em breve, ditarão o que farei. Sei, muito bem, que, quando isso ocorrer, o desastre será inevitável, e suas consequências serão tão imprevisíveis quanto perigosas e nefastas para mim e para todos ao meu redor. Não me importo, na verdade, com aqueles ao meu redor. Seria hipocrisia fingir que meu preocupo com o bem-estar de um punhado de jovens mal vestidos em um pub qualquer e sem relevância; mas me importo, especialmente, comigo mesmo.

    Por alguns instantes, sinto que o pior quase ocorre: deixo de ser um deus entre mortais, para tornar-me um monstro, um bicho, um animal selvagem e feroz, desesperado, que anseia pelo pescoço branco de uma jovem e o néctar escarlate que corre em suas veias, aquele líquido delicioso, do qual eu poderia beber sem parar, com o qual eu poderia embriagar-me, o qual eu poderia deixar escorrer garganta a dentro, deixar escorrer pelo queixo, pelo pescoço, pelo corpo, com o qual eu poderia simplesmente me banhar e me cobrir por inteiro e, ainda assim, isso não seria suficiente para aplacar a minha sede, a minha fome, a minha Besta. E que morressem dez, cinquenta, mil, para que eu pudesse ter todo o sangue, todo o prazer, todo o êxtase, mas, principalmente, a paz, longe da fome, longe da Besta, longe do horror que é não ter aquele maldito líquido escarlate e ferroso entre as minhas presas e sobre a minha língua. Eu não me importaria. E mataria todos e todas das formas mais horrendas e aviltantes e nenhum remorso sentiria.

    “Chega!”, grito para mim mesmo, dentro de minha cabeça, milagrosamente conseguindo retomar o controle de meu corpo, de meus pensamentos. “Chega!”, repito, a fim de assegurar alguns instantes mais de sanidade. “Calma.” Suspiro e sinto-me voltar ao controle. De dentro do pub, vejo a rua movimentada e o beco, para onde poderia levar minha vítima. Começo a vislumbrar quem poderia ser. A menina do pescoço branco. Talvez fosse melhor um casal, de quem eu poderia obter o dobro do sangue e da saciedade. Eis que, então, meu breve momento de calmaria é interrompido por um novo golpe da Besta, fazendo-me dobrar, ainda que ligeiramente. Não posso mais esperar. É hora de caçar.

    Busco com os olhos um casal minimamente atraente, para meus padrões, tornando-me bastante permissivo, considerando a qualidade das pessoas naquele lugar. Sequer me importo se é um casal de homens, de mulheres ou de ambos os sexos – e isso, efetivamente, sempre foi irrelevante. Estou interessado no sangue. Sequer o prazer da conquista, da sedução, da manipulação e do poder me importam nesse momento. Preciso do sangue, pura e simplesmente. E me odeio por isso; mas não há alternativa. É o momento de ser pragmático e sobreviver. Talvez, após tudo resolvido, eu possa me presentear com algo que seja digno de mim. Agora, preciso apenas sobreviver.

    Vendo o casal, trato de recompor-me, de ajeitar o caimento do paletó e da camisa, de abrir meu melhor sorriso e me aproximar, como um gato se aproxima de ratos, inicialmente, dissimulando seus movimentos e suas reais intenções, antes do bote. Sem perder tempo, agito o vitae dentro de meu corpo morto, para submeter as duas pessoas aos meus desejos. (Presença 3 – Transe) Sempre sorrindo, com a postura confiante e relaxada, posiciono-me de forma a ver as duas pessoas e de ser visto por elas.

    - Eu não acredito que vocês vão ficar aqui, sozinhos, tomando isso. – Digo, fazendo menção não apenas ao pub decadente, mas também a qualquer bebida que estejam tomando. Sei que as palavras não importam. Elas nunca importam, na verdade; menos, ainda, quando o poder de meu sangue está ativo. O que importa é como as coisas são ditas e, naquela situação específica, nem mesmo isso importa, se meu vitae não me falhar. O que importa – e isso, sim, é o que importa – é tirar aquelas pessoas dali e bebê-las. Beber tudo o que eu puder beber, sem me desgraçar por completo.

