Explore o Mundo das Trevas e os conflitos morais através da perspectiva de um Vampiro. Encontre na não-vida uma chance de sucesso ou a rota direta para o inferno. (Fórum baseado nas regras da 3ª edição)
Magdala. A “Joia do Leste” de Minas Gerais. Uma enorme metrópole caracterizada por seu panorama único: altas torres de vidro cercadas por pequenos prédios de três a seis andares das mais diversas cores: azuis, verdes, rosados, amarelos...
Vista à noite, Magdala é um festival de luzes. Há bares e restaurantes cheios de alegria, boates agitadas. Há grandes indústrias e empresas de alta tecnologia. Jardins e parques bem cuidados, acolhedores mesmo durante a alta madrugada, um convite à visitação por aqueles que não podem vir durante o dia. A prefeitura de Magdala se orgulha de seus baixos índices de criminalidade, de sua segurança incomum para uma grande cidade deste país. Sua líder, Selena Tanaka, desponta como um exemplo para toda nação, representando uma nova forma de fazer política. Sob o comando dela, assim como de seu falecido antecessor, Magdala se revela verdadeiramente iluminada.
Ande pela noite da cidade, sinta sua brisa. Mas não seja ofuscado. Ali! Entre uma torre moderna e um prédio histórico uma pequena porta esconde um antro de vício. Escute os hinos daquela igreja neo-evangélica, onde um pastor de pele pálida demanda cada vez mais atenção de seu rebanho – e logo, ele terá ainda mais. Dinheiro, sim. Almas, também. E sangue.
Nos bairros médios há relativa segurança, a Guarda Municipal ocupa os espaços que a Polícia Militar não consegue. Mas vá para a periferia. Ali, onde moram os pobres. Cuidado ao andar por suas ruas, pois lá há monstros. Lá, onde ninguém que importe se importa.
E cuidado ao andar pelo centro. Principalmente naquela região intocada chamada Triângulo, cujas ruas à noite permanecem curiosamente vazias mesmo sendo uma das zonas boêmias mais tradicionais e agitadas enquanto o sol brilha. O lugar onde cães negros correm livres pela escuridão sem que ninguém os detenha.
Magdala é uma cidade de luz. Mas quanto maior a luz, maior é a sombra.
O caixão abriu-se subitamente. Foram horas desde que despertou e sentiu seu esquife e seu corpo ser jogado de um lado para o outro. Agora ele era atingido subitamente pela luz de uma lâmpada elétrica.
Ergueu-se. Não sentia desconforto – estava morto há três anos, afinal. Olhou ao redor para se familiarizar com o ambiente. Era uma sala ampla em uma casa grande. Williams estava ali, já de pé, observando pela janela.
George Ferros estava ao lado do caixão – ele havia aberto o caixão. Era um carniçal brasileiro que trabalhava para Riviera. Estivera o último ano ensinando-lhes português e os acompanhara até Magdala. Falou com Dezmond em português.
George Ferros
É isso aí, chegamos. Bem-vindos à Magdala. Agora, conforme acordado, eu vou embora ainda hoje, mas vocês podem aproveitar o resto da noite para se "aclimatar". Essa casa é razoavelmente cara pelo aluguel, mas o Sr. Riviera pagou um ano pra vocês. Depois que se instalarem podem decidir entre continuar aqui ou se mudar pra outro lugar.
Agora, essa é uma cidade da Camarilla, exceto por um único distrito que está no controle anarquista. Mas eu não conheço os detalhes direito. Vocês devem ir ao Clube Necropolis, no centro, para se inteirar. O patrão arrumou um contato inicial pra vocês: "Lord Vlad" e "Lady Carmilla". Eles são os donos do clube e recebem os recém-chegados. Vocês devem ir o quanto antes – pelo que sei a cidade não tem algoz, mas não sei exatamente como eles lidam com os "imigrantes ilegais".
Bem, vocês podem decidir o que farão agora. Ah, seu carro está lá na garagem. Ele chegou bem antes, já que o despachamos de navio com várias semanas de antecedência. A documentação está aqui, assim como sua permissão internacional para dirigir. Assim, mesmo que a polícia local te pare, não haverá problemas. Claro, ano que vem as taxas ficam por sua conta.
22/01/2.019, terça-feira. 12:35
Off:
Descontado 1 PS para despertar.
Amanhecer: 05:00.
Atualização: 23/03, terça-feira.
Dezmond Green, Caitiff, 9ª Geração Sem Ferimentos (0/7), PS(14) 13, Vont (8) 8.
Última edição por Ed Araújo em Sáb 20 Mar 2021 - 15:48, editado 2 vez(es)
Após ser dispensado pelo alcaide e despedir-se dos demais, Haru entra no edifício comercial que serve de sede para os Shimazaki. Ali ele encontra Yukio em seu escritório – a anciã mantinha seu sorriso inescrutável.
Yukio Shimazaki
Boa noite, Haru-kun. Então, o que traz pra mim?
22/01/2.019, terça-feira. 02:06
Off:
Amanhecer: 05:00.
Atualização: 23/03, terça-feira.
Haru Shimazaki, Ventrue, 10ª Geração Sem Ferimentos (0/7), PS(13) 13, Vont (5) 5. Experiência: 0.
Com um chute bem dado Lionel arrancou a tampa da caixa onde estivera preso. Seu relógio indicava que já era quase uma da manhã. Seu lacaio estava ali. Tein observou-o com temor, encolhendo-se em um canto.
Frank S. Tein
Nós... nós chegamos. Se-senhor. Brazil. Digo, Brasil. Magdala.
Tem... temos esse contato que seus amigos nos passaram... "Clube Necropolis. Lor Vlad & Lady Carmilla." É sua... "porta de entrada", eu acho.
Ele esticou o papel para seu mestre, um pouco tremendo.
22/01/2.019, terça-feira. 12:35
Off:
Descontado 1 PS para despertar.
Amanhecer: 05:00.
Atualização: 23/03, terça-feira.
Lincoln D. Nobrega, Brujah, 10ª Geração Sem Ferimentos (0/8), PS(13) 12, Vont (8) 8.
Após serem dispensados por Damazio, Haru Shimazaki despede-se dos outros e parte rapidamente. Com isso Samuel ficava ali, acompanhado de Júlio e Eliana.
