Bloodlines - V5 - Los Angeles

Esta é uma Crônica de Vampiro 5ª Edição que começa na ambientação dos anos 90 e passará em ON pela migração dos tempos modernos fazendo os jogadores vivenciarem aos poucos as mudanças que ocorreram no Mundo das Trevas. A Crônica já estava em andamento a bastante tempo pela plataforma do Discord e por tanto os eventos anteriores estão em outro local. A Crônica se divide em duas frentes: A Cidade de Los Angeles do jogo VTMB e a cidade paulista ficticia de Rio Doce que ficará em outro tópico a pedido dos jogadores, pois apesar de serem o mesmo mundo e a mesma crônica, ambos os jogadores de Rio Doce e Los Angeles tem ritmos de postagem diferentes e fica dificil para os jogadores de Los Angeles ficarem procurando o post, além de que, as duas frente não tem envolvimento uma com a outra, o que tecnicamente torna duas crônicas separadas.

Jogadores:

- Son of Light
- Raphao

Julie saía da tampa dos esgotos após dar o recado para John que ficou para tráz para tomar conta do Astrolite. Ela subia e sentia o vento bater nas suas roupas molhadas de esgoto, normalmente ela sentiria frio com aquilo mas com um corpo morto aquele nível de sensação térmica não a incomodava, mas ainda incomodava o fato de estar completamente nojenta e exalando um fedor que poderia-se dizer que um Gambá ficaria com inveja.


Ela passava pelo estacionamento a passadas rápidas, como alguém que estava com pressa. O ambiente do estacionamento estava vazio de pessoas, mas vez ou outra ela escutava o eco dos carros se movimentando lá dentro. Algumas pessoas mais distantes passavam por Julie mas estavam a uma distância relativa para se atentar à ela ou talvez até sentir a repugnância olfativa que ela exalava.

A Brujah passava para as ruas onde, alguns transeuntes passavam por ela fazendo cara feia, alguns fingiam que nem tinham visto nada como era de prache de muitas pessoas, mas no geral, uma mulher que deve ter tado um mergulho no canal da praia não era assunto de ninguém, quem sabe, a tadinha até tenha caído lá por acidente, afinal existe doido e vítimas pra tudo.

Ela chegava nos apartamentos chiques de Mercúrio, via que o sangue no chão não estava mais lá, já foi limpado, agora por quem? Essa era a pergunta de 1 milhão de dólares pois Julie sabia que Mercúrio não tinha nem forças para se manter de pé, pelo menos na noite passada. Quando ela chegava à porta, se tentasse entrar veria que a mesma estava trancada e mesmo sem bater ela escuta "Quem é???". Era a voz de Mercúrio do outro lado e alguns segundos após se identificar ela escutava a porta sendo destrancada e um Mercúrio um pouco mais curado, curado mais eficientemente que qualquer humano normal poderia se curar, com uma cara esmurrada, um braço mole e mancando, mas andando. Ele olhava para Julie com uma cara feia, tossia e abria passagem para ela entrar:

- Meu deus que cheiro podre! Vocês trouxeram o Astrolite??

Ele ia direto ao ponto, Julie via o desespero e a ansiedade daquele sujeito para recuperar o Astrolite.

Trilha Sonora:

Ao terminar o banho, Julie encontrava no local que Mercurio falava, uma cueca box preta, uma calça jeans, tênis nike preto e uma camiseta básica preta de manga curta, roupas bem básicas e masculinas mas aquilo já era esperado. Ele também deixara um saco plastico de lixo médio, provavelmente para que Julie botasse suas coisas e quem sabe jogá-las fora, pois Mercúrio tinha razão, aquele cheiro das roupas não iria sair tão cedo. Julie não encontrou secador de cabelo, o que faria a Vampira ficar com cabelos molhados. No banheiro não havia perfumes no banheiro e por mais que Julie tentasse dar uma limpada naquela jaqueta de couro e botas o cheiro parecia ter se impregnado como se fosse parte das roupas.

Julie queria botar suas roupas numa máquina de lavar, mas numa casa daquelas, requintada e como muitos americanos faziam, provavelmente Mercúrio lavava suas roupas numa lavanderia externa, um estabelecimento talvez ou algum outro estabelecimento pertencente àqueles apartamentos. Mesmo que procurasse para ter certeza Julie não encontraria essa máquina de lavar, haviam alguns cômodos trancados de modo que Julie não podia entrar para confirmar. A bota e a jaqueta foram postas atrás da geladeira da grande e moderna cozinha de Mercúrio.

