The Legacy of Darkness

Já faz muito tempo que o Estado Livre “domina” a Cidade dos Anjos. Apesar das divergências internas, os anarquistas conseguiram manter um certo nível de controle no território, o bastante para não colapsarem. Porém essa “calmaria”, parece não acompanhar as noites atuais. Membros de gangues, estão sumindo sem explicações. Os líderes trocam acusações, O índice de violência vem aumentando significativamente. As noites na Cidade dos Anjos estão carregadas de tensão. As suspeitas pairam em tudo e em todos. A ameaça pode estar vindo de qualquer lado. Disputas internas? Camarilla? Sabá? Jyhad? Ainda não existe resposta para essas perguntas. O que se sabe é que a frágil segurança da sociedade cainita da Cidade dos Anjos, está ameaçada.

Crônica: The Legacy of Darkness
Narrador: Han
Seitas: Todas
Vagas: 3
- GSANTOS
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20:00

Finalmente a viagem chegava ao seu fim. Aquele barulho incessante do atrito metálico das rodas da locomotiva com os trilhos, davam lugar para o estridente barulho da frenagem. Agora era só aguardar a chegada de Jack, um policial e aliado de Rick, que bateria no vagão seis vezes com uma chave de fenda, passando a mensagem de que a “barra estava limpa”. O combinado era para às 21h.

22:00

Para a frustração de Foxter, Jack estava 1h atrasado. O Nosferatu já havia tentado ligar várias vezes, mas sem sucesso. Jack também não respondia as mensagens. O que será que havia acontecido? Nem mesmo Rick soube dizer o porquê Jack não apareceu. Naquele momento, Foxter estava sozinho. Sua única orientação era um endereço escrito em um pedaço de papel que Rick o havia entregado um pouco antes do embarque em Las Vegas. Lá seria o seu refúgio temporário.

Foxter joga o endereço no GPS de seu smartphone. Era um prédio residencial no distrito de Watt, a 30min do porto. Do lado de fora do vagão, não havia muito sinal de atividade humana. Uma vez ou outra ele ouvia seguranças se comunicando por rádios, mas no geral o silêncio predominava. Era uma noite tranquila até ali.

John pragueja em silencio.

" Onde se enfiou aquele imbecil, não posso ficar aqui plantado esperando por ele a noite toda" - Pensa ele.

John esperava que sua chegada fosse de acordo com o planejado, na realidade ele se irrita quando as coisas não saem como ele planeja.
Acendendo um cigarro ele se recompõe.

“ Incrível como alguns velhos hábitos ainda surtem efeito"- ele pensa com um sorriso de canto de boca.

Colocando a mão no bolso de sua calça, John pega seu celular, na tela ainda esta o mapa com o endereço que Rick lhe passou. Olhando para o mapa ele foca e se concentra nas ruas, quantas quadras, aonde virar...
A ausência de Jack pode ser um sinal, e dos ruins, e ele não pretende ficar olhando este bendito mapa por todo o caminho, ele vai precisar ser furtivo, afinal ele pode estar sendo observado.

Ainda com o celular nas mãos ele fecha o mapa, abre o aplicativo de mensagens e manda uma mensagem para o Rick, simples, fácil e objetiva, para que desta vez nada saia do planejado.

" A caminho do local, não me chame, deixa que eu chamo você em momento oportuno, continue buscando informações sobre o Jack."

Assim John desliga o celular e o coloca novamente no bolso.
No bolso interno de seu sobretudo ele pega o papel com o endereço e após decora-lo ele o queima com o cigarro, pisando e espalhando a cinzas.
Arremessando a bituca de cigarro longe ele arruma seu sobretudo, passando rapidamente a mão perto de sua axila sentindo a empunhadura de sua arma, isso o deixa mais confiante caso haja algum problema no caminho.
Caminhando para as sombras ele se concentra em seus dons para se esconder, nas sombras ele fica um tempo, esperando, observando se alguém passa tentando  segui-lo ou procurando por ele.
Nestes mais ou menos 10 minutos de tocaia ele também observa, tentando ver algum rato que ele possa interagir e investigar algo diferente da rotina, se alguém estranho ou briga que possa ter ocorrido por aqui hoje.

22:30

Foxter decide que não valia a pena ficar ali esperando. Sabe-se lá quando Jack chegaria. Sem falar na possibilidade dele nem aparecer. Frustrado, o nosferatu acende um cigarro enquanto estuda a rota até o endereço: East 114th Street, Los Angeles, CA, EUA, passado por Rick.