Júlio da Cruz
– É isso. O que vão fazer agora? Acho que vou passar um pouco no Necropolis antes de ir pra casa, estou com fome.
Eliana consulta o relógio.
Eliana Aleixo
São uma e meia e o sol nasce às cinco. Acho que temos um pouco de tempo. Você quer ir, doutor?
O Necropolis era o principal campo de caça da cidade – e também um ponto de entrada para os Membros que migravam para Magdala, que deviam se apresentar aos donos do clube: Lord Vlad e Lady Carmilla. Embora estes fossem formalmente Camarilla, o clube era aberta a todos os Membros independente de filiação política desde que respeitassem as leis da Torre de Marfim. Claro, Sabás eram a exceção à regra. Além de alimentação, o clube proporcionava a oportunidade de encontrar outros Membros, principalmente neófitos, e socializar.
22/01/2.019, terça-feira. 01:31
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Amanhecer: 05:00.
Atualização: 23/03, terça-feira.
Dr. Samuel Fernandes, Malkaviano, 13ª Geração Sem Ferimentos (0/7), PS(10) 08, Vont (5) 5. Experiência: 0.
Takeshi estava em Magdala. Da varanda do quarto do hotel ele podia ver as luzes daquela metrópole.
Sua vinda havia sido organizada por sua Senhora e seus aliados do Clã da Rosa. Agora ele estava ali, em uma terra estranha, um povo diferente.
Ele tirou do bolso o bilhete que era sua "porta de entrada" para aquela cidade. Nele estava escrito: "Club Necropolis. Lord Vlad & Lady Carmilla." O endereço vinha a seguir. Segundo funcionários do estabelecimento, era perto dali.
22/01/2.019, terça-feira. 12:35
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Descontado 1 PS para despertar.
Amanhecer: 05:00.
Atualização: 23/03, terça-feira.
Takeshi Antony Johnson, Toreador, 8ª Geração Sem Ferimentos (0/7), PS(15) 14, Vont (7) 7.
Última edição por Ed Araújo em Qui 25 Mar 2021 - 18:23, editado 1 vez(es)
Uezmond abria seus olhos para a luz e via-se em uma aconchegante casa em um pais distante. Levemente atordoado se colocou de pé e fora do caixão, esticou os membros rijos preguiçosamente. Encheu os pulmões de ar e sentiu a pele aquecer. - Eu odeio esses malditos caixões, eu ainda to dizendo, devíamos ter vindo o caminho todo de carro. - Disse à Willians, em inglês, antes de tentar usar o português, que ainda estava praticando, para responder George.
- Pode deixar Cupinxa, em no máximo umas duas horas eu já to colando por lá... - Distraidamente o Caitiff olhava o cômodo, como sugerido, tentando se fazer confortável em um sofá. - Claro que imagino que essa gentileza toda não vá vir de graça... Imagino que já tenha algum trabalho que eu fui voluntariado pra fazer ou algo do tipo... Mas paciência, não posso reclamar depois que ele quebrou o galho pra mim. E quanto a você, já vai? Tão cedo? Certeza que não quer uma xicara de café ou algo do tipo?... Péra, tem café no armário? - Sem pressa alguma Dez pôs-se a andar e vasculhar a cozinha, identificando utensílios que tinha a sua disposição e anotando as faltas em uma lista de compras para mais tarde. Prepararia para si uma jarra de café se possível, e oferecia uma caneca/xícara para cada um.
Ainda familiarizando-se com a casa, daria um pouco mais de atenção aos quartos, para garantir que se fossem chegar próximo ao nascer do sol não seriam carbonizados em seus próprios dormitórios. Separaria algumas roupas limpas para vestir após uma rápida ducha (Continuaria usando o mesmo gorro) e poderia finalmente se encaminhar para a garagem, aconchegar-se em seu possante, e sair para explorar as ruas da cidade ainda desconhecida. Checaria brevemente o percurso até o centro pelo aplicativo de GPS em seu celular, mas daria mais controle da rota a sua cria. - Fica de olho no mapa que eu ainda não sei navegar por aqui direito... -
- Não acho que você vá precisar fazer nada por lá, mas é melhor ir também. É bom criar seus próprios aliados e contatos entre outros Membros, mas cuidado com sua atitude pra não fazer inimigos, alguns de nós são mais fáceis de irritar que outros. E você precisa estar preparado e capacitado pra se virar quando eu falecer ou simplesmente não estiver por perto... - A "paternidade vampirica" ainda era estranha, principalmente quando o filho era mais velho que o pai. Mas Dez achava que estava sendo um pai quase decente, ao menos certamente achou-se melhor que seu próprio Sire, fosse ela quem for. Pensamento que trazia-lhe lembranças agridoce. "Qual a chance da Claire aparecer por aqui?... Não é também como seu eu tivesse dito que eu vinha...." O tanto que desejava vê-la novamente era o mesmo tanto que esperava nunca mais encontrá-la. Claro, eram encontros excitantes, por vezes divertidos, mas em sua maioria tóxicos. Exatamente como uma droga.
Parando em frente ao local indicado, encontraria um local adequado para estacionar. Ficaria do lado de fora do estabelecimento, na calçada do outro lado da rua, fumando um cigarro e observando o fluxo de pessoas que fossem entrar e sair. Atentaria seus olhos as auras emitidas pelos clientes, preferia saber o quão infestado de sanguessugas o lugar estaria. (Auspícios 2/ Percepção da Aura) Conseguindo identificar alguns de seus iguais, esperaria até que se aproximasse da entrada e aguçaria a visão e a audição momentaneamente, procurando saber se havia algum tipo de senha ou protocolo para dar acesso aos novos membros. (Auspícios 1/ Sentidos Aguçados)
Terminado seu cigarro, Dez sinalizaria a Williams para que o acompanhasse clube adentro. Tentaria reproduzir o que podia ter visto de longe com o segurança, disfarçando a má pronuncia do português da melhor forma possível, esperava conseguir entrar sem chamar muita atenção. Entregando se necessário a documentação entregue por George. Se não houvesse nenhuma indicação de nome nos papeis e este fosse questionado, daria um falso pensado em cima da hora. Pedro, Diego, João ou algum outro nome que soasse natural no idioma. Por via de regra Dezmond não costumava usar seu nome verdadeiro.
