O jogo de vocês está se passando de forma assíncrona. Luthero está 24 horas à frente de Dakota, já que o jogo do Beaumont está se passando de dia.
LUTHERO BORGIA
- Teste:
- (Hipnose – Dominação 2) Manipulação+Liderança[7]: 8,9,8,9,4,5,3,4 (4 Sucessos)
O toque foi suave, algo que passaria tranquilamente como acidental, mas foi o suficiente para chamar a atenção do mortal fardado. Ele e os olhos de Luthero, sob a máscara de Alessa, sincronizaram. A ordem fora vocalizada. A expressão no rosto do policial mudou de algo indiferente para uma casca sem vontade – a perfeita expressão do transe hipnótico.
– A cabeça foi a primeira coisa a ser arrancada do corpo – ele dizia de forma lenta, como se estivesse dopado. – Os braços e as pernas em seguida, além do coração e do intestino. Muito sangue, sangue para todos os lados. Trabalho preciso, cirúrgico. Quem fez… entende de anatomia muito bem.
O esquartejamento havia sido feito com carinho. Não havia sido apenas mais uma orgia de sangue. Quem fez o que fez, quis demonstrar perícia, precisão e levou muito.
– Marcas de mordida na carne… Algo a devorou – ele continuava. – Sigilo total. Isso é o que a hierarquia ordenou, mas é bizarro. Macabro, de fato. Um esquartejador canibal à solta…
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Ele chamou, mas não houve resposta alguma. Ou havia sido uma ilusão, ou agora aquela mulher estava dentro dos esgotos. As pegadas estavam ali, de fato. A probabilidade de ser uma alucinação era muito baixa. A questão agora era: Lutero iria descer nos esgotos, seguiria para o hotel ou tentaria alguma coisa mais arriscada, envolvendo a cena do crime?
DAKOTA B. PARKER
Deixar o Estados Unidos era algo estranho, para dizer o mínimo, mas ainda assim era a melhor opção. Muita merda, muita confusão, muito “heat”. Era melhor a poeira baixar um pouco depois do último inferno causado. Era hora de passar umas noites em solo europeu – a terra dos antigos, dos velhos, dos mais poderosos.
O destino foi escolhido nas preças. Nada de cidade grande, nada de estravagância e nem de chamar a atenção. Eram umas férias, por assim dizer. Uma cidade pequena na Itália parecia uma boa, e Ravenna acabou sendo sorteada.
A porra do jetlag não parece discriminar vivos e mortos-vivos, aparentemente. Ela se sentia estranha, como se estivesse chapada demais. A primeira coisa que fez ao chegar – já que a madrugada estava no fim e logo o sol nasceria – foi arrumar um hotel barato. Se limitou a pedir para não ser acordada e apagou logo depois de bloquear as janelas com sacos lixos pretos e cortinas grossas.
Ao despertar na escuridão absoluta, estava ciente de que era uma nova noite, em uma nova cidade, em um novo país, em um novo continente… Como seria a sociedade dos imortais nas terras “tradicionais” dos contos de vampiros? Não conhecia ninguém ali. Deveria conhecer? Certamente não haviam anarquistas naquela cidadezinha. Ela ainda não sabia o que esperar.