Presa ou predador?

O palpite sobre Edgar estava certo e o reitor por coincidência ou "destino" conhecia alguém que poderia ajuda-lo, agora era questão de tempo e esperar o retorno de seu amigo.

Edgar se despedia de Crowler deixando uma nota de 20$ sobre a mesa, era mais do que a conta daria, em seguida se retirava do recinto.
O pub se enchia mais e mais a cada instante, quase que passava despercebido por Reniel que envolto em sua conversa não percebera a movimentação crescente no local, agora era nítido já que tinha atenção se voltava para o ambiente. O neofito destoava da multidão, não havia ninguém vestido tão bem quanto ao tremere, alguns olhares vinham em sua direção já que naturalmente vampiros carregam essa presença sobrenatural, talvez na tentativa de um flerte um olhar e outro procuravam o contato com o vampiro que nesse momento poderia usar isso se quisesse, afinal já eram 00:30 e seu estômago começava a roncar!

De repente sentia um corpo de encontro ao seu, parecia que alguém havia lhe empurrado, instintivamente Reniel se virava...

_Me desculpa moço - dizia uma mulher jovem muito bonita por sinal, cabelos longos avermelhados, vestia uma roupa que chamava a atenção de qualquer homem, não tinha consigo nenhum sinal de embriaguez, mas sim uma afeição tímida e desconcertada na presença do vampiro.

**Crowler**
PS: 7/10
FV: 6/6
Obs: pele ruborizada e respirando

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Crowler era sagaz e não deixaria uma oportunidade dessas passar, aproveitando o deslize da moça usava seu charme para convidá-la para um drink, seu convite era aceito com um pouco de resistência já que a moça era realmente tímida, mas sem necessidade de seus dons cainitas conseguiu convencê-la e os dois se aproximaram do balcão. Reny pedia duas bebidas mesmo não tendo o costume de ingerir alimentos humanos ele acompanhava a moça, fazendo o uso de seu sangue para digerir o drink  (2ps). A maioria dos vampiros não conseguem manter o hábito de alimentar-se de fontes que não fossem sangue, podendo vomitar imediatamente alimentos depois de uma refeição humana.
Depois de alguns minutos de flerte e um bom papo, Reny a convidava para irem a um local mais tranquilo e a moça como uma ovelha que não aguarda o ataque de um lobo caia na armadilha do cainita.

Andaram pelas ruas continuando a conversa que de fato era bastante agradável para ambos, algo naquela moça resgatava sua essência mortal e em alguns momentos até ponderava sua decisão, de certo ele teria zelo com a moça pois não queria  machuca-la.

Os dois passavam em frente a um hotel, "deluxe Hotel" apesar do nome sugerir algo mais luxuoso parecia que era bem simples. Por fora era notável que tratava de uma construção antiga a faixada trazia alguns arabescos e ornamentos típico da arquitetura do séculos passados, mas ao entrar percebia a simplicidade do local. Crowler não tinha muitos recursos, então era uma boa opção dada as circunstâncias.




Os dois entravam pelo saguão e enquanto Crowler se dirigia até a recepção, Melissa o aguardava sentada em um poltrona que ali havia. Já era tarde e mesmo assim havia um movimento constante, casais entravam e saiam, afinal era NY a cidade que nunca dormia.

Já no quarto as coisas esquentavam e a moça tímida dava lugar a uma mulher confiante que sabia usar bem sua boca para dar prazer ao tremere, ele desprendida de mais sangue (1ps) para conseguir uma ereção, no meio do ato entre beijos e mordidas Reny se alimentava de sua vítima  dando-lhe um prazer indescritíveis, a jovem revirava seus olhos ao toque do vampiro, chegando ao orgasmo algumas vezes. Exausta não demorou a pegar no sono após o sexo.
Crowler por sua vez vestia sua roupa pegava seus pertences e ia embora sem despedir, depois de presentear aquela moça com a melhor noite de sua vida.

Em seu relógio marcavam as 3:00, com a noite quase chegando ao seu fim o que Crowler faria?