- Okay, podemos nos separar se quiser, só não vá muito longe e mantenha o celular ligado, e não arranje confusão.... Eu vou pegar algo pra beber. - Dizendo isso, deixaria sua cria um tanto mais solta e se dirigiria ao balcão imaginando o que era comum de se pedir em um clube Brasileiro. - Uma Caipirinha meu consagrado. - Enquanto esperava o drink ficar pronto, voltaria a observar a aura alheia dos freqüentadores do clube a procura de vampiros. Tinha dois nomes que imaginava serem apelidos e mascaras, mas não sabia dizer se os humanos os conheceriam por tais alcunhas, principalmente considerando as referencias aos quais estavam atrelados. "Nessas brincadeiras inocentes que a Máscara vai quebrar...." - Você conhece algum Vlad ou Carmilla que freqüente o lugar? - Perguntaria ao balconista sem muita esperança.
Haru encarou o sorriso de sua senhora com certa tensão, ele imaginou que provavelmente ela já sabia do ocorrido de alguma forma, mas queria saber como sairia dele. Então ele faz uma longa reverência antes de se ajoelhar e conta a Ventrue:
- Shimazaki-sama, mil perdões por lhe incomodar a essa hora gomenasai, fui ao distrito de Honk Kong como ordenado de encontro ao alcaide, lá ele fez um pequeno grupo de investigação formado por Samuel Fernandes, um representante do clã da lua, Júlio da Cruz dos Brujah e Eliana Aleixo, uma daqueles feiticeiros. A casa estava desocupada e com marcações de pentagramas e hexagramas feitos em sangue na parede e os corpos haviam sido levados ao IML. A feiticeira conseguiu entender que aqueles símbolos eram provenientes de rituais para aprisionar espíritos em corpos humanos, coisas que eu já havia visto em livros no Japão; ela também conseguiu saber que dois homens e uma mulher haviam passado pelo local. Após coletar informações dos moradores locais descobri que era um homem com tatuagem de escorpião no rosto, uma mulher atraente e um homem com feições bestiais, pedi aos carniçais para averiguarem mais sobre isso.
Haru olha para Yukio aguardando uma resposta, mas ela aparentemente aguardava que ele terminasse, ele voltou a falar:
- Chegando ao IML, a feiticeira novamente apontou que eles estavam sendo utilizados para algum tipo de ritual novo e que eram drogados indigentes, pessoas que ninguém daria falta. O grupo chegou à conclusão de que seria melhor a consulta de especialistas e nos dirigimos à penitenciária para entrar em contato com os Giovanni. Lá nos encontramos com os anarquistas o Brujah Mikhail Pavlenko e o Nosferatu Túlio Lepra. Após uma “simpática” conversa eles convidaram Laura Giovanni e para nossa ajuda ela solicitou uma favor de cada um e que voltássemos amanhã. Tomei todas as garantias de que você não fosse envolvida Shimazaki-sama.
Haru abaixa a cabeça e aguarda o veredito de Yukio.
Ao escutar o convite, Samuel olha para os lados. Ele parece buscar algo. Uma resposta. Olhando para a escuridão, ele estende um sorriso.
- Seria um prazer acompanhá-los, Eliana.
Antes de entrar no carro de Julio, o Malkaviano encara a si mesmo no espelho do carro. Faz horas que deixou seu refúgio. Seu rosto transmitindo a frieza de sua condição. Bem como sua fome. Samuel arruma seu cabelo e repete o costume de alinhar seu paletó antes de adentrar mais fundo na vida vampírica. Ele usa o sangue dentro de si para retornar ao frescor da juventude.
Já no carro, Samuel se direciona ao Brujah:
- De onde você conhece aqueles homens do Partido, Júlio? - Samuel busca o olhar do Membro pelo retrovisor, quando parece encontrar o próprio e lembrar-se de ser mais delicado - se podes me contar, é claro.
- Aquela mulher... - ele continua - a Giovanni. Sabem algo sobre ela? Não gostaria de dever favores para quem eu não sei nada sobre...
Desperto dentro do meu caixão de transporte, apesar de Frank ter escolhido um caixão bastante confortavel, ele tinha que escolher, do contrario seria ele a descansar a eternidade naquele caixão, ainda assim era mentalmente desconfortável dormir em um caixão, quase da uma sensação de claustrofobia.
" Mais que merda do caralho "
Eu reviro os olhos irritado pelo desconforto mental de acordar em um caixão e chuto o caixão para que ele se abrisse, apesar de tomar cuidado para que o chute não fosse forte o suficiente para fazer a porta sair voando e quebrar a fechadura, aquela merda ainda seria utilizada depois.
Booom!!!
o barulho do caixão se abrindo é alto e estrondoso e fazia com que Frank ficasse assustado e se encolhesse.
Eu lentamente, quase que teatralmente coloco as minhas duas mãos nas bordas do caixão e lanço meu corpo para cima, me jogando para fora do caixão com maestria.
Frank S. Tein escreveu:Nós... nós chegamos. Se-senhor. Brazil. Digo, Brasil. Magdala.
Tem... temos esse contato que seus amigos nos passaram... "Clube Necropolis. Lor Vlad & Lady Carmilla." É sua... "porta de entrada", eu acho.
- Finalmente chegamos nesse "shithole" - Eu digo enquanto movimento meus braços e pernas fazendo um alongamento básico, mesmo que meu corpo não precisasse disso a varios anos, aquilo por algum motivo ainda parecia ser o correto a ser feito depois de acordar.
Feito os alongamentos eu pego a nota que Frank me apresentava.
- Certo, escuta Frank, você preparou uma moto pra mim? - Digo em um tom de voz calmo e controlado
Onde eles estavam era um grande espaço aberto que integrava sala, copa, sala de jantar e cozinha, muito semelhante à arquitetura estadunidense, principalmente a da Florida, com um conceito "open floor plan". Havia dois quartos no térreo, sendo que um deles havia sido transformado em escritório e o outro em biblioteca – mas não havia nenhum computador. Ambos eram suítes.
No andar superior, subindo uma escada metálica em espiral, havia quatro quartos. Todos pareciam quartos normais, com camas grandes ("king-size"), TV e suítes, mas havia grades nas janelas e sistemas de segurança.
George Ferros
Se alguém invadir, uma equipe de segurança estará aqui em minutos.
Mas vocês não dormirão aqui. Venham.