    - Acho que vocês e eu merecemos algo melhor e um pouco de diversão de verdade. Vocês estão de carro? Vamos sair daqui. - Falo, sempre mantendo o sorriso, buscando agir de forma sedutora, ora olhando para uma das pessoas, ora olhando para a outra, voluptuosamente, a fim de que cada uma delas se sinta desejada e especial. Ao mesmo tempo, com minha pergunta, vejo se posso ir com elas ao carro delas, onde as beberei, ou se terei de ir ao meu carro ou, no último caso, ao beco.
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    Mensagem por Ed Araújo Ter 19 Jan 2021 - 17:18

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    Ter conversado com o barman se provou o melhor a ser feito e ele obteve algumas dicas úteis. Alexis era uma pessoa muito boa, realmente, e Miguel iria se lembrar disso.

    – Obrigado, cavalheiros! Boa noite, Sr. McNeil!

    O Brujah mais jovem senta-se em frente ao outro e põe os copos na mesa. Sem hesitar ele abre a garrafa e já serve a McNeil e a si próprio. Ele observa a bebida por um instante para ver o que é. Então, sem fazer menção a beber, recosta-se com tranquilidade na cadeira, apoiando um braço no encosto de outra, com as pernas cruzadas.

    – Bom, deixa eu me apresentar! Sou Miguel Navarro e tenho estado em Chicago durante boa parte de minha vida. Eu fiz uns piquetes, tomei parte na luta contra os industriais sanguessugas e fui recrutado por um cara chamado Elias – não sei se o conhece. Bem, eu e Elias lideramos nosso pessoal contra alguns caras que se acham "aristocratas", sabe? Acontece que esse grandíssimo filho da puta, John Russan, decidiu retaliar. Ele só precisava tratar os trabalhadores como gente, mas esses caras... só querem drenar a classe trabalhadora, não é? Não oferecem nada em troca. Então houve alguma violência e Elias... faleceu. E eu tive que me exilar, por um tempo. E aqui estou. Ouvi de Elias que Los Angeles era a terra da liberdade, então decidi ver se era isso mesmo.

    Miguel falou a verdade, sem entrar no mérito do que o havia feito realmente se mostrar agora, e dando informações o suficiente para que McNeil pudesse checar com os Brujah em Chicago. Ele queria testar as águas antes de realmente pedir ajuda. Então ele ficou ali e esperou pela resposta do outro.
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    Mensagem por Zed Ter 19 Jan 2021 - 17:23


    PS: 13/14
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    Dezmond ando em silencio em direção a porta dos fundos, como um gatuno faria, não que fosse um, mas era das várias áreas em que se tornara versado ao longo de suas noites mais turbulentas. Não precisou usar de seus conhecimentos mais criminosos, pois a passagem estava livre e destrancada. Mas era um caminho barulhento que rangeu alto o suficiente para apagar o choro do policial.

    Camuflado pelas sombras dos cantos, o Caitiff avançou casa a dentro, seguindo o cheiro que embora fosse agradável aos seus novos padrões, sabia muito bem ser o pressagio de um desastre. E não se descobriu errado. Parou seu avanço e deu um demorado olhar para a forma brutal com o qual aquela família de mortais tinha sido massacrada, sentiu o estomago se revirando e um conflitante misto de desejo e nojo e quando não aguentou mais a visão deu a atenção ao homem encolhido no canto.

    Já sabia o que veria caso realmente tentasse identificar. Provavelmente medo, confusão, raiva e tristeza. Mas em seu mais profundo subconsciente havia uma suspeita, algo que não queria que fosse verdade, mas suspeitava que o responsável podia ser o próprio Williams. – Eu posso te ver... – Diria com tristeza e pesar se fazendo visível. – Conte-me o que você sabe... – Aquele trio de mortais não era diretamente importante à Dezmond, ele mesmo sequer sabia os nomes dos filhos, mas não conseguia ignorar a forma como haviam sido brutalizados. Era o tipo de visão que fazia seu sangue ferver, esquecer qualquer lei, humana ou vampírica, e padrões de comportamento, era apenas uma raiva motivada pela injustiça e o desejo inconsequente de matar o responsável com suas próprias mãos. Respiraria profundamente algumas vezes como se isso o ajudasse a manter a mente na linha, e puxaria um cigarro ao ouvir o relato de sua Cria.