Quase 20 milhas. De carro, ele chegaria em alguns minutos, mas a pé, poderia levar horas. Foxter aproveita para investigar o local e descobre que se trata de uma fábrica de pallet. Lá seria o refúgio de Foxter nas próximas noites. Será que tem algum carniçal lá que dará suporte a Foxter? Será que ele ficará em um quartinho sem uso? Certamente Jack saberia responder essas questões.



Sem muitas opções, Foxter partia rumo ao seu destino. Sorrateiro, ele ia pelas sombras fazendo o uso da ofuscação para não ser visto. No caminho ele procurava por ratos com a intenção de abordar algum e conseguir informações. Essa não era uma tarefa difícil, haviam bastante roedores no Porto e em minutos ele conseguia capturar um.

John segura o Rato nas mãos.
Olhando nos olhos do animal com firmeza ele tenta iniciar uma interação mental com o animal, inicialmente tentando acama-lo e depois questionando o animal.

"Calma, não irei te fazer mal, quero saber se voce viu algum homem se escondendo por aqui esta noite"

John não quer ser seguido, o local que sera seu refugio parece frágil e inseguro em um primeiro olhar, sem Jack para orienta-lo, sem ninguém que sirva de vigia durante a manhã....
Talvez , se esse rato se mostrar util ,ele o use para ajudar como vigia durante a manhã.

22:45

"Calma, não irei te fazer mal, quero saber se voce viu algum homem se escondendo por aqui esta noite"

- Não! Tudo está tranquilo, como todos os dias por aqui... - Respondia o pequeno roedor.

Apesar de saber as limitações do pequeno animal, John fica um pouco mais tranquilo e segue seu caminho até o local determinado.
Usando de seus poderes de ofuscação e tentando usar as sombras ele segue afim de sair da área portuária para uma área mais movimentada.

Em seus bolsos ele checa o quanto de dinheiro ainda lhe resta, ele pretende pegar um táxi ou algo parecido para chegar mais rápido ao seu objetivo, tomando o cuidado de descer alguns quarteirões antes da fábrica, e seguindo o resto do percurso pelas sombras.

23:00

As informações extraídas do pequeno roedor, deixavam o nosferatu mais tranquilo. Pelo visto Jack não foi interceptado... pelo menos não ali. O que deixava aquele cenário mais amigável. Fox então decide continuar seu caminho até o destino. Ele tinha um plano ousado em sua cabeça. Conseguir um táxi. Para qualquer um uma tarefa simples, mas para um rato de esgoto, um enorme desafio, considerando que ele ainda não dominiva níveis de ofuscação para se passar por uma pessoa normal.

Para sua surpresa, quando estava perto da portaria, totalmente oculto por sua ofuscação, uma viatura se aproxima até o portão. O condutor falava alguma coisa com o porteiro que logo abria o portão ao toque de um botão. Demora alguns segundos até que o portão estivesse totalmente aberto, dando total segurança para a viatura atravessar.

Fox observa ao lado de um contêiner, que projetava uma sombra que alcançava parte da via. Os faróis da viatura estavam baixos, o que possibilitou Fox identificar o condutor. Era Jack. Fox sabia disso porque já tinha verificado a foto de perfil dele no aplicativo de mensagem. A viatura se desloca devagar, já estava fora do alcance da visão dos seguranças que trabalhavam na portaria. Também não haviam outros funcionários por perto. Apenas Jack, dentro da viatura e Fox, na sombra do contêiner.

Até ali, o nosferatu havia tomado cuidado para não ser pego pelas câmeras de segurança do porto. Mas ele teria que ser bem criativo na abordagem de Jack, para não ser pego pelos dispositivos de gravação.

Fox observa a viatura se movimentar devagar, provavelmente Jack estava procurando por ele, ainda sob a sombra do container Jack pega o celular em seu bolso e observa em sua volta se existe alguma câmera ou alguém que possa ser alertado quando ele ligar o celular para fazer uma ligação para Jack afim de instruir o policial a parar a viatura em um local escuro e longe das câmeras.

23:00
Fox leva a mão no bolso para pegar seu telefone, mas logo se lembra de que o telefone de Jack só dava caixa postal, então, com o pouco tempo que ele tinha para abordar o carniçal ali, o nosferatu pega uma pequena pedra no chão e atira no para-brisa da viatura, chamando assim a atenção de Jack.

O carniçal para a viatura e olha pro rumo de onde veio a pedra, tudo que ele conseguia ver era a silhueta de um homem, devido a densidade da sombra. Ele pega sua lanterna e mira o fecho de luz em Fox...

- Meu Deus! Que desgraça! Com certeza você deve ser John Foxter. Vamos, entra aí.