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Obs:
-2ps ( ingerir alimento)
-1ps ( ereção)
+2ps ( alimentou-se)

Total:
Ps: 6/10

**Crowler**
PS: 6/10
FV: 6/6

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Crowler seguia seu caminho rumo a capela em qual habitava, primeiramente pensou em ir caminhando e contemplando a noite, o céu estava carregado de estrelas, a brisa era gélida e agradável, típico do verão americano, mas ao refletir sobre o trajeto notava que  levaria muito tempo até chegar em seu refúgio, por isso optara por um táxi.

Seus pensamentos o levavam a questionar se tivera válido a pena o tempo gasto com Melissa... Apesar da noite agradável que tivera com a jovem, ele havia estado com ela quase que a metade da noite e o que era para ser apenas um "jantar" acabou por si tornar um encontro, mas isso não o incomodava tanto quanto a idéia de não ter conseguido abrir o grimório que estava sobre sua posse, era um livro muito misterioso e essas trancas poderia significar infindáveis segredos, Reny sabia pouco sobre o clã em questão, mas sabia da periculosidade deles já que eram conhecidos como os ladrões de alma, até para um vampiro falar sobre a diablerie era um assunto delicado. Era normal se preocupar em quem confiar este segredo, até agora só Edgar sabia e em breve o professor "Khalid Ben Hur".

O táxi estacionava no destino escolhido por Crowler, em sua carteira havia quase que a conta exata da corrida, o neofito pagava o motorista e seguia para dentro da capela.
Ao entrar notava um silêncio absoluto, talvez seus companheiros de refúgio já estivessem dormindo ou talvez não estivessem em casa, mas sem se preocupar tanto com isso se trancava em seus aposentos e procurava um lugar seguro para o artefato. Deitado em sua cama fazia uma rápida pesquisa sobre o professor citado por Edgar.
No Google ele digitava o nome do professor e logo aparecia vários links sobre teses e até um perfil na Wikipedia, parecia ser um acadêmico relevante no meio.

"Khalid Ben Hur" nascido em 1958 na cidade de Telavive. É um escritor, filósofo e linguista formado em Cambridge, suas obras mais famosas são: "as falas perdidas", "modernidade das línguas ", "antes de tudo". Hoje além de professor acadêmico realiza palestras e seminários voltado a linguagens mortas e línguas perdidas.

Agenda:
05/07/2022 Jerusalém - Israel
08/07/2022 Cidade do Cabo - África do Sul
10/07 2022 Nova York - EUA
15/08/2022 Toronto - Canadá
18/08/2022 São Paulo - Brasil

O sono já batia no jovem vampiro e agora já se passavam das 4:00 e sol já estava prestes a nascer...

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Nova York
19:00
04/07/2022

PS: 5/10
FV: 6/6

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Crowler despertava de seu sono com o vibrar de seu telefone, uma mensagem havia acabado de chega:

" Cara, consegui falar com Khalid, ele estara aqui no início da próxima semana, quer se encontrar com a gente! "

**Crowler**
PS: 5/10
FV: 6/6

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Uma nova noite então se iniciava... Reny sentia fome e precisava se alimentar rápido, sua mente quase sempre fria e silenciosa começava a rosna e o quê estava adormecido e saciado começara a dar sinais em sua consciência, ele teria de se apressar se quisesse manter a sobriedade.

A mensagem de Edgar era positiva, afinal poderia ter o mistério resolvido dentro de dias, inicialmente pensou em algo mais eficaz do que esperar, mas as opções estavam contra ele e esperar seria talvez a melhor escolha. Enquanto se aprontava para a nova noite pensava se poderia achar alguma forma de um contato mais rápido e efetivo com Khalid, talvez ele mesmo poderia tentar o contato e ter alguma ajuda a distância, afinal as tecnologias nos proporcionam inúmeras alternativas.

A fome interrompia seus pensamentos e Reny deixava as ideias de lado por um momento e se trajava em um estilo esporte fino, não tão formal quanto o da noite passada, mas a elegância não o abandonara apesar da mudança, sempre muito bem vestido e arrumado pegava seu veículo e ia em direção a multidão. Crowler saia pouco da capela então não conhecia muito bem a cidade, então provavelmente se dirigiria para o mesmo local de ontem, "the Mclaren's" pub.