Quando olhava na geladeira de Mercúrio via que não havia bolsas de sangue na mesma. As .38 eram armas pequenas e podiam ser escondidas dentro das calças jeans, um volume no bolso da frente e as outras duas ficaram para trás, o canivete suíço ficava no bolso de trás e a carteira no segundo bolso de trás. O taco de Baseball que Julie também trouxe ficara no esgoto, de modo que ela ainda podia recuperá-lo depois se quisesse quando fosse buscar John.

Julie demorara uma hora para fazer tudo aquilo de forma tranquila e sem pressa deixando tanto Mercúrio quanto John esperando. No caminho Julie não encontrou nenhum jornal, quando saiu do apartamento ela viu uma chevy com cobertura na bagagem de trás o que dava perfeitamente pra levar tanto John quanto o Astrolite e ainda sobrar o espaço.

Quando entrou no carro, viu as janelas ambas estavam abertas e Mercúrio virou a cara com cara de nojo.

- Deus do céu, esse cheiro tá de matar...

Mercúrio não estava com uma cara boa mas não falava nada quanto à demora da francesa no final das contas e provavelmente o cheiro horrível dela desanimava qualquer conversa. Ele em silêncio liga a caminhonete e quando Julie pergunta, ele fala:

- É saiu uma notícia de dia sim, fiquei feliz que vocês esmagaram aqueles filhos da puta como vermes, os malditos mereceram pelo que fizeram comigo. Conseguiram achar meu dinheiro??

Depois da resposta de Julie, independente de qual fosse, não demorara nem 5 minutos, eles já chegaram no estacionamento quando Julie desceu da caminhonente, abriu o boeiro e chamou por John, que havia esperado cerca de uma hora e vinte minutos pra uma coisa que deveria ter demorado no maximo uns 20.

Julie ameaçava de bater em Mercúrio e o mesmo olhava para a Brujah estralando os dedos, ele nada falava mas para a Francesa, ela sabia que Mercúrio estava engolindo sapo e parecia ter muita coisa que queria dizer à ela mas seja por bom senso ou por covardia ele deixava aquilo entalado na garganta, de qualquer forma, não era difícil para a francesa ver que nesse passe ela poderia ou criar um inimigo ou perder um possível aliado, isso se já não tivesse acontecido. Mercúrio já parecia detestar aquela mulher.

No estacionamento Mercúrio parecia muito aliviado quando viu o Astrolite, mas ao ver John falar ele recua um pouco e falava:

- Meu deus cara, que houve com você??? Não importa! Vamos voltar pro apartamento.

Quando Mercúrio vai na frente ele vira-se pro lado deixando seu rosto muito perto da janela, ele reclamava algumas palavras que podia ser desde o cheiro quanto qualquer outra coisa. Eles então voltavam, Mercúrio deixava John e Julie na porta do apartamento enquanto ele ficava no carro.

- Vão entrando, vou guardar o carro.

John não respondia à Francesa do jeito que ela queria, pelo menos não agora. Sem esperar resposta John primeiramente começava a procurar no banheiro e quando o achava e passava pro lado de dentro do banheiro apartamento classico e rico, ele logo que entrava via um saco de lixo preto do lado de dentro em um canto.

Enquanto isso, Julie era agora quem esperava mas ela não esperara muito porque logo Mercúrio havia entrado, ele olhava para os lados como se tivesse procurando o John e olha em direção ao banheiro, resmungava alguma coisa baixa e ia mancando para o sofá onde já ligava a televisão e a mesma caía no canal de notícias, o âncora já estava na TV falando:

- Muitos morreram numa casa da praia em Santa Mônica, a policia suspeita que o massacre se deu durante uma negociação de drogas que foi mal. Residentes dessa passiva comunidade ficaram chocados pelos assassinatos, apesar dos visinhos já suspeitarem que o homem da casa estivesse envolvido em distribuição de drogas e viram muitas pessoas entrando na casa a toda hora da noite.

Mercúrio soltava uma risada satisfeita quando ouvia a notícia e comentava:

- Olha só, inventaram um motivo agora, que vão pro inferno.