Pelo visto, Jack já tinha uma familiaridade com o clã nosferatu. Fox adentrava a viatura, no banco de trás para não chamar tanta atenção. Jack ajeitava o retrovisor para melhor observar o neófito, que por sua vez, também teve a oportunidade de observar Jack. A quem diga que a maldição do clã nosferatu, também deixa marcas naqueles que bebem de seu sangue por muito tempo. Jack era a confirmação disso. Ele não era tão feio quanto a um rato de esgoto, mas carregava marcas daquele sangue maculado.

No caminho para a fábrica, Jack se desculpava pelo atraso e explicava que teve um contratempo, e que estava temporariamente sem telefone. Ele não entrava em detalhes do assunto e parecia fazer isso deliberadamente. A viagem é curta e logo eles estavam na fábrica de pallets, refúgio temporário de Fox.


23:40
Jack parava a viatura em frente a um dos portões da grande fábrica de pallets que era a Oscar & george pallets. Ambos descem do carro e Fox segue Jack até um portão de metal. Jack olhava para os dois lados da rua, numa postura desconfiado, enquanto retirava um molho de chaves do bolso. Ele levava alguns segundos até encontrar uma em específico que ele abria o cadeado. Jack puxa a corrente e logo depois empurra o portão para dentro. Ele acena para Fox entrar e entra logo após, fechando o portão novamente. Ambos caminham pelo pátio da fábrica enquanto Jack dava algumas instruções...

- Aquele barraco ali no fundo será sua casa por enquanto. Não tem muito conforto mas pelo menos de garante proteção durante o dia. Pode ficar tranquilo quanto a entrada de pessoas no local, essa área da fábrica está isolada e eu estou fazendo o uso dela. Por isso ninguém irá te incomodar aqui. Toma, essa é a cópia da chave do barraco, e essa é a do cadeado do portão.


Ambos paravam em frente a porta do barraco, Jack parecia esperar Fox abrir a porta para conferirem o interior do imóvel. Ao abrir a porta, um cheiro de carne podre invadia as narinas dos dois. Jack se afastava segurando o vômito. Fox acende a luz que oscilava, revelando um ambiente todo deteriorado. O cheiro era oriundo de um gato morto no canto do barraco. Havia bastante ratos e baratas no local. Muitos deles correram para se esconder quando a porta se abriu. Após recuperar-se do mal estar, Jack se aproxima novamente do vampiro, tampando o nariz com a mão. Com a voz abafada dizia:

- Rick mandou te entregar isso.

Ele estendia a outra mão que segurava um envelope pardo. Num tom de despedida ele concluía...

- Bom, então é isso, missão cumprida. Se puder, vamos deixar esse atraso entre nós, Rick não precisa saber disso... Tudo bem?

O carniçal não queria queimar o filme com seu amo de sangue, Rick. O que ele não sabia era que Fox já o tinha delatado.

[...]

Envelope:

- Realmente isso aqui está uma merda, por sorte a não vida me presenteou com uma audição privilegiada e não o olfato, porque estes malditos Nosferatu escolhem sempre os lugares mais fudidos ?”

Resmunga Fox acendendo um cigarro, o cheiro do cigarro ameniza por alguns segundos o odor fétido do gato morto.

- Bom rapaz! Agora que estamos em um local mais “ reservado” você sabe que eu preciso saber o que houve para você não atender o celular e aparecer aqui somente agora ignorando o planejamento que fizemos, porque você não facilita as coisas para nós dois e desembucha logo o que houve.

Dizendo isso Fox da uma tragada no cigarro, soltando a fumaça pelo nariz e olhando fixamente para o policial pega o envelope que o mesmo está entregando e antes de uma resposta complementa:

- Rick já está sabendo do seu “Atraso” rapaz e eu fiquei de passar um reporte para ele assim que a situação se normalizasse ou eu chegasse aqui. Se você me disser o que houve eu posso dar uma melhorada na tua imagem com o Rick, mas para isso precisamos confiar um no outro.

- Outra coisa, eu prefiro trabalhar sozinho, mas para facilitar as coisas e terminar este serviço o mais rápido possível e sair fora dessa lixeira talvez eu precise de informações que você como policial pode obter, por isso preciso de um meio de nos comunicarmos.

Dizendo isso Fox baixa o olhar abrindo o envelope e olhando que informações ele tem e aguardando a resposta de Jack usando sua experiência de investigação, esperando encontrar uma voz tremida, uma contradição ou algo que possa ser um indicio de que o policial está mentindo.