    Ao fim do relato, ou caso ele estivesse abalado demais para se fazer entendido, daria novamente atenção como um todo à cena do crime, procurando por coisas que obviamente tinham tido sua parte no confronto, algum objeto quebrado, uma faca ensanguentada ou coisas do gênero, se não conseguisse usar sua visão para decidir, tentaria ler diretamente as impressões no ambiente, procurando por algo que emanasse uma impressão latente e recente. Encontrando as maiores perturbações, daria seguimento com o uso de seus dons para tentar ganhar alguma visão ou algo semelhante, como havia feito anteriormente por acidente ou por poderes que ainda lhe eram novos. (Toque do Espírito/Auspícios 3)
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    Mensagem por Han Ter 19 Jan 2021 - 19:03

    Éric de Coligny


    21h50min

    Depois de lidar com sua besta e, retomar o controle (sabe-se lá até quando),  você começa a agir como um verdadeiro caçador que é.  Logo você avista um casal formado por dois rapazes e, se aproxima. Apostando na sua imagem, você se aproxima deles abordando-os sem pudor. Você só queria se alimentar. Foda-se para o resto! O seu sangue era consumido em prol de um poder maligno. O poder de manipular as emoções alheias. Você estava ficando tão acostumado com isso que, lhe parecia normal, tal ato bizarro e invasivo.

    - Eu não acredito que vocês vão ficar aqui, sozinhos, tomando isso.

    Um dos rapazes te olha com um ar de aceitação nítido. Já o outro, o olha com indiferença e até desdenho. Mas você não se importava. Você avançava. Usando as emoções daquele que foi atingido por sua presença, contra ele. O afetado lhe abria um sorriso, sem nada dizer mas, agia como alguém que esperasse algo de você. Um pedido talvez. Que claramente ele estava pronto para realizar. O outro, apenas te olhava de cima abaixo, com olhar de julgamento. Aquele olhar que diminuiria um outro qualquer....

    - Acho que vocês e eu merecemos algo melhor e um pouco de diversão de verdade. Vocês estão de carro? Vamos sair daqui.

    — Sim! respondia o rapaz. Você quase ri alto daquela situação. Como são patéticos. Como são fácil de manipular. E felizes por isso. Novamente, a sensação cômica lhe atingia, quase fazendo você perder a compostura e rir na cara daquele saco de sangue. Assim que confirmava a sua sugestão, o companheiro dele protestava perplexo com aquilo. — Tony! Qual o seu problema? Vai dar ideia para esse tiozão brega? Tony apenas o olhava com cara de culpado mas, sem nenhuma demonstração que voltaria atrás. — Vamos! Insistia Tony. Seu companheiro pegava os dois copos que repousavam no balcão e jogava um em Tony e, o outro em você. Depois saía praguejando alguma coisa.

    Bom, não era exatamente como você havia planejado. Você queria os dois mas, levaria apenas um.  Tony não tinha carro. Por isso vocês seguiam para o seu. Howard o esperava no local combinado. Vocês dois entravam no carro e Tony se jogava nos seus braços. Louco para ser seu. O jovem era ousado e, tinha atitude. Você dançava aquela dança que lhe trazia o precioso líquido escarlate, ferroso, com o qual você estava tanto ansiando.

    Você começa a beber do pescoço daquele rapaz. Você sente o corpo dele esmolecer. Se entregando totalmente a você. Tamanho o prazer. Ele geme como alguém que sente um orgasmo intenso. Mas essa analogia é pouca para comparar o que de fato aquele rapaz estava sentindo, experimentando. Você sente que poderia beber até secar. Ele lhe daria a vida de bom grado. Ele morreria feliz em seus braços. Mas você sabe que esse caminho é arriscado demais. Você sabe que a luta perpétua contra sua besta iria estar um passo mais perto da derrota, caso secasse aquele pobre jovem inocente. Com esforço, você interrompe o fluxo doce que descia por sua garganta, rejuvenescendo seu corpo a muito morto.

    Você se recompõe. Sua besta parece temporariamente saciada, grata... temporariamente. O rapaz havia desmaiado. Mas você sabia que ele ficaria bem. Seus sinais vitais estavam aparentemente normais. Era como alguém que acabara de passar por algo novo, grandioso, extremamente prazeroso que, drenou toda a sua energia e, agora, ele precisaria descansar.