Ele os leva até a cozinha, onde há uma porta discretamente oculta dentro de um armário trancado com chave. A porta em si estava aberta.
George Ferros
Ela só tranca por dentro.
De fato, por dentro havia duas trancas pesadas e duas barras que podiam ser descidas para dar apoio. Também era possível ver que por trás da aparência de madeira a porta era feita de aço.
Descendo um lance de escadas, encontram um cômodo maior. É um quarto do pânico.
Neste primeiro ambiente havia uma mesa com vários monitores – que mostravam diferentes partes da casa, dentro e fora. Ali era possível ver que todos os cômodos (até os banheiros) tinham câmeras escondidas que cobriam todos os cantos. O jardim também estava completamente vigiado – George mostrou como era possível pegar a imagem de um dos monitores menores para passar para o maior, central.
George Ferros
As câmeras registram quarenta e oito horas de filmagens e depois apagam pra dar lugar a novos registros. É um loop.
Ao lado, penduradas nas paredes, havia algo muito mais interessante: armas. Fuzis, pistolas, duas bestas. E munição. Nas gavetas do armário logo abaixo das armas havia MUITA munição. Inclusive de prata. E dez estacas de madeira.
Williams
Dá pra começar uma guerra com isso!
George Ferros
Os residentes desta casa sempre valorizaram sua própria segurança. Vocês podem usar as armas no dia-a-dia se conseguirem evitar a polícia, mas tenham certeza de repô-las depois. Ah, a legislação sobre armas aqui é bem mais rígida que nos US. Então cuidado com o que portam, principalmente se tiverem que lidar com agentes da lei. Até facas podem trazer problemas.
Por trás de uma meia parede havia o que seria o quarto de dormir: uma grande cama de casal – e um divã. Na parede havia uma grande tela de TV. Aqui também não havia nenhum computador, mas havia telefones.
Ao abrir a porta de um armário embutido revelou-se um banheiro. Era pequeno, com chuveiro, vaso sanitário e pia.
George Ferros
Se invasores cortarem a luz, há um gerador aqui.
Ele abriu uma parte da parede do cômodo principal que se revelou uma porta escondida. Ali dentro havia um gerador movido à gasolina, alguns galões, um sistema de ar condicionado. E uma escada que levava a um alcação.
George Ferros
O alçapão só abre por dentro, como a porta, e leva a uma posição discreta atrás da garagem. Bom para fugas ou emboscar invasores.
Williams
Essa cidade parece cada vez mais perigosa.
George Ferros
Na verdade, este bairro se chama Alferes e é muito popular como residência de oficiais da polícia militar, delegados e também há uma vila militar do Exército. Por isso é um bairro bem seguro, mas caçadores podem ser um problema, por isso o cuidado. Bem, acho que é isso.
Uma vez que a casa foi mostrada os vampiros seguiram para o clube. Levou cerca de meia hora.
A fachada era soturna e lembrava um pouco um mausoléu. As luzes eram em tons púrpuras e um letreiro em neon indicava: "Club Necropolis". Havia uma fila com umas dez pessoas, parecia uma noite fraca. Mas a forma como se vestiam... roupas pretas e vermelhas, maquiagem pesada. Alguns pintavam o rosto (e outras partes à mostra) com tinta branca, dando a si mesmo olheiras com tinta preta. "Vampiros". Era uma piada velha. As moças usavam vestidos sensuais, com bastante decote.
Williams
Estamos no meio da semana de trabalho aqui, deve ser uma noite fraca.
Um porteiro mal encarado deu uma boa olhada nos dois e deixou-os entrar sem dizer nada, com apenas um gesto. Passaram pelo pórtico.
O ambiente era escuro, o grave era alto e o som era pesado e industrial. Corpos vivos mexiam-se ao som da música, ignorando a realidade ao seu redor. Mortos caminhavam entre eles, escolhendo suas presas.
Realmente estava um pouco vazio. Williams se sentia completamente fora do personagem ali. Dezmond chegou ao balcão do bar que era mais afastado e menos "barulhento" que a pista de dança. Perguntou sobre os nomes no bilhete. O barman não disse nada, apenas indicou com a cabeça um ponto atrás deles.
Lady Carmilla
Eu sou Lady Carmilla. Estávamos esperando vocês. Sejam bem-vindos. Venham comigo.
Ela se virou e saiu andando. Era uma rainha e as pessoas simplesmente davam passagem. Levou-os até uma escada onde fez um sinal ao porteiro que deixou-os passar. Lá em cima chegaram a outro ambiente – aqui sim era onde a ação acontecia. Um homem com a cara pintada de branco e preto, ladeado por duas belas jovens, uma loira e uma negra, olhou-os por um instante e retribuiu ao aceno de cabeça que Carmilla lhe deu. Então exibiu suas presas aos recém-chegados e mordeu o pescoço da loira, que soltou um gritinho, meio de prazer, meio de surpresa.
Mas Carmilla não se deteve ali. Levou-os a outro lance de escadas, escondidas atrás de uma cortina preta. Ali quase não se ouvia som nenhum – era tudo abafado e distante. Por fim chegaram a um escritório onde um homem se sentava atrás de uma mesa olhando um livro caixa e digitando em um computador. Parou ao vê-los entrar.
Lord Vlad
Ó, bem-vindos, bem-vindos! Sou Lord Vlad e já conheceram minha querida Carmilla! Vocês são...
Carmilla, que já havia aberto uma gaveta da mesa e pego uma agenda, abriu-a em uma página destacada enquanto falava.
Lady Carmilla
Dezmond Green e Williams Johnson, dos Estados Unidos. Vieram de... Vegas. Certo? Riviera indicou vocês.
Ela olhou pra eles enquanto se sentava em uma poltrona e indicava o sofá. Vlad veio e sentou-se no encosto da poltrona da mulher.
Lord Vlad
Ah, o Senhor Riviera. Faz tempo que não nos visita. Como ele está?
Após a resposta, a vampira continua.
Lady Carmilla
O Príncipe nos fez os responsáveis por receber os recém-chegados em Magdala. Pense em nós como "Imigração" e "comitê de boas-vindas" em um só órgão. Esta cidade é bem mais amigável do que, digamos, Belo Horizonte ou Vitória. Na primeira vocês teriam que visitar uns cinco ou seis Membros para serem aceitos e em Vitória, bem, se vocês sobreviverem à Segunda Inquisição então talvez sobrevivessem tempo suficiente para serem expulsos – eles estão paranoicos por lá devido ao ataque de alguns anos atrás e morrem de medo de novos vampiros acabarem fazendo os caçadores descobrirem que ainda há lambedores na cidade.