- Bom rapaz! Agora que estamos em um local mais “ reservado” você sabe que eu preciso saber o que houve para você não atender o celular e aparecer aqui somente agora ignorando o planejamento que fizemos, porque você não facilita as coisas para nós dois e desembucha logo o que houve.

Jack lança um olhar impaciente para o nosferatu, mas algo no rosto do vampiro parecia incomodar o policial... o que será?

- Cara, relaxa, você parece tenso. Não é nada que tenha que se preocupar, foram problemas pessoais, como eu já havia te dito.

- Rick já está sabendo do seu “Atraso” rapaz e eu fiquei de passar um reporte para ele assim que a situação se normalizasse ou eu chegasse aqui. Se você me disser o que houve eu posso dar uma melhorada na tua imagem com o Rick, mas para isso precisamos confiar um no outro.

- Justo, eu te deixei esperando e você apenas falou a verdade com Rick. Não tenho como me defender, nossa relação começou com o pé esquerdo, mas lhe garanto que eu posso me redimir.

- Outra coisa, eu prefiro trabalhar sozinho, mas para facilitar as coisas e terminar este serviço o mais rápido possível e sair fora dessa lixeira talvez eu precise de informações que você como policial pode obter, por isso preciso de um meio de nos comunicarmos.

- Sim sim... Tenho o seu número salvo na minha agenda, assim que arrumar um telefone eu te aviso. Como disse, acho que até amanhã eu estarei "on" de novo -brincava o policial.

Fox observava Jack de forma analítica. Ele suava de sua experiência investigativa para tentar capturar algum sinal corporal que comprometesse a integridade das respostas. Mas Jack parecia estar sendo sincero em suas palavras. Talvez realmente fosse algo pessoal, quem sabe até constrangedor? O fato é que ele não queria compartilhar, apenas isso.

[off: se não tiver mais nada a falar com Jack, considere que ele foi embora. Agora, você tem o restante da noite para explorar a região, ou pode dormir (apesar de estar cedo) para adiantar a próxima noite.]

Fox observa o policial ir embora.

- Mas que grande trapalhão o Rick arrumou - resmunga o vampiro jogando o cigarro no chão e apagando com a sola dos pés – espero que eu não precise dele novamente, mas tenho que ter acesso a ele no caso de precisar.


Ainda segurando o envelope, o vampiro resolver dar uma investigada no local que seria a sua provável residência nas próximas noites, olhando de soslaio para o cubículo que seria seu refúgio durante o dia ele franze a testa deformando ainda mais seu rosto já deformado pela maldição.

- Porra, tomara que este serviço término rápido, não bastasse terem me deixado com essa cara de vomito, só arrumam uns lugarzinhos de merda meu! a estação abandonada ou o esgoto esta melhor que isso aqui.


- Será que esse miserável trancou o portão ? - 

Tentando se concentrar, Fox vira as costas para o cubículo, ele vai deixar para investigá-lo por último, primeiro ele vai até o portão que o policial saiu para ver se ele realmente o fechou e depois vai começar pela área externa, pegando seu smartphone como bloco de notas para possíveis pontos importantes ele inicia sua investigação procurando se existem outras entradas e saídas, tipo de segurança, muros e algo que possa ser usado como uma saída emergencial ou entrada para surpresas indesejadas bem como utensílios que ele possa usar para sua proteção durante o dia, coisas para barrar a porta do cubículo por dentro entre outras coisas.

Após a conclusão desta investigação Fox se concentra no cubículo da mesma maneira procurando outro ponto para entrada e saída, buracos no teto que possam permitir a entrada do sol, e a estrutura da porta, ela aguentaria alguém a forçando, existe impedimento para que ela abra por fora enquanto ele estiver lá dentro durante o dia? Todas estas observações estão na atenção do vampiro.

Após o término de toda esta minuciosa investigação e de conseguir fazer as melhorias possíveis no momento, caso necessárias, ele irá finalmente ler os documentos que Rick lhe mandou entregar e finalmente focar na missão que lhe foi confiada sem interrupções, pelo menos é o que ele espera.

Preocupado com sua segurança, após uma breve avaliação de todo o local, Fox se dedica a investigar toda a extensão do seu refúgio, para se familiarizar com o local. Minuncioso, ele explorava cada canto e concluía estar em um local que não oferecia tanta proteção assim. Os muros de placas metálicas estavam enferrujados e mal colocados. Não seria difícil se alguém quisesse entrar na área externa de seu refúgio temporário. Os fundos e a lateral leste, faziam divisa com a parte ativa da fábrica de pallets, inclusive nos fundos existia um portão de tela metálica, colocado sobre um trilho. Fox continuava sua investigação até o lado oeste, onde concluía ser o lado mais vulnerável. Lá era divisa com um terreno vazio, do qual apresentava uma vegetação densa e volumosa. Parecia até abandonado. A passagem de um imóvel para o outro era praticamente livre. Frustrado ele volta para o barraco, passando pelos fundos novamente, mas algo lhe surpreende ativando seu instinto de sobrevivência...