Estacionava seu carro na avenida próximo ao pub, ainda era cedo e existiam algumas vagas, quatro ou cinco talvez. Ao descer do carro um homem de vestes surradas e sujas, uma pele ressecada com algumas feridas e um péssimo cheiro lhe pedia um trocado:

_ uma ajudinha meu senhor? - dizia o andarilho que carregava uma plaquinha em uma de suas mãos, "help-me, jesus is back!!!"

Ao entrar no pub notava que ainda estava vazio, talvez pela hora que não passava das 20:00, observava algumas mesas com grupos de amigos, alguns casais e no balcão algumas pessoas que pareciam estar sozinhas tomando seus drinks e mexendo em seus smartphones, algum ou outro trocava algumas palavras com a barthender.

**Crowler**
5/10
6/6

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Crowler observava o local e as pessoas que se encontravam no recinto, pensava em qual seria a sua melhor opção dentre as que ali estavam, após alguns segundos se decidira e a felizarda da noite seria a barthender. O neofito se aproximou do balcão onde conseguiu uma boa posição, quase que de frente para moça ele preferiu aguardar o contato do que fazê-lo inicialmente, a jovem quando percebera sua presença prestava seus serviços;

_ e aí! Vai beber alguma coisa? - dizia a barthender sem olhar diretamente para o vampiro, estava com sua atenção voltada para o balcão em que passava um pano úmido sobre.
_ talvez, o que a senhorita tem para me oferecer _ respondia Crowler olhando para a bartheder que estava com sua atenção voltada  para o balcão em que limpava
_ moço o cardápio está ai!- com certa rispidez apontava o dedo na direção do cardápio que estava próximo de onde o cainita se reencostava, ela voltava seu olhar profundo e Impaciente para Reny demonstrando uma certa irritação, parecia que a moça não estava em seus melhores dias .
_ O drink que eu desejo não se encontra no cardápio, mas talvez vc possa me ajudar _ dizia Crowler ao tempo que percebia que a moça estava ficando um pouco alterada com aquela conversa e logo mudou sua tática _ ou talvez eu quem possa lhe ajudar _ deu uma breve pausa e completou no final _ se me permitir é claro.
Ela encarava Crowler ainda sem paciência, dava um sorriso sem graça e finalizava;

_ quando se decidir me diga -  próximo de Reny um homem fazia um gesto com a mão a chamando procurando por atendimento e ela o fazia da mesma forma que anteriormente.
Enquanto preparava a bebida em questão Crowler podia notar a barthender lhe fitando despistada. Muito empático ele percebia um ar de preocupação por parte da moça.

" essa mulher tem uma personalidade forte" pensou Reniel quando recebeu a resposta da mulher.
Crowler ficou observando a mulher enquanto ela atendia outro cidadão ao lado e alguns segundo depois notou um semblante de alguém que demonstrava certa preocupação.

Reniel olhou as pessoas a sua volta e o local como um todo afim de ver se de certa forma a mulher estava sendo vigiada e em seguida respondeu a barthender;
_ Ja me decidir minha cara_ dizia Reny continuando sua fala _ eu quero ajudar você.

Talvez a mulher pudesse achar que Reny fosse um anjo, mais na verdade era um lobo em pele de Cordeiro, pois, assim como o diabo costuma dar com uma mão e tomar com a outra, aquele possível favor que ele oferecia naquele instante poderia ser cobrado, é com certeza seria.

_ Cara sério isso? O que tá rolando, eu nem te conheço... Se você não for pedir um drink vou pedir para que dê licença, está atrapalhando os outros clientes- nesse momentos algumas pessoas próximas começavam a reparar na situação um tanto quanto constrangedora, sem ouvir tudo que acontecia ali obviamente, mas a última fala da jovem carregava um tom exaltado, Isso deixava Crowler perturbado além de nervoso, talvez em um dia normal não se sentiria dessa forma, mas suas emoções estavam a flor da pele e a cada minuto que passava sua fome aumentava, ficar perto de tantos humanos começava a mexer com o vampiro que se não se alimentar rapidamente poderá perder o controle.

Nesse momento um jovem cerca de 20 e poucos anos, pele morena, boa aparência, trajando um uniforme do local em que estavam colocava a mão sobre o ombro de Reny projetando seu tronco para frente e perguntava  com ameaça :

[_ Tá tudo bem aqui Reven ?