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    The Legacy of Darkness - Cap III Empty Re: The Legacy of Darkness - Cap III

    Mensagem por NightChill Qua 20 Jan 2021 - 16:12

    Minha investida contra os dois jovens não sai como imaginei, especialmente, quando um deles, além de me chamar de “tiozão brega”, joga aquela bebida barata em mim. Aquelas duas atitudes testam minha paciência e meu autocontrole, e questiono-me o que acontecera de errado. A fome e a Besta, debatendo-se contra mim e contra minhas estruturas, me teriam enfraquecido àquele ponto? Não importa. Rapidamente, trato de afastar esses pensamentos de minha cabeça, pois o objetivo principal havia sido alcançado. Vejo, com prazer, que um dos dois foi seduzido, posto sob meu controle, e logo sinto a ira do outro, que se foi, converter-se em meu prazer, na medida em que eu tomara dele o que queria, havia feito, sem esforço, com que o que era dele, se tornara meu. Sei que esse é um sentimento mesquinho e até mesmo bobo – talvez infantil; mas, no fim, não é assim a maioria dos sentimentos?

    No carro, com minha vítima, não demoro a expor meus caninos, sem que o rapaz veja, e em os cravar em seu pescoço, perfurando sua pele, sua carne, suas veias, para poder sugar seu sangue, finalmente. Sinto aquele líquido delicioso e do qual tanto preciso invadir minha boca e, logo, meu corpo, me preenchendo, me alimentando, trazendo um pouco de calma e de alívio à fome e à Besta, ao mesmo tempo em que me enche de êxtase – possivelmente não no nível de prazer proporcionado pelo Beijo ao rapaz. Por alguns instantes, quase me perco, sentindo a Besta clamar por mais, sentindo eu mesmo clamar por mais; mas não devo. Não seria inteligente. E, uma vez mais, odeio-me por sucumbir à razão, e não à paixão, enquanto interrompo o Beijo, lambo a ferida do pescoço de Tony, para fechá-la, e o olho, desmaiado, por alguns instantes.

    Pouco depois, olho meu estado – molhado pelo drink, com cheiro de álcool, sentindo-me pegajoso, provavelmente pela quantidade de açúcar que havia naquela porcaria. E, ao meu lado, aquele rapaz odioso, também encharcado. Sinto repulsa, talvez por já não sentir mais tanta fome; mas com certeza, porque aquela refeição havia sido muito aquém do que eu gostaria – um jovem mal vestido, idiota, irrelevante. Abro a porta do carro, sem pressa, e, com os pés, empurro Tony para fora do carro, em direção à calçada. Uma vez que tenha me livrado dele, fecho a porta e a tranco. Levo meus olhos em direção aos olhos de Howard, refletidos pelo retrovisor e digo, sem esconder um pouco da frustração que sinto, apesar de aliviado.

    - Já vivi noites melhores, Howard. Preciso ir para casa, para trocar-me. Enquanto tiro essa bebida imunda de meu corpo, prepare outra roupa. Vamos sair imediatamente depois, para o Community Memorial Hospital.

    Ao chegar ao apartamento, dispo-me e jogo as roupas em um canto qualquer, após colocar a seringa, acoplada à agulha, e a identidade falsa sobre a escrivaninha. Encaminho-me ao banheiro e lavo-me rapidamente, livrando-me daquela bebida pegajosa. Seco-me e vou atrás de minhas roupas e visto-me uma vez mais. Pego a seringa, com a agulha, e a identidade falsa e retorno ao carro, esperando que Howard me leve ao Community Memorial Hospital, sem precisar mencionar o destino novamente.

    Ao longo do caminho, penso no que terei que fazer. Assassinato não é parte de meu repertório usual. Nunca foi e, sinceramente, espero que nunca seja. Seleciono algo em meu telefone, para soar no carro e acompanhar-me pela viagem. Lacrimosa, de Mozart.