O âncora continuava:

- O ator Ash Rivers teve sorte de estar vivo após seu carro bater no portão da Parasite Studios ontem a noite. Testemunhas disseram que ficaram chocadas quando a estrela do Negative Zero emergiu incólume e aparentemente bem pelo seu acidente de alta velocidade. O agente de Rivers  lançou uma declaração declarando que a batida de Rivers foi devido a um problema mecânico e que o estúdio não vai perseguir ações legais contra Rivers pela destruição do portão da marca legal. Milagrosamente esta é a segunda batida que Rivers escapou ileso desde o ano passado.

- Uma criatura massiva gelatinosa que surgiu nas praias da providencia fez os cientistas de Rhode Island arranharem a cabeça.A criatura foi encontrado por uma corredora mais cedo na terça feira de manhã e disse que tinha a forma de um polvo gigante, apesar de que biólogos marinhos que examinaram o monstro comentaram que eles nunca viram nada como isso na Família dos Cephalopods antes. Eles especulam que isso pode ser uma de uma familia marinha ainda desconhecida.

Quando Julie falou pra Mercúrio das roupas, o mesmo se levantou em silêncio e foi até um dos cômodos que estavam trancados e lá ele destranca, entrava e deixava a porta fechada, por alguns segundos depois ele voltava com roupas casuais e ia até a mesa ao lado da porta do banheiro e as deixava lá.

Depois das notícias John entrava já com banho tomado mas longe de seu cheiro podre ter ido embora. Quando John chegava e todos notavam, Mercúrio desligava a televisão, se virava pra dupla e dizia:

- Beleza, agora vocês precisam fazer um lugar desaparecer, um armazém, parece ser do interesse do Sabá. Tem um cara, eu nunca o conheci mas ouvi muito dele, seu nome é Tung, Bertram Tung, ele é um do tipo de vocês, se tem alguém que sabe mais da cidade do que eu é esse cara. Infelizmente o Tung está escondido. O Tung está se mantendo em perfil baixo por causa da Therese, Therese Voerman, conhecem ela? De qualquer jeito, o que se diz por aí é que Therese e Tung tem uma rixa, eu não sei os detalhes. Meu palpite é que o Tung pensa que vai ser morto e se escondeu debaixo da terra até a Therese acabar com a rixa.

Mercúrio respondia:

- Meia hora de carro, uma se o trânsito tiver fodido, e sim eu vou manter o Astrolite comigo por segurança, quando descobrirem onde fica o armazém vocês voltam pra pegar o Astrolite e mandar aquele lugar pelos ares. Esse Astrolite é duas vezes mais forte que uma TNT. Demolição instantânea! É melhor estarem do outro lado do mundo quando setarem o contador.

E depois da pergunta do John, ele respondia:

- Parceiro, esse negócio que aconteceu com você eu não faço ideia do que seja, talvez outros do seu tipo saibam, eu só faço essas tarefas pro Lacroix, na maioria das vezes ele me deixa no escuro, faz parte do ofício também, sem perguntas. O que eu sei é que a sua galera presa por manter segredos, se você não consegue disfarçar isso acho que vai ter que dar um outro jeito. Façam como desejarem, se alimentem, se preparem apenas não percam a missão, Lacroix ficaria puto se isso acontece, e não seria bom pra ninguém. Anotem o meu número, quando tiverem o o endereço do galpão me liguem e eu deixo o Astrolite no esquema. xxxxxxxxx. A Francesa também tem meu email e eu acho que você também vai ganhar um, Smith, não tenho certeza, mas se ganhar também não sei se vou ser eu que vai te passar.

- Podem ficar com as roupas, o cheiro que tá em vocês dois é tão forte que vai ficar preso e não vai sair fácil, joguem fora se quiserem ou se coneguirem lavar o suficiente fiquem pra vocês. Todos os carros que eu tenho tem um propósito aqui, negócios exigem carros. Eu tenho dois celulares que posso dispor pra vocês.

Mercúrio se encaminhava até um cômodo fechado com porta dupla, o mesmo cômodo que Julie tinha visto ele entrar antes, ele abre com uma chave, entrava fechando a porta, poucos segundos depois saía fechando novamente a porta e entregava um celular pra John e Julie. John então fazia uma ligação e uma voz feminina atendia:

- Imobiliarias Wilson & Wilson, como posso ajudar?

Aquilo era fachada, John sabia que era uma senha e precisava ser respondida, e quando ele respondia "Eu quero comprar a casa da minha sogra pra aquela vaca morar debaixo da ponte", é então que a moça pedia pra John se identificar, quando ele se identificava, ela pedia um minuto. Pouco tempo depois, Denis atendia a ligação:

- Little Jooooohny, o que posso fazer por você seu desgraçado?