O sangue de Reniel começava a fervilhar dentro de suas entranhas, as pessoas, o barulho, e acima de tudo o temperamento da barthender, todo esse turbilhao de fatos estavam levando Crowler a ficar impaciente e enfurecido, coisa que não ocorria a muito tempo.
Reny tentou se controlar e Ja estava decidido a jogar a toalha e sair, afinal, já havia chamado atenção indesejada quando uma mão posou sobre o seu ombro ele olhou friamente o jovem que perguntava se a barthender estava bem e antes que ela respondesse o próprio Crowler respondeu

_ Não precisa se dar ao  trabalho em responder Recém _ falava Reny dando uma entonação mais firme ao pronunciar o nome da jovem;
_ eu já estou de saída _ finalizou Crowler ficando em pé e saindo do estabelecimento, mas ao chegar na porta, virou o rosto para trás, olhou novamente a barthender Reven e acima de tudo, olhou o colega de trabalho dela ele havia se decidido, procuraria alimentar-se de qualquer outra fonte que não chamasse tanto a atenção de terceiros, mais que, assim como o sol vem no final de todas as noites lembra-lo do que ele é, ele retornaria para lembrar aqueles jovens o que eles são.

O tremere saia do estabelecimento e se deparava novamente com a figura do mendigo na calçada, uma triste realidade mas se ele não quisesse chamar atenção aquele homem seria a vítima perfeita.

**Crowler**
PS: 5/10
FV: 6/6

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Reny encara aqueles jovens, marcando suas faces em sua memória e em seu subconsciente pragueja uma ameaça sobre eles, muitos poderiam pensar que um simples desconforto não poderia causar circunstâncias tão drásticas, mas para um cainita de linhagem tão extirpada um constrangimento poderia ser mais que um motivo para tal pesar.

Sua busca por pelo "jantar" continuava e ao sair do pub se reencontrava com uma figura, o mendigo ainda permanecia em frente ao pub, só que agora, imutável da mesma forma que Reny o deixou quando virou as costas, a única coisa que de fato poderia ter mudado seria as intenções do tremere.
A curiosidade de Crowler sempre falava mais alto do que qualquer maneirismo ou atitude no vampiro, já era um pedaço dele e histórias te capturaram de uma forma inexplicável, ele então perguntava ao mendigo sobre sua antiga vida,

– Me diga rápido, quem foi você nesta vida?

O mendigo o olhava meio sem entender, com ar de surpresa e um sorrio discreto ele olhava diferente para o cainita, de alguma forma o vampiro despertava naquele homem algo que há muito não tivera, sempre tratado como um escória, uma parcela da sociedade que ngm se importava, um "homem_ bem trajado parava e lhe perguntava sobre sua história, talvez por refletir sobre a questão ele demorou alguns segundos mas não se conteve e começou a falar de seu passado e é impressionante como cada pessoa é um universo inteiro. Ele contava sobre sua infância confortável proveniente das indústrias de seu pai que era um grande confeccionista de vestiário masculino, tbem lembrava com pesar sobre a falta de afeto de sua madrasta( nesse momentos seus olhos brilhavam mas nenhuma lágrima chegava a escorrer), por ser  filho de outro casamento sempre fora negligenciado por seus parentes. Mas o que de fato o levou a esse destino até o momento, foi quando perdera tudo em apostas, sua esposa pediu divórcio logo depois e conseguiu arrancar o resto que lhe sobrara alem dos dois filhos que ele nunca mais os vira. Encurralado pelas circunstâncias decidiu que a rua era o melhor lugar para ele estar, sem família, sem amigos... com isso já se completavam 23 anos que aquele senhor morava pelas avenidas de Nova York.

**Crowler**
PS: 5/10
Fv: 6/6

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A história contada por aquele homem niglegenciado pela sociedade, servindo apenas de estatística roubava a atenção de Crowler com seu prelúdio. Reniel por outro lado ouvia-o atentamente  imaginando uma vastidão de possibilidades, se mentiras, ou delírios nem mesmo o vampiro conseguia discernir, mas o fato era de que o homem não apresentava nenhum sinal visível de alteração comportamental devido ao uso de drogas.