Rio de Janeiro, então, nem se fala. Entre Camarilla e Sabá, vocês acabariam mortos ou cooptados. E São Paulo... bom, se a Cidade do México é o Vaticano da Espada de Caim, São Paulo é Jerusalém. Pensem nisso.
Agora, o Sr. Riviera não foi muito claro em alguns pontos. O que os traz até Magdala? Por que deixaram seu país natal?
O homenzinho se encolhe quando seu mestre lhe fala.
Frank S. Tein
Sim... sim senhor! Está lá no estacionamento... é uma Honda preta...
Quando o vampiro chega ao estacionamento, vê a moto indicada por seu lacaio.
Dirigindo pela indicação do GPS, chegou até o clube em questão. A fachada era soturna e gótica, com luzes em roxo. O próprio nome, "Club Necropolis" estava escrito em neon púrpura sobre a entrada principal. Estavam no meio da semana de trabalho, de modo que havia poucas pessoas, mas ainda havia umas onze na fila. Todas usavam variações de preto e vermelho e pintavam a cara como um vampiro de filme – era evidente que o clube era daqueles que se escondiam à plena vista.
Quando Lionel aproximou-se, o porteiro o viu. Não uma olhada casual ou mesmo a olhada de um segurança avaliando um potencial criador de problemas – e sim uma encarada específica que indicava que ele sabia o que Lionel era. Mesmo assim ele se mexeu um pouco desconfortável. Sem dizer uma palavra ele abriu a fita que bloqueava a passagem e, com uma leve vênia, deixou o vampiro entrar. Algumas pessoas sussurravam, se questionando porque eles não podiam entrar enquanto alguém claramente desagradável como aquele recebia esse tratamento.
O ambiente era escuro, o grave era alto e o som era pesado e industrial. Corpos vivos mexiam-se ao som da música, ignorando a realidade ao seu redor. Mortos caminhavam entre eles, escolhendo suas presas.
Mas não havia muitas pessoas – aquela definitivamente não era uma noite particularmente agitada. Talvez fosse melhor no fim de semana. Mesmo assim o ambiente tinha pequenos nichos e espaços isolados que permitiam uma alimentação furtiva em meio às sombras, oculta pelas ondas sonoras da batida.
Um homem alto, muito parecido com o porteiro, mas bem mais pálido, aproximou-se de Lionel. Falou alto, para ser ouvido sobre o som.
Lord Nergal
BOA NOITE! SOU LORD NERGAL, RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA! O SENHOR É BEM-VINDO À NOSSA CASA E À ÁREA VIP, LÁ EM CIMA! MAS... COMPORTE-SE! NÃO QUEREMOS PROBLEMAS NESTE ESTABELECIMENTO! COM LICENÇA.
Carimbou o dorso da mão do Brujah, mas não havia nada na pele.
Lord Nergal
O CARIMBO É VISÍVEL SOB LUZ ULTRAVIOLETA! VAI TER DAR O ACESSO, SÓ MOSTRAR AO PORTEIRO! DIVIRTA-SE! LADY CARMILLA OU LORD VLAD DEVEM PROCURÁ-LO EM BREVE!
Ele faz menção de se afastar, embora Lionel possa tentar conversar com ele um pouco.
Durante o trajeto Samuel faz uma pergunta a Júlio.
Júlio da Cruz
Eles nem sempre foram anarquistas. O "Partido Único" era um originalmente um círculo da Camarilla: Mikhail, Lepra e 38. Nos lutamos lado a lado muitas vezes, eles já me salvaram, eu já salvei eles... é assim. Temos uma longa história.
Quando Irmã Dominique assumiu, bom... longe de mim criticar a Irmã, ela é alguém que está tentando fazer algo pelas almas perdidas de nosso povo. Mas seu governo era muito... moralista, sabe? O Partido não gostou das demandas, das restrições. Pressionaram demais, então eles romperam conosco.
Bem, eu acho que eles ainda vão voltar conosco. Só precisa dar tempo ao tempo e mostrar os benefícios da Camarilla pra eles. Digo, com a Segunda Inquisição nos nossos portões, eles sabem da importância de nos mantermos unidos neste momento sombrio.
Mentor Fantasmagórico
Não sei se a Torre de Marfim vai aceita-los de volta com uma dupla de necromantes junto...
Lá estava ele. Após um tempo desaparecido, a voz misteriosa do mentor de Samuel voltava a ser ouvida. Mas somente pelo doutor.
Mentor Fantasmagórico
Você deve ir a fundo nisso, Samuel. Há algo grande no final disso, nós sabemos. Será útil. Mas não poderei ajuda-lo enquanto a Necromante estiver com você... ela é... perigosa...
Nesse momento Júlio entra no estacionamento do clube. A fachada do estabelecimento recorda um mausoléu, iluminado por luzes púrpuras indiretas – o neon sobre a porta traz o nome: "Club Necropolis". Alguns pretensos "vampiros" estavam em uma fila na porta – roupas em cores de preto e vermelho, maquiagem pesada. As mulheres vestiam roupas sensuais.
Eliana Aleixo
Ih, hoje é a Noite dos Vamps! Deixei meu look de vampira em casa!
Júlio da Cruz
Hahahaha! Bom, acho que eles podem fazer exceção pela sua beleza! Além disso, nós temos ingresso VIP!
Eliana Aleixo
Hm... você realmente sabe o que dizer. Vamos indo, doutor?
Ao chegar no clube eu estaciono minha moto e caminho até a entrada, não deixando de notar os olhos na fila, aqueles mortais insignificantes brincando de serem vampiros eram divertidos, e por isso decido brincar um pouco com antes de entrar.
Eu aceno para eles de forma debochada e abro um sorriso macabro sem presas com a intenção de ser assustadoramente debochado, para em seguida passar pelo segurança e entrar no club.
" Esse lugar poderia estar melhor habitado."
Mas então chega o segurança para falar comigo, e eu escuto pacientemente o que ele fala, até mesmo o permito me carimbar com aquele carimbo invisível.