Quando o nosferatu passava despreocupado pelos fundos do terreno, local que ele já havia inspecionado e por isso passava por lá com a guarda baixa,um barulho feroz invade seus ouvidos junto de uma pancada violenta no portão de tela, no qual chegava a balançar. Fox olhava rapidamente para a fonte do barulho e se deparava com um belo exemplar de rottweiler, que latia frenéticamente para o vampiro do outro lado do portão, exibindo suas presas banhadas por uma baba que espirrava em todas as direções a cada latido. Apesar do susto, o portão impediu um ataque do animal. Os latidos do cão acabou despertando a curiosidade de alguém. Fox avista ao longe, um feixe de luz, provavelmente de uma lanterna, que demonstrava que alguém se aproximava.

[off: a pessoa que se aproximava era o vigia. um jovem rapaz franzino. quando ele se aproximar, ele irá bater a lanterna na área externa do seu refúgio, mas pelo o outro lado do portão mesmo. não detectando nada, ele irá tentar acalmar o cão. escrevo essa parte em off, para o caso de você querer fazer algo antes, durante ou logo depois desses acontecimentos.]

Após o susto inicial Fox recupera seu foco.

- Puta que pariu cachorro! resmunga Fox.


Mas de repente ele ve uma oportunidade, aquele cachorro pode amenizar seus problemas de segurança, ele pode tentar recrutar, conversar com ele, quem sabe torna-lo um carniçal. A idéia tinha acabado de surgir em sua mente, ainda estava fresca e em sua forma bruta, precisava ser lapidada, mas agora não havia tempo, alguém foi alertado e estava a caminho, ele precisava ser rápido.
O feixe de luz da lanterna ainda estava a uma distancia segura, isto dava tempo de Fox tentar uma abordagem inicial e depois se esconder. Parecia loucura, mas ele precisa tentar, se havia funcionado com ratos provavelmente funcionaria com um cachorro.

- Ei amigo, calma, não estou aqui para fazer mal, mas não posso ser visto, depois que a pessoa que estiver vindo for embora, volte aqui para conversarmos! - Fox diz isso agachado próximo ao animal e olhando firme em seus olhos, após terminar a frase e sem nem ao menos ver a reação do animal ele salta para seu refúgio afim de se esconder e aguardar que a pessoa alertada pelo cão vá embora.

Escondido Fox observa quem se aproxima, parece ser um vigia.

- Está meio raquítico para ser um vigia, mas ele pode estar armado o que o transforma em um gigante. – Calcula o Nosferatu em voz baixa. – Vou esperar e ver o que acontece a partir de agora, espero que o cachorro se acalme e volte caso o segurança o leve embora.


De seu esconderijo Fox aguarda que o vigia faça a sua função sem interrupções, Aproveitando para tentar observar seu MODUS OPERANDI, se ele está armado, se segue algum protocolo ou simplesmente ira acalmar o cão e ir embora.

Uma oportunidade surge na fábrica de pallets. Talvez Fox havia acabado de esbarrar em seu futuro carniçal, o Rotweiller que "patrulhava" o pátio da fábrica. Mas ele tinha que ser ágil naquele momento, pois o vigia vinha em sua direção, guiado pelos latidos do cão. Então, de forma breve ele tenta uma negociação...

- Ei amigo, calma, não estou aqui para fazer mal, mas não posso ser visto, depois que a pessoa que estiver vindo for embora, volte aqui para conversarmos! - Fox diz isso agachado próximo ao animal e olhando firme em seus olhos, após terminar a frase e sem nem ao menos ver a reação do animal ele salta para seu refúgio afim de se esconder e aguardar que a pessoa alertada pelo cão vá embora.

O cão para de latir e franze as sombrancelhas. Fox percebia que o animal estava surpreso. A princípio, o rotweiller não demonstra concordância com as palavras do nosferatu, mas também, cessava seu alerta barulhento. Essa era a deixa para Fox, que agilmente corria para seu refúgio para observar ocomportamento do vigia de lá. Mas isso não foi possível. O refúgio estava preparado para abrigar um vampiro dos raios solares, por isso, não existia frestas que permitissem a observação e a porta de entrada não estava em um ângulo favorável. Mas nem tudo estava perdido, Fox conseguia ouvir algo que talvez pudesse usar ao seu favor futuramente...