Reniel olhava aquele homem que havia nascido em "berço de ouro" e que devido a intrigas e vícios havia se transformado em dejetos dos seus semelhantes

- o que exatamente ocorreu com a indústria de seu genitor?
_ ela faliu, a propriedade ainda existe, mas já não funciona nada lá! Tudo velho.
_ eu sou o retrato da minha família
_Fica muito longe daqui a propriedade?
_ um pouco, é aqui msm em NY, mas fica no polo  industrial
- compreendo .

Crowler olhava para o céu pensando em seus próximos passos

- A escritura da propriedade estar no seu nome?

Perguntava Crowler imaginando das coisas que poderia vim a se aproveitar além da vitae daquele homem.

_ eu pareço um homem de posses amigão - ele ria da pergunta do cainita.
- compreendo -

Crowler olhava para o homem sem demonstrar nenhum sentimento, já havia descoberto tudo que poderia querer descobrir sobre aquela criatura

- hoje darei um propósito para a sua vida - Crowler falava olhando diretamente para os olhos do homem enquanto o mesmo acabava de sorrir da pergunta anterior do vampiro

- siga-me -

O homem não resistia ao convite do cainita, poucos que passavam por ali dava esse tipo de atenção a ele, então talvez por pensar que poderia receber uma esmola não exitava em acompanhar o tremere.
Em primeiro momento Crowler procurava algum lugar mais deserto e não tivera sucesso, sua localização era muito próxima ao centro e as ruas ao entorno eram tão movimentadas quanto as próprias avenidas, um beco seria uma boa escolha, mas será que o mendigo o acompanharia?
Sem opção ele entrava em um beco e para o espanto de Reny o andarilho o seguia sem nenhuma suspeita;

_ e aí tem um do bom pra nós? - com o sorriso escancarado amostrando aqueles dentes podres corroídos pelo tempo esfregando as mãos enquanto esperava a resposta de Crowler que ao se virar de para o homem desferio-lhe um ataque súbito no qual falhou.

Destreza + briga: 2d (2,4) falha

O homem conseguirá ser mais esperto que o ataque lento e sem jeito do tremere.
_ tá maluco cara!? - o homem exclamou enquanto sacava um canivete  esperando o próximo movimento do cainita.

*Obs: diálogo adiantando em off.

**Crowler**
PS: 5/10
FV: 6/6

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Crowler era astuto e avistando uma possível complicação  mudava sua estratégia e adotava novamente a postura que mais combinava com seu perfil ao invés de socos e golpes usava a manipulação e carisma como armas, talvez fosse tarde de mais para essa tratativa.

_ cê tá maluco! Eu não quero confusão cara, achei que ia por uma pra nós, tô fora! - o andarilho dava as costas ao tremere e partia em direção a saída do beco.

Reniel vendo que a situação já estava insustentável pensava logo em executar aquele homem, mas sua arma ficara em seu carro, já que a mesma seria grande o suficiente para chamar a atenção onde estivesse e não era a intenção do vampiro.

**Crowler**
PS: 5/10
FV: 6/6

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Crowler não estava tendo uma noite fácil, sair de sua zona de conforto estava lhe saindo mais custoso do que pudesse imaginar, talvez sua tratativa estivesse enferrujada ou simplesmente uma falta de controle sobre seus dons cainitas o acometia. Sua fome aumentava a cada instante sem o vitae desejado e agora essa sensação de fracasso perante a mortais o deixava frustado, sua besta batia na porta nesses momentos quase que dilacerando seu peito para que pudesse agir como um verdadeiro predador, mas Reny mantinha o controle sobre sua camada mais escura e bestial, tinha ele mais talento no alto controle do que na caça.

Após ver sua tentativa falha mais uma vez, voltava desolado para seu veículo, uma grande sensação de fracasso o abraçava e em busca por conforto só conseguira vislumbrar um rosto, a imagem de sua falecida amada não o abandonava e por vezes questionava até sua própria sanidade, então por que não voltar aonde avistara pela última vez, a curiosidade novamente preenchia a mente do tremere.

Já em seu veículo ligava seu carro e partia para catedral da noite passada, a lembrança daquela noite ainda se mantinha fresca em sua memória, assim como uma tela que acabara de ser usadas pelas mãos de um artista era sua memória aínda reproduzindo o cheiro de tinta, que nesse caso carregava a fragrância 212 Carolina Herrera.