- Não vim aqui para arrumar confusão, desde que a confusão fique longe de mim, tudo ficará em paz. Onde fica essa area vip mesmo?
Após receber a informação da area vip eu caminho até lá com as mãos no bolso e olhando ao meu redor, mostro o carimbo para o porteiro e entro lá.
" Espero que esses porras não me façam esperar muito. "
Observo a tal area vip para ver se há outros possiveis brujah no local, do contrario procuro um lugar para ficar sentado sozinho enquanto espero.
-Arigato Shimazaki-sama, vou levar essa investigação a fundo e voltar com resultados em breve, konbawa.
Haru deixa o local e observa a hora em um relógio de parede, 2:10. E pensa consigo mesmo de que talvez possa buscar mais informações sozinhos, talvez com os subordinados Shimazaki ou alguém que soubesse mais sobre os Giovanni.
O Toreador saboreia a noite brasileira, nunca havia estado num país tropical, seria uma adaptação difícil? Dá um trago em seu cigarro, resquício de seu vício de quando ainda respirava e com sua mão livre tira de seu bolso um pedaço de papel com as informações para sua apresentação oficial na cidade.
"*... Clube Necropolis...*"
Uma expressão divertida surge em seu rosto.
"*... Hum... Um belo trocadilho...*"
Apaga seu cigarro e vai para o banho. Assim que termina de se secar pega seu celular e faz uma pesquisa a respeito do clube, Takeshi gosta de estar antenado no vestuário dos locais que frequenta, mesmo ele não sendo tão aficionado por moda em si. Aproveita para verificar se tem alguma informação de Lord Vlad e Lady Carmilla associados ao clube. Após essa breve pesquisa coloca um traje que passe desapercebido no meio do público do clube e sai de seu quarto, verificando se está trancada e enquanto vai para o elevador já chamando um Uber.
"*... Vamos ver se minhas aulas de Português valeram a pena agora...*"
Ao entrar no carro o Toreador apenas cumprimenta o motorista com um "boa noite" e espera para ver se ele vai puxar assunto, caso contrário volta sua atenção para o celular e começa a pesquisar sobre a Cidade. Ao chegar no local verifica a entrada caso haja fila de espera ou algo do tipo chega para o segurança e diz:
- Boa noite! Sr?
Após uma breve pausa continua.
- Sou Takeshi e estou aqui para ver Lord Vlad e Lady Carmilla. Poderia fazer a gentileza de me informar como devo proceder?
Guiados por George Ferros, a dupla de Caitiffs foi apresentada ao que seria seu refugio pelo próximo ano. Dezmond já estava satisfeito antes mesmo de começar a explorar. Depois de um breve vislumbre do segundo anda ficou impressionado, mas quando finalmente pôs os olhos no subsolo começou a ficar preocupado.
- What the fuck!?.... – Dez percorria os monitores, armas e munições. – Eu não faço nem ideia de como usar essa porcaria... – E contradizendo suas palavras, moveu as mãos para agarrar um fuzil, sentir o peso e tomou cuidado para não encostar no gatilho por acidente. Idioticamente apontou a arma para Williams. – Parado meliante! – Mas deixou as brincadeiras de lado rapidamente e voltou a dar atenção ao carniçal de Riviera.
- Quando você diz para tomar cuidado com caçadores.... Esse refúgio, segurança e armas foram tomados deles? – Até mesmo deu uma rápida olhada pela munição de prata a procura de alguma insígnia, marcação ou símbolo que pudesse indicar a procedência, pensou em tentar obter impressões antigas, mas se conteve pela presença do humano e a necessidade de certa urgência em se dirigir ao clube/imigração. – Bem, de qualquer forma, obrigado pelo tour, e agradeça também ao Riviera pela gentileza. – Uma ducha depois e estavam prontos para partir.
O clube não parecia tão movimentado, nem dificultoso de se obter acesso. Mas a clientela surpreendeu Dezmond. “Esconder-se em plena vista como dizem.... Bom, se funciona.... Só espero que isso não dê merda depois, principalmente pro meu lado.” Enquanto vivo, ele mesmo tinha consumido dos filmes e livros sobre Vampiros, é dali que tirou os conhecimentos para sobreviver as primeiras noites. Como a maioria do rebanho, tinha vivido a ilusão sem nunca suspeitar da realidade. Mas agora que estava do outro lado as vezes se pegava imaginando se aquela mascara que haviam espalhado anteriormente não seria um grande tiro no pé. Se alguém mais esperto e perceptivo não teria facilidade em ver através dos truques e ilusões uma vez filtrada as falsas informações. Mas o pensamento logo lhe fugiu uma vez que foi apontado a quem procurava.
Dez cumprimentou Carmilla com um aceno de cabeça discreto e a seguiu pelo bar em silencio, mas com os olhos atentos ao que pareceu uma zona para os não-mortos. Tentou se manter neutro ao que via ainda que sentisse um leve desconforto com a falta de sutileza, estava acostumado a disfarçar seu desgosto pela maioria dos Membros. Tinha tentando passar o pouco que sabia sobre a etiqueta padrão antes da viagem ao Brasil, mas não tinha certeza se Williams teria a mesma frieza e calma. Se manteve próximo a ele para segurá-lo antes que pudesse fazer qualquer descortês.
Seguindo para uma terceira área, conheceram o segundo dos nomes indicados. Dezmond cumprimentou Vlad da mesma forma discreta, mantendo o silencio enquanto pensava em que nome daria desta vez, mas foi desmascarado antes mesmo de começar a mentir. Novamente meneou a cabeça confirmando o que a mulher dizia. Procurou por um assento ainda vazio após Vlad sentar e também se fez o quão confortável e amistoso podia. – Está bem, e posso supor que muito pela generosidade dele nos últimos tempos. – Respondeu brevemente.