    Para acalmar minha ansiedade, racionalizo o que terei que fazer. A morte, tal qual a vida, é parte da natureza e de todos os seres. A vida, sem a morte, não é possível, nem mesmo para alguém imortal como eu, afinal, já que, para seguir vivo, mesmo após estar morto, preciso extrair de outros um pouco de suas vidas. Às vezes, suas vidas, inteiramente. O que faria agora não seria muito diferente. A morte do policial era imprescindível, para manter-me vivo, já que ela era minha parte em um acordo importante, que está me livrando de problemas, contratempos e ameaças graves. Não há lugar para compaixão, quando o que está em jogo é a própria existência. Simplesmente, não há. É algo que preciso fazer. E estou disposto a fazer.

    - Espere-me na próxima rua, Howard. Não quero o carro tão próximo. Esteja atento ao celular. – Digo, ao chegarmos, enquanto desligo a música do telefone e o guardo no bolso. Apesar disso, mantenho a música em minha cabeça, ressoando, como se nunca houvesse sido silenciada, acompanhando-me todo o tempo.

    Desço do carro e encaminho-me à recepção do hospital, olhando o lugar calmamente. (Presença 3 – Transe) Agito, em mim, o vitae, a fim de submeter o (a) atendente e evitar maiores empecilhos à minha entrada e ao meu acesso ao capitão.

    - Boa noite. Vim ver o capitão de polícia de Nova Iorque. – Digo, sorrindo, seguro, buscando ser sedutor, mas direto.
    Han
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    The Legacy of Darkness - Cap III Empty Re: The Legacy of Darkness - Cap III

    Mensagem por Han Sex 22 Jan 2021 - 21:12

    Miguel Navarro


    21h45min

    – Obrigado, cavalheiros! Boa noite, Sr. McNeil!

    McNeil retribuí  assentindo com a cabeça e, sorrindo para você. Não que ele fosse antipático mas, era apenas o seu jeito humilde de ser. Um vampiro com tamanho poder e influência, diante de seus olhos, acessível. Diferentemente da Camarilla onde, os anciões preferem ficar atrás de seus esconderijos seguros, orquestrando cada movimento de seus domínios.  Movidos pelo egoísmo e ambição desenfreada. 

    – Bom, deixa eu me apresentar! Sou Miguel Navarro e tenho estado em Chicago durante boa parte de minha vida. Eu fiz uns piquetes, tomei parte na luta contra os industriais sanguessugas e fui recrutado por um cara chamado Elias – não sei se o conhece. Bem, eu e Elias lideramos nosso pessoal contra alguns caras que se acham "aristocratas", sabe? Acontece que esse grandíssimo filho da puta, John Russan, decidiu retaliar. Ele só precisava tratar os trabalhadores como gente, mas esses caras... só querem drenar a classe trabalhadora, não é? Não oferecem nada em troca. Então houve alguma violência e Elias... faleceu. E eu tive que me exilar, por um tempo. E aqui estou. Ouvi de Elias que Los Angeles era a terra da liberdade, então decidi ver se era isso mesmo.

    Jeremy observa você e após sua conclusão, ele permanecia alguns segundos calado. Parecia que ele estava refletindo sobre o que ouviu e, elaborando uma resposta para você. Ele estende a mão para perto da sua garrafa especial e lhe pede permissão para pega-la. Você consente. Ele então enche os dois copos com o rubro líquido ferroso e, repousa a garrafa sobre a mesa. Ele pega o copo e o ergue, oferecendo um drinque de boas vindas. Você faz o mesmo com o seu copo. Sem hesitar, ele esvazia o copo dele. Um pouco do sangue escapa pelo canto de sua boca mas, ele o busca com a língua. Ele espera você beber...

    — A velha história se repete não é Sr Navarro? Esses malditos sempre sendo malditos. Infelizmente isso é mais comum do que eu gostaria. Mas me diga... o que fez com que o você viesse falar comigo? Você explica a sua real intenção ali. Você estava em busca de uma aliança. Ele te observa novamente, com aquele olhar  contemplativo... — Bem, como exatamente ele está retalhando? Você explica. — Que desgraçado hein! Bom, posso ver o que consigo com a prefeitura. Mas só posso te dar essa resposta amanhã. Agora, se você quer resolver o problema de outra maneira, sugiro procurar aliança com alguma gangue de L.A. Eu mesmo não poderei te ajudar com isso. Sua voz era mansa, suave, baixa. Ela não refletia o vampiro que ele realmente era. Mas algo naquela voz, emanava uma liderança que você não saberia justificar, se não fosse pela história.

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