- Seu cachorro idiota! O que você comeu hein? Vive latindo atoa e atrapalhando meu sono. Seu maldito!

Logo após essas palavras, Fox ouvia um barulho de pancada, uma batida, que deduzia ser uma agressão ao animal, que saia chorando, se afastando do portão. Fox continua ouvindo os resmungos do magricela, que aos poucos ia ficando mais baixos, o que indicava que o mesmo estava se afastando... talvez voltando para o seu posto.

Dados...:

Com a voz do vigia se afastando Fox sorrateiramente sai de seu esconderijo e caminha retornando ao portão ficando agachado poiado com um de seus joelhos no chão.

- Hum, parece que ele sofre maus tratos do idiota magrelo! – Observa Fox – Vou tentar usar isso ao meu favor.

Enquanto aguarda o animal ele observa algum ponto que o animal possa passar pelo portão, talvez algum ponto que ainda fosse de terra e ele pudesse cavar um buraco para passar por baixo ou se era possível abrir um rasgo no portão próximo ao seu refúgio e depois disfarçá-lo com paletes, algo assim.

- Não posso simplesmente pegar o cachorro para mim, se ele sumir vão procurar por ele, parece ser um cachorro de raça, e nesta procura por ele podem vir procurá-lo aqui, ou podem vê-lo aqui e aí eu me fodo.

- Não, por enquanto o melhor seria ele continuar onde está, mas durante o dia ficar de olho pelo portão e ter um acesso para me alertar ou atacar o intruso, durante a noite ele estará no seu local de sempre sem levantar suspeitas de nada, mas ainda dando uma atenção aqui no meu lindo apartamento de veraneio. Sim, será esse nosso plano de operação, agora preciso pensar em como convence-lo a fazer isso...bom ele esta apanhando, então é obvio que quer sair fora dali, além disso posso deixa-lo maior e mais forte do que qualquer outro cachorro que ele já tenha visto, se é que ele já viu algum, e a cereja do bolo “ O MAGRELO “. Quando eu finalizar minha missão aqui a gente acaba com o magrelo e se ele me servir bem levo ele comigo.

Em meio a estes pensamentos e resmungos e já com um plano de ação em mente, Fox aguarda a chegada do cachorro no portão.

Refletindo sobre o que acabara de presenciar, o nosferatu bolava planos para o rotweiller. Na medida que a voz do magricela ficava distante, Fox decide que era seguro sair do seu esconderijo. Mais uma vez, ele aproxima do portão e aguarda o cão que pareceu demonstrar interesse no vampiro. Para frustração de Fox, isso demorou mais tempo do que ele esperava. Depois de longos trinta minutos, finalmente ele podia observar a silhueta do animal em meio as sombras projetas pelas luzes dos postes sobre as pilhas de pallets.


O animal parava diante do vampiro, que estava do outro lado da grade. Dessa vez muito menos hostil. Ele apenas sentava e aguardava o que o vampiro tinha a falar...

Olhando diretamente nos olhos do animal Fox inicia uma conversa com o cachorro.

- Opa! E ai amigão, você tem uma cara de bravo hein! Aquele magrelo bateu em você, não é? Qual é seu nome voce tem um? Olha eu tenho uma proposta para você, quero que você me ajude, quero que você tome conta daquela casinha ali, principalmente durante o dia, mas a noite também, quero que você seja meu vigia e em troca eu posso te deixar mais forte do que qualquer outro e se você fizer um bom trabalho eu posso levar você comigo além da gente dar uma lição nesse magrelo otário, você topa?

- Olha mas para isso você por enquanto vai continuar ai, porque se você sumir eles vão te procurar e vão acabar te achando aqui e isso vai me prejudicar, você consegue cavar um acesso por debaixo do alambrado? Lembrando que você fara a vigia deste lado ai e só vai vir para este lado caso sinta algum perigo.


- Temos um acordo?
 
OFF: Caso o cachorro consiga cavar e passar Fox vai oferecer um pouco de seu sangue para ele e dar atenção aos documentos sobre a missão. Caso o cachorro não consiga, Fox irá tentar abrir um buraco no alambrado rente ao chão e vai tentar camufla-lo com paletes, ao término vai oferecer um pouco de seu sangue ao cachorro e dar atenção aos documentos da missão.