Ouvindo Carmilla, Dezmond sentiu novamente aquele desconforto em falar da inquisição de humanos caçadores de vampiros. O problema parecia bem real pela região, o que fazia-lhe questionar se vir para aquela cidade realmente tinha sido a melhor das ideias. – Eu não sei o quão informados vocês estão sobre os Estados Unidos, mas se souberem, vão saber que não é difícil imaginar o porquê da minha escolha. O lugar virou um inferno, Kindred pra todos os lados, você não sai uma noite na rua sem se envolver em uma conspiração antiga ou encontrar um grupo de baderneiros. Quando não estamos falando de atentados terroristas e patriotismo fanático. – Gesticulando com as mãos enquanto falava, por costume se viu tentado a acender um cigarro. – Eu sai de lá pra evitar esse tornado de merda que se aproxima principalmente, e vim pra cá por que além de ouvir sobre a amistosidade da sua cidade, também ouvi que o país em si era animado e tranquilo, você sabe, feijoada, carnaval e futebol.... Bem.... Ignorando as capitais que você disse estarem com o sabá e a criminalidade, claro.... –
- Além disso, tem o juvenil aqui. – Indicaria Williams. – Nos conhecemos há alguns meses, ele é mais novo que eu nisso, não tinha informações ou quem lhe ensinar, então eu resolvi.... “Colocá-lo debaixo da asa” como vocês dizem. – Havia também discutido com a cria antes da partida, havia explicado que o abraço acidental e ilegal poderia ter consequências para ambos os lados, independe de nossas intenções no tempo. E que seria melhor ele se apresentasse como órfão, da mesma forma que Dezmond era, e que haviam escolhido ficar juntos para melhor sobreviverem. Não tinha usado nenhum tipo de dom para garantir a eficácia da sugestão, confiava apenas na boa vontade do ex-policial de confirmar que o que dizia era verdade ou mentira.
- Nós basicamente queríamos permissão para ficar na cidade e acertar nossas vidas. Eu ainda gostaria de terminar a faculdade, ele ainda precisa ficar mais esperto pra essa vida. Planejamos ficar o mais longe possível de problemas e seguir com nossas vidas seguindo as boas leis e costumes locais. – Tragando o cigarro e acenando com a mão livre daria espaço para que a dupla levantasse qualquer questionamento.
Lionel vê alguns aparentes vampiros no VIP, mas é difícil definir com certeza quem é quem. Entretanto um dos presentes chama a atenção. Ele tem o rosto pintado de preto e branco. Ladeado por uma loira e uma negra, ele não tem nenhum copo diante dele embora as moças tenham bebidas. Com os braços apoiados no encosto do sofá, atrás das cabeças delas, ele encara o Brujah com um leve sorriso nos lábios. Por um instante Lionel vê o brilho das presas, que desaparecem em seguida.
Haru seguia pelo bairro em busca de informações, mas infelizmente não obtinha sucesso.
Yakuza
Lamento, Haru-sama. Ainda não tivemos como identificar as pessoas, mas vamos aproveitar a parte da manhã quando as lojas estiverem abertas para ver com os comerciantes. Haverá mais pessoas acordadas também.
Takeshi dava uma boa tragada no cigarro e a fumaça preenchia seus pulmões, mas aquilo era vazio, apenas um maneirismo de um corpo morto. Não, para sustentar seu vício o vampiro precisava de algo mais – precisava do sangue de um adicto como ele. E somente um fumante inveterado poderia produzir a quantidade necessária de nicotina no sangue para afetá-lo da forma desejada.
O motorista não puxou papo com o Toreador e até bocejava um pouco.
Enquanto seguia procurou informações sobre Magdala na internet. Não conseguiu muita coisa além de um artigo da Wikipedia: Magdala era uma cidade do leste mineiro, da região do Vale do Rio Doce, perto da divisa com a Zona da Mata e a meio caminho entre Belo Horizonte e Vitória. Era uma metrópole com um parque industrial pujante e cerca de três milhões de pessoas em 2.015 (provavelmente agora tinha um pouco mais). Estava dividida em seis Distritos, com variações fortes em seus IDHs que mostravam um grave abismo social. A despeito disso é um município com baixos índices de criminalidade, exceto pelo Distrito Norte-Noroeste, isolado do resto da cidade por uma zona intensamente arborizada, conectada por uma rodovia e uma única linha de metrô subterrâneo.
Ao chegar ao clube, vê uma fachada sombria que lembra um mausoléu. Na entrada havia algumas pessoas – cerca de dez a doze delas. Todas se vestiam com roupas de tom negro e vermelho e muitas ostentavam uma maquiagem pesada... "vamps", Takeshi percebeu. Pessoas que se vestiam como vampiros de cinema e literatura e gostavam de imitar seus trejeitos. Algumas das moças vestiam roupas sensuais e duas delas, mais próximas, tentaram chamar a atenção do recém-chegado destacando seus decotes no busto e exibindo as pernas.
O porteiro deixou-o entrar, abrindo a fita e depois fechando-a quando passou. Disse apenas: "Lord Marduk irá acolhê-lo, senhor" e voltou sua atenção para a fila.
O ambiente era escuro, o grave era alto e o som era pesado e industrial. Corpos vivos mexiam-se ao som da música, ignorando a realidade ao seu redor. Mortos caminhavam entre eles, escolhendo suas presas.
Mas estava consideravelmente vazio. Bom, era terça-feira, o meio da semana.
Após alguns instantes um segurança grandalhão aproximou-se. Sob o som alto falou quase gritando.
Lord Nergal
BOA NOITE, SOU LORD NERGAL, RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA! SEJA BEM-VINDO AO NECROPOLIS! ESTOU AQUI PARA LHE DAR O ACESSO À ÁREA VIP! COM LICENÇA!
Ele pega o pulso de Takashi e marca-a com um carimbo, mas nada é visível.
Lord Nergal
O CARIMBO SÓ É VISÍVEL SOB LUZ ULTRA-VIOLETA... EXCETO, CLARO SE O SENHOR TIVER OLHOS MUITO BONS! A ÁREA VIP É POR ALI, O PORTEIRO VAI LHE DEIXAR PASSAR SE MOSTRAR ISSO! LORD VLAD E LADY CARMILLA IRÃO VÊ-LO EM BREVE! APROVEITE A NOITE!
Ele se afasta, mas não muito rápido – Takashi ainda pode tentar falar com o sujeito se quiser.
22/01/2.019, terça-feira. 01:17
Off:
Dados:10, 4, 1, 6. TAKESHI JOHNSON rolou 4 dado(s) com dificuldade 6 para Investigar sobre Magdala e obteve 1 sucesso(s). Re-rolar 10: não. Ignorar 1: não.
Amanhecer: 05:00.
Atualização: 30/03, terça-feira.