Novamente a presença imponente da Catedral roubava a atenção de Reniel que agora ao invés de somente aprecia-la procurava um rosto  conhecido em meio a multidão. Seus olhos atentos procuravam primeiro pela cor dos cachos na tentativa de um filtro já que ali mesmo do lado de fora poderia ter dezenas de pessoas, algumas semelhanças nós cabelos mas na busca pela fisionomia falhava, realmente o mar não estava para pesca e Crowler se via novamente sem rumo a não ser por sua fome que já tomava conta da maior parte de seus pensamentos. Em meio a devaneios de como se alimentar ou de quem, era interrompido pelo tocar de seu smartphone que registrava uma chamada desconhecida e um DDD que não pertencia aquela localidade.

Crowler desliza o polegar na tela do aparelho e atende a ligação

- Alô - Disse Crowler a esperar que a pessoa do outro lado da linha se identificasse
_ boa noite senhor Crowler, fiquei sabendo sobre o artefato em sua posse, a propósito prazer, pode me chamar de Prof Ben Hur- a voz do outro lado se identificava com um sotaque claramente arrastado, até mais do que a do próprio cainita que tinha o Português como sua língua nativa.
Reniel arregalou os olhos quando a voz do outro lado da linha se identificou como professor Ben hur
- Boa noite professor, o prazer é todo meu, confesso que estou surpreso em receber sua ligação- dizia o tremere  se sentindo um tanto que eufórico com a surpresa
_ não quero tomar muito do seu tempo, mas depois de avaliar as informações de Edgar eu resolvi desmarcar alguns compromissos e estou embarcando para NY. Podemos marcar um almoço para amanhã?
- fico grato pela atenção, mas será que podemos atrasar em algumas horas o nosso encontro? Não quero ser indelicado visto que o senhor ja desmarcou vários compromissos, mas será que poderíamos marcar um jantar ao invés do almoço? O turno noturno é mais convidativo para uma apresentação de uma relíquia dessa magnitude.

Na tentativa de ocultar sua real natureza e o verdadeiro motivo de não poder ir a um encontro ao dia, Reny contornava bem a situação entregando um motivo coerente ao professor.

_ ótimo!! "Kashkaval Garden" as 20:00, Tenho um pouco de intolerância a culinária americana, espero que não se sinta ofendido pelo local. - sem dar uma chance de réplica ao cainita, terminava a ligação.

Após o fim da chamada Reniel voltava sua atenção novamente para aquela multidão, carregava consigo uma última esperança de encontrar o que  viera procurar e sua busca pelo rosto da noite anterior era falha mais uma vez. Só que as coisas são engraçadas e quando procuramos por algo acabamos por encontrar outras coisas de valores equivalente dependendo do momento e uma figura tbem lhe era familiar, mesmo que ainda dentro de seu veículo percebera o aceno de uma jovem que lhe fitava da calçada, era a bela Melissa.


Obs: diálogo adiantando via whatsapp.

*Crowler*
PS: 5/10
FV: 6/6

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Em primeiro momento Crowler avaliava o encontro inesperado e ponderava se valeria a pena um contato com Melissa, na noite passada ela se mostrou uma jovem voraz e com bastante apetite, além de uma excelente companhia.

Reniel respondia o asceno da jovem com um piscar de farol sinalizando que havia percebido o cumprimento da moça, encostou seu carro próximo a calçada onde esperou a aproximação da jovem. Seu corpo gelado poderia assuta-la, então fora perspicaz e pensava em uma maneira de camuflar essa sensação, ligou o ar condicionado na intenção de deixar o ambiente mais frio, talvez explicasse o corpo gelado. Quando a jovem se aproximou, pelo lado dentro Reny abria a porta do passageiro sugerindo um convite .

Que ótima coincidência encontra-la novamente minha doce Melissa

A jovem adentrou ao veículo e cumprimentava o cainita com um beijo no rosto, sua afeição aparentava certo desentendimento, a última vez que avistara Reny ele a deixou sozinha em um quarto de hotel, talvez ela tivesse algumas perguntas a fazer, coisa que era natural.