Opa! E ai amigão, você tem uma cara de bravo hein! Aquele magrelo bateu em você, não é? Qual é seu nome voce tem um? Olha eu tenho uma proposta para você, quero que você me ajude, quero que você tome conta daquela casinha ali, principalmente durante o dia, mas a noite também, quero que você seja meu vigia e em troca eu posso te deixar mais forte do que qualquer outro e se você fizer um bom trabalho eu posso levar você comigo além da gente dar uma lição nesse magrelo otário, você topa?

- Acho que meu nome é cachorro idiota... é assim que sou chamado. - Fox notava a pureza do animal que não sabia o significado do próprio nome.

- Quero ser mais forte. - Apesar das limitações de intelecto, o animal conseguia transmitir e entender o conteúdo daquela conversa.

- Por que dar uma lição nele? Ele me ama, ele me dá alimento e água. - O nosferatu era pego de surpresa pela lealdade canina, que mesmo sofrendo mals tratos, ainda amava seu agressor.

- Eu protejo sua casa. Ninguém entra aí. Eu consigo chegar aí passando por ali. - Cão olhava para uma falha no muro que dividia as duas partes da fábrica, e que para sorte de Fox, já estava camuflado pela vegetação que crescia sem cuidados.

Tudo devidamente alinhado com o seu mais novo "segurança", Fox pedia para que o animal fosse até ele e assim que o mesmo chega, o vampiro o gratifica com um pouco de sua vitae. A pupila do animal se dilatava na medida que o sangue escorria por sua garganta. Ele nunca havia experimentado algo tão doce, tão saboroso, tão bom quanto aquilo. Fox interrompe o laço quando julga que o animal já havia bebido o suficiente. E assim, o primeiro nível de um laço de sangue havia sido concluído com sucesso. Isso deixa o vampiro mais tranquilo em relação ao animal, que agora estava muito mais predisposto a "ajuda-lo".

[..]

Fox volta para seu recinto e se dedica aos estudos do dossiê de Jeremy McNeils. Ele descobre que Jeremy é um notório Brujah, líder do movimento anarquista, cercado por outros vampiros que compunham a sua gangue. Ele também aprende sobre os hábitos não só de Jeremy, mas também dos anarquistas no geral. As raves, os bares (principalmente o Taste), o sistema de baronatos, as rígidas punições aplicadas a invasores dos territórios de cada barão, a neutralidade do centro de Los Angeles entre outras informações.

Concluindo a leitura, Fox deduzia que ele não estava ali como detetive, até porque esse serviço já havia sido prestado por quem montou o dossiê. Fox estava ali como um agente, pois na descrição da missão, Rick pedia para que Fox se infiltrasse na gangue de Jeremy e ganhasse sua confiança. Com certeza era um serviço bastante arriscado. O nosferatu terá que ser meticuloso em suas ações. Entretanto, ele sabia que a conclusão da missão traria muito status dentro da seita, isso viria junto com um gordo pagamento que poderia ir além de dinheiro. Seu nome certeza entraria para a história... mas isso essa noite não passa de um deslumbre no horizonte.

Com os papéis em mãos, Fox devagava a respeito dos seus próximos passos naquela cidade. Isso é claro após alguns resmungos, como era típico dele. Após definir um plano em sua mente, ele conclui que o rotweiller, que agora fora batizado de Brabo, pelo nosferatu, poderia lhe ajudar com um pequeno detalhe.

- Hei cachorro idiota, vou te chamar de Brabo BLZ ? Por algum acaso aquele magrelo da segurança tem boné? Consegue trazer para mim sem ele ver?

De primeira o cão tem dificuldades em entender o que é um boné. Apesar de conseguirem manter uma comunicação, o intelecto de cães era bem limitado se comparado ao de criaturas racionais como humanos e vampiros... Mas isso foi resolvido com uma simples explicação do que seria um boné. Prontamente, o cão sai em disparada sentido ao centro da fábrica.

Enquanto o animal ia buscar o boné, Fox investigava o TASTE, usando seu telefone. Logo ele concluía que se tratava de um pub comum, com temática voltada para o punk, frequentado por jovens com esteriótipos rebeldes, e por vampiros locais... Essa última informação não foi encontrada na internet...



Alguns minutos depois, ele volta com o boné entre os dentes. Não era o boné mais descolado do mundo, na verdade, era um boné da empresa de segurança. Brabo o solta no chão e olha para Fox com uma expressão parecida com um sorriso, enquanto balança o rabo rapidamente, "varrendo" a poeira do chão.

Fox se abaixa para pegar o boné, e agachado mesmo o analisava. Ele se sente frustrado ao perceber a logo da empresa de segurança costurada naquele boné azul claro. Certamente não era o tipo de adereço mais apropriado para se misturar ao Taste...