Takeshi Antony Johnson, Toreador, 8ª Geração Sem Ferimentos (0/7), PS(15) 14, Vont (7) 7.
A casa pertence a um Membro cuja identidade ele prefere manter em segredo por agora – eu mesmo não sei quem é. Pelo que sei a casa nunca foi de caçadores, mas esta cidade esteve em guerra por muito tempo, o território onde estamos estava nas mãos da Espada de Caim e é bastante provável que este lugar tenha servido como um tipo de "base secreta" dentro da área deles.
George assim respondia à dúvida de Dezmond.
Carmilla e Vlad permaneceram totalmente atentos enquanto Dezmond falava. Quando terminou, a vampira voltou a falar.
Lady Carmilla
Entendo. Bom, o Brasil não é muito diferente dos EUA, na verdade. Aqui também tem muitos Membros, aqui nós temos muita confusão – o crime organizado promove seus próprios atos de violência extrema que bem podem ser chamados "terrorismo" e nós temos um fascista no governo do país.
Mas nem todos os territórios são do Sabá, na verdade – há muitas cidades da Camarilla também, como Brasília. Porém, de fato, nenhuma delas seria tão amigável com vocês dois quanto Magdala. Digo, dois neófitos tão jovens e sem Clã, ainda por cima.
Lord Vlad
Sobre a faculdade, posso ver com o pessoal da UFEMA. Lá é território Brujah – que é o meu Clã. A propósito, Carmilla é Toreador e vocês não conheceram, mas também temos Lord Nergal, nosso chefe de segurança que é da minha linhagem e fica no salão principal. E Lady Hécate, dos Feiticeiros, normalmente não aparece muito por aqui.
Lady Carmilla
Agora, regras. Imagino que já conheçam as Tradições, não é? Espero que sim. Nesta cidade o Direito de Destruição também se estende aos mortais – ou seja, se vocês matarem algum humano, terão que responder por isso. Claro que a legítima defesa é plenamente aceitável, mas terão que lidar com os corpos por conta da Máscara. O Conselho da Primigênie tem o direito exclusivo de decidir quem vive e morre, através de um julgamento ao qual o réu tem o direito de comparecer e se defender, mas se não estiver presente será julgado à revelia. Temos alguns rábulas em nosso meio que podem aceitar defender um suspeito. Nosso Príncipe é bem moderno nessas coisas, ele gosta de imitar um pouco os mortais. Entretanto, conseguir um defensor é por conta inteiramente do acusado.
Caitiffs não possuem Primógeno, é claro, mas há um Toreador, Soares Couto, que se tornou um tipo de "líder" deles na Camarilla e fala por eles – e o Conselho o ouve. Vou dar o contato, vocês deveriam procura-lo depois.
Quanto aos campos de caça... – ela se ergue e aponta um mapa na parede que retrata a malha urbana com partes coloridas, sem legendas sobre elas. – [i]Vocês podem usar aqui, o Necropolis. E nós temos também A Necrópole, nossa própria cidade subterrânea. Pra chegar lá há algumas passagens, a principal é por aqui mesmo, no subterrâneo. Posso mostrar depois, tem um acesso na área VIP. Na Necrópole há o Albergue, onde ficam as bonecas de sangue... sinceramente, é nojento e eu nunca iria até lá exceto se estiver desesperada! Mas cada um sabe de si. Os Ratos usam, quem não quer utilizar os benefícios do nosso clube também. Também há o MotoRock em Serra, no território anarquista. Como estamos em paz, os neófitos da Camarilla às vezes vão lá também.
Lord Vlad
A molecada gosta de fazer as coisas longe das vistas dos anciões de vez em quando.
Lady Carmilla
Mas eles também nos visitam. Vocês devem ter visto o sujeito de cara pintada. Aquele é o Max, conhecido e popular líder rebelde. Eles chamam de "Disciplinas".
Agora, a parte mais chata: celulares e Internet. Estão terminantemente proibidos pelas leis da Camarilla o acesso a meios eletrônicos de comunicação. Usamos mensageiros. Se precisar deixar um recado, pode deixar com o barman da área VIP. Se for algo muito sigiloso, você mesmo deve providenciar a entrega – seja pessoalmente ou com algum lacaio. Se fosse o nosso alcaide – ah, vocês devem conhecer como "xerife" –, ele simplesmente tomaria seus aparelhos. Mas como somos nós, apenas daremos um aviso. A Segunda Inquisição está à nossas portas, a NSA bombardeou a sede dos Tremere na Europa e em Vitória a Família foi quase totalmente aniquilada.
Vocês têm alguma dúvida? Essa é a oportunidade para fazerem perguntas.
Por que acha isso? É aquele negócio de "visão malkaviana"?
Eles se aproximam da entrada do clube. O porteiro os reconhece imediatamente e abre a chancela, deixando-os passar.
O ambiente era escuro, o grave era alto e o som era pesado e industrial. Corpos vivos mexiam-se ao som da música, ignorando a realidade ao seu redor. Mortos caminhavam entre eles, escolhendo suas presas.
Encontram Lord Nergal, que os carimba para permitir o acesso ao andar VIP.
Lord Nergal
SEJAM BEM-VINDOS AO NECROPOLIS!
Eliana Aleixo
VALEU, NERGAL!
O som era tão alto que gritar era a única maneira de se fazer ser ouvido ali. Eles vão para o andar superior, onde o doutor vê Max, o líder anarquista Malkaviano, acompanhado de duas mulheres.
Os malkavianos não eram realmente uma força dominante em Magdala e o número deles não era muito grande. O Primógeno tinha pouco interesse pelos assuntos do Clã, se dedicando mais aos seus negócios. Isso fazia com o que os Loucos ficassem dispersos, cada um cuidado dos próprios assuntos. Max era um exemplo disso, um "Disciplina" do MR12 que representava os anarquistas que não tinham conexão com a cultura da periferia, normalmente egressos de classes econômicas privilegiadas ou da cultura urbana da classe média, ligada ao rock, heavy metal e punk.
O rebelde viu Samuel e cumprimentou-o com um aceno rápido antes de se entreter com uma das moças que o acompanhavam, uma negra com o corpo cheio de curvas.
Aguardando o retorno do carniçal na próxima noite, Haru decide fazer uma última tentativa e descobrir mais sobre os Giovanni entrando em contato com outros membros do clã Shimazaki para poder ir para casa.