_ sim é mesmo, do jeito que saiu ontem a noite, pensei que nunca mais te veria, qual a probabilidade né!? Uma cidade tão grande.
_ me desculpa a franqueza, mas o que foi?Por que foi embora daquele jeito sem ao menos se despedir...  Eu fiz alguma coisa ? - Ela então pausava e com a cabeça baixa voltava a direção de seu olhar para suas mãos que repousavam sobre seu próprio colo.
_ eu não quero parecer uma louca surtada, mas cara nunca imaginei que você seria igual esses caras babacas que são legais só até conseguirem o que querem!

Mal ela sabia que Reniel era muito pior do que aqueles "caras", apesar de ser extremamente encantador quando lhe conviesse era um verdadeiro lobo em pele de cordeiro, Crowler apesar de um neofito já carregava traços de predador em sua alma que não condiziam com sua própria humanidade que ainda se fazia alta até aquele momento.

** Crowler **
PS 5/10
Fv 6/6

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Melissa escutava o pedido de desculpas do vampiro e por mais que imaginasse que ele provavelmente fosse igual aos outros se inclinava a aceitar o pedido de desculpas de Reniel, pois a diferença deles é que nenhum outro o levaram ao êxtase sentido por ela na última noite, pensava como tinha sido maravilhoso aquele encontro e que talvez seria sábio da parte dela dar uma segunda chance ao cainita nem que fosse apenas para usufruir do prazer que ele poderia proporciona-la.

Como uma presa em defesa ela caia na lábia afiada do tremere que sabia usar de modo assertivo toda sua manipulação, partia então para as codernadas dada pelo GPS que gravara o endereço da jovem.

No caminho um silêncio tomava conta do ambiente já que Melissa ainda parecia incomodada com a situação, ia quase todo o trajeto observando a paisagem que os acompanhava do lado de fora...

Depois alguns minutos, não muitos, a paisagem dos grandes arranha-ceus ficava para trás enquanto era substituído por um bairro residencial de classe média, o local indicado ficava um pequeno prédio de não mais de quatro andares feitos por tijolos de vista em um belo estilo industrial, um jardim muito bem cuidado dava vista as laterais da faixada, contornando  uma pequena escadaria externa que dava asceso a portaria do prédio.




_ Ainda está cedo! Você quer subir? O pessoal deve estar fazendo alguma coisa, por que não se junta a nós? - Melissa olhava para Crowler de um jeito diferente, mesmo que aquilo ainda fosse muito sútil para comover o vampiro, era nítido que Crowler havia despertador algo na jovem.

Deixar tudo para trás, subir em cima de minha Harley e pegar a estrada em direção a outra cidade já estava ficando comum, droga por que ela sempre me avisa quando já se mudou, os pensando de Johnny fluía ao som de sua música favorita, o barulho de sua moto. esse som era uma das poucas coisas que ainda fazia manter a  sanidade.
As casas abandonadas e postos vazios já estavam me levando a loucura, estava com saudade disso, o misto de sentimentos tomava conta enquanto avistava uma placa de escrito BEM-VINDO A NOVA YORK.
Quando mais próximo você vai chegando de uma grande metrópoles, mas que você sente que ela vai te engolir, aquele mar de pessoas caóticas, era a coisa que mais sentia falta.
Pilotando de forma mais tranquila para observa o fluxo daquele local Johnny vai se dirigindo em direção ao centro da grande cidade, até encontrar o primeiro posto, onde possa estacionar sua Harley, era quase um dejavú, mais uma noite em um posto com um cigarro na boca encostado na sua moto, usando aquela velha calça jeans e seu colete estampado seu brasão e o nome SANGUE FRACO MC (nome do moto clube a qual ele mesmo criou e se orgulha bastante), mandando mensagem para Eleanor para saber onde ela se enfiou dessa vez.

**Crowler**
PS: 5/10
Fv: 6/6

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Crowler era pego de surpresa, talvez não esperava ser "perdoado" tão rapidamente, saber que haveriam mais mortais no recinto deixou Reny preocupado em primeiro momento, mas logo pensou que o obstáculo pudera lhe beneficiar de alguma forma futuramente.