Em meio as suas frustrações, o nosferatu era surpreendido por uma luz de lanterna que invadia a fresta da porta de seu refúgio, que estava meia aberta. A adrenalina percorre seu corpo morto ao perceber que estava em uma situação vulnerável. Logo após, a voz ecoava pelo interior do casebre...

- Seu ladrão de boné de uma figa! Cadê você seu saco de pulgas?!

O vigia estava perto demais e fechar a porta com certeza iria o alerta-lo da presença de alguém ali. Além do mais, Brabo, estava interagindo com Fox... talvez esperando uma recompensa pelo trabalho prestado.

[off: você tem apenas um turno para agir, até que o vigia adentre o refúgio]

O Boné inicialmente tinha como objetivo disfarçar as feições de Fox no caso de Jack não aparecesse e ele precisasse sair dali, mas a aproximação do segurança magrelo abriu uma nova janela de possibilidades para Fox que já tinha pensado no segurança como plano “ B “.
 
- Como é que esse arrombado conseguiu chegar aqui? Mas que cara chato meu! – Imagina ele.
 
Ao ouvir a aproximação do segurança chegando em seu refúgio Fox sussurra nos ouvidos de Brabo:
 
- Se esconde la no fundo da casa e leva o boné, corre!
 
Dizendo isso Fox se esconde nas sombras atras da porta, de forma que quando ela se abra fique entre ele e o invasor, nas sombras ele concentra seu sangue para aumentar sua força.
Fox espera que o barulho do cão correndo chame a atenção e o foco da luz da lanterna pra sua direção e quando o invasor passar ele ira ataca-lo por trás, mordendo seu pescoço e sugando seu sangue até que o segurança perca a consciência.
 
- Vou vasculhar os bolsos e usar esse uniforme mantendo a aba do boné bem baixa para ir ate a guarita em que ele trabalha assim se houverem filmagens verão ele retornando do meu refugio e aproveito para vasculhar suas coisas, ele deve ter um veículo para vir trabalhar e talvez tenha mais algumas coisas uteis.- Resmunga o Nosferatu internamente.
 
Nas sombras Fox fica observando seu plano ganhar vida e aguarda o momento certo para atacar.

OFF: gasto 1 de sangue para aumento de força.
        Fox inicialmente não pretende matar.

Usnado seu tempo de forma sábia, Fox ordena que Brabo se afastasse levando consigo o boné. Isso acaba chamando a atenção do vigia que foca sua atenção no rotweiller. Era só questão de acertar o time. Assim que o vigia passasse Fox iria o atacar.

Antes mesmo que o vigia pudesse prever alguma ameaça, ele se via preso por alguma coisa. Fox havia saltado sobre seu corpo e o envolvido com seus braços que contavam com força extra devido ao sangue que o nosferatu bombeava para aumentar a própria força. O jovem vigia tenta se esvair do abraço do nosferatu, mas era em vão. Fox era bem superior nessa luta.

Com a certeza de que tinha o domínio da vítima, Fox abria sua boca e suas presas eram projetadas para fora de da cavidade bocal. O vampiro crava seus caninos no longo pescoço branco do vigia, começando a sugar seu sangue...

O neófito sente que o vigia ia perdendo a resistência na medida que o "beijo" era consumado. Ele chegava até o ponto de ficar mole nos braços de Fox. A princípio, matar não era o plano do vampiro. Ele apenas enfraquecia seu alvo, deixando ele debilitado, deixando assim de ser uma ameaça. Fox encerra o beijo e solta o rapaz que caía sobre o chão sujo do casebre.

Agora era hora de colher os espólios daquele ataque bem sucedido. O vampiro revista o corpo do rapaz, encontrando uma carteira com pouca grana, documentos pessoas do Vigia, um revolver calibre 38, lanterna e chicletes. Não satisfeito, ele retira a roupa do rapaz que estava inconsciente no chão, e as veste. Fox queria aproveitar aquela oportunidade para explorar a fábrica...


Com as roupas do vigia, o vampiro adentra a fábrica sem se preocupar com as câmeras. Um cuidado com o boné lhe garantia toda a descrição que precisava. Finalmente ele chegava ao posto de comando, uma pequena edificação sem muito conforto.

Ao adentrar, o vampiro se depara com algumas telas, onde mostravam em tempo real, pontos específicos da fábrica. Além disso, tinha um armário com as coisas pessoais do vigia. Fox abria a porta do armário e se deparava com uma mochila, que continha algumas roupas do rapaz, um par de tênis, outro boné (esse com o slogan da marca NY), uma caixa de munições para o revólver e algumas revistas destinadas a adultos.

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