Reniel estacionara o carro em frente ao prédio de Melissa, a rua estava vazia tanto de carros quanto de pedestres. Com a desculpa de não estar em um bom dia tentava justificar sua palidez caso esse questionamento viesse a ocorrer, pensando que um recusa naquele momento poderia fechar de vez as portas para vida da jovem resolveu aceitar o convite.

Os dois subiam as escadas e falavam sobre coisas banais, não mais que formalidades já que o trajeto até aqui o silêncio que dava o tom, após um lance de escada chegavam no que parecia ser a residência de Melissa, ap 203 era o número que a plaquinha de metal marcava ao centro do alizar que emoldurava a porta de entrada.

Enquanto Reny ficava alguns passos atrás, Melissa vasculhava sua bolsa em busca de suas chaves, não demorava muito  para encontra-las e destrancar a porta...
Os dois entravam no apartamento que era muito bem acabado e decorado, afinal era um bairro de classe média, sem contar uma ótima organização que até causava estranheza nós pensamentos do cainita já que provavelmente se tratava de uma república, aquilo agradava Reniel que era um membro metódico. Ao adentrar mais o apartamento se deparava com uma bela sala de estar a única coisa que destoava de toda organização era os corpos de três jovens dilacerados espalhados pelo comodo!

_ahhhhhhhhhh... Meu Deus! - gritava Melissa perdendo sua sustentação e escorrendo com suas costas apoiadas na parede, seu desespero era claro, passava suas mãos trêmulas no rosto na tentativa de enxugar as lágrimas e ajeitar seu cabelo que naquele momento já se encontrava fora de prumo.

Reny por outro lado apesar de impactado pela surpresa não poderia dizer que já não tivera visto cenas parecidas, inclusive como foi ocorrido com sua própria esposa. Ele mantia a calma apesar da fome que sentia naquele momento, mas não poderia negar que aqueles corpos ensanguentados em sua frente eram no mínimo apetitosos.

_Reny o que foi isso cara, meu Deus!!! - desesperada ao chão Melissa não aceitava o que seus olhos lhe mostravam e em estado de choque permanecia.

**Johnny**
PS: 9/10
Fv: 6/6

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As paisagens deserticas das grandes "rotes" iam ficando para trás enquanto em seu horizonte percebera o nascimento da selva de pedras que pontuava seu destino, Nova York abria as novas páginas da história do Brujah.

Em um posto de gasolina qualquer ele parava um pouco para relaxar, no bom e velho estilo motoqueiro reencostado em sua motocicleta ascendia seu cigarro e usufruía de seus tragos, devaneios atropelavam os pensamentos do neofito que se encontrava um tanto "puto" com sua senhora, essas mudança repentinas o deixavam furioso.

Em seu telefone ele escrevia uma rápida mensagem querendo saber a localização de Eleonor e antes mesmo de seu cigarro chegar ao fim a resposta chegava...

" Poha, achei que não chegaria nunca, veio de charrete? Hahaha, estou no, "Contêiner Bear" fica na região do Queens, vê se não demora seu "arrombado"."

Eleonor passava as codernadas para o brujah.

_ que isso em "tio" motoca maneira, tem preço? - perguntava um jovem de boa aparência e que ostentava ter muitos recursos já que além do Rolex e as roupas de grife acabara de abastecer seu Porsche que passava vagarosamente próximo ao cainita.

D'la Fere escreveu:_ahhhhhhhhhh... Meu Deus!

D'la Fere escreveu:_Reny o que foi isso cara, meu Deus!!!

Melissa custava a aceitar o que estava diante de seus olhos e era logico o desespero dela, talvez ela ainda não tenha notado, mais poderia ser ela, ali, imóvel, morta, no chão.

_ Tente se acalmar Melissa _ Falava Crowler para a moça enquanto olhava atentamente para todos os lados _ Alguma coisa não estar certa aqui, então se recomponha e fique atenta.

Reny iria se aproximar dos corpos com o objetivo de examina-los e ver se aquilo havia sido feito por algum vampiro sem baixar em momento nenhum sua guarda. Caso não fosse encontrado nenhuma evidencia vampírica nos corpos, o Tremere iria cautelosamente averiguar todo o restante do apartamento com o objetivo de ter a certeza que se tivesse alguma ameaça, que a mesma já teria ido